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Num pequeno depósito, que

ficava num cantinho da fazenda,


moravam quinze ratos. Lá fora,
caía uma tempestade de neve,
mas, dentro do depósito, era
quentinho e aconchegante. E
sempre havia comida para
todos.
Certo dia, os ratos voltaram de um
passeio e encontraram o depósito todo
bagunçado.
— Olhem aqui, há um bilhete estranho!
Ah, e agora? — suspiravam, os
ratos.
Neste momento, o rato-vovô,
que tinha bastante idade,
bateu no próprio joelho e
disse:
— É isso! Antigamente, o meu
avô pendurou algo no pescoço
do gato e, depois disso, o gato
não pôde fazer mais nada
contra os ratos.
— E o que era? —
perguntaram curiosos.
Porém, o rato-vovô não
conseguia se lembrar de
jeito nenhum o
que havia sido
pendurado.
Os ratos fizeram uma reunião de emergência.
Primeiro, o rato-chefe falou:
— Pessoal! O que seria bom pendurar no pescoço
do gato?
—Vamos pendurar algo bem pesado. Assim, o
gato não vai nem conseguir se mexer!
— Será que não tem que ser algo leve para nós
podermos carregar?
Os ratos começaram a discutir calorosamente.
— Não, coisa pesada!
— Não, coisa leve!
O primeiro passo na pesquisa de dados é classificar o objeto de pesquisa em grupos (assim como
os ratos fizeram, dividindo em coisa pesada e coisa leve).
Depois, conta-se os números de cada um e, para organizar, desenha-se um gráfico.
O rato-chefe procurou um jeito de fazer a reunião sem discutir.

Os ratos que querem


—Vamos fazer fila!
pendurar uma coisa
pesada, fiquem no lado do
cadeado, os ratos
que querem pendurar
uma coisa leve, fiquem no
lado da pena

Os quinze ratos se dividiram em dois grupos e fizeram fila.

—Vejamos... como a fila da pena está mais comprida, fica decidido pendurar algo leve!
— Sendo assim, dentre as coisas leves, o que
será bom pendurar?
— Algo que tenha cheiro! Já que nós temos
um bom olfato.
— E se for algo brilhante? É fácil de ver
mesmo na noite escura.
— Acho que algo que faça barulho seria
bom. Quando o gato estiver por perto, nós
logo saberemos.
Os ratos fizeram uma grande confusão para
decidir qual seria a melhor opção.
Vendo isso, o rato-chefe trouxe um saco de
castanhas e disse:
—Vamos fazer assim: um de cada vez,
pega uma castanha e a coloca na frente da
opção que preferir.
Então, os quinze ratos colocaram as
castanhas: tec, tec,- tec...
— Como aqui há mais castanhas, fica
decidido colocar algo que faz barulho!

Há mais castanhas junto ao desenho de apito. O desenho de apito significa “algo que faz barulho”, e,
incluindo o que foi decidido anteriormente, fica decidido pendurar “algo leve e que faz barulho”.
Agora, é vez de decidir o que pendurar, dentre os objetos que fazem
barulho.
— O que acham de pendurar um despertador bem barulhento?
— É barulho demais. Acho que o ideal seria um sininho.
Os quinze ratos iam colocar as castanhas novamente,
mas as castanhas ficavam rolando.
Assim, decidiram desenhar bolinhas no mesmo número
das castanhas.
— Como aqui há mais bolinhas, fica decidido
colocar um sininho !
— Então, quem seria o mais indicado
para pendurar o sininho no gato?
De repente, os ratos ficaram em silêncio.
Quem seria corajoso para se candidatar a
pendurar o sininho no pescoço daquele
gato assustador?
Nesse caso, os quinze ratos entraram em
acordo:
— Fica decidido que será a dona da
fazenda quem vai pendurar!
Para desenhar o gráfico
de barras, coloca-se, de
um lado, os objetos de
pesquisa e, do outro, os
números. Observando
o comprimento da
barra, é fácil olhar
e comparar os dados
num instante.
— Agora, vamos
decidir quando deixar
o sininho!
Os quinze ratos
trabalhavam muito
bem em conjunto.
O lugar onde iriam deixar o
— Vamos deixar de manhã, bem Quando levantavam
sininho também era uma questão
cedinho, quando o leiteiro chega. as patinhas, apro-
importante.
— Vamos deixar na hora do almoço, vando cada opi-
quando o carteiro aperta a campainha. nião, ficava fácil de
— Vamos deixar à noite, quando todos ver qual era a
estiverem dormindo. decisão deles.
— Que tal deixar no prato do gato? — Fica decidido ir
— E se o gato nos vir? Vamos deixar durante a hora do
na frente da porta mesmo. almoço, quando
o carteiro aperta a
campainha!
— Fica decidido
deixar em frente à
porta!
— Uhu,terminamos!
Os ratos arranjaram um sininho e
fizeram um embrulho bem caprichado.
Na hora do almoço do dia
seguinte, a campainha
da dona da fazenda tocou:
Dim-dom, dim-dom!
Quando a dona abriu a porta,
havia um pacote de presente
aos seus pés.

— Ao lindo e grande Miau?


Nossa! Miau, chegou um pre-
sente para você!
— Uau, é um lindo sininho.
Você gostou?
A dona pendurou o sininho no
pescoço do gato. O gato ficou
muitíssimo insatisfeito.
Ele esfregava com as patas da
frente e balançava o pescoço
com toda força, mas... blem!
blem! blem!
A partir daquele dia, quando o sininho
fazia barulho — blem! blem! blem! — os
ratos conseguiam, rapidamente, se
esconder no quintal ou no campo.
Os quinze ratos passaram um inverno
maravilhoso, dançando alegremente e
comendo de montão.
No outono do ano seguinte, os quinze
ratos fizeram uma reunião de
emergência para procurar uma forma de
conseguir comida para o inverno.Veja
como os ratos ouvem as opiniões e
tomam a decisão:

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