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A IMPORTÂNCIA DO VESTUÁRIO EM ATIVIDADES AO AR LIVRE (outdoor)

Três fatores principais definem a importância do vestuário adequado em atividades outdoor:

Conforto: qualquer atividade outdoor pressupõe contato com a natureza e com os elementos. Esse contato só
é verdadeiramente prazeroso quando é possível de certa forma esquecer do que se está usando, e manter a
mente e o espírito focados no verde da mata, no vento, nas águas, etc.

Performance: especialmente no que diz respeito ao gerenciamento do calor do corpo, o vestuário correto é
fundamental para que se mantenha um equilíbrio entre a temperatura corporal e a externa. Só é possível
alcançar o melhor rendimento usando o vestuário certo para cada situação.

Segurança: é comum encontrar, em atividades outdoor, condições extremas de frio, calor e chuva. O vestuário
adequado e de qualidade pode ser a diferença entre seguir em frente ou sofrer com uma hipotermia ou
insolação. É claro que isso não elimina a necessidade de sempre levar equipamentos de segurança, como por
exemplo, cobertor de emergência e isqueiro.

MARCELO MONTIBELLER BORGES

Instrutor
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VESTUÁRIO

a. Na falta do gorro de pala ou bonés, a cabeça deverá ser protegida por uma cobertura de pano ou de palha,
aconselhável particularmente àqueles que forem à frente, abrindo picadas a facão. O tipo de pano deverá ser
constantemente molhado, para ajudar a refrescar. A de palha, por ser leve, estará sujeito a cair muito. Enfim,
haverá vantagens e desvantagens nos seus usos, por isso não há regra geral. Poderão também ser improvisadas
coberturas de palmas. Opte por coberturas que protejam a circunferência toda da cabeça e que tenha
ventilação adequada e de material de secagem rápida, do tipo ripstop. A bandana poderá trazer um maior
conforto para as atividades na sombra ou a noite.

b. Para a proteção do tórax há conveniência de uma vestimenta grossa, de mangas compridas e gola alta, o que
evitará mosquitos, partículas vegetais e espinhos; deverá ser usada por fora das calças, para facilitar o
arejamento. As costuras deverão ser duplas para resistir melhor aos movimentos bruscos e as normais perdas
de equilíbrio. No mínimo 4 bolsos deverão existir a fim de distribuir a carga equilibradamente e também para
aliviar o volume a transportar, normalmente nas costas. Opte por velcros ao invés de botões. Use tecido
reforçado no cotovelo.
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c. Para proteção da bacia e dos membros inferiores, o uso de calças, também de tecido grosso e com costuras
duplas, será o recomendável. Bolsos nas pernas, grandes, deverão existir e ter a mesma serventia que os da
peça anterior. A calça não deverá ser justa e suas bocas devem estar fechadas “bombacha ou liga”.

Reforço “joelheira”

d. Nos pés, deverá ser usado calçado tipo coturno, mais alto que o normal, para melhor proteção da perna
contra as picadas de serpentes, principalmente. O solado deverá ser de borracha, o que protegerá um pouco
contra a umidade permanente do solo, e com travas, para não escorregar na lama. O cano desse coturno
deverá ser de lona, que proporciona flexibilidade, ou de borracha, que proteja nas travessias de alagadiços. Se
o calçado for apenas o sapato, poderão ser improvisados os canos, usando-se qualquer material que possa ser
enrolado nas pernas. Com cascas de certas árvores ou peles de animais, poderão ser improvisados calçados,
amarrados com cipós. O couro não resiste muito na mata e os cadarços deverão ser de "nylon". Meias deverão
sempre ser usadas, para evitar o atrito do calçado contra a pele; não é recomendável usá-las se furadas ou
remendadas. As meias finas de algodão darão bons resultados suavizando o atrito, agasalhando contra o frio,
absorvendo e permitindo a evaporação da umidade natural dos pés e a acumulada nas regiões alagadas por
onde for necessário passar. Observar se os “boots” têm saída de água ou respirador. Um coturno tático
também poderá ser usado nos ambientes “mais” secos. Escolha, ainda, palmilhas adequadas e não macias
demais. Cuidado com os modelos que têm zíperes, pois eles poderão emperrar em ambientes de areia.
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e. Um capote impermeável protegerá contra a chuva, mas se rasgará facilmente de encontro à galharia. O
melhor será usar o plástico, o mesmo que servirá de cobertura para a rede. Todas as peças de vestuário
deverão ser mantidas limpas, na medida do possível. Caso se possa dispor de uma roupa de muda será bom,
particularmente para trocá-la na hora de dormir. Mas, se apenas possuir a do corpo, ela deverá ser
constantemente lavada e posta a secar junto a uma fogueira.

f. Não sendo vestuário, mas dele fazendo parte como equipamento, deverá ser usado um invólucro para
transporte de material: a mochila. Vários tipos poderão ser usados, desde a de lona até a improvisada de palha
ou cipó; o mais comum será o tipo chamado "JAMAXI" ou "PANEIRO", de saco de 60 quilos, cuja técnica de
emprego todo nativo conhece.

Apoio de costas

O caboclo, nativo ou o mateiro, quando penetra na mata, vai de cabeça descoberta ou quando muito com um
chapéu de palha; veste uma camisa comum, calça ou calção; usa botas de solado duplo, de pneu, ou calçado de
lona; veste meias de futebol, ou não usa nada; conduz também suéter de malha para dormir agasalhado e um
plástico para proteção contra a chuva.

Normalmente carrega sua arma de caça e munição e não se esquece do terçado e da rede de algodão.
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O uso do colete tático facilita a apanha de pequenos objetos à mão. Opte por aqueles de cordura 500 ou 1000,
que são mais resistentes à abrasão e a umidade. O nr de bolsos varia de acordo com o fabricante. Usa-se os
bolsos para se guardarem os kits. Exemplos: bussola, faca, lanterna, GPS, cabo solteiro, mosquetão, freio em 8,
repelente, bloqueador solar.

Uma série de pequenos objetos (kits), além daqueles já mencionados, deverá, quando possível, fazer parte do
equipamento de quem vai atravessar uma mata, entre eles:

l) Kit de medicamentos;

2) Faca e canivete, para pequenas necessidades, sem que, contudo, sejam considerados substitutos do facão;

3) Recipiente para água (cantil);

4) Óculos de sol e bandana;

5) Elásticos e barbantes do tipo velame para pequenos reparos e usos esporádicos;

6) Kit sobrevivência (Anzóis, linha de "nylon", Fósforos e isqueiro, sal, açúcar, espelho, vela);

7) Ração R2 ou semelhante.
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8) Kit costura (linha costura, agulhas, alfinetes, botões)

9) Kit limpeza marmita (detergente neutro, esponja lava louças cortada e sabão em barra);

ITENS IMPORTANTES

CAMELBAK Lanterna. Potente e com pilhas


reservas. Prova de água Luvas anti-corte
Substitui o cantil

Saco estanque para


Saco de dormir: leve e
mochila
compacto

Iglu individual. Pacote leve, resistente e compacta. Deve ser conduzida do lado de
fora da mochila. Ao montá-la, observar a caída natural da água da chuva. Crave-a
bem no chão e construa bermas.

CONSELHO AOS INICIANTES

O esporte ao ar livre é algo maravilhoso, pode e deve ser aproveitado por todos, sem exceção. De um trekking
suave, passando pelo mountain bike, rafting, até uma escalada em alta montanha, existem inúmeras atividades
que sem dúvida se encaixam na preferência e no grau de condicionamento de cada um.

Algumas dicas para começar bem, evoluir e nunca perder o prazer inigualável dessa combinação entre esporte
e natureza:

1. Inicie com uma atividade compatível com seu nível de condicionamento. Se você não pratica esportes
regularmente, procure um médico para que ele avalie seu estado físico atual.
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2. Escolha um esporte com o qual se identifique. Se sempre andou de bicicleta, experimente o mountain bike.
Se gosta de caminhar, vá para o trekking. Se não vive longe da água, faça uma experiência na canoagem.

3. Pesquise na internet e com amigos onde e quem pratica a atividade que você escolheu. Se quiser evoluir
física e tecnicamente, procure uma assessoria esportiva, de preferência formada por professores
especializados em esportes ao ar livre.

4. Não saia comprando tudo o que vê pela frente. Comece pelo básico, como por exemplo, um bom tênis,
meias adequadas, uma camiseta de poliamida, e um capacete (no caso do mountain bike ou escalada).

5. Quando comprar, pesquise e escolha equipamentos de qualidade. Eles vão durar mais e devolver a você,
durante a atividade, aquilo que se espera deles: conforto, performance e segurança!

Finalmente, resta salientar que sobreviver com uma gama variada de recursos somente poderá ser normal se a
penetração na mata ou se sua aventura tiver sido planejada ou se resultante de desastre, no qual o aparelho
não foi destruído por incêndio. Daí, na segunda hipótese, a vantagem de não se abandonar, por precipitação,
as proximidades da aeronave, pois esta, mesmo incendiada, muita coisa poderá fornecer para auxiliar a
sobrevivência.

DETALHES DA PREPARAÇÃO DA MOCHILA

Cabo solteiro bem amarrado

Cantil: firme e preso ao corpo

Apoio costal da mochila

1. A mochila deve estar dimensionada de forma que o maior peso esteja na parte superior das costas;
2. Use tupperware para acondicionar seus materiais. Use uma borracha como o’ring de vedação na
tampa;
3. Monte sua mochila de forma a manter os materiais de uso corrente mais acima;
4. Toda a mochila, internamente, deve estar protegida da umidade. Use um saco estanque;
5. Ajuste as tiras da mochila de forma a elevar a mochila para a parte superior das costas;
6. Não deixe pontas sobrando.

Observe os tupperware

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