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Primeira Edição: Janeiro 2021

Manual FOPE ELITE.

Autoria e compilação: Jones Pedro Marcon.

Revisão: Comandantes Jones Marcon e Jocemar de Souza

Agradecemos a todos os Comandantes por dividirem seus conhecimentos nos


ajudando a manter este manual atualizado e correto.

Para dúvidas ou correções envie um e-mail para jones.marcon@gmail.com.


Estaremos à disposição. SAPS!
REGRAS DE SEGURANÇA PARA ACAMPAMENTO:

Acampar é uma grande experiência e uma forma


única de desconectar por uns dias da cidade e nos
aproximarmos um pouco da natureza. E é justamente
por estar num ambiente menos controlado que é
necessário ser preventivo e conhecer as medidas de
segurança básicas para acampar. Veja a seguir
algumas regras que podem auxiliar no planejamento
do acampamento sem correr riscos.

Instruções:

1 - Em muitos países, existem áreas de campismo


especialmente preparadas que oferecem uma
grande quantidade de serviços. Noutras nações,
há menos controle e, por isso, a prevenção é
muito importante;
2 - Instale a tenda num terreno o mais plano possível e nunca em superfícies que possam quebrar, como
árvores, mangais, etc. Também é importante que a sua tenda esteja prudentemente afastada do mar
ou do rio;
3 - Tenha em conta o vento durante a instalação da tenda. Se for uma área em que há demasiado vento,
deve levantar o acampamento contra o vento, para se proteger e evitar o arrastamento da tenda;
4 - Não faça fogueiras, de modo a evitar acidentes. É muito melhor levar um fogão a gás portátil do que
acender uma fogueira, pois a mesma pode sair do seu controle, ou ficar mal apagada, e ocasionar
um incêndio;
5 - Se decidir fazer uma fogueira procure fazê-la num espaço afastado das tendas, pois uma fagulha
pode ser o início de um incêndio. Voltamos a alertar que, se possível, deve evitá-las;
6 - Tenha sempre consigo uma mala de primeiros socorros com o essencial. Também deve ter o celular
com a bateria carregada, uma bússola, um GPS e um mapa da zona onde se encontra, com as
povoações mais próximas assinaladas;
7 - Se não conhece a zona onde vai acampar, mantenha-se junto ao seu grupo e evite explorar sozinho.
Se o fizer, lembre-se de levar métodos para se orientar que lhe permitam regressar a salvo ao lugar
do acampamento;
8 - Leve sempre uma quantidade suficiente de alimentos assim como muita água, para se mantiver
corretamente hidratado. Também deve consultar a previsão meteorológica para os dias em que
planeja acampar;
9 - Não acampe em sítios proibidos, pois pode passar por uma experiência desagradável. As áreas
estabelecidas para acampar têm uma supervisão muito reduzida por parte das autoridades sendo, em
teoria, espaços seguros. Por isso, o melhor é respeitar as normas e limitar-se a estas áreas;
10 - Nunca saia da cidade para acampar sem avisar um familiar ou amigo como método de prevenção.
Informe essa pessoa do local para onde vai, onde pensa acampar e para quando prevê o seu
regresso;
BARRACAS:

A barraca será o seu lar durante o acampamento, ou


jornada, ou viagem. Portanto a barraca deve ser uma
confortável residência, deve ser colocada em lugar
bem seco ou gramado, onde bata o sol da manhã (o
ideal que você tenha uma lona para colocar abaixo
da barraca). Nunca a instale no capim alto, nem
muito próximo a um rio, nem em lugar muito
sombrio.

Algumas Dicas de como Montar sua Barraca:

A montagem varia de acordo com o tipo de barraca. Os tipos mais comuns usados atualmente podem ser
montados observando os seguintes passos:

1. Desdobre a barraca, estendendo-a no chão. Verifique que suas portas estejam fechadas;
2. Crave os espeques que prendem o assoalho ao chão;
3. Monte a armação (varetas de vibra ou tubos);
4. Prenda a barraca nas varetas (normalmente umas tirinhas com ganchinhos);
5. Coloque o sobre-teto por cima da barraca, verifique o lado da porta, estique bem e coloque os
espeques, sem bater muito.
6. Cave a valeta de drenagem, para o caso de chuvas fortes;
7. Fixe os espeques, firmemente no chão.
Montando uma barraca:

A barraca será sua casa durante sua vida ao ar livre. Ela deve permanecer sempre limpa e fechada para
que não entre nenhum tipo de inseto ou animal.

Antes de cada acampamento, coloque a barraca ao sol e limpe toda sujeira que possa ter se acumulado
enquanto estava guardada. Depois do acampamento, faça o mesmo.

Antes de montar uma barraca, escolha um lugar plano e limpo, pois pequenos objetos, como pedras,
raízes e pedaços de madeira podem incomodar na hora de dormir, além de danificar a barraca.

A porta da barraca deverá estar em direção ao Leste. Isto proporciona sombra ao entardecer e, ao
amanhecer, seca a umidade causada pelo orvalho da madrugada. Além disso, serve como um excelente
despertador solar. Esta posição também faz com que o vento possa circular dentro da barraca
suavemente.

Jamais monte sua barraca em encostas ou morros que apresentem riscos de desmoronamento ou
embaixo de árvores que podem ter seus galhos e frutos derrubados pelo vento.

Caso chova, construa uma trincheira ao redor da barraca para que a água não ultrapasse seus limites e a
inunde. Esta vala deverá ser dirigida para uma pendente, onde possa ser escoada.

Algumas dicas importantes:

• Escolha bem o terreno, preferencialmente um platô, eliminando tudo o que ficará debaixo do piso que
possa causar desconforto ou mesmo rasgar o piso.
• Isolar o piso da barraca do terreno pode aumentar, consideravelmente, o conforto. Uma lona, jornais
melhora em muito o isolamento térmico e proporcionam um melhor nivelamento do colchonete ou do
sacode dormir.
• Ao deixar o local do acampamento, deixe-o ainda mais limpo do que o encontrou.
• Caso o terreno seja arenoso e não permita a correta fixação dos espeques, pode-se fazer um amarrado
de palha, capim ou gravetos, que enterrados à profundidade conveniente permitirão a fixação das
adriças.
• Observe a correta tensão das adriças que não devem estar frouxas nem tencionadas demasiadamente.
Observe que os espeques mantenham a posição correta e que não tenham se deslocado em função da
pouca firmeza do terreno.
• A resistência ao vento é determinada pela tensão das adriças, pela correta montagem da barraca e do
posicionamento em relação ao vento. Posicionar a entrada da barraca no lado oposto ao qual o vento
sopra evita a excessiva ventilação que poderia esfriar em demasia em tempos mais frios, a entrada de
poeira e impede que o vento infle a barraca prejudicando sua estabilidade. Em caso de ventos muito
fortes, desmontar os avanços, que causam o efeito asa.
• Antes de serem desarmadas, as barracas devem ser cuidadosamente limpas. Especialmente os pisos.
Fechar os “zíperes”. A umidade também deve ser evitada, pois causa o apodrecimento da maioria dos
materiais.
• Caso seja inevitável, tão logo seja possível, as barracas devem ser abertas para que sequem e sejam
convenientemente arejadas.
• Pela manhã, remova tudo da barraca e permita que o sol entre na mesma.
ARRUMANDO A MOCHILA:

Para levar todo esse material, seria bom que você tivesse uma mochila, que fosse possível de carregar
nas costas, mas se você está iniciando, isso não é necessário, com o tempo você irá adquirir uma.
Mesmo assim, a forma de acondicionar os materiais é a mesma, independente se você tem uma mochila
que pode carregar nas costas ou uma mala de viagem.

É muito importante que todo o material, individual e coletivo, necessário para o acampamento, seja
preparado e organizado com cuidado e atenção, afim de que não falte nada e para que não comprometa
o andamento das atividades ou o bem estar do grupo.

Dicas !!!
• Sempre leve em conta o tipo de acampamento que estará participando,
substitua e adicione itens quando necessário seguindo as orientações de
seu Comandante. Em acampamentos volantes e jornadas, muito cuidado
com o excesso de material, leve apenas o essencial;

• O peso total da mochila não deve ultrapassar 1/5 do seu peso. O


material deverá, preferencialmente, estar identificado. Pode usar o nome,
iniciais ou alguma marca própria para não perder nada;

• Não se esqueça de colocar a quantidade de roupas de acordo com a


duração do acampamento e com o clima;

• Todo o material deverá estar organizado em sacos impermeáveis (de preferência), de acordo com o
tipo (Individual, Cozinha, Higiene, etc), dentro da mochila. Pode-se embalar, no final, todos num saco
plástico forte e resistente quando há risco de chuva;

• Não utilize como mochila, sacolas plásticas ou sacos, Se você não possui e não tem como conseguir
emprestado com alguém, pergunte para um comandante, ele dará um jeito;

• Evite levar suas coisas em várias mochilinhas pequenas, se você não conseguir uma de tamanho
suficiente para suas coisas, tente falar com um comandante, ele talvez consiga uma;

• Evite colocar na sua mochila mais do que possa carregar, pois isso prejudicará a sua coluna;

• Tente não pendurar nada do lado de fora se sua mochila ou mala não possui dispositivos para isso, não
amarre com cordinhas ou fios;

• Separar roupas, alimentos, materiais de higiene, maquina de comer, calçados e outros em sacolas
plásticas, pois caso durante as viagens sejamos pegos por uma chuva surpresa, seu material estará
protegido, sem contar também que é mais higiênico e organizado;

• Para quem utiliza mochila, coloque cobertores e acolchoados na parte que fica nas costas, e objetos
sólidos como pratos e copos, na parte oposta, para não machucar as costas durante a caminhada;
Preparamos a seguir uma relação com os mais importantes itens que devem estar no seu material de
acampamento. Utilize esta relação para ajudar a preparar a tua própria lista adicionando tudo aquilo que
você costuma levar sempre, assim, quando você precisar arrumar sua mochila não precisará ficar
preocupado em estar esquecendo alguma coisa e certamente será muito mais prático e rápido.
LAMPIÕES:

Dispor de luz suficiente é uma das necessidades que todos aqueles que se disponham a acampar.
Entre os diversos tipos de lampiões conhecidos, podemos citar os seguintes modelos:

Lampiões a Querosene

São aparelhos mais baratos, porém têm como principais inconvenientes o fato de
produzir uma luz fraca e bastante amarelada, inadequada quando se necessita fixar
as vistas em algo específico e o risco de que algum choque possa derramar o
combustível, e vir a causar incêndios. Existem tipos que utilizam camisas
incandescentes que proporcionam luz mais intensa e menos amarela, porém o risco
do derramamento do querosene é o mesmo.

Como usar:
• Verifique o tamanho do pavio ou mecha.
• Quantidade de querosene, dependendo do transporte ás vezes é melhor levar vazio, para não derramar.
• Estado do vibro, sempre ter um de reserva.
• Antes de acender tenha a certeza que não há combustível em suas mãos e nem perto do lampião.
• Para acender pressione a alavanca para levantar o vidro, aproxime o fósforo ao pavio. Quando acender,
baixe o vidro e regule a chama para não escurecer o vidro. Para apagar basta suspender o vidro e
assoprar.

Lampiões Elétricos

Existem vários tipos de lampiões elétricos, inclusive os dotados de lâmpadas


fluorescentes e os que possuem baterias recarregáveis. São caros e normalmente a
vida das pilhas ou baterias não excede algumas horas.

Lampiões a gás

São os que apresentam a melhor relação custo benefício, pois propiciam luz
intensa e duradoura a um custo razoável. São seguros já que não usam
combustível líquido, sendo, atualmente o preferido dos acampadores.

Conselhos úteis:
OBSERVE:

• Estado da “camisa”, tenha sempre algumas de reserva.


• Quantidade de gás no botijão e estado do “Filtro”.
• Se a rosca do lampião se adapta ao bujão de gás.
• Estado dos anéis de borracha de vedação, se estiverem ressecados,
com rachaduras, troque.
• Para trocar a camisa, retire o parafuso de fixação, desmonte o
lampião retirando o vidro. Prenda a “camisa” no “filtro” e remonte o
lampião.
• Para acender o lampião, acenda o fósforo, coloque ele bem perto da
“camisa” pela abertura abaixo do vidro, até ela queimar totalmente.
Depois de queimada abra um pouquinho a torneira, e regule a entrada
de ar.
• Se a “camisa” quebrar ou cair, deligue o lampião, espere esfriar e
troque a “camisa”.
• Sempre levar “camisas” de reserva, pois se rompem com facilidade
quando em movimento, após a queima.
• Evitar que se encostem objetos nas partes metálicas, pois o calor
gerado poderia vir a causar incêndio.
• Nunca mantenha lampiões a gás ou querosene dentro de barracas.
Além dos riscos de incêndios ou explosões por vazamentos, no caso
dos lampiões a gás existe o risco de envenenamento.

FOGAREIROS:

“Os fogareiros que podem ser usados são a gás e o de querosene a pressão“.
ACENDIMENTO:
Para acender cada tipo de fogareiro e só ler com atenção as instruções abaixo:

Fogareiro a querosene (pressão)


• Abra a saída de ar.
• Coloque o álcool no queimador e acenda.
• Quando o álcool estiver no final, feche a saída de ar e bombeie.

Fogareiro a gás
Fixe muito bem no bujão (se houver vazamento é porque os anéis de borracha da vedação estão velhos.
Troque-os) Abra a torneira do gás e aproxime o fósforo aceso do queimador.
• Se a chama não estiver satisfatória, gire o anel da entrada de ar.
• Para apagar é só torcer a torneira em sentido contrário.

Limpeza
Todo equipamento dura mais se estiver em boas condições de uso, portanto manter o fogareiro sempre
limpo e em boas condições de uso vai evitar que você não tenha problemas mais graves. Verificar seu
estado antes e depois de cada atividade, reparando ou trocando peças com defeito. E obedecer sempre
suas regras de segurança.

Tipos de recargas para fogareiros Portáteis

AS REGRAS DE SEGURANÇA:

As regras de segurança são idênticas as que já foram explicadas para uso do lampião. Vamos apenas
lembrar uma das mais importantes:

Em nenhuma hipótese durma próximo a um fogareiro, mesmo apagado.


Para que os fogareiros possam prestar bons serviços, é indispensável que sejam mantidos limpos e em
ordem. O que foi falado sobre limpeza de lampiões, também vale para fogareiros.
Assim antes de usá-los verifique sempre o seguinte:

Fogareiro a querosene (pressão)


• Quantidade de combustível
• Quantidade de agulhas
• Álcool para acender

Fogareiro a gás
• Quantidade de combustível
• Se a rosca se adapta ao bujão disponível
• Estado das borrachas de vedação, (troque se estiverem ressecadas, com rachaduras)
NÓS E AMARRAS:

Nó em 8: serve como empunhadura para subir em uma corda.

Nó de Aselha: É dado na ponta de um cabo para formar uma alça.

Nó Direito: Utiliza-se para unir duas cordas da mesma espessura.

Nó Direito Alceado: Como o Nó Direito simples é utilizado para unir


dois cabos da mesma espessura, porém possuí uma alça que desata o nó
quando puxada. Geralmente é usado quando o nó direito não é
permanente e precisará ser desfeito mais tarde.

Nó de Escota: Utiliza-se para unir duas cordas de diferente espessura.

Nó de Escota Alceado: Mesma utilidade do escota, só que mais fácil de


desatar. É muito utilizado para prender bandeiras na adriça.

Nó de Correr: Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda.

Volta da Ribeira: Utilizado para prender uma corda a um bastão tronco,


galhos, etc) para depois mantê-la sob tensão.
Volta do Fiel: Nó inicial ou final de amarras. Não corre lateralmente e
suporta bem a tensão. Permite amarrar a corda a um ponto fixo.

Lais de Guia: é usado para içar objetos, já que forma uma alça de qualquer
tamanho.
Apesar de também servir como “cadeirinha” para levantar uma pessoa, não é
aconselhável o seu uso para esse fim.

Nó de Catau: O nó de catau, nó de encurtar ou nó perna de cão é um nó que


serve para encurtar um cabo ou reforçar um cabo “poído”, retirando a tensão
da parte danificada.

Nó de Pescador: O Nó de Pescador, Nó de Cabeça de Cotovia ou Nó de


Burro, é um nó que permite unir cabos de espessuras diferentes ou iguais e
que é relativamente fácil de desfazer. É particularmente útil com espias
molhadas ou escorregadias, daí o seu muito uso pelos pescadores.

Nó de Encapeladura: O nó de encapeladura ou nó de tripé pode ser usado


para descer ou guindar (subir) uma pessoa, fazer correias para puxar uma
carroça ou para fazer uma dupla arreata para animais, podendo ser facilmente
transformado no nó de cadeira de bombeiro.

Balso pelo Seio: é um nó usado geralmente por escaladores para transporte


de pessoas e feridos por sistemas como a tirolesa. Suas alças são movediças
podendo o indivíduo adaptá-las ao corpo conforme queira. Uma alça deve
passar pelo peito à bandoleira e a outra pela cintura. Este nó distribui melhor
o peso do corpo pela corda em caso de queda.
Nó de Moringa: O Nó de Moringa é um nó que pode ser utilizado para criar
uma asa para um recipiente em vidro ou cerâmica com um gargalo estreito e
escorregadio, desde que o mesmo seja ligeiramente mais largo na parte
superior. Este nó é também utilizado como uma coleira improvisada ou como
um freio de emergência.

Nó Prusik: Entre os nós autoblocantes, o Prusik é o mais conhecido.


Com ele é possível subir por uma corda fixa de forma segura e sem
muito esforço.

Assim, tem-se um nó que desliza livremente quando está sem carga,


mas que se bloqueia rapidamente quando tracionado.

Volta do Salteador: Utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma ponta fixa e outra que
quando puxada desata o nó.
Utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma ponta fixa e outra que quando puxada desata
o nó.
Nó utilizado em escalas ou rapel.
No seu uso deve-se ter o cuidado para não colocar peso no lado corrediço da corda, ação que faria
desmanchar o nó, provocando a queda o usuário.

Nó de Arnês: Serve para fazer uma laçada no meio de um


cabo de reboque, de maneira a não escorregar quando uma
pessoa lhe meta o ombro para puxar ou aplicar seu peso.
Útil para fazer estribos e alças para as mãos em uma corda
de trepar.

Em técnicas verticais, por sua característica de torção da


corda, também é utilizado para criar pondo de desvio em
uma ancoragem ou como lugar de ancoragem principal ou
secundária, podendo sofrer tensão nos dois sentidos.
Volta do Fiel Dupla: Utilizado para amarrar cabos de retenção e espia.

Volta Redonda com Cotes: Muito utilizado para amarrar o sisal que
estica um toldo a um espeque.

Cadeirinha de Bombeiro: É um tipo de nó que forma uma trama em


torno dos quadris adequada para descer ou guindar pela corda pessoas
sentadas.
É um nó simples e rápido de atar quando se precisa subir ou descer
(resgatar) uma pessoa de uma árvore, barranco ou outro ponto.
É seguro, porém mais utilizado em caso de emergência ou quando a
altura não oferece grandes riscos.

FALCAÇAS:

Sempre que compramos um cabo solteiro ou qualquer pedaço de cordelete suas pontas geralmente
acabam desfiando ou devem ser presas por uma fita adesiva (Durex ou fita crepe). Isso acaba estragando
o cabo se não for feito nenhum tipo de "contenção" nessas pontas, pois quanto mais o cabo vai sendo
utilizado maior será o dano causado ao mesmo.

Para evitar o desfiamento utilizamos uma técnica chamada Falcaça, que é um trabalho com cordas usado
para evitar que as pontas de cordas grossas ou cabos se desfiem. É feita com um barbante fino e, no
final, as pontas do barbante não devem aparecer.

Existem vários tipos de falcaças, porém a utilidade é a mesma, impedir o desfiamento das pontas de um
cabo ou corda.
Falcaça Simples: A Falcaça Simples é o tipo de nó falcaça mais simples cujo propósito é prevenir que
uma corda se solte.

Falcaça simples de um cabo para transporte: Falcaça simples na ponta de um cabo:

Uma falcaça é um trabalho com cordas usado para evitar que as pontas
de cordas grossas ou cabos se desfiem. É feita com um barbante fino e,
no final, as pontas do barbante não devem aparecer. Há várias maneiras
de falcaçar um cabo. Por norma é utilizado um fio fino que é enrolado
em torno do cabo junto à ponta do cabo. No caso dos cabos sintéticos,
independentemente da utilização de falcaças, devem-se queimar seus
chicotes.

Falcaça à Americana: Este é outro tipo de falcaça.

Falcaça Meia Volta Mordida: Outro tipo de execução de falcaça.


Falcaça de Agulha: Para segurar as pontas de um cabo, para que este não se desfie.

COSTURAS:

Costura em Pinha: Um Nó de Costura em Pinha é utilizado como forma de finalizar a extremidade de


uma corda de três fios para impedi-la de se desfiar. Isto consegue-se desemaranhando os fios, fazendo
um Nó de Coroa, e voltando a entrelaçar, em seguida, os fios em todo o comprimento da corda.
Costura de Alça: Serve para fazer uma alça na extremidade de uma corda.

Costura Singela: Também designada como costura redonda ou de emendar, serve para ligar dois cabos
idênticos entre si pelas extremidades.
AMARRAS:

Amarra Paralela: É uma das amarras utilizadas para unir dois bastões
que estão dispostos paralelamente. É comum utilizar esta amarra
quando se quer formar uma vara longa formada por várias curtas
interligadas.
Esta amarra normalmente é iniciada com o uso do Nó Volta do Fiel.
Dá-se várias voltas em torno das duas varas. Faz-se
o enforcamento (aperto da amarra) e finaliza-se com uma Volta Fiel.

Amarra Quadrada: Amarra utilizada para unir duas hastes


formando um ângulo de noventa graus. É a amarra básica para
a construção de qualquer pioneiria.
Inicia-se com a Volta do Fiel bem firme.
Arrisco dizer que a amarra quadrada é a senhora
das amarras, muito utilizada para móveis mateiros como
camas de mato, mesas, etc. Muito simples e muito útil.

Amarra Diagonal: Serve para aproximar e unir duas varas


que se encontram formando um ângulo em X. É muito
utilizada na construção de cavaletes de ponte, pórticos etc.

Para começar usa-se a Volta da Ribeira apertando fortemente


as duas peças, dão-se três voltas redondas em torno das varas
no sentido dos ângulos, e em seguida, mais três voltas no
sentido dos ângulos suplementares, arrematando-se com um
anel de duas ou três voltas entre as peças (enforcamento) e um
Nó Direito para encerrar.

Amarra de Tripé: É usada geralmente para construção de


tripés em acampamentos para segurar lampiões ou panelas,
bule, etc..
Inicia-se esta amarra dispondo três hastes de madeira
paralelamente, e fixa-se o cabo a uma delas com o nó Volta do
Fiel. O cabo então é passado alternadamente por cima e por
baixo de cada uma das três hastes. O enforcamento (aperto da
amarra) não é essencial, pois o próprio ajuste do tripé, que se
dá girando a haste do meio, já prende a amarra
satisfatoriamente.
MACHADO/MACHADINHA, FACA, FACÃO E CANIVETE:

Para o Elite a machadinha, faca, facão e canivete são ferramentas essenciais, principalmente em
acampamentos.
Quando você souber usar essas ferramentas, poderá construir um abrigo para passar a noite, uma
jangada, uma fogueira, abrir trilhas etc.

Machados e machadinhas:

Existem vários tipos de machados. A machadinha possui o cabo curto, com a cabeça metálica de mais
ou menos 700g e serve, principalmente, para cortar lenha. Existe o machado de lenhador, com o cabo
grande e a cabeça metálica pesando aproximadamente 1300g. Serve para cortar árvores e outros
trabalhos pesados.

A machadinha é a mais usada, pois é de fácil transporte e oferece mais agilidade nos trabalhos de
campo.

Usando a machadinha:

O modelo de machadinha mais usado é o chamado “canadense”, com o cabo duplamente curvado. A
parte oposta ao fio deve ser plana e NÃO terminada com uma ponta (muito perigoso).

O golpe com a machadinha deve ser dado sem esforço. Muitas pessoas pensam que com a força basta,
mas os Elites sabem que o uso da machadinha requer mais “jeito” que esforço físico.

A machadinha deve cortar simplesmente com a força de sua caída. A pessoa que a estiver usando,
somente deverá dirigir a direção dos golpes. Estes golpes deverão ser inclinados e alternadamente à
esquerda e direita (como um “V”); e não em linha reta, pois a madeira vai absorver grande parte do
impacto.
Você deverá trabalhar com sua machadinha livremente, em um espaço grande, sem obstáculos e sem
que nenhuma pessoa esteja por perto.

Toda madeira que se queira cortar deverá ser colocada sobre um tronco que sirva como apoio.
Ao dar a machadinha a outro Elite, nunca a jogue de longe, confiando na sua pontaria. Vá até seu
companheiro e entregue a machadinha em mão.

A machadinha sempre deverá ser levada em sua bainha de couro. Se você leva uma machadinha na
cintura, nunca a coloque na frente, leve-a sempre atrás. Se você tiver uma bainha, leve-a de alguma das
maneiras indicadas no desenho.

Para transportá-la com a mão, pegue-a pela parte de ferro com a parte cortante pra trás.

Afiando uma machadinha:

Segure a cabeça metálica com uma mão de tal maneira que o cabo aponte para cima e em direção oposta
ao seu corpo. Esfregue uma pedra com movimentos circulares sobre todo o fio de uma ponta a outra. Dê
a volta na machadinha e faça o mesmo com a outra parte do fio.

Para afiar com uma pedra de limar, apoie a cabeça metálica contra um tronco e contra uma estaca no
chão. Ajoelhe-se sobre um só joelho e apoie o outro pé sobre o cabo para manter firme a machadinha.
Coloque a lima sobre a parte cortante e empurre fortemente para baixo. Passe a lima inteira sobre o fio
com movimentos longos, regulares e retos, de um lado a outro.

Cuidados com a machadinha:

- Manter sempre afiada.


- Manter o cabo firme. Se o cabo se afrouxa, terá que ser apertado imediatamente ou trocado
(recomendado). Se quebrar, ele deverá ser substituído por outro novo. Um método para apertar um cabo
de uma machadinha é submergir a cabeça metálica em um balde com água e deixar ali toda a noite. No
dia seguinte a madeira estará inchada pelo efeito da água. É um procedimento temporário e usado
somente em caso de emergência.
- As machadinhas não devem tocar o chão quando você esteja cortando algo, pois ela pode perder o fio.
Sempre coloque um pedaço de madeira embaixo da lenha que você deseja cortar.
- Quando parar de usar a machadinha temporalmente crave-a em um tronco ou pedaço de madeira
morta. Quando acabar de usá-la, coloque a machadinha em sua bainha.
- Nunca use a machadinha como martelo para cravar metais.

Faca:

A faca do Elite é uma ferramenta de muitos usos. Deverá ser apropriada para comer, cortar pão, servir
na cozinha, talhar madeira ou cortar uma corda.

A faca ideal tem um tamanho médio: a parte metálica não deve superar 12 cm de comprimento e sua
grossura será de mais ou menos 3 mm. Deve terminar com uma ponta e ser afiada somente em um dos
lados. O cabo deve ser confortável, tanto pelo seu material como pela sua forma.
É muito importante que entre o cabo e a parte metálica exista uma proteção (guarda-mão), evitando
possíveis ferimentos ao usar a faca.

Cuidados com a faca:


- Mantenha sua faca sempre afiada e limpa e não a use como martelo.
- Sempre trabalhe com a faca em direção oposta ao corpo.
- Não coloque a parte metálica no fogo, pois isto estraga o metal.
- Nunca use qualquer tipo de material que sirva como martelo sobre a faca para perfurar ou cortar algo.
- Usar a faca como abridor de latas ou como um substituto da chave de fenda, faz com que ela se
estrague pouco a pouco.

Afiando uma faca:

Veja nos desenhos a maneira correta de amolar uma faca, que também serve para canivetes.

O facão:

Serve, principalmente, para cortar arbustos, galhos e bambus.

A forma do facão também é muito importante. Trabalhar com o facão é cansativo, por isso a parte
metálica deverá ser leve e resistente. O comprimento pode variar de acordo com o gosto ou estatura da
pessoa: existem os que preferem um facão curto, que permite trabalhar comodamente na mata fechada.
Porém, este tipo de facão precisa ser usado com maior força.
Um facão que, ao ser segurado pelas pontas dos dedos, não chega a tocar o solo, permite cortar bem
perto do chão sem precisar se agachar muito, o que é conveniente quando queremos abrir uma trilha
com uma mochila nas costas.

Como levar um facão:

O melhor lugar para levar o facão é dentro da mochila. Quando seu uso é frequente, é útil ter sempre
uma bainha preparada, de modo que possa levar o facão pendurado no cinto e dentro da bainha.

É aconselhável que a bainha possua algum mecanismo que trave o cabo do facão para que este não
escorregue e caia.

Os cuidados com o facão são os mesmos da faca.

Canivete:
Uma ferramenta essencial para todo Elite. Possui vários usos.

Cuidados com o canivete:


- Mantenha sempre limpo, seco e afiado.
- Não use o canivete caso esteja sem afiar.
- Conserve-o longe da terra, umidade ou pó.
- Não coloque o canivete perto do fogo.
- Limpe-o bem depois de usá-lo e coloque-o em sua capa, totalmente fechado, sem que a ponta fique
para fora do cabo.

Como entregar?

Estas são as maneiras corretas de entregar uma machadinha, faca, facão e canivete:

IMPORTANTE: uma norma básica de boa conduta e educação é não fazer apologia às armas brancas e
não brincar com elas, nem em público, nem sozinho. A machadinha, faca, facão e canivete poderão ser
levados no cinto quando realmente for necessário e somente em zonas de acampamento. Em zonas
urbanas, deverão ser guardados SEMPRE na mochila e dentro de suas bainhas.
FOGUEIRAS:

Não há nada mais agradável que um fogo de chão. Porém, existem certas
regras a respeitar.

Todo fogo precisa ar, calor e combustível (material) para queimar. Se


retirarmos um desses elementos, o fogo se apaga.

Uma fogueira serve para muitas coisas: se esquentar, preparar comida,


afugentar animais e insetos, iluminar, sinalizar, etc.

A seguir ensinaremos algumas dicas importantes para fazer uma fogueira de maneira segura e eficiente:

- Uma das principais etapas na confecção de uma fogueira é a escolha do lugar onde esta irá ficar.
Primeiramente escolha um bom local, de preferência uma clareira (evitando o risco de incêndios). Se
possível cave um buraco ou rodeie o local com pedras;

- Limpe a área e remova as folhas, raminhos, gravetos, musgo e capim seco, a fim de não estabelecer um
incêndio geral na floresta. Se o chão estiver seco, raspe tudo até chegar à terra pura. Se a fogueira tiver
de ser acesa sobre terra molhada, arme-a sobre uma plataforma de toras ou de pedras chatas;

- Não faça uma fogueira grande demais. As fogueiras pequenas exigem menos combustíveis e são mais
fáceis de controlar, além do que, o seu calor pode ser concentrado;

- Tenha um grande estoque de lenha para não ter que sair durante a noite procurando por mais e acabar
se expondo a riscos desnecessários;

- Jamais acenda fogo se há vento ou próximo à vegetação muito seca.

Tipos de Fogueira:

Existem vários tipos de fogueiras, sendo cada uma usada para fins específicos, pelo que se convém saber
como e onde fazer cada uma delas.

Fogueira de Caçador: Um dos melhores para cozinhar. Escolha


dois troncos verdes usadas para apoiar as panelas. Mantenha o fogo
baixo. Acrescente lenha quando for necessário. Os troncos verdes
podem ser substituídos por grandes pedras ou tijolos adequadamente
empilhados. Aconselhável utilização de grelha para apoiar as
panelas.

Fogueira Estrela: Boa para conversar com os amigos, pois fica acessa por
bastante tempo e não precisa de muita lenha. O fogo é de longa duração,
com calor brando. Consome pouca lenha e não é necessário cortá-la.
Quando o meio queimar basta empurrar a lenha mantendo sempre a estrela.
Fogueira Pirâmide: A lenha é empilhada de pé, com a base aberta e um
ponto superior central. De fácil montagem, tem o perigo eminente de cair
em consequência do fogo. Não pode ser construída muito grande. Gera
muito calor e consome muito rápido a lenha, precisa-se de grandes
quantidades de toras para reposição.

Fogueira Quadrada: Ótima para iluminar. Fogueira típica de festas


juninas. Na base usamos trocos mais grossos.

Como Acender Uma Fogueira Sem Fósforos?


Utilizando madeira podre, fibras vegetais, corda, ramagens secas, tiras finas de casca de árvore, madeira
pulverizada bem seca, fios de pano, gaze para curativos, penas finas de pássaros ou ninhos de passarinho
ou de ratos campestres prepare uma mecha (ou isca) e acenda-a utilizando um destes métodos:

Com lente de vidro:


A chama poderá ser obtida fazendo-se incidir na isca os raios solares,
através da lente de um binóculo, de uma câmera fotográfica, lente de óculos,
etc. Concentre os raios solares sobre a mecha com uma lente, que pode ser a
de uma máquina fotográfica ou a lente convexa de um binóculo.

Com pilhas e Bombril:


Um pedaço de palha de aço (bombril) ligado aos pólos de uma pilha incendiar-
se-á facilmente. Pegue uma pilha, espiche e enrole uma fina mecha de bombril e
feche curto ligando as pontas + e - da pilha. O bombril não agüenta a carga e
incendeia.
OBS: - A fumaça é resultante de uma combustão incompleta. O fogo precisa bastante ar para queimar
bem, portanto, não sufoque-o com muita lenha. A fumaça tem uma única vantagem, afasta moscas,
mosquitos e outros insetos...
ALIMENTAÇÃO:

Quando falamos em prioridades da sobrevivência, a alimentação está em quarto lugar.

Vejamos por que: De acordo com o código internacional de sobrevivência esta colocação se deve a regra
dos 3: 3 minutos sem ar, 3 dias sem água e 3 semanas sem comida.

Além disso, devemos lembrar que existem alguns alimentos, como as proteínas, que exige muita água
para que ela seja digerida pelo organismo.

Por esse fato é que ela está em quarto lugar, depois da água, vamos relembrar as
prioridades, abrigo, fogo, água e alimento.

Na selva existem muitos alimentos, muito mesmo, é como um supermercado, porém se você não
conseguir identificar ou “ler o rótulo desses alimentos” se torna impossível saber o que é comestível e o
que fará mal.

Vamos a alguns exemplos de alimentos encontrados em todas as matas, cupins, grilos, gafanhotos,
lagartas, baratas ....
Formigas, borboletas, ratos, roedores .....

Rãs, sapos, girinos, lagartos, lagartixas, etc...

Essas são algumas das fontes de proteínas mais fáceis de você encontrar na natureza.
Saboroso não é verdade?

A comida da selva nem sempre será apetitosa e de boa aparência, porém seus valor nutritivo justifica seu
consumo. As larvas de cupim, formigas e o próprio inseto são 80% proteínas, isso quer dizer que 100g
de formiga tem a mesma quantidade de proteína que um bife de 300g.

Ovos de pássaros seja ele qual for, pode ser consumidos desde que não estejam estragados, mas, para
come-los, é necessário estar hidratado, caso contrário, cozinhe os ovos e coma somente a gordura, a
clara do ovo, e guarde a gema rica em proteína para quando encontrar água.

Temos que deixar a frescura de lado e fazer o possível para permanecermos vivos, até que sejamos
resgatados.

FRUTAS:
Frutas que as aves estão comendo são seguras para comer? Nem sempre.

Algumas aves podem comer frutas verdes e com látex, que não fará mal algum a elas, mas para o ser
humano pode significar sua sentença de morte, pois o látex é altamente corrosivo e pode sim corroer o
esôfago garganta levando a uma morte lenta e dolorosa.

Muito cuidado com figos silvestres, eles são a principal causa desse tipo de incidente nas matas.

Mas, não se preocupe, de modo geral, apenas 20% das frutas causam danos ao ser humano, as demais
nos fazem bem e nos ajudam a permanecer vivos.

As palmeiras, brotos de bambu são ótimas fontes de carboidratos, limões, entre outras, ajudam a matar a
sede e fornecem vitaminas essenciais para o sobrevivente.

Você pode passar até três semanas sem comer, mas se você ficar um longo período sem se alimentar,
corre o risco de sofrer de inanição (Extrema debilidade ou condição de fraqueza extrema causada
pela ausência de alimentação) e seu corpo rejeitar todo e qualquer alimento que você ingerir, por isso a
importância de saber o que comer e onde procurar, e manter-se alimentado sempre que possível.
Lembre-se: o processo de inanição não demora muito para ocorrer em um ambiente hostil, aonde se
queima fácil 3 a 4 mil calorias por dia, e você precisa repor as calorias que perde, pois nesse caso a
inanição é um risco presente a cada minuto que você passa dentro da mata.

As frutas que contem muita água são bem vindas nessa situação, pois você pode matar a sede com a
vontade de comer.

Não se alimente de proteínas sem estar hidratado, pois a combinação de um ambiente quente, você
desidratado e comer proteína pode ser seu fim, você pode sofrer de intermação (aumento da
temperatura corporal e pelo mau resfriamento do corpo, por incapacidade de se resfriar
adequadamente), pois acelera o processo de desidratação além de gerar calor metabólico, que em uma
situação de sobrevivência pode ser fatal.

Se estiver muitos dias sem se alimentar coma pouco e bem devagar para acostumar seu corpo a se
estruturar novamente física e mentalmente.
Haja com bom senso, não se arrisque, se não sabe o que é, não se aventure, não corra risco
desnecessários, pois mesmo enfraquecido você pode ficar vivo e ser encontrado.

COMO TESTAR SE UMA PLANTA É COMESTIVÉL

Épocas drásticas pedem medidas drásticas.

Se você um dia ficar perdido no mato por muitos


dias sem comida, você vai ter que achar um meio
de se alimentar. Se estiver preparado e conhecer
a área, você não vai ter problemas em encontrar
plantas comestíveis,

No pior cenário, no qual você não vai conseguir saber se uma planta é segura, siga estas regras:

1. Algumas plantas são letais, sempre existe uma chance de que uma planta lhe deixe mal.
Dependendo do seu nível de atividade, o corpo humano pode passar dias sem comida, e é melhor estar
com fome do que envenenado;

2. Encontre uma planta que exista em abundância. Você não quer ter que testar a planta se não
existir o bastante para comer;

3. Não beba ou coma nada exceto água pura por oito horas antes do teste;

4. Separe a planta em partes. Algumas plantas têm partes comestíveis e partes venenosas;

5. Descubra se a planta tem veneno de contato. Uma planta deste tipo


causa irritação só de encostar na pele. Esfregue a parte da planta no
interior do cotovelo ou pulso. Esmague a planta, de modo a deixar a seiva
tocar a pele, e deixe ali por 15 minutos. Se o local se alterar nas próximas
8 horas, não continue o teste com esta planta;

6. Prepare uma pequena porção da planta. Algumas plantas só são venenosas cruas, e é uma boa
ideia cozinhar a planta, se isto for possível. Se não puder cozinhar a planta, teste ela crua.

7. Segure um pedaço pequeno da parte cozida contra um lábio por 3 minutos. Não coloque dentro
da boca. Se sentir alguma reação, uma queimação ou coceira pare os testes.

8. Coloque outra porção na língua por 15 minutos. Se sentir algo, pare os testes.

9. Mastigue a planta e segure-a na boca por 15 minutos. Mastigue bem, e não engula. Pare os testes
se sentir algo.

10. Engula e espere oito horas. Não coma ou beba nada durante este período exceto água pura. Se se
sentir mal, enjoado, provoque vômito imediatamente, e beba bastante água. Se tiver carvão ativo, tome
ele junto com a água. Pare os testes se tiver qualquer reação adversa.
11. Coma 1/4 de xícara da mesma planta preparada do mesmo modo. É importante usar a mesma
parte da mesma planta, e preparar do mesmo modo que usou na amostra inicial.

DICAS IMPORTANTES SOBRE O TESTE:

1 - Comece um novo teste se a parte escolhida falhou.

2 - Se a primeira planta tiver falhado já no teste de contato, você pode imediatamente testar uma outra
planta no seu outro braço, ou atrás do joelho.

3 - Se a planta causou uma reação antes de ser engolida, espere até que os efeitos tenham passado antes
de testar outra planta.

4 - Se a reação aconteceu depois de ingerir, espere até que os sintomas tenham passado.

5 - Apesar de poder haver outras partes da mesma planta que sejam comestíveis, é preferível testar outra
planta.

6 - Frutinhas agregadas como a amora e a framboesa sempre são seguras para comer;

7 - Sempre cozinhe as partes subterrâneas de plantas, para matar bactérias e fungos;

8 - Descasque frutas tropicais maduras e as coma cruas. Se tiver que comer uma fruta verde, cozinhe
antes. Siga todos os outros testes com estas frutas a não ser que saiba que ela é comestível;

AVISOS:

FIQUE LONGE DO “CAL” - “Cabeludo, Amargo e Leitoso”. Se o fruto em questão tiver essas três
características somadas, nem pense em comê-lo.

•Evite plantas espinhosas;

•Evite cogumelos e outros fungos. Existem muitos fungos comestíveis, mas a maioria é letal;

•Evite plantas com folhas lustrosas, reluzentes com folhas em grupo de três;

•Evite plantas com frutinhas amarelas ou brancas;

•Evite plantas com flores no formato de guarda-chuva;

•Evite plantas com seiva leitosa e bordas pegajosas;

•Não presuma que uma planta que é comestível cozida é comestível crua;

•Não presuma que uma planta é comestível só porque você viu animais comendo ela;

•Evite plantas com cheiro de amêndoas ou sabão;


•Procure frutos que estejam bicados por pássaros ou mordidos por animais. Os peritos em sobrevivência
na selva garantem que 90% do que os animais comem também pode ser consumido pelos humanos

COMIDA MATEIRA:

Comida Mateira é a técnica de se cozinhar sem


a utilização de utensílios domésticos. É a comida
típica dos Elites nos acampamentos. Preparar a
própria comida é um desafio e sempre uma
grande distração para os jovens. As técnicas de
cozinhar em acampamento fazem parte do
programa de treinamento dos Elites. A comida
mateira ainda é uma importante alternativa a
comida rotineira industrializada.

Para sua realização, o Elite geralmente precisa improvisar para substituir os utensílios comuns, como as
panelas, fogões e talheres. Os alimentos são geralmente feitos diretamente na fogueira, como milho
assado, maçã ou banana na brasa, cebolas douradas e o pão do caçador. Esse aprendizado culinário tenta
também quebrar o estigma de que os meninos não sabem cozinhar. Nos acampamentos, meninos e
meninas sempre dividem as tarefas na cozinha.

Um dos principais componentes para se fazer comida mateira é o papel alumínio. Cozinhar em papel
alumínio é a versão moderna de cozinhar em folhas ou argila. É limpo, fácil e sem panelas para carregar
ou pratos para lavar. O Papel alumínio é usado para grelhar, cozinhar, fritar, dourar e cozinhar alimentos
no vapor. Cozinhar no vapor se faz selando o alimento num envelope de maneira que a umidade não
possa escapar. O papel alumínio também pode ser encontrado as caixinhas de leite longa vida. Estas
caixinhas podem ser transformadas em uma eficiente panela.

Para improvisar um prato, pode ser usado um nó de bambu grosso cortado ao meio, ou ainda cascas
duras de árvores.

Já os talheres podem ser substituídos por bambus esculpidos. Com bambu também podem ser feitos
palitinhos chineses.

Para a conservação dos alimentos, pode ser usada a água corrente de um rio.

Alimentos imersos em água corrente podem substituir eficientemente uma geladeira.

Existe vasto material na internet que ensinam as técnicas e truques da cozinha mateira.
FOGÃO SUSPENSO:

Querendo um pouco mais de conforto na hora de cozinhar elaboramos em um acampamento este fogão
suspenso.

Para fazê-lo começamos montando um suporte de bambu recoberto por folhas de palmeira. O próximo
passo foi adicionar uma cama de barro e pedras, montamos as paredes com muita terra, pedra e água.
Após isso colocamos barras de ferro que funcionaram como grelhas e pronto!
Com algum trabalho evitamos aquela dorzinha nas costas de ter de ficar sentado no chão para preparar o
almoço.
CONSTRUIR UM ABRIGO NATURAL:

Existe uma inesgotável diversidade de modelos de


abrigos e formas de acampar que só a experiência nos
ensina. Uma simples lona em forma de tenda basta para
construirmos um abrigo. Outro fator importante é
sabermos aproveitar os materiais que a natureza nos
oferece para a montagem de nosso abrigo. Não importa
a altura de um abrigo ou o material que contamos para
construí-lo, o importante é utilizar o que esta ao nosso
alcance, para fazer da vida ao ar livre uma arte.

A sobrevivência e a busca de conforto no campo


desenvolvem o talento de fazer com uma lona plástica,
diferentes desenhos de abrigos e tendas para
acampamentos improvisados. Isso não quer dizer que não se tenha programado o acampamento, e sim
que, com a lona que faz parte do equipamento, pode-se adaptar-se facilmente as necessidades em caso
de alguma emergência.

A escolha do local é muito importante, tente escolher uma área elevada e com um pequeno caimento,
pois no caso de chuva você não correrá o risco de ter seu abrigo ou barraca alagada. Jamais monte seu
abrigo na encosta de morros que apresentam riscos de desabamento, bem como sob árvores velhas que
podem ter galhos derrubados com o vento.

Carregar na mochila uma lona plástica é imprescindível, pois além de poder proteger a própria mochila,
serve para construir abrigos e nos proteger do sol, vento, frio e chuva, também como isolante do chão
úmido e gelado, devendo fazer parte do equipamento para excursões e jornadas.

ARMADILHAS:

Armadilha é um artefato ou tática utilizada para prender, capturar ou causar algum dano a um ser ou
alguma coisa.
Armadilhas podem ser: objetos, gaiolas, buracos, redes, ratoeiras, etc.

Muitas são os materiais e as técnicas utilizadas para a construção de armadilhas.


Armadilhas para animais terrestres:

A eficiência na utilização das armadilhas depende de dois fatores: A correta confecção da armadilha e
o sistema de gatilho para desarme da mesma. O desarme tem que ocorrer com um toque muito sutil
do animal quando vier comer o alimento ou passar pelo laço armado na trilha.
Importante também ressaltar a
utilização da isca, para atrair o animal
até a armadilha. Geralmente são
utilizados restos de alimentos ou frutas
como iscas. Também podemos utilizar
excrementos, insetos, entranhas de
animais, etc...
As arapucas são muito utilizadas para captura de aves e pequenos animais. A facilidade em fazer uma
arapuca justifica sua larga utilização.

Para aves as iscas mais utilizadas são sementes, frutas e alguns tipos de insetos.

Gatilho isca
ARMADILHAS PARA PEIXES:

Para esta armadilha devemos usar um galho de


arvore ou uma vara cravada ao chão. Na posta
deste amarra-se o gatilho. Curva-se o galho e
prende o mesmo na outra parte do gatilho que
estará cravada ao chão.

Não se esqueça de prender a linha de pesca com


anzol e isca.

Podemos também construir armadilha com garrafa pet conforme passos abaixo. Esta armadilha deverá
ser posta no fundo do riacho ou lagoa com a isca (pão) dentro e deverá estar presa com uma linha ou
corda para não ser levada embora.
A mesma armadilha poderá ser feita com bombonas de água, cestas de roupas ou galões plásticos.

Covos: São petrechos de pesca,


transportáveis, que contam com uma ou mais
abertura (funil de entrada), para a entrada do
pescado, sendo muito eficaz na captura de
espécies de pouco movimento que vivem
próximo ao fundo.

Estes funis podem ser feitos de madeira,


taquara, arame ou tela de rede que são presos
á parede de armadilhas e esticadas com
tirantes no interior destas.

Na face superior ou lateral existe uma


abertura (janela de vista), para se retirar o
pescado capturado.
MEIO AMBIENTE: INTERAÇÃO EM ATIVIDADES DE CAMPO:

A contradição nas relações Homem-Natureza


consiste principalmente nos problemas dos
processos industriais criados pelo Homem. Esse
processo é visto como gerador de desenvolvimento,
empregos, conhecimento e maior expectativa de
vida. Porém, o homem se afastou do mundo natural,
como se não fizesse parte dele. Com todo esse
processo industrial e com a era tecnológica, a
humanidade conseguiu contaminar o próprio ar que
respira, a água que bebe, o solo que provém os
alimentos, os rios, destruir florestas e os habitats
animais. Todas essas destruições colocam em risco a
sobrevivência da Terra e dos próprios seres
humanos.
É importante haver um processo participativo e
sustentável, cada um fazendo a sua parte e
respeitando o ciclo de cada ser existente no planeta.
O Elite deve ser estimulado a desenvolver atividades de preservação do meio ambiente na sua
comunidade, seja no campo ou na cidade. Dessa forma, tanto o jovem aprende a importância e
responsabilidade das suas ações em um contexto local e global, quanto contribui para a sociedade como
um todo.

Em nossas atividades de campo, devemos observar algumas regras para preservar o meio
ambiente:
O Elite preserva a vegetação nativa do local onde vai acampar, não desmata e toma muito cuidado
1 para que suas fogueiras não causem incêndios. Usa somente o necessário;

Sempre que acampa perto de curso d’água o Elite evita tomar banho ou lavar panelas e roupas no
2 local, pois os sabões e detergentes convencionais são poluentes. Para lavar as panelas usar sabão
biodegradável;

O Elite não caça ilegalmente, não leva pra casa animais silvestres e não maltrata animais ou
3 plantas que encontra em suas atividades;

O Elite separa muito bem o lixo em sua casa ou no grupo, e contribui para a coleta seletiva do
4 lixo. Também não joga lixo pelos locais públicos, zelando por uma cidade mais limpa;

O Elite planeja muito bem as suas refeições, para que nunca falte ou sobre comida, evitando
5 desperdício;

Elites procuram incentivar atitudes de controle à poluição, como pegar carona, ir de ônibus,
6 bicicleta ou a pé;

Os Elites evitam usar produtos químicos em suas atividades ao ar livre, pois estes podem poluir o
7 solo, as águas ou envenenar animais;
ÁGUA:

A água é um recurso natural indispensável para a sobrevivência


dos animais e vegetais no planeta Terra. Todos os seres vivos
dependem dela para sobreviver e para garantir a permanência
da espécie – a água sustenta a vida. Para a vida humana,
inegavelmente a água é o elemento mais crítico e importante.

Embora este recurso seja encontrado em abundância em nosso


planeta (cerca de 70% da superfície é composto por água), somente
4% da água é doce, ou seja, própria para o consumo. Entretanto,
apesar de toda a sua importância, a água é um recurso que pode
acabar e, por isso, exige cuidados em relação à quantidade de uso, à
sua qualidade, às suas fontes, à sua distribuição desigual pelo
planeta, além de planejamento e custeio de tratamento, de
conservação e proteção.
É de fundamental importância que o ser humano busque formas de usar a água de forma racional e
inteligente. Economizar água para que não falte no futuro é o grande desafio ambiental neste início de
milênio.

Processos de filtragem e purificação da água:

Toda água para ser consumida precisa ser purificada. A água possui várias impurezas, e essas impurezas
precisam ser retiradas para que o ser humano possa consumi-la. Vários são os processos de purificação
da água. Vamos conhecer quais são esses processos!

Fervura:

Esse processo é muito simples e eficaz, é utilizado por pessoas


que não possuem filtro em casa para a retirada de impurezas da
água.

A fervura deve durar em torno de 15 a 20 minutos para que possa matar todos os micróbios contidos na
água. Para que essa água fervida possa ser consumida é preciso que se espere até a água voltar na
temperatura ambiente. Depois, para que não fique com o gosto ruim, é necessário que se agite ou
misture a água, pois dessa forma o ar que foi eliminado com a fervura volta a se misturar na água.
Filtração:

Esse também é um processo simples de purificação de água. É o mais comum utilizado


nas casas e o mais viável também. Esse método consiste em passar a água por uma
porcelana porosa (vela) em que a maior parte das impurezas fica retina na vela. Na parte
de cima do filtro fica a vela, em que é colocada a água para filtrar. Essa água passa pela
vela e é depositada na parte de baixo, já livre das impurezas, e boa para o uso. É preciso
que se realize a limpeza diária na vela, e que sua troca seja realizada pelo menos uma
vez por ano.

Podemos também improvisar um filtro com garrafa pet. Você vai precisar de:
• 1 garrafa PET;
• Algodão;
• Areia para aquário;
• Pedras pequenas para aquário;
• Carvão em pó;

Modo de fazer:
Corte a garrafa PET em dois pedaços. Vire a parte superior da garrafa,
deixando o gargalo para baixo. Coloque o algodão neste local e, acima dele,
uma camada de carvão, outra de areia e finalize com uma de pedras. Depois
de acomodar todos os itens, encaixe essa parte da garrafa sobre a outra que foi
recortada (esta servirá como suporte para o filtro).

OBS: Coloque a água com terra, veja que a sujeira ficará retida no filtro.
A água sairá limpa, porém, não é própria para o consumo, para isso adicione hipoclorito de sódio.

Destilação:

Esse processo já é mais complexo e somente pode ser usado em um


aparelho chamado destilador. Esse aparelho é mais utilizado em
pesquisas em laboratório e pela indústria de forma geral. Para utilizar
esse processo é preciso que a água seja aquecida em um recipiente de
vidro e que atinja a temperatura de fervura liberando os vapores de
água. Esses vapores passam por um condensador. Nesse condensador o
vapor passa pela serpentina que se resfria e tornasse líquido novamente.
Esse líquido é a água destilada. Sendo assim, podemos entender que a
água destilada é uma água pura, sem nenhum tipo de substância ou impurezas.

Dica da Vovó:
Em casa recorrendo a equipamento que em princípio já temos em nossas
casas. Necessitamos de um uma boca de fogão, uma chaleira e de dois
copos. A água vai ferver no interior da chaleira. Quando sair pela
abertura da chaleira, sai em forma de vapor de água. O vapor de água tem
uma temperatura elevada, e ao encontrar a superfície fria do copo,
condensa (passa novamente para o estado líquido). A água agora no
estado líquido vai escorregar pelo copo apoiado na abertura da chaleira e
cair no copo de captação em baixo.
FONTES NATURAIS DE ÁGUA POTÁVEL:

Existem fontes confiáveis de água, que a natureza


disponibiliza como uma fonte natural e livre de
qualquer tipo de contaminação.

Um exemplo clássico é a água retirada de bambu ou


cipós d’água, são fontes que o Elite deve aproveitar
em qualquer ocasião, se você acha-los na mata, deve
fazer uso desses recursos. Pois eles podem
literalmente salvar sua vida. Mas cuidado com a
água do bambu, existem animais pequenos
chamados brocas que entram no bambu e contaminam
a água com suas fezes e seu próprio corpo, que se
decompõe ao longo do tempo que passam ali dentro, a
água deve ser totalmente incolor e sem odor
algum.

Existem várias espécies de cipós, porém somente alguns fornecem água, mas os cipós com seiva leitosa
e qualquer planta que apresente seiva com cor branca como um leite devem ser evitadas, pois em
sua maioria são “venenosas”.

CUIDADOS COM O LIXO:

Coleta seletiva: O reaproveitamento do lixo:

O processo de reaproveitamento mais antigo do Brasil. Isso ocorre com a coleta de papel, papelão,
colchões, móveis, vidros, ferro-velho e outros utensílios abandonados. Com isso o Brasil ganhou
destaque mundial na recuperação, à frente dos EUA e do Canadá.

A Importância da Reciclagem:

A reciclagem do lixo assume um papel fundamental na


preservação do meio ambiente, pois, além de diminuir a extração
de recursos naturais ela também diminui o acúmulo de resíduos
nas áreas urbanas. Os benefícios obtidos são enormes para a
sociedade, para a economia do país e para a natureza. Embora não
seja possível aproveitar todas as embalagens, a tendência é que tal
possibilidade se concretize no futuro.

O Que Pode Ser Reciclado:

Nem tudo que vai para o lixo pode ser reciclado. Os produtos que não podem ser utilizados como
matéria-prima, são chamados de rejeitos. Para um produto poder ser reciclado, e para que essa
reciclagem valha a pena, é preciso que:
- o resíduo esteja presente no lixo em concentração.
- o resíduo seja fácil de separar.
- o resíduo tenha valor como matéria-prima.
RECICLAGEM DOMICILIAR:

 Papel e Papelão

Para fabricar papel e papelão são necessários 3 ingredientes : água, energia e fibra de celulose. As fibras
são obtidas da madeira, principalmente dos eucaliptos. Hoje o Brasil tem uma das maiores reservas
mundiais dessa espécie, que aqui serve também para produzir carvão vegetal. Com a reciclagem do
papel e papelão, se economiza muitos troncos de eucalipto, reduz o consumo de energia elétrica nas
instalações industriais e ainda ajuda-se a proteger o meio ambiente. Esse material pode ser reaproveitado
várias vezes e para a sua qualidade não diminuir, fazemos o acréscimo de novas fibras. Certas
embalagens como papéis com produtos laminados, ou mesmo sujos, não são reaproveitados.

 Vidros

A reciclagem de vidros vem sendo vantajosa, principalmente ao meio ambiente, que sofre com a retirada
de areia, para a fabricação de vidros, que causa erosão acelerada e sujeira dos rios. No entanto,
lâmpadas, espelhos, cristais, entre outros, ainda não são reciclados pelo meio convencional. A
quantidade de vidro no lixo domiciliar é pequena e isso dificulta o resgate desse material. Portanto, os
principais fornecedores de vidro, são as próprias indústrias que utilizam o vidro. No Brasil, o 1º projeto
com essa finalidade teve início em 1986, hoje esse tipo de programa se destaca em todo o país.

 Plásticos

A fabricação de materiais plásticos absorve cerca de 3% da produção mundial. Quando não havia
plástico, os homens usavam chifres, cascos e ossos, para produzir inúmeros artigos. Quando o plástico
sintético passou a ser produzido em larga escala, fez sucesso nas indústrias e possibilitou a fabricação de
vários utensílios com esse material, ajudou também na medicina, com a utilização de materiais
descartáveis a base de plásticos. A super produção desse material, no futuro pode acabar com as fontes
de petróleo existentes, por isso a reciclagem de plásticos é tão importante para o meio ambiente.

 Latas

Praticamente todos os tipos de latas existentes são recicláveis. Isso contribui para com o meio ambiente,
que sofre com o alto consumo de energia, utilizado na purificação da bauxita, e ainda com a construção
de hidrelétricas. Com a reciclagem, esses danos ao meio ambiente diminuem bastante. No Brasil as latas
ainda contém alto teor de elementos que contaminam o metal. Contudo, essa reciclagem, juntamente
com as sucatas de ferro, economiza o equivalente a um barril e meio de petróleo na produção de uma
tonelada de aço.

 Coleta Seletiva

A coleta seletiva é um tipo de coleta de lixo onde ocorre a separação desse material em grupos. Essa
coleta ainda não acontece com resíduos alimentares como ocorre em outros países, porque para se ter
essa coleta é preciso infra-estrutura. Com essa estrutura fica mais fácil esse processo, pois tudo tem que
ser limpo, apesar da matéria vir do lixo.
Existem duas maneiras para essa coleta:

1. Um caminhão de coleta especial passa nas ruas em dia predeterminados.


2. Grandes recipientes são colocados em locais de fácil acesso aos moradores.

O Lixo nos Acampamentos:

Após todas essas informações, certamente você deverá tomas todos os cuidados possíveis com o lixo
gerado em nossos acampamentos ou atividades afins.
Vejamos algumas orientações que podem nos ajudar:
- Procure gerar o menor possível de lixo;
- Separe adequadamente o lixo, não somente da patrulha, mas de todo o grupo, se for o caso;
- Defina um local adequado para acondicionar o lixo, de modo que não haja o risco de juntar moscas e
outros animais durante o acampamento, bem como evitar o cheiro desagradável;
- Não deixe nenhum tipo de resíduo no local do acampamento;
- Não esqueça, você deve deixar o local melhor do que o encontrou.
ORIENTAÇÃO:

Saber se orientar em uma região desconhecida é uma habilidade básica que todos os aventureiros
deveriam conhecer, afinal de contas, ficar perdido é uma coisa que pode acontecer com qualquer pessoa.
Esse texto pretende ensinar como usar uma bússola e um mapa para se orientar em uma região e assim
determinar a sua posição em um mapa e a direção correta para se chegar até um determinado ponto.

Orientação por Bússola:

A bússola foi, é, e sempre será um dos instrumentos de orientação


mais importantes que possuímos. Ela foi muito utilizada nas grandes
navegações, tal como no descobrimento do Brasil.

O princípio de funcionamento de uma bússola é muito simples: uma


agulha imantada apoiada sobre uma pequena haste e empilhada em
um líquido especial (querosene ou xilene) aponta sempre a direção
norte, sendo magneticamente atraída para esse pólo. No visor da
bússola temos também a rosa dos ventos, para determinar a leitura
com precisão.

Como Usar Uma Bússola:

No primeiro momento, é necessário verificar se a bússola não está travada. Caso esteja, após ser
destravada, a "agulha" girará por alguns segundos, até firmar-se num mesmo ponto, indicando o norte.
Girando-a cuidadosamente, faz-se a PONTA da agulha coincidir com o N do mostrador, delimitando
assim com exatidão os quatro pontos cardeais, suas divisões e subdivisões.

Como Fazer Uma Bússola:

Pegue uma vasilha com água, corte um pedaço de


rolha ou isopor e transpasse um alfinete, após ter
esfregado bem uma de suas pontas no cabelo.
Colocando o disco na água ele vai boiar, e o alfinete
com a ponta imantada apontará para o Norte.

Cuidados com Sua Utilização:

1. Deve ser manuseada com cautela, pois danifica-se com facilidade e perde o seu caráter de precisão;
2. Quando não esta sendo utilizada, deve ser travada. Em todas as bussolas existe o mecanismo de
travagem respectivo;
3. Quando estamos utilizando, deve ser colocada na posição horizontal;
4. Nunca devemos deixar a bússola próxima de objetos metálicos ou elétricos;
Orientação pelo Sol:

Na falta da bússola, podemos nos orientar pelo sol. O Sol


sempre nasce no leste e se põe no Oeste.

O sol serve como referência para a orientação e inclusive


para saber a hora em que estamos (hora solar).
Sabemos que o sol nasce no leste (L ou E) e se põe no oeste
(O ou W); se acordarmos assim que o sol estiver nascendo,
poderemos localizar no horizonte o mencionado E (ou L).
Basta estender o braço direito para o lado em que o sol vem
nascendo, que é o leste, e teremos: oeste à esquerda, norte na
frente e sul nas costas. Se for à tarde, basta estender o braço
esquerdo para o lado em que o sol vai se ocultando, que é o
oeste, e teremos da mesma maneira: leste à direita, norte na
frente e sul nas costas.

Orientação por Mapa e Bússola:

Ao utilizar um mapa e uma bússola ao mesmo tempo, devemos ter em mente que as direções do mapa
estão baseados no “NORTE VERDADEIRO” e as da bússola no “NORTE MAGNÉTICO”.
Em um mapa topográfico encontramos uma flecha que indica o Norte Verdadeiro e outra que indica o
Norte Magnético, desviada ligeiramente para a direita ou para a esquerda da primeira.
Como a ponta da agulha imantada aponta par a o norte magnético, ajusta-se o mapa para que este
coincida com a bússola traçando linhas paralelas (magnéticas) na direção norte-sul.

Carta Topográfica:

É a representação, em escala, sobre um plano dos acidentes naturais e artificiais da superfície terrestre
de forma mensurável, mostrando suas posições planimétricas e altimétricas. A posição altimétrica
ou relevo é normalmente determinada por curvas de nível, com as cotas referidas ao nível do mar.
Assim, carta topográfica é o documento que representa, de forma sistemática, geralmente
em escalas entre 1:100.000 e 1:25.000, a superfície terrestre por meio de projeções cartográficas.
Note que cartas topográficas não são mapas, embora guardem com esses muitas semelhanças. Ao
contrário dos mapas, que representam certas porções bem definidas do espaço terrestre, como cidades,
estados, mares, países, cujos limites são físicos ou políticos; os limites de uma carta topográfica são
matemáticos, geralmente meridianos e paralelos.
É elaborada a partir de aerofotogrametria. Acidentes naturais e artificiais onde elementos planimétricos
(obra) e altimétricos (relevo) são geometricamente bem representados.
Utilizada para delimitação de bacias, visualização de pequenos corpos de água, para preservação e
recuperação condutas de águas degradadas.
Posicionando a carta topográfica em relação ao terreno:

O primeiro passo para se orientar com eficiência


é seguir os passos de um processo conhecido
como ESAON (Estacionar – Sentar – Alimentar –
Orientar – Navegar). Claro que nem sempre
podemos comer. Mas ajustar o mapa com calma é
fundamental para evitar uma leitura errada da
carta e acabar ainda mais perdido por causa disso.
A parte de cima de um mapa aponta sempre para
o norte, sabendo disso basta pegar a bússola e
descobrir para onde ela aponta. Descoberta a
direção alinhe o norte do mapa com o norte
apontado pela bússola. As linhas meridionais da
bússola devem ser alinhadas com as linhas da
carta topográfica. Não se esqueça de calcular a
derivação magnética usando os dados que estão
na carta topográfica para alinhar o mapa com
perfeição.

Pronto, agora que a carta está posicionada é hora de escolher dois pontos que estejam bem visíveis no
terreno (montanhas, lagos, estradas, etc...) e usar um procedimento conhecido como triangulação para
achar a sua posição atual e assim traçar a rota que será usada.

Triangulação – Achando sua Localização no Mapa:

Mantenha o mapa posicionado e escolha pelo menos dois pontos de referência na sua frente. Identifique
estes pontos no mapa. Tire o azimute desses pontos. Faça um ponto de referência primeiro, logo em
seguida, sem tocar no limbo giratório da bússola, localize este ponto no mapa e encoste a régua da
bússola nele. Alinhe o norte da agulha magnética com o norte do mapa, risque uma linha na carta
usando a régua da bússola (Figura 1). Repita o procedimento para o segundo ponto de referência (Figura
2).

Figura 1 Figura 2

O cruzamento dessas duas linhas representa o local aproximado onde você se encontra no mapa (Figura
abaixo).

Depois de definir sua localização você poderá tirar o azimute de um ponto para onde você pretende ir e
assim navegar pelo terreno.

Lembre-se de escolher trechos mais planos e menos íngremes se for possível, isso facilita a sua
navegação e reduz o seu desgaste físico.
MEDIDAS PESSOAIS:

As medidas do Corpo:

Quem faz trabalhos de pioneiria e calcula distâncias deve conhecer com exatidão suas medidas pessoais
nas várias partes do corpo, que exemplificaremos a seguir com as medidas médias de um homem adulto:

A polegada:

Falange do polegar - 2,50cm

O Palmo:

Com a mão aberta, meça a distância entre as duas


extremidades mais distantes, ou seja, da ponta do polegar até a
ponta do dedo mínimo.
Esta unidade pode ser usada para medir pequenas superfícies. -
22,50cm. E a maior abertura entre as pontas do polegar e do
indicador é o palmo menor - 20 cm.

O pé:

Tal como o palmo, meça o comprimento total do seu pé. Você


pode ter duas medidas - com o pé descalço e com o calçado
que você usa habitualmente. Esta unidade serve para medir o
chão de pequenas áreas.

Braça:

É a medida da extensão dos seus braços abertos, de uma mão


até a outra. Esta unidade também é chamada de "envergadura",
e serve para medir comprimento de cabos, fitas, tecidos, etc. e
é aproximadamente igual à altura da mesma pessoa.

Côvado:

É a medida do cotovelo à ponta do indicador - unidade


de medida muito antiga - mede aproximadamente ou 42,50 cm.

O passo Normal:

Para aferir o passo normal faça o seguinte: marque uma distância de 100 metros; faça o percurso três
vezes, contando os passos de cada vez. Some o total dos passos e divida o resultado por 3, achando,
assim, a média de seus passos em 100 metros. Dividindo este número pela média de seus passos, terá
o seu passo aferido. Exemplo: média dos passos = 142; 100m divididos por 142 passes, igual a 0,l0m;
seu passo normal mede 70 centímetros.
AVALIAÇÃO DE ALTURA E DISTÂNCIA:

Altura:
Distância:
GPS - SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL:

O GPS (Global Positioning System) ou Sistema de


Posicionamento Global é um sistema de navegação que
permite, através de satélites artificiais, a obtenção de
informações sobre a localização geográfica em qualquer
lugar da superfície terrestre e em qualquer hora do dia.

A localização geográfica ocorre em razão da emissão de


ondas de rádio dos satélites, que são captadas por
receptores GPS na Terra, onde são decodificadas as
informações e fornecidos a latitude, longitude e altitude.
O Sistema de Posicionamento Global apresenta extrema
eficácia na obtenção de informações referentes à
localização e orientação geográfica.

O funcionamento de um aparelho de GPS é muito


interessante de ser estudado, e também complexo.
Alguém aí já parou para pensar em como um dispositivo
tão pequeno quanto um receptor GPS consegue
determinar qual a sua localização na Terra? Não?! Então que tal aprender agora?!

O que faz um GPS? :


O GPS (Global Positioning System - Sistema de Posicionamento Global) é um aparelho que teve sua
origem no Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Sua função é a de identificar a localização de
um aparelho chamado de receptor GPS.

Os aparelhos receptores, por sua vez, têm a função de enviar um sinal para os satélites. Assim, fazendo
alguns cálculos, o receptor GPS consegue determinar qual a sua posição e, com a ajuda de alguns mapas
de cidades, indicar quais caminhos você pode percorrer para chegar ao local desejado.

Componentes necessários para funcionamento do GPS:


Para que os GPS funcionem corretamente, faz-se necessário o uso de três componentes, chamados de:
espacial, de controle e o utilizador.

O espacial é composto de vinte e sete satélites que se encontram em órbita. Vinte e quatro deles estão
ativos e três são os “reservas”, que entram em operação caso ocorra alguma falha com um dos satélites
principais. A disposição destes satélites em órbita garante que sempre haja pelo menos quatro deles
disponíveis em qualquer lugar do planeta.

O segundo componente, de controle, nada mais é do que estações de controle dos satélites. Ao todo são
cinco estações espalhadas pelo globo terrestre. A função principal delas é atualizar a posição atual dos
satélites e sincronizar o relógio atômico presente em cada um dos satélites.
O último componente, mas não menos importante, é o receptor GPS, e este é o único dos três que nós,
usuários, devemos adquirir a fim de utilizar esta maravilha da tecnologia. Um receptor GPS nada mais é
do que um aparelho que mostra sua posição, hora e outros recursos que variam de aparelho para
aparelho.
Como o GPS funciona:
O funcionamento do sistema GPS envolve alguns cálculos bem complexos, mas apenas um deles é
realmente importante para este artigo. Trata-se do cálculo feito pelo receptor a fim de calcular a posição
em que você está.

Como o GPS sabe onde estou?:


Os satélites, assim como os receptores GPS, possuem um
relógio interno, o qual marca a hora com uma precisão de
nanosegundos. Quando o sinal é emitido, também é enviado o
horário que ele “saiu” do satélite.

Este sinal nada mais é do que sinais de rádio, que viajam na


velocidade da luz (300 mil quilômetros por segundo, no
vácuo). Cronometrando quanto tempo este sinal demorou
para chegar, o receptor consegue calcular sua distância do
satélite. Como a posição dos satélites é atualizada
constantemente, é possível, por meio destes cálculos,
determinar qual a sua posição exata.

A triangulação:
Agora que você já sabe como a distância até um satélite é calculada, vai ficar mais fácil entender como o
satélite utiliza esta informação para determinar sua localização com uma boa precisão (erro de apenas 20
metros).

Os GPSs usam o sistema de triangulação para determinar a


localização de um receptor em terra. Por exemplo, quando
você está meio perdido, e pergunta para alguém “Onde
estou?”. A resposta da pessoa pode ser do tipo “Ah, você está
a 10 quilômetros da cidade X”. Claro que você pode estar a
10 quilômetros em qualquer direção da cidade. Então, é
possível traçar um círculo para determinar a possível área em
que você se encontra.

O mesmo pode ser feitos com outros pontos de referência (no


nosso caso, Y e Z) e assim fazer a triangulação dos pontos
para determinar exatamente a sua posição. O sistema de GPS
funciona da mesma forma. Este princípio é chamado de
trilateração.
Sua Localização

Um quarto satélite é necessário para determinar a altitude em que você se encontra. O princípio do
cálculo é o mesmo, mas envolve alguns números e fórmulas extras por tratar-se de um espaço
tridimensional.

O GPS é considerado, atualmente, a mais moderna e precisa forma de determinação da posição de um


ponto na superfície terrestre.
SAÚDE:

PRIMEIROS SOCORROS:

A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles
ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento,
evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas.

O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve-se manter a calma e ter em mente que a
prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além disso, certifique-se de
que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você.
Não se esqueça que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da
vítima.
Há algumas importantes regras para obedecer quando ocorre um acidente:
 Dê primeiros socorros a uma pessoa ferida;
 Traga um adulto para ajudar rapidamente;
 Deixe a pessoa ferida em uma posição confortável;
 Apesar da gravidade da situação devemos agir com calma, evitando o pânico;
 Transmita confiança, tranquilidade, alívio e segurança aos acidentados que estiverem conscientes,
informando que o auxílio já está a caminho;
 Aja rapidamente, porém dentro dos seus limites;
 Às vezes, é preciso saber improvisar.
 A primeira coisa que você deve saber é: NÃO SE APAVORAR.

FERIMENTOS:

Pequenos Cortes, Arranhões e Escoriações (Abrasões):

A maioria dos pequenos cortes, arranhões ou abrasões


cicatrizam rápidos e sem nenhum cuidado especial.

Providências:
- Limpe suas mãos com água e sabão antes de prestar
atendimento à vitima;
- Limpe bem o local do ferimento com água corrente e sabão;
- Um pano macio e úmido por ajudar a remover a sujeira;
- Não aplique soluções na ferida;
- Proteja o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo;
- Não aperte no local do ferimento;
- Não tente remover partículas, farpas, vidros, etc., a menos que saiam facilmente durante a lavação;
- Não toque no ferimento com os dedos, panos usados ou materiais sujos, evitando a contaminação;
- Para uma proteção extra, pode usar uma pomada antibacteriana ou um curativo (Bandaid). A pomada
vai matar os germes e uma bandagem irá manter a sua ferida protegida de ficar irritada e impedir a
entrada de germes.
- Se você usar um curativo, ele deve ser trocada diariamente e quando estiver molhado ou sujo.
- Se o ferimento ficar dolorido ou inchado é sinal de infecção. Nestes casos, leve ao hospital.
Ferimentos extensos ou profundos;

Quando o ferimento apresentar qualquer característica


descrita abaixo, requerem pronta atenção médica.

- As bordas do ferimento não se juntam corretamente;


- Há presença de corpos estranhos;
- A pele, os músculos, nervos ou tendões estão dilacerados;
- Há suspeita de penetração profunda do objeto causador do
ferimento (bala, faca, prego, etc);
- A região próxima ao ferimento não tem aparência ou
funcionamento normal;
- Se o ferimento é no crânio ou na face.

Providências:
- Cubra o ferimento com gaze esterilizada ou um pano limpo;
- Não lave o local do ferimento para não agravar a lesão ou aumentar o risco de hemorragia;
- Não remova objetos fixados no ferimento, JAMAIS;
- Providenciar transporte para o hospital.

LUXAÇÕES, ENTORSES, DISTENSÕES E CONTUSÕES:

Entorse-distensão-luxação:

Entorse é a separação momentânea das superfícies ósseas articulares,


provocando o estiramento ou rompimento dos ligamentos;

Distensão é o rompimento ou estiramento anormal de um músculo ou tendão;

Luxação é a perda de contato permanente entre duas extremidades


ósseas numa articulação.

Contusão: É uma área afetada por uma pancada ou queda sem


ferimento externo. Pode apresentar sinais semelhantes aos da fratura
fechada. Se o local estiver arroxeado, é sinal de que houve
hemorragia sob a pele (hematoma).
Sinais e sintomas:
- Dor local intensa;
- Dificuldade em movimentar a região afetada;
- Hematoma;
- Deformidade da articulação;
- Inchaço.

Providências socorros:
- Manipular o mínimo possível o local afetado;
- Não colocar o osso no lugar;
- Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas;
- Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima;
- Aplicar gelo no local;
- Remover a vítima para o hospital para atendimento médico.

FRATURA:

É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte,


uma queda ou esmagamento.
Há dois tipos de fraturas: as fechadas, que, apesar do choque,
deixam a pele intacta, e as expostas, quando o osso fere e
atravessa a pele. As fraturas expostas exigem cuidados
especiais, portanto, cubra o local com um pano limpo ou gaze e
procure socorro imediato.
As fraturas se dividem em dois tipos. Aberta ou fechada.

Fratura fechada:
- Dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação.
- Incapacidade de movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou formigamento da região.
- Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do membro machucado.

Providencias:
- Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido.
- Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água.
- Mantenha a pessoa calma e aquecida.
- Solicite assistência médica.
- Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação sanguínea.
- Imobilize o osso ou articulação atingido com uma tala.
- Mantenha o local afetado em nível mais elevado que o resto do corpo e aplique compressas de gelo
para diminuir o inchaço, a dor e a progressão do hematoma.
Fratura Aberta ou exposta:
De modo geral, as fratura aberta decorrem de traumas de alta
energia, mais violentos, como acidentes automobilísticos
(carro, moto), quedas de altura, durante a prática de
atividades esportivas com alto impacto, atropelamentos,
explosões, etc.

A fratura exposta acontece quando existe uma ferida


associada à fratura, podendo ser possível observar o osso ou
não. Nestes casos, há maior risco de desenvolver uma
infecção e, por isso, é muito saber o que fazer para evitar esse
tipo de complicações.

Sinais e sintomas:
 A fratura do osso costuma ser mais grave e com vários fragmentos;
 As partes moles (musculatura, nervos, tendões, etc) ao redor do osso fraturado são muito mais
agredidas;
 Pode haver rompimento da pele e exposição óssea ao meio externo;
 Pode haver lesão de vasos e nervos importantes que necessitam de reparo.
 Deformações no local atingido;
 Inchaço;
 Espasmo da musculatura;
 Feridas, geralmente com sangramentos;
 Palidez;
 Dor à manipulação do membro atingido;
 Diminuição da sensibilidade;
 Redução da temperatura corporal da vítima.

Providências:
- Chame uma ambulância, ligando para o 192 ou 193, ou leve a vítima no hospital, caso consiga andar.
- Tranquilize a vítima e não comente sobre a gravidade do ferimento.
- Se existir sangramento, eleve a zona afetada acima do nível do coração.
- Cubra o local com panos limpos ou uma compressa esterilizada, se possível.
- Tente imobilizar o local com uma ligadura ou tecido limpo, sem aplicar muita pressão sobre o local.
- No caso de o ferimento continuar sangramento muito, deve-se tentar fazer ligeira pressão com um
pano limpo ou uma compressa na região à volta da ferida.
- Nunca se deve tentar movimentar a vítima ou colocar o osso no lugar, pois, além da dor
intensa, pode ainda provocar lesões graves ou piorar o sangramento.

- Improvise uma tala. Amarre delicadamente o membro machucado


(braços ou pernas) a uma superfície, como uma tábua, revista
dobrada, vassoura ou outro objeto qualquer. Use tiras de pano,
ataduras ou cintos, sem apertar muito para não dificultar a
circulação sanguínea.
- Improvise uma tipóia. Utilize um pedaço grande de tecido com as
pontas presas ao redor do pescoço. Isto serve para sustentar um braço
em casos de fratura de punho, antebraço, cotovelo, costelas ou
clavícula. Só use a tipóia se o braço ferido puder ser flexionado sem
dor ou se já estiver dobrado.
Utilize seu lenço Elite para improvisar a tipóia.

CURATIVOS:

É um meio que consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, com finalidade
de promover a rápida cicatrização e prevenir contaminação e infecção.
Na falta de ataduras, use tiras limpas de lençol, saia, lenços, toalhas, ou qualquer outro tecido
disponível.

Fazer curativos requer alguns cuidados:

- Antes de aplicar qualquer curativo, higienize suas mãos


com água corrente e sabão. Se possível, calçar luvas
limpas, para evitar o risco de contaminação.
- Higienizar o local do ferimento com água fria corrente ou
soro fisiológico.
- Secar a ferida com gaze seca ou pano limpo;
- Desinfetar a ferida com iodopovidona e cobri-la com gaze
seca e prendê-la com um esparadrapo ou band-aid.
- Enfaixe no sentido da extremidade para o centro do ferimento, deixando as extremidades (dedos) livres
para observar arroxeamento ou a pele fria.
- Não imprima pressão excessiva ao enfaixar.
- É essencial a troca do curativo em, no máximo, 48 horas, ou sempre que estiver sujo.

Em casos mais graves, como cortes profundos ou quando a ferida sagra muito, o procedimento não
muda, no entanto a dificuldade em fazer curativos será maior e o conselho é procurar imediatamente
pronto socorro ou hospital, pois é preciso uma avaliação profissional.

Em casos de queimaduras com água quente, óleo de fritar


ou chama de fogão, por exemplo, em que a pele fica
avermelhada e dolorida, fazer curativos requer:
- Primeiro deixar correr água fria corrente por 5 minutos
para resfriar a ferida.
- Depois aplicar creme hidratante com efeito refrescante e
calmante.
- Após este procedimento, cobrir com gaze limpa e
prender com esparadrapo.
- Em caso de bolhas ou dor muito forte, a pessoa deve ser
encaminhada imediatamente ao médico.
PRESSÃO ARTERIAL, PULSO E TEMPERATURA:

Pressão Arterial:

A expressão pressão arterial (PA) ou pressão sanguínea


refere-se à pressão exercida pelo sangue contra a parede
das artérias. A pressão arterial bem como a de todo
o sistema circulatório encontra-se normalmente um pouco
acima da pressão atmosférica, sendo a diferença de pressões
responsável por manter as artérias e demais vasos não
colapsados. Em uma pessoa saudável, o valor da pressão
pode variar continuamente, dependendo do stress, a
emotividade ou se está fazendo atividade física.

A medida da PA pode ser realizada pelo método indireto, com técnica auscultatória, com uso de
esfigmomanômetro.

Alguns cuidados são necessários ao aferir a pressão arterial:


- Certificar-se que o paciente não está de bexiga cheia, não praticou exercícios físicos, não ingeriu
bebidas alcoólicas ou café e nem fumou até 30 minutos antes.
- Certificar-se que o esfigmomanômetro registra corretamente o zero da escala.
- Liberar o braço de roupas que o comprimam.
- Colocar o manguito firmemente na altura do 1/3 médio do braço não dominante (esquerdo), em
repouso, apoiado e semi-fletido, com o paciente sentado.
- Manter o braço do paciente na altura do coração.
- Solicitar o paciente que não fale durante o procedimento.

Pulso:

Pulsação Arterial é o ciclo de expansão e relaxamento das artérias do corpo. Pode ser percebido
facilmente em regiões específicas do corpo, sendo útil na abordagem de emergência. A pulsação
corresponde às variações de pressão sanguínea na artéria durante os batimentos cardíacos.

Existem vários pontos de verificação do pulso, porém os mais utilizados são radial e carótida.

Valores considerados:

Homem 60 a 70
Mulher 65 a 80
Crianças 120 a 125
Lactentes 125 a 130

Procedimento:

- Lavar as mãos;
Procedimentos para verificação do pulso:
- Colocar a pessoa numa posição confortável com o braço apoiado e a palma da mão voltada para baixo.
- colocar a polpa dos dois dedos médios sobre o local escolhido para verificação.
- Pressionar suavemente o local até localizar o pulso.
- Sentir bem o pulso, pressionar suavemente a artéria e iniciar a contagem dos batimentos.
- Contar as pulsações durante um minuto.

Cuidados ao verificar o pulso:


- evitar verificar o pulso em membros afetados com lesões vasculares.
- Nunca usar o dedo polegar na verificação, pois pode confundir a sua pulsação com a do paciente.
- não verificar o pulso em membro com fistula arteriovenosa (um acesso utilizado para a realização do
tratamento de hemodiálise, uma ligação entre uma veia e uma artéria feita através de cirurgia simples
com anestesia local).
- Nunca verificar o pulso com as mãos frias.
- Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir o batimento do pulso.
- Em caso de dúvida, repita a contagem.

Temperatura Corporal:

A temperatura corporal corresponde à temperatura média do


organismo humano. Em média, ela gira em torno dos 37°C, sendo
que ocorrem variações em função do momento do dia.
O centro de regulação da temperatura corporal está localizado no
hipotálamo enquanto o ponto de regulação fica na hipófise. No
entanto, esse ponto pode ser modificado em caso de doença, o que
gera a febre durante uma infecção, por exemplo.
Também pode haver variação de temperatura corporal sem
alteração do ponto de regulação.

Se a temperatura do corpo ficar abaixo dos 35°C (temperatura entre


30 e 33°C), ocorre à hipotermia.

Os sintomas são:
- Respiração lenta e fraca.
- Movimentos lentos.
- Amnésia.
- Tremores violentos e incontroláveis.
- Pulsação fraca.
- Perda de memória ou sonolência.

Tratamento:
- Fazer massagens por todo o corpo.
- Ingerir bebidas quentes.
- Retirar as roupas úmidas ou molhadas.
- Deitar-se encostado à vítima (o calor de outro corpo aquece rapidamente).
- Se os sintomas permanecerem procure um médico.
Quando ocorre elevação da temperatura acima de 37,7°C (temperatura entre 38 e 40°C), ocorre
à hipertermia. A febre é um tipo de hipertermia e aparece como uma defesa do corpo.

Os sintomas são:
- Suor intenso.
- Confusão Mental.
- Câimbras.
- Náuseas.
- Vômitos.
- Aumento da frequência cardíaca.
- Respiração intensa e rápida.
- Ansiedade.
- Perda de coordenação.

Tratamento:
- Ventilar o corpo do individuo.
- Cobrir o corpo com toalhas molhadas.
- Usar sacos de gelo entre as virilhas, axilas e pescoço.
- Cobrir o corpo com cobertor gelado ou gelo.
- Se os sintomas permanecerem procure um médico.

OBS:
- A elevação da temperatura corporal acima de 40°C, o ser humano poderá ter convulsões.

- Acima de 43°C geralmente é fatal, pois há desnaturação da cadeia de proteínas.

- Se conseguir chegar a 51°C, ocorre à rigidez muscular e a morte instantânea.


PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA:

A parada cardiorrespiratória (PCR) é o momento em que o


coração deixa de funcionar e o indivíduo deixa de respirar,
sendo necessário fazer compressões Torácicas para fazer
com que o coração volte a bater.

A parada cardiorrespiratória pode ser gerada por diversas


causas, mas, na maior parte das vezes, ela ocorre devido a
problemas cardíacos.

A parada cardiorrespiratória é sempre uma situação muito


grave e de muita urgência, requerendo manobras imediatas
de ressuscitação que devem ser realizadas por uma pessoa
da equipe de saúde se o paciente encontra-se internado num
hospital ou que devem ser iniciadas por um leigo, se ele não
está num hospital, até a chegada de socorro especializado.

Sintomas:
 Dor forte no peito;
 Falta de ar;
 Suores frios;
 Sensação de palpitação;
 Tonturas e desmaio;
 Visão turva ou embaçada;

Providências:
O que se deve fazer na parada cardiorrespiratória é chamar imediatamente uma ambulância, ligando
para o número 192 ou 193, e iniciar a massagem cardíaca, para que o indivíduo tenha melhores chances
de sobreviver.

OBS: Em cerca de 03 minutos da parada cardiorrespiratória começa a haver lesão cerebral e após cerca
de 10 minutos as chances de ressuscitação são praticamente nulas.

Respiração boca-a-boca. (Utilizar barreiras de proteção. Ex: Mascaras qued ou descartável):

Para fazer respiração boca a boca, primeiro é necessário saber se a


vítima está respirando. Para isso utilize o método VER, OUVIR e
SENTIR:

VER: existência de movimentos toraco-abdominais, ou seja, verificar


se os pulmões se inflam ao encher de ar;
OUVIR: o ruído da inspiração/expiração. ouvir se há batimentos
cardíacos;
SENTIR: a saída do ar na face do socorrista. se o ar está sendo
expelido pela vítima.
Para fazer a respiração boca a boca deve-se:
1. Deitar o indivíduo de barriga para cima e em superfície rígida;
2. Afrouxar as roupas apertadas da vítima, como mostra a figura 1;
3. Esticar o pescoço do indivíduo para trás, deixando o queixo para cima, como mostra a imagem 2;
4. Abrir a boca do indivíduo e observar se há algum objeto na sua garganta, retirando-o;
5. Abaixe a língua da vítima e certifique-se de que as vias respiratórias dela estejam desobstruídas;
6. Fechar o nariz da vítima com os dedos, como mostra a figura 3;
7. Encha seus pulmões de ar;
8. Encostar firmemente sua boca na boca do indivíduo e jogar ar para fora, fazendo o peito elevar;
9. Repita este ato em uma frequência de 10 a 12 vezes por minuto;
10. As ventilações devem durar dois segundos cada uma;
11. Repetir o passo 6, 7 e 8 durante 20 minutos, ou até que a vítima volte a respirar sozinha.

A vítima pode levar mais de meia hora para voltar a respirar sozinha e fazer a respiração boca a boca
durante todo este tempo pode ser cansativo e, por isso, deve-se revezar com outra pessoa.

Se a vítima não voltou a respirar, verifique se há circulação (batimentos cardíacos). Se não houver,
inicie a reanimação cardíaca.

Reanimação Cardiopulmonar (RCP):

A reanimação cardiopulmonar (RCP) ou reanimação


cardiorrespiratória (RCR) é um conjunto de manobras destinadas a
garantir a oxigenação dos órgãos quando a circulação do sangue de
uma pessoa para (parada cardiorrespiratória).

Cerca de 92% das vitimas de parada cardíaca súbita morre antes de


chegar ao hospital, porem as estatísticas provam que se as pessoas
soubessem as técnicas de ressuscitação cardiopulmonar ou RCP,
mais vidas poderiam ser salvas. A RCP imediata pode dobrar a
chance de sobrevivência.

De acordo com os dados da Associação Americana do Coração, de 4


a 5 paradas cardíacas ocorre em casa.

Como Aplicar RCP:

1. Posicionar a vítima em DDH (Decúbito Dorsal Horizontal), ou seja, deitada de costas sobre uma
superfície rígida, se possível com as pernas levantadas;
2. Coloque uma das mãos sobre o peito da vítima, mais ou menos sobre o coração. Coloque a
outra mão sobre a primeira, entrelaçando os dedos;
3. Alternadamente, pressione com força e alivie a pressão, fazendo o osso esterno rebaixar-se por quatro
a cinco centímetros;
4. Efetuar as compressões torácicas, no ritmo de 80 compressões por minuto;
5. se não estiver respirando, efetuar 2 ventilações (respiração boca a boca);
6. Manter as compressões e ventilações na frequência 30 (compressões) por 2 (ventilações);
7. Verificar o pulso central a cada 2 minutos: se não houver pulso, RCP deve ser reiniciada pelas 30
compressões torácicas.
8. Repetir os passos 3, 4 e 5 até que o coração volte a bater ou até que chegue o socorro.

OBS: Nunca treine


compressão cardíaca
em uma pessoa com
batimentos normais.

Como Aplicar a Reanimação Cardiopulmonar (RCP) em Bebes:

1. Chame alto e dê um suave golpe sobre o ombro da


criança. Se não responde, ponha a criança deitada de
costas em uma superfície rígida;
2. Ponha os dedos terceiro e quarto no meio do peito;
3. Cubra o nariz e a boca com a sua boca e dê duas
pequenas insuflações de boca a boca;
4. Cada uma deve durar 1.5 a 2 segundos;
5. Cheque que o peito do bebê e verifique se o tórax
eleva com cada respiração;
6. Efetuar 30 compressões torácicas e 02 ventilações,
no ritmo de 100 compressões por minuto;
7. Manter as compressões e ventilação na frequência
30:2 (se for 1 socorrista) e 15:2 (se for 2
socorristas);
8. Verificar o pulso central e respiração a cada 2
minutos.
ESTADO DE CHOQUE:

É um estado de “semiconsciência” causado geralmente como consequência de outros acontecimentos


como uma queda, a perda de sangue elevada, envenenamento, intoxicação por produtos químicos,
grande trauma, uma pancada, insolação, reação alérgica, infecção grave, etc.

No estado de choque o indivíduo tem uma queda brusca da pressão arterial e pode levar rapidamente o
indivíduo a óbito caso não sejam adotadas as técnicas adequadas em tempo hábil.

Sintomas:
- Palidez de face;
- Visão turva ou escurecida;
- Suor frio;
- Vertigem;
- Pulso rápido, porém fraco;
- Calafrios;
- Náuseas ou vômitos;
- Respiração curta e superficial;

Tratamento:
* Mantenha a vítima deitada, aquecida e confortável;
* Controle qualquer tipo de hemorragia eventual;
* Se houver vômito, vire-a com a cabeça para o lado a fim de não haver sufocamento;
* Eleve as pernas da vítima (se não forem identificadas fraturas) para conferir um retorno venoso,
mantendo também se possível, a cabeça mais baixa que o tronco.
*Na ausência de pulsação aplicar a técnica de respiração artificial aliada à massagem cardíaca.

TRAUMATISMO CRANIANO:

O traumatismo craniano é uma lesão na cabeça que pode afetar


apenas o crânio, no caso de fraturas, ou provocar danos graves no
cérebro, como contusão ou coágulo sanguíneo, passando a ser
chamado de traumatismo crânio-encefálico.

O traumatismo craniano é uma das principais causas de morte e


invalidez quando se considera o dano sofrido como uma lesão
traumática ao crânio.

Normalmente, o crânio protege o cérebro de pancadas externas


moderadas, como dar uma cabeçada, porém, casos de trauma grave,
como uma queda de grande altura ou acidentes de carro, podem
causar lesões cerebrais que devem ser tratadas o mais rápido
possível.
Os sintomas:
- Sensação de dormência;
- Perda de coordenação motora;
- Sinais de comprometimento cognitivo.
- Perda de memória (amnésia);
- Cefaleia (dores de cabeça);
- Tonturas e Confusão mental;
- Sonolência;
- Náuseas;
- Vômitos;

TCE com afundamento do crânio: Fratura com afundamento


da calota craniana, se uma parte do crânio é esmagada para
dentro. A face externa do crânio parece intacta, mas os
fragmentos ósseos subjacentes são empurrados para baixo
podendo comprimir ou lacerar o cérebro por debaixo destes. O
grau de dano cerebral pode variar consideravelmente.

Há uma lesão séria na parte externa da cabeça, frequentemente


associada com outras lesões que envolvem o pescoço, as
extremidades ou órgãos importantes do corpo. Na maioria dos
casos, a pessoa está inconsciente ou pouco responsiva. Porém,
algumas pessoas ficam agitadas ou fisicamente agressivas.
Aproximadamente 10 por cento das pessoas afetadas têm
ataques epiléticos.

Os sintomas do TCE com afundamento do crânio podem incluir:


- Desmaio;
- Perda da consciência e memória;
- Dor de cabeça intensa;
- Sangramento pela boca, nariz ou ouvido;
- Diminuição da força muscular;
- Sonolência;
- Dificuldade da fala;
- Alterações da visão e da audição;
- Coma.

As fraturas com afundamento podem ser muito graves porque alguns pequenos pedaços de osso podem
pressionar para dentro contra o cérebro. Até 50 % dos traumas de crânio severos é fatal. Entre as pessoas
que sobrevivem a estas lesões, aproximadamente 20 % sofrem inaptidões severas.

O traumatismo craniano tem cura, dependendo da sua causa e gravidade, no entanto, o indivíduo
pode ficar com sequelas, como coma, epilepsia, paraplegia ou cegueira, principalmente quando o
cérebro é afetado.

Em alguns casos, os sintomas de traumatismo craniano podem surgir algumas horas depois,
principalmente quando acontece a ruptura de um vaso na cabeça, pois pode haver acúmulo lento de
sangue dentro do crânio e, por isso, é importante vigiar a vítima durante 12 horas após o episódio.
Nas crianças, os sintomas de traumatismo craniano podem também incluir choro persistente, recusa para
comer e depressões na cabeça, após quedas de superfícies altas, como mesa ou cama, por exemplo.

Em qualquer ocorrência de Traumatismo Craniano, deve-se chamar


com urgência uma ambulância, ligando para o 192 ou 193, e evitar
mexer o pescoço da vítima, uma vez que também pode estar afetado.

Tratamento para traumatismo craniano:

O tratamento para traumatismo craniano deve ser feito por um neurologista no hospital e, geralmente, é
iniciado com exames de diagnóstico, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para
detectar se existem danos no cérebro ou fraturas no crânio.

TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR:

Mesmo com os recentes avanços da medicina, esses traumas


permanecem como uma das lesões traumáticas mais trágicas.
O principal objetivo no atendimento às vítimas é reduzir a
chance de haver déficits neurológicos e prevenir lesões
adicionais que podem ocorrer no atendimento à vítima.

A medula espinhal é protegida pelos ossos da coluna vertebral,


e leva os sinais nervosos do cérebro para o resto do corpo,
distribuindo estes sinais aos nervos.

O traumatismo de coluna vertebral (traumatismo raquimedular) pode ser o resultado de várias lesões,
incluindo:
- Acidente automobilístico, motociclístico ou ciclístico;
- Quedas;
- Ferimentos por arma de fogo;
- Ferimentos por arma branca (ex. faca);
- Agressão física;
- Acidentes na prática desportiva, etc.

Sintomas:
 Perda do controle normal do intestino e da bexiga (constipação, incontinência urinária);
 Dormência.
 Alterações sensoriais;
 Aumento do tônus muscular;
 Dor;
 Fraqueza e paralisia dos membros.
Providências:
- Caso a vítima esteja consciente, solicitar a movimentação dos membros e verificar sensibilidade,
fazendo compressão em diferentes locais;
- Mantenha a vítima agasalhada e imóvel;
- Não mexa nem deixe ninguém tocar na vítima com suspeita de lesão na espinha até a chegada do
médico ou enfermeiro;
- Nunca vire uma pessoa com suspeita de fratura na espinha sem antes imobilizá-la;
- Observe a sua respiração. Esteja pronto para iniciar a respiração boca-a-boca;
- Em caso de vômito, colocar a vítima deitada de lado após imobilização total e fixação da coluna numa
tábua;

NA FALTA DE UM MÉDICO, PREPARE-SE PARA TRANSPORTAR A VITIMA, TENDO OS


SEGUINTES CUIDADOS ESPECIAIS:

- Imobilize totalmente a vítima;


- O transporte tem de ser feito em maca ou padiola dura;
- Durante o transporte em veículos, evitar balanços e freadas
bruscas, para não agravar a lesão;
- Para transportar, deite a vítima em decúbito dorsal (de barriga
para cima), colocando, por baixo do pescoço e da cintura, um
travesseiro, toalha ou lençol dobrado, de forma que eleve a coluna;

Em todos os casos de suspeita de lesão na coluna, adote as providências acima ao transportar;

HEMORRAGIA:

A Hemorragia é caracterizada por uma intensa ou excessiva


perda de sangue por algum orifício já existente no corpo, ou
corte, para dentro ou para fora do corpo.

As hemorragias têm início quando um impacto impede a


devida circulação, resultando no rompimento dos vasos
sanguíneos. Isso pode acontecer, por exemplo, em acidentes
automobilísticos, em acidentes que culminam no
decepamento de um membro ou em discussões muito
agressivas em que são utilizadas armas.

Classificação das hemorragias:


A classificação da hemorragia dá-se em relação à perda de sangue, sendo:
- Classe I: Significa que a vítima não perdeu mais do que 15% do seu volume de sangue;
- Classe II: Significa que houve uma perda entre 15% e 30% de sangue;
- Classe III: Significa que a perda de sangue ficou entre 30% e 40%;
- Classe IV: Significa que a há perda de mais de 40% do volume de sangue.
TIPOS DE HEMORRAGIA:

HEMORRAGIA EXTERNA:
Ocorre quando o sangue pode ser visto a olho nu e há uma perda
sanguínea incomum, como ocorre nos acidentes automobilísticos,
por exemplo.

Quando há uma hemorragia externa, deve-se observar a coloração


do sangue. Se a cor for vermelho vivo, será um jato forte
necessitando de uma compressa feita imediatamente, pois há
grande risco de morte por perda sanguínea. Se a cor do sangue for
mais escura, há menor risco de morte, mas também é uma
situação grave que deve ser tratada o quanto antes.

Tipos de hemorragia externa:


Hemorragia arterial: É ocasionada pelo rompimento de uma artéria,
apresenta-se em jatos e com sangue de cor vermelho vivo, podendo
conter bolhas, indicando que esse sangue é rico em oxigênio.
Geralmente é rápida, pulsa em sincronia com as batidas do coração e
em alta pressão. A pressão impede a formação de coágulos devido à
velocidade do fluxo. É de difícil controle, pois além de possuir sangue a
altas pressões, as artérias podem levar até dez minutos para se contrair,
sendo por esse motivo a mais séria. Entretanto, é menos comum que os
outros tipos de hemorragias, pois as artérias possuem localização mais
profunda no corpo.

Hemorragia venosa: Decorrente do rompimento de uma veia


apresenta-se em fluxo contínuo, sob baixa pressão. O
sangramento é de coloração vermelho escuro. Existem muitas
veias superficiais no corpo, por esse motivo elas são acometidas
por lesões mais frequentemente. Outras são mais profundas e tão
calibrosas quanto algumas artérias. Entretanto possuem um fluxo
mais lento que o arterial, e tendem a se contrair quando feridas,
facilitando a ação do socorrista. Considerada grave se a veia
comprometida for de grosso calibre.

Hemorragia capilar: Causada pelo rompimento de capilares sanguíneos.


O exemplo mais comum desse tipo de hemorragia é a escoriação. Há
pequena perda de sangue. De coloração avermelhada, menos vivo que o
arterial, é facilmente controlado, pois seu fluxo é bastante lento e a
coagulação ocorre entre seis e oito minutos. Requer cuidados a fim de
evitar contaminação.
Sintomas da hemorragia externa:
- Sangramento visível;
- Nível de lucidez variável;
- Presença de hematomas;
- Sinais vitais anormais;
- Palidez da pele;
- Presença de fraturas expostas (se for o caso);
- Sinais e sintomas do estado de choque.

Providencias a tomar:
1. Evite entrar em contato com sangue da vítima, para tal projeta-se fazendo uso de luvas;
2. Deitar a vítima: o repouso do local ferido auxilia na coagulação sanguínea;
3. Sem prejudicar a circulação no local do ferimento, faça um curativo compressivo. Utilize um pano
limpo dobrado, no local do ferimento que ocasiona a hemorragia, após faça uma atadura em volta
com tiras de pano ou um cinto. Não utilize arames, barbante, fios, esses objetos podem dificultar a
circulação;
4. No caso da hemorragia ser em uma extremidade (braço, perna), eleve o membro acima do nível do
corpo. Nunca eleve o membro se existir a possibilidade de fratura;
5. Utilize os dedos para pressionar a área para auxiliar a estancar a hemorragia. Se após a realização do
curativo compressivo, o sangue continue saindo, não retire os panos molhados de sangue para que o
processo de coagulação não seja interrompido. Coloque outro pano limpo em cima e uma nova
atadura;
6. Remova a vítima ao hospital para atendimento médico;
7. Não use torniquete, a não ser em casos extremos, pois poderá levar a posterior amputação do
membro, se não for afrouxado no tempo exato.

TORNIQUETE:

Torniquete: é uma medida extrema, a ser usada apenas quando as


anteriores não deram resultado. Consiste em aplicar uma faixa
de constrição a um membro, acima do ferimento, de maneira tal que
se possa ser apertada até deter a passagem do sangue arterial.

Os torniquetes são usados essencialmente nos casos de


amputação ou esmagamento de membros e só podem ser
colocados no braço e na coxa.

Como fazer um torniquete:


1. Só use panos resistentes e largos. Nunca use arame, corda,
barbante ou outros materiais muito finos ou estreitos que possam
ferir a pele;
2. Enrole o pano em volta da parte superior do braço ou da perna,
logo acima do ferimento (figura A);
3. Dê um nó simples, Amarre um bastão ou pedaço de madeira
sobre o nó do tecido (figura B);
4. Torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia (figura C);
5. Fixe o pedaço de madeira com uma tira ou esparadrapo (figura D);
6. Não cubra o torniquete.
O torniquete só deve ser usado quando outro método não for eficiente ou se
houver somente um socorrista e a vítima necessitar de outros cuidados
importantes;
Desaperte gradualmente o torniquete a cada 10 ou 15 minutos;
Se a hemorragia não voltar, deixe o torniquete frouxo no lugar, de modo que
ele possa ser reapertado em caso de necessidade;
A qualquer tempo se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e
arroxeadas, afrouxe um pouco o torniquete, o suficiente para restabelecer a
circulação, reapertando a seguir caso prossiga a hemorragia.

HEMORRAGIA INTERNA:
Ela só pode ser identificada por médicos com base em
exames específicos.

No hospital será procurado, então, o local onde está ocorrendo


o sangramento para ser tratado.

A hemorragia interna pode ser observada através da saída de


uma pequena quantidade de sangue pelas narinas ou nos
ouvidos e dor abdominal intensa.

Sintomas:
- Palidez da vítima (principalmente os lábios);
- Taquicardia;
- Suor em excesso;
- Manchas e contusões cutâneas;
- Vômito com sangue;
- Fezes escuras;
- Enfraquecimento da pulsação;
- Perda de consciência;
- Sede excessiva;

Providencias a tomar:
- Solicite atendimento médico imediatamente, em caráter de urgência (SAMU 192);
- Manter o paciente calmo;
- Deitar a vítima com a cabeça de lado;
- Aplicar compressa fria ou gelo no local suspeito;
- Afrouxar a roupa da vítima;
- Não oferecer líquidos ou alimentos à vítima;
- Manter a vítima aquecida e consciente (falar com a vítima);
- a vítima perder a consciência, procure deitá-la de lado, com a mão por baixo do pescoço, inclinando
ligeiramente a cabeça para trás.
HEMORRAGIA NASAL:

É a perda de sangue do tecido que reveste o nariz. O


sangramento ocorre mais frequentemente em apenas uma
narina.

As hemorragias nasais são muito comuns e a maioria delas


ocorre por causa de irritações menores ou de resfriados. Estas
podem ser assustadoras para alguns pacientes, mas raramente
são fatais.

Causas comuns:
 Rinite alérgica;
 Um objeto preso no nariz;
 Assoar o nariz com muita força;
 Irritantes químicos;
 Lesão direta do nariz, incluindo uma fratura;
 Mexer no nariz;
 Abuso de sprays nasais;
 Espirros constantes;
 Cirurgia facial ou nasal;
 Infecção do trato respiratório superior;
 Ar muito frio ou muito seco.

Providências:
1. Sente-se e aperte delicadamente a parte mole do nariz entre o
polegar e o indicador, de modo que as fossas nasais estejam
fechadas durante 10 minutos;
2. Deve inclinar-se para a frente para evitar engolir o sangue e
respirar pela boca. Espere pelo menos 10 minutos antes de
verificar se o sangramento parou. As hemorragias nasais
podem ser controladas dessa forma quando se dá tempo
suficiente para estancar a hemorragia;
3. A aplicação de compressas frias ou de gelo sobre a ponte nasal
pode ajudar. Não coloque gaze no interior do nariz;
4. Não é recomendado deitar-se com uma hemorragia nasal.
Também deve evitar aspirar pelo nariz ou assoar o nariz
durante várias horas após uma hemorragia nasal. Se a
hemorragia persistir, por vezes pode-se usar um
descongestionante nasal em spray para selar pequenos vasos
sanguíneos e controlar o sangramento.

Solicite assistência médica se:


 O sangramento não parar depois de 20 minutos;
 O sangramento nasal ocorrer após um traumatismo craniano, o que pode indicar fratura do crânio;
 O nariz pode estar quebrado (por exemplo, está deformado depois de um golpe ou ferimento).
HEMORRAGIA ESTOMACAL:
Caracteriza-se pela perda de sangue que pode ocorrer em qualquer
órgão do trato digestivo. A hemorragia digestiva não é uma doença,
mas um sintoma de alguma doença.

Sintomas:
- enjôo;
- náusea;
- dor estomacal (tipo cólica);
- ao vomitar, vem sangue como se fora borra de café ou vermelho vivo;
- fezes escuras e mal cheirosas;
- pode haver sangue vivo misturado com as fezes.

Providências:
- coloque a vítima deitada sem travesseiro;
- não lhe dê nada pela boca;
- aplique gelo ou compressa fria sobre o estômago;
- procure um médico imediatamente.

HEMORRAGIA PULMONAR:
A hemorragia pulmonar é grave sangramento nos pulmões. Este
tipo de sangramento tem muitas causas e um diagnóstico às
vezes é muito difícil.

Sintomas:
1. Após um acesso de tosse, o sangue sai pela boca em golfadas
e é vermelho rutilante;
2. falta de ar e baixa da frequência respiratória;
3. inconsciência;
4. palpitações frequentes (taquicardia);
5. grau de redução da pressão.

Providências:
- coloque o doente em repouso no leito com a cabeça mais baixa que
o corpo;
- não o deixe falar, mantendo-o calmo;
- procure um médico imediatamente.
DESMAIO:

Desmaio é quando você perde a consciência por um curto


período de tempo, porque seu cérebro não está recebendo
oxigênio suficiente. O termo médico para desmaio é síncope.
Um desmaio, geralmente, dura de alguns segundos a alguns
minutos.

Um desmaio pode ser provocado por pressão baixa, falta de açúcar no sangue, ambientes muito quentes,
fortes emoções, fadiga excessiva, fome, nervosismo, consumo de drogas ou álcool, por exemplo. No
entanto, em alguns casos, também pode surgir devido a problemas cardíacos ou do sistema nervoso.

Quando sentir a sensação de desmaio - tais como tontura, fraqueza ou a sensação de


rotação - sente-se, coloque a cabeça entre os joelhos e respire profundamente, ou deitar-
se elevando as pernas mais altas que o corpo, para evitar danos devido à queda.

Sintomas:
- Palidez;
- Suor excessivo;
- Pulso e a respiração são geralmente fracos;

Providências:
1. Deite a pessoa de costas com a cabeça baixa, elevando as
pernas em ângulo de 30°;
2. Afrouxe as roupas da vítima;
3. Aplique panos frios no rosto e na testa;
4. Se o desmaio durar mais de um ou dois minutos, agasalhe o paciente e procure o médico.
HIPOTERMIA:

Hipotermia é a temperatura corporal reduzida que acontece quando


um corpo dissipa mais calor do que absorve. Então, quando há uma
queda muito drástica da temperatura corporal, é preciso ficar atento
aos sintomas, pois pode ser hipotermia.

Os seres humanos são homeotérmicos por natureza, isto é, possuem a


temperatura de seu organismo sempre constante, em torno de 37ºC,
podendo ter pequenas variações nesse número (de 0,2ºC a 0,4ºC).

Hipotermia é quando a temperatura central do corpo cai abaixo de


35ºC. É considerada como temperatura central a temperatura do
coração, pulmão, encéfalo e órgãos esplâncnicos.

Quando a hipotermia não é tratada rapidamente, pode haver algumas complicações, inclusive a morte.

Sintomas:
Os mais comuns são:
 - Temperatura corporal abaixo de 35ºC;
 - Calafrios;
 - Fala difícil com voz trêmula;
 - Ritmo respiratório lento;
 - Pele fria e pálida;
 - Perda de coordenação;
 - Sensação de cansaço (fadiga);
 - Extremidades do corpo com tom acinzentado;
 - Rigidez muscular;
 - Lentidão nos movimentos.

A vítima geralmente não tem consciência da gravidade da lesão.

Providências:
- Dê um banho morno;
- Envolva a vítima num cobertor, principalmente axilas e pernas;
- Ponha a vítima em local aquecido;
- Dê-lhe bebidas quentes, se estiver consciente;
- Se a vítima estiver com roupas molhadas, tire-as, pois elas absorvem o calor do corpo;
- No caso de parada respiratória, aplique procedimentos de RCP;
- Chame a ambulância imediatamente.
QUEIMADURAS:

Lesão decorrente da ação do calor, frio, produtos


químicos, corrente elétrica, emanações radioativas e
substâncias biológicas (animais e plantas).
Exemplos:
- contato direto com chama, brasa ou fogo;
- contato com gelo ou superfícies congeladas;
- vapores quentes;
- líquidos ferventes;
- sólidos superaquecidos ou incandescentes;
- substâncias químicas (ácidos, soda cáustica, fenol, nafta);
- emanações radioativas;
- radiações infravermelhas e ultravioleta (em aparelhos,
laboratórios ou devido ao excesso de raios solares);
- eletricidade;
- contato com animais e plantas. Ex: animais: larvas, medusa, água-viva e alguns sapos, plantas: urtiga.

Classificação das queimaduras:

As queimaduras são classificadas conforme a extensão e profundidade da lesão. A gravidade depende


mais da extensão do que da profundidade. Saber diferenciar a queimadura é muito importante para os
primeiros cuidados sejam feitos corretamente.

Queimaduras de Primeiro Grau: São aquelas que atingem a


primeira camada da pele, a epiderme. Podem ser provocadas por
agentes ambientais, como o calor e o frio, ou por agentes locais,
como produtos químicos ou atrito.

Geralmente, uma queimadura de primeiro grau apresenta apenas


um tom avermelhado e pode ser facilmente tratada em casa.

Sintomas:
- Vermelhidão no local;
- inchaço e dor variável;
- Não há formação de bolhas nem surgem cicatrizes.

Providências:
1. Coloque a zona queimada sob água fria durante cinco minutos;
2. Aplique pomada cicatrizante, rico em aloé vera;
3. Pode envolver a zona afetada com uma gaze, mas sem apertar a pele;
4. Somente tome um medicamento para aliviar a dor se prescrito pelo médico.

OBS: Procure um médico, caso a queimadura tenha as seguintes características:


- Tenha mais de 5 centímetros;
- Não fique curada 3 a 6 dias após o acidente;
- Se localize na cara, mãos, zona das articulações, pés ou genitais.
Queimaduras de Segundo Grau: Há destruição maior da
epiderme e derme. Atinge camas mais profundas da pele.

Na de segundo grau, os vasos se dilatam mais e parte do líquido


em seu interior escapa, provocando bolhas. Água ou gordura
ferventes sobre a pele, ou mesmo muitas horas de exposição ao
sol podem causar esse tipo de queimadura.

Sintomas:
- dor intensa no local;
- desprendimento total ou parcial da pele afetada;
- recuperação lenta dos tecidos;
- deixam cicatrizes e manchas claras ou escuras;
- aparecimento de bolhas;

Providências:
1. Lavar a região queimada com água por mais de 10 minutos para limpar a região e diminuir a dor;
2. Evitar romper as bolhas, mas, se necessário, utilizar uma agulha esterilizada;
3. Aplicar uma gaze com pomada de sulfadiazina de prata a 1%;
4. Enfaixar o local cuidadosamente com uma atadura.

Queimaduras de Terceiro Grau: São as queimaduras profundas


que acometem toda a derme e atingem tecidos subcutâneos, com
destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas
e capilares sanguíneos, podendo inclusive atingir músculos.
Há necessidade de internação hospitalar. Há também necessidade
de retirada de tecidos necrosados, de partículas estranhas na ferida,
e até mesmo da realização de enxertos.
Sintomas:
- destruição total de todas as camadas da pele;
- ferida esbranquiçada ou escura (carbonizada);
- pouca dor, pois há danificação das terminações nervosas;
- Sempre deixam cicatrizes, podendo necessitar enxerto;
- grave ou fatal, dependendo da área afetada;

Providências:
- Todos os pacientes com queimaduras de 2º e 3º graus devem tomar vacina contra o tétano, ingerir muito
líquido e manter os membros acometidos elevados, para alívio da dor e do edema;
- Tardiamente, algumas cicatrizes podem ser foco de carcinomas de pele e por isso o acompanhamento
destas lesões é fundamental.
Queimaduras de Quarto Grau: São queimaduras profundas.
Ocorre morte de todas as camadas da pele, danificado os
músculos, ossos, tendões, articulações e até carbonização. Já nas
primeiras horas após a queimadura desenvolve necrose da pele e
dos tecidos subjacentes.

Essas queimaduras são causadas por exposição prolongada a


chamas ou mesmo um choque elétrico de alta voltagem.

Sintomas:
- desidratação profunda,
- membro e vida da vítima em risco;
- indolor devido danificação terminações nervosas;
- risco de infecção é muito maior devido ao dano causado ao
suprimento de sangue do tecido;
- pode haver perda do uso de um membro, pois nervos, tendões e
músculos foram danificados.

Providências:
- Exigem a reposição de líquidos do corpo, bem como a remoção
do tecido morto e pele. Isso vai ajudar na prevenção de
infecções.
- Necessidade de enxertos de pele para substituir a pele queimada.

Todos os pacientes com queimaduras de 2º, 3º e 4º Graus devem ser


conduzidos com urgência ao hospital para atendimento especializado.

QUEIMADURAS TÉRMICAS:
A queimadura térmica está relacionada ao calor do fogo, como a
chama do fogão, as fogueiras e os incêndios, líquidos quentes,
gordura quente, ferro quente, vapor.

Providências:
1. Esfrie a queimadura com água fria. Não use gelo;
2. Cubra a queimadura com uma faixa esterilizada ou pano limpo. Não use algodão;
3. Remova anéis, cintos, sapatos e roupas antes que o corpo inche;
4. Caso a roupa grude na pele, não remova. Corte e retire a parte que não grudou;
5. Providenciar transporte ao hospital imediatamente.
QUEIMADURAS ELÉTRICAS:
As elétricas são causadas por corrente de baixa voltagem (fios
elétricos, tomadas elétricas ou eletrodomésticos), alta tensão e
raios.

Providências:
1. Não toque na vítima;
2. Desligue a corrente elétrica;
2. Providenciar transporte ao hospital imediatamente.

QUEIMADURAS QUÍMICAS:
As químicas, causadas por uma séria de produtos químicos como ácidos,
produtos de limpeza fortes e remédios.

Providências:
1. Enxágue a pele por, pelo menos, 20 minutos em água corrente;
2. Remova a roupa contaminada e evite que o produto químico se espalhe
por outras áreas;
3. Se os olhos forem afetados, enxágue em água corrente até que chegue
ajuda médica;
4. Observe a respiração da vítima, pare o sangue e cubra a queimadura
com uma faixa esterilizada ou um pano limpo;
5. Se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante líquido: água, chá, café, sucos de frutas;
6. Nunca dê bebidas alcoólicas.

QUEIMADURA NOS OLHOS:


São queimaduras provocadas por manuseio de produtos
químicos como os solventes orgânicos, tintas, graxas e óleos.
Podem também ser produzidas por substâncias irritantes –
ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo,
metal fundido, chama direta.
Os danos provocados podem ser extremamente sérios.

Tratamento:
Lavar os olhos com água em abundância ou, se possível, com soro fisiológico, durante 15 a 30 minutos;
Não esfregar os olhos;
Não pingar colírios;
Vendar os olhos atingidos com uma gaze ou pano limpo gelado;
Consultar um profissional de saúde com maior brevidade possível.

Importante para todas as formas de queimaduras: NUNCA


1- aplique sal, açúcar, pasta dente, pomadas ou qualquer outro produto caseiro;
2- aplique gelo diretamente sobre o local afetado;
3- tocar na área afetada;
4- tentar retirar pedaços de roupa grudados na pele, Se necessário recorte em volta da roupa;
5- cobrir a queimadura com algodão;
6- aplicar pomadas ou remédios naturais, somente medicação prescrita pelo médico.
AFOGAMENTO:

O afogamento é a dificuldade ou impossibilidade respiratória


causada pela aspiração de um líquido que entra em contato
com as vias aéreas de modo a dificultar ou impedir as trocas
gasosas que devem se dar nelas. Isso acontece por submersão
(quando o indivíduo fica abaixo da superfície do líquido por
um tempo muito longo) ou imersão (quando, por exemplo, um
jato de água é projetado na sua face). Assim, o afogamento
pode ou não levar ao óbito.

Quais são os sintomas do afogamento?


Todas as pessoas que, não morrendo, passam por um apuro dentro da água podem apresentar:
- hipotermia; - náuseas;
- vômitos; - distensão abdominal;
- tremores; - dor de cabeça;
- mal-estar; - cansaço;
- dores musculares e no tórax; - diarreia.

Classificação do afogamento:
Grau Sinais e sintomas Primeiros Procedimentos Morte
resgate Sem qualquer sinal / sintoma 1. Avalie e libere do próprio local 0,0 %
1. Repouso, aquecimento e medidas que visem
1 Com Tosse o conforto e tranquilidade do banhista. 0,0 %
Sem espuma na boca / nariz 2. Não há necessidade de oxigênio ou
hospitalização.
1. Oxigênio nasal a 5 litros/min
2 Pouca espuma na boca / nariz 2. Aquecimento corpo, repouso, tranquilização. 0,6 %
3. Observação hospitalar por 6 a 24 h.
1. Oxigênio por máscara facial a 15 litros/min.
3 Muita espuma na boca / nariz 2. Posição Lateral de Segurança sob o lado
Com pulso radial palpável. direito. 5,2 %
3 - Internação hospitalar em CTI.
1. Oxigênio por máscara a 15 litros/min.
2. Observe a respiração com atenção - pode
haver parada da respiração.
Muita espuma na boca / nariz 3. Posição Lateral de Segurança sobre o lado
4 Sem pulso radial palpável direito. 20 %
4. Ambulância urgente para melhor ventilação e
infusão venosa de líquidos.
5. Internação em CTI com urgência.
Com Parada respiratória, 1. Ventilação boca-a-Boca. Não faça
5 Com pulso carotídeo ou sinais de compressão cardíaca. 44 %
circulação presente 2. Após retornar a respiração espontânea - trate
como grau 4.
Com Parada Cárdio-Respiratória 1. Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP) (2 boca-
6 (PCR) a-boca + 15 compressões cardíaca). 93 %
2. Após sucesso da RCP - trate como grau 4
PCR com Tempo de submersão 1. Não inicie RCP
ÓBITO > 1 h, ou Rigidez cadavérica, ou 2. Acione o Instituto Médico Legal. 100 %
decomposição corporal e/ou
livres.

Quais são os cuidados que devem ser tomados em casos de afogamento não fatal?
Se a pessoa resgatada viva da água não apresentar tosse ou espuma na boca ou no nariz, ela pode ser
liberada no local do acidente sem necessitar de atendimento médico, quando consciente.

Se ela apresentar tosse ou espuma na boca ou no nariz (evidências de aspiração de líquido) deve ter
sua gravidade avaliada e acionar uma equipe médica. Devido à possibilidade de aspiração de água
contaminada pode sobrevir, alguns dias depois da ameaça de afogamento, uma pneumonia.

O que fazer em caso de afogamento não fatal?


 No caso de ameaça de afogamento no mar a vítima deve procurar nadar diagonalmente à corrente, ao
mesmo tempo deixando-se levar por ela e procurando sair dela. Nunca deve debater-se contra a
corrente, mesmo que isso lhe pareça o caminho mais curto para sair da água, porque fatalmente será
vencida em sua batalha.
 O socorrista deve ter cuidados para que ambos (a vítima e
ele) não se afoguem. É muito grande o número de casos
em que isso ocorre. O socorrista deve evitar entrar na
água, mas se tiver de fazer isso e a vítima se agarrar a ele e
imobilizá-lo, deve mergulhar. Assim ela o soltará. De
preferência, deve ser lançado para o indivíduo algo em que
ele possa apoiar-se para boiar.
 Retire a vítima da água. De preferência, socorra-a sem
entrar na água, estendendo até ela alguma coisa em que
possa se agarrar. Mesmo tendo que entrar na água, leve
algum objeto em que a vítima possa se apoiar. Este tipo de
socorro deve ser feito preferencialmente por pessoa
treinada. Se tiver que fazê-lo você mesmo, aborde a vítima
pelas costas e use seu braço dominante para nadar e o
outro para segurar a vítima, mantendo a cabeça dela fora
da água.
 Aspire as secreções do nariz e da garganta da vítima para deixar suas vias respiratórias desimpedidas
e facilitar a respiração.
 Verifique a pulsação e a respiração da vítima. Se necessário, inicie imediatamente a respiração boca-
a-boca ou a reanimação cardíaca.
 Coloque a vítima sobre os joelhos, de barriga para baixo ou, estando você de pé, segure-a
pelo abdômen, com a barriga voltada para baixo, de modo que ela fique arqueada, com
a cabeça abaixada, para que ela elimine a água ingerida.
 Depois, mantenha a vítima na posição de espera do socorro, deitada de lado para evitar que
a língua obstrua a glote ou que ela aspire eventuais vômitos para os pulmões.
 Procure acalmar e aquecer a vítima, retirando as roupas molhadas e fornecendo novas roupas.
 Dirija-se ao médico, mesmo se a vítima se recuperar, porque ela pode necessitar de medidas
preventivas de eventuais complicações.
Como fazer a respiração boca-a-boca? * utilizar barreiras de proteção (mascaras)
10. Deitar o indivíduo de barriga para cima e em superfície rígida;
11. Afrouxar as roupas apertadas da vítima, como mostra a figura 1;
12. Esticar o pescoço do indivíduo para trás, deixando o queixo para cima, como mostra a imagem 2;
13. Abrir a boca do indivíduo e observar se há algum objeto na sua garganta, retirando-o;
14. Abaixe a língua da vítima e certifique-se de que as vias respiratórias dela estejam desobstruídas;
15. Fechar o nariz da vítima com os dedos, como mostra a figura 3;
16. Encha seus pulmões de ar;
17. Encostar firmemente sua boca na boca do indivíduo e jogar ar para fora, fazendo o peito elevar;
18. Repita este ato em uma frequência de 10 a 12 vezes por minuto;
10. As ventilações devem durar dois segundos cada uma;
11. Repetir o passo 6, 7 e 8 durante 20 minutos, ou até que a vítima volte a respirar sozinha.

Como fazer a reanimação cardíaca?


 1. Posicionar a vítima em DDH (Decúbito Dorsal Horizontal), ou seja, deitada de costas sobre
uma superfície rígida, se possível com as pernas levantadas;
 2. Coloque uma das mãos sobre o peito da vítima, mais ou menos sobre o coração. Coloque a
outra mão sobre a primeira, entrelaçando os dedos;
 3. Alternadamente, pressione com força e alivie a pressão, fazendo o osso esterno rebaixar-se por
quatro a cinco centímetros;
 4. Efetuar as compressões torácicas, no ritmo de 80 compressões por minuto;
 5. se não estiver respirando, efetuar 2 ventilações (respiração boca a boca);
 6. Manter as compressões e ventilações na frequência 30 (compressões) por 2 (ventilações);
 7. Verificar o pulso central a cada 2 minutos: se não houver pulso, RCP deve ser reiniciada pelas
30 compressões torácicas.
 8. Repetir os passos 3, 4 e 5 até que o coração volte a bater ou até que chegue o socorro.


 OBS: Nunca treine
compressão cardíaca em
uma pessoa com
batimentos normais.

O que podemos fazer para evitar os afogamentos?


 É muito importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas antes de entrar em
piscinas, mar, lagos, lagoas, represas, etc.
 Não perder as crianças de vista em locais em que há água por perto. Principalmente aquelas que não
sabem nadar. Elas devem usar boias ou coletes salva-vidas durante todo o tempo que estiverem
nestes ambientes.
 Piscinas em residências, clubes ou condomínios devem ser cercadas por grades para dificultar o
acesso a elas.
 As crianças devem aprender a nadar tão logo atinjam uma idade conveniente. Isto é indispensável à
segurança delas.
 Crianças muito pequenas podem se afogar mesmo em baldes cheios de água, vasos sanitários
destampados, banheiras ou bacias cheias de água. Os pais devem estar atentos aos seus filhos o
tempo todo e evitar que esses objetos estejam ao alcance das crianças.
 Não entre em águas nos locais onde você não conhece a profundidade.

ACIDENTES DE TRANSITO:

Acidente de transito e todo evento danoso que envolva


o veiculo, a via, o homem e/ou animais e para
caracterizar-se é necessário a presença de dois desses
fatores.

Existem dois tipos de acidentes de transito: o evitável,


que é aquele eu você deixou de fazer tudo o que
poderia para evita-lo; e o não evitável, que é aquele em
que foram esgotadas todas as medidas para impedi-lo e
mesmo assim aconteceu.

A maior causa dos acidentes de trânsito chama-se condutor, colaborando com 75% dos acidentes no
Brasil. Existem ainda inúmeras causas de acidentes, dentre as quais:
- imprudência dos condutores;
- excesso de velocidade;
- desrespeito à sinalização;
- ingestão de bebidas alcoólicas;
- ultrapassagens indevidas;
- má visibilidade (chuva, neblina, noite);
- defeito nas vias;
- falta de manutenção adequada nos veículos;
- distração do condutor (rádio, celular, objetos soltos no interior do veículo);
- impunidade dos infratores;
- não obediência das normas de circulação (pedestres e condutores);
- travessia em locais perigosos e fora da faixa de pedestres;
Sonolência, cansaço, drogas (remédios, tranquilizantes, rebites, etc).
CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO:

 Acidentes sem vítimas: Acidente onde ocorrem somente danos


materiais nos veículos. Se após o acidente os veículos ainda
tiverem condições mínimas de serem removidos da via, faça isso.
Manter os carros no lugar só vai atrapalhar o trânsito. Se após o
acidente os veículos não puderem ser removidos da via, sinalize o
acidente com as luzes de alerta (se possível) e/ou com triângulo de
sinalização a uma distancia segura para as condições da via.

 Acidentes com vítimas: neste tipo de situação, especialmente se


houver vítimas, é preciso tomar algumas precauções para não
comprometer a sua integridade e nem das vítimas.

Neste caso, não remova nenhum veículo do local do acidente, mesmo


que isso seja possível. Sinalize o local imediatamente com as luzes de
alerta (se possível) e/ou com triângulo de sinalização a uma distancia
segura para as condições da via.

Cuidados a tomar:
Após sinalizar corretamente o local, analise todo o local do acidente, primando primeiramente pela sua
segurança, pois você poderá se tornar mais uma vítima.

Após, verifique as condições das vítimas e ligue para o serviço de emergência médica, SAMU 192 ou
Bombeiros 193, e tente detalhar ao máximo possível a situação, isso ajudara a preparação dos
socorristas.

Converse com a vítima. Normalmente elas entram em desespero, o que pode agravar sua condição,
então, acalme a vítima. Durante a conversa, verifique o nível de consciência dela e, caso necessário,
mantenha-a consciente. Informe o que está acontecendo, ouça o que ela tem para falar, aceite possíveis
reclamações e seja solidário, tentando deixá-la o mais confortável possível.

Atendimento à vítima:
Cada acidente tem suas características. A(s) vítima(s) apresentam lesões, traumas ou ferimentos
diferentes em cada acidente.

Nas seções anteriores, vimos como proceder em cada emergência quanto à prestação dos primeiros
socorros. Saber identificar a emergência em cada situação será o fator determinante no atendimento
rápido e eficiente a vitima garantindo a manutenção da vida e o atendimento médico hospitalar
adequado.

Depois de prestados os socorros necessários, devemos nos preocupar com o transporte da vítima.
Veremos como devemos proceder:
RETIRADA DA VITIMA DO VEÍCULO:
Para cada acidente, em que a vítima precise ser retirada do interior do veículo, deve-se avaliar quais
serão os procedimentos e técnicas a serem adotadas, o que será feita por profissionais treinados para tal
fim (Bombeiros – resgate veicular).

Caso no local do acidente for constada situação de risco para a vítima (risco de explosão, submersão da
vítima na água, queda em barranco, etc.) ou se a vítima apresentar suspeita de lesão na coluna vertebral
deve-se utilizar manobra específica para retirada da vítima, objetivando manutenção da sua vida bem
como impedir o agravamento da lesão. Tal manobra descreveremos abaixo:

Chave de Rautek: É uma manobra executada para remoção rápida de uma


vítima de acidente automobilístico com suspeita de lesão na coluna
cervical a ser realizada por um socorrista ou pessoal treinado, que permite a
extricação da vítima por uma pessoa sem o uso de equipamentos, desde que
a vítima esteja no banco dianteiro não encarceirada (a vítima deve ser
acessível pela porta dianteira).

Após realização do ABC rápido - exame dos dados


vitais - e de outras tarefas que antecedem o resgate
(como sinalização, análise de riscos de novos
acidentes e da real necessidade de execução da
manobra, pedido de socorro especializado), deve-se
seguir os seguintes passos:
 Liberar o cinto de segurança e os pés da vítima;
 Com o rosto voltado para a frente do carro, passar o braço direito por trás do
ombro direito da vítima e, em seguida, sob sua axila;
 Pressionar a face da vítima contra a do socorrista com a mão esquerda, para
garantir estabilidade ao pescoço;
 Segurar, com sua mão direita, a vítima pela roupa (cinto da calça, por
exemplo) junto com seu braço direito;
 Girar a vítima 90º graus para a direita e removê-la vagarosamente;
 Remover a vítima, levar para local seguro;

OBS: A manobra só é indicada em casos de extrema necessidade de


extricação do veículo, como parada cardiorrespiratória ou risco de
incêndio, explosão.
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS:

Antes de providenciar a remoção da vítima:


- garanta a manutenção da vida da vida;
- controle a hemorragia;
- imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas;
- evite ou controle o estado de choque.
A movimentação / transporte de um acidentado ou doente devem ser feitos com cuidado a fim de não
complicar as lesões existentes.

A Maca é o Melhor Meio de Transporte. Pode-se fazer


uma boa maca abotoando-se duas camisas ou um paletó em
duas varas ou bastões resistentes ou enrolando um cobertor,
dobrado em três, em volta de tubos de ferro ou bastões. Ou
ainda, usando uma tábua larga.

AO REMOVER / TRANSPORTAR A VÍTIMA, OBEDEÇA ÀS SEGUINTES ORIENTAÇÕES:

- Como levantar a vítima com segurança: Se o ferido


tiver de ser levantado antes de um exame para verificação
das lesões, cada parte de seu corpo deve ser apoiada. O
corpo tem de ser mantido sempre em linha reta, não
devendo ser curvado.

- Como puxar o ferido para local seguro: Puxe a vítima pela


direção da cabeça ou pelos pés. Nunca pelos lados. Tenha o
cuidado de certificar-se de que a cabeça está protegida.

- Como transportar a vítima: Ao remover um ferido para um


local, onde possa ser usada a maca, adote o método de uma,
duas ou três pessoas para o transporte da vítima (conforme
ilustração), dependendo do tipo e da gravidade da lesão, da
ajuda disponível e do local (escadas, paredes, passagens
estreitas, etc.). Os métodos que empregam um ou dois
socorristas são ideais para transportar uma pessoa que esteja
inconsciente devido a afogamento ou asfixia. Todavia, não
servem para carregar um ferido com suspeita de fraturas ou
outras lesões graves. Em tais casos, use sempre o método de três
socorristas.
Empregue um dos métodos abaixo, conforme o caso:
1- Transporte de apoio;
2- Transporte em “cadeirinha”;
3- Transporte em cadeira;
4- Transporte em braço;
5- Transporte nas costas;
6- Transporte pela extremidade;
7- Transporte em tábua com imobilização do
pescoço (suspeita fratura de coluna).

OBS:
O transporte de acidentados em veículos
(ambulância ou carros) merecem cuidados:
- Oriente o motorista quanto a freadas bruscas e balanços contínuos, que poderão agravar o
estado da vítima;

- Lembre-se de que o excesso de velocidade, longe de apressar o salvamento do acidentado,


poderá causar novas vítimas.
ENVENENAMENTO:
Envenenamento são todos os efeitos danosos às células do
organismo por substâncias nocivas que entraram no corpo de
alguma forma e que podem causar sérios danos ao indivíduo
ou até levar à morte.

O envenenamento acontece quando a pessoa ingere, inala ou


entra em contato com uma substância tóxica (ex: produtos de
limpeza, monóxido de carbono, arsênico ou cianeto). Os
venenos podem ser ingeridos, aspirados do ar, injetados na
veia ou absorvidos na pele, seja acidentalmente, seja de forma voluntária.

Sintomas:
Casos em que se deve suspeitar de envenenamento:
 Queimaduras e vermelhidão intensa nos lábios;
 Respiração com cheiro de produtos químicos, como gasolina;
 Tonturas ou confusão mental;
 Vômitos persistentes;
 Dor ou sensação de queimadura na boca e garganta;
 Dificuldade para respirar;
 Vidros ou embrulhos de drogas ou de produtos químicos abertos em poder a vítima.

Providências:

 INGESTÃO:
O que NÃO FAZER:
1- Não provoque o vômito caso a vítima esteja inconsciente ou se tiver ingerido:
- soda cáustica;
- produto de petróleo (querosene, gasolina, líquido de isqueiro, removedores);
- ácidos;
- água de cal;
- amônia;
- alvejantes de uso doméstico;
- tira-ferrugem;
- desodorante de banheiro.
2- Não dê álcool;
3- Não deixe o envenenado andar;
4- Não dê azeite ou óleo;
5- Nesses casos, tente diluir veneno, fazendo com que a vítima ingira água em
abundância, de forma fracionada e até chegar ao hospital;
6- A única forma consiste em fazer lavagem gástrica no hospital;

7- Ligue imediatamente para a emergência 192 ou 193 e transporte a vítima ao


hospital.
O que DEVE FAZER:
1- Provoque o vômito caso a vítima esteja consciente e não ingeriu os itens acima citados;
a) Fazendo a vítima beber:
- água morna ou;
- água com sal;
b) Solicitando à vítima que coloque o dedo na garganta;
c) Repita a operação várias vezes, até que o líquido vomitado esteja límpido.

2- A seguir faça ingerir:


- leite ou;
- claras de ovos batidas ou;
- suspensão de farinha de trigo ou;
- batatas amassadas em água.

3- Dê o antídoto universal: - 2 partes de torradas queimadas;


- 1 parte de leite de magnésia;
- 1 parte de chá forte.

4- Mantenha a vítima agasalhada.


5- Guarde, para entregar ao médico, ambulância ou no hospital, o recipiente com o rótulo
do veneno.
6- Transporte a vítima urgente ao hospital.

 INALAÇÃO:
O que DEVE FAZER:
1- Tente remover a vítima do ambiente contaminado;
2- Mantenha a vítima ao ar livre;
3- Caso a pessoa pare de respirar, inicie a ressuscitação cardiorrespiratória;
4- Tome cuidado para não entrar em contato com os possíveis resíduos na boca, lábios e
rosto da vítima. Use máscara ou um lenço sobre o rosto;
5- Transporte a vítima urgente ao hospital.

 CONTATO COM A PELE: lave a pele da vítima com água e sabão e remova roupas manchadas
pela substância;

 CONTATO COM OS OLHOS: lavar os olhos com água fria durante 20 minutos.

- Transporte a vítima com URGÊNCIA ao hospital.


DIFERENÇA ENTRE ANIMAIS PEÇONHENTOS E ANIMAIS VENENOSOS:

ANIMAIS PEÇONHENTOS: São aqueles que possuem


glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ou
ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa ativamente e é
injetado no corpo de outro animal.
Bons Ex. são: serpentes, aranhas, escorpiões, abelhas, arraias.
Em alguns casos o veneno injetado pode até matar.

ANIMAIS VENENOSOS: São aqueles que produzem


veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes,
ferrões) provocando envenenamento passivo por contato
(taturana), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe
baiacu).

Como Identificar se a Cobra é Peçonhenta:

OBS: A coral constitui uma exceção: a cabeça não é triangular; a cabeça e a cauda são continuação do
corpo. Na ausência ou falta do médico, e se identificar a cobra como venenosa, dê ao paciente um dos
soros específicos, seguindo rigorosamente as suas instruções.
PICADA POR COBRA:

Sintomas:
 Jararaca: Inchaço, hemorragia no local da picada ou na
gengiva e dor local.

 Surucucu: Inchaço, hemorragia e dor ascendente no


local da picada, diarreia e alteração dos batimentos
cardíacos, diarreia, dor abdominal.

 Cascavel: O local da picada não apresenta lesão evidente, apenas uma sensação de formigamento. A
vítima apresenta dificuldade em abrir os olhos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla, dor
muscular generalizada e urina avermelhada.

 Coral Verdadeira: Pequena reação no local da picada, visão dupla, pálpebras caídas, falta de ar e
dificuldade para engolir.

O que FAZER:
– Lavar o local da picada apenas com água, sabão ou soro fisiológico;
– Manter o paciente deitado e o mais calmo possível, porque agitado o sangue se espalha mais rápido e o
veneno também;
– Manter o paciente hidratado, dando pequenos goles de água a ele;
– Procurar o serviço médico o mais rápido possível;
– Se possível, levar o animal para identificação (morto ou vivo). Se não for possível filme ou fotografe.

A identificação do animal, por uma pessoa capacitada faz com que o soro correto seja aplicado já que
cada cobra precisa de um soro diferente.

NÃO PERCA TEMPO: Após 30 minutos da picada, as providências de primeiros


socorros se tornam desnecessárias, só resta levar a vítima imediatamente a um médico ou
hospital para aplicação de soro contra o veneno da cobra.

O que NÃO fazer:


– Não faça sucção do veneno, porque isso é mito;
– Não deixe a vítima caminhar ou correr;
– Não faça torniquete ou garrote;
– Não corte o local da picada;
– Não coloque folhas, pó de café ou outros contaminantes na ferida;
– Não ofereça bebidas alcoólicas à vítima;
– Não dê qualquer medicamento à vítima.

Tipos de soros:
- Anti-crotálico - cascavel.
- Anti-botrópico - jararaca, cruzeira, urutu, jararacuçu.
- Anti-laquésico - surucucu “pico de jaca”.
- Anti-elapídico - coral.
PICADA POR ARANHA:

Sintomas:
 Armadeira: Dor intensa no local da picada, salivação,
náuseas, sudorese (suor excessivo) e tremores.

 Marrom: Dor da picada semelhante à queimadura de cigarro,


edema local de difícil cicatrização (inchaço provocado pelo
acúmulo de líquidos) e necrose (morte parcial ou integral do
tecido que constitui a pele), mal-estar geral, náuseas, febre e
urina de cor escura.

 Viúva-negra: Angústia, agitação, excitação, confusão mental, dores e contrações musculares, rigidez
do abdômen, alterações na pressão e nos batimentos cardíacos, sudorese.

 Caranguejeira: Dor no local da picada e irritação na pele.

O que FAZER:
– Lave o local da picada com água e sabão;
– Mantenha a vítima calma para que o veneno não espalhe mais rápido. Deite-a deixando ela o mais
confortável possível;
– Mantenha, se possível, a região picada erguida;
– Cubra o local com um pano limpo;
– No caso de acidentes causados por aranha-armadeira e viúva-negra, recomenda-se fazer compressas
mornas no local para aliviar a dor;
– Tente capturar o animal, tirar uma foto ou memorizar como ele era. Desta forma, quando estiver no
hospital, será possível identificar o antiofídico mais correto.

Procurar o serviço médico o mais rápido possível.

O que NÃO FAZER:


– Não fazer sucção do veneno, porque isso é mito;
– Não dar nada alcoólico, querosene ou fumo para o acidentado;
– Não fazer torniquete, impedindo a circulação do sangue: isso pode causar gangrena ou necrose local;
– Não cortar ou queimar o local da ferida;
– Não fazer aplicação de folhas, pó de café ou terra sobre a ferida, sob o risco de infecção.
PICADA POR ESCORPIÃO:

Sintomas:
Dor moderada a muito intensa no local da picada, sudorese,
hipotermia (redução da temperatura corporal), aumento da
pressão sanguínea, náuseas, salivação, tremores, convulsões,
alterações cardíacas, insuficiência respiratória e vômitos.

O que FAZER:
– Lavar o local da picada com água e sabão;
– Manter o local da picada voltado para cima;
– Aplicar compressa morna no local;
– Não cortar, furar ou apertar o local da picada;
– Beber bastante água;
– Se possível, levar o escorpião para identificação.

Procurar o serviço médico o mais rápido possível.

O que NÃO FAZER:


– Não amarrar ou fazer torniquete;
– Não cortar, perfurar ou queimar o local da picada;
– Não aplicar nenhum tipo de substância;
– Não fazer uso de bebida alcoólica;

PICADA POR ABELHA:

Sintomas:
Tóxicas: em decorrência da picada de abelha são: dor, edema e
eritema (coloração avermelhada). Quando acontece da vítima
sofrer muitas picadas, pode ocorrer manifestação sistêmica,
devido à maior quantidade de veneno inoculada. Nesse caso,
pode haver coceira, vermelhidão, calor generalizado,
hipotensão, taquicardia, dor de cabeça, náusea, dentre outros
sintomas. Em casos mais graves, pode acontecer o estado de
choque, forte insuficiência respiratória e insuficiência renal.

Alérgicas: geralmente causam um edema que dura por vários dias, tendo como outras reações à
cianose, urticária generalizada, broncoespasmos, choque anafilático, pressão baixa, colapso, perda
da consciência e incontinência urinária e fecal.

O que FAZER:
– Remova o ferrão com a ajuda de uma pinça, agulha ou faca;
– Lave a região afetada com água fria e sabão;
– Aplique uma pedrinha de gelo enrolada em papel de cozinha;
– Passe uma pomada para picada de inseto na região afetada e deixe secar sem cobrir a pele;
– Se o indivíduo sofreu múltiplas picadas de abelha, ele deve receber atendimento médico.
Soluções caseiras para picada de abelha:
Creme dental: aplique um pouco de creme dental na região da picada e aguarde o alívio dos sintomas.

Vinagre + bicarbonato de sódio + amaciante de carne: misture os ingredientes até formar uma pasta.
Em seguida, aplique sobre a picada. O amaciante de carne possui uma substância chamada papaína, que
quebra as toxinas do veneno do inseto.

PICADA POR LACRAIA:


O veneno das lacraias é muito pouco tóxico para o homem.
Embora existam muitas lendas a respeito desse animal, não
há, no Brasil, relatos comprovados de morte nem de
envenenamentos graves em acidentes com lacraias.

Sintomas:
Dor intensa, inchaço e pequena ferida no local da picada,
febre, calafrios, tremores e sudorese.

O que FAZER:
– Não beba álcool;
– Mantenha o local da picada o mais limpo possível;
– Embora o veneno das lacraias não seja muito perigoso para o ser humano, é bom procurar orientação médica.

COMO PREVENIR ACIDENTES COM ANIMAIS VENENOSOS:

-Mantenha jardins e quintais sempre limpos. Evite o acúmulo de entulhos, lixo doméstico, materiais de
construção nas proximidades das casas, inclusive em terrenos baldios;
- Evite folhagens densas (trepadeiras, bananeiras e similares) junto às casas e mantenha a grama
aparada;
- Deve-se sempre sacudir as roupas e sapatos antes de usar;
- Não coloque a mão em buracos, sob pedras e troncos apodrecidos;
- Vede as soleiras das portas e janelas;
- Limpe regularmente a parte de trás de móveis, cortinas, quadros e cantos de parede;
- Quando for mexer em plantações e áreas rurais, utilize materiais adequados como luvas de couro e
botas de cano longo, entre outras coisas.
DOENÇAS TRANSMISSIVEIS:

Doença infecciosa ou doença transmissível é qualquer doença causada por um agente patogênico
como: vírus, bactéria e também parasita

Na década de 1930, as doenças transmissíveis foram a principal causa de morte no Brasil. As melhorias
sanitárias, o desenvolvimento de novas tecnologias, como as vacinas e os antibióticos, a ampliação do
acesso aos serviços de saúde e as medidas de controle fizeram com que esse quadro se modificasse
bastante até os dias atuais. Porém, mesmo diante dos notórios avanços obtidos para controlar essas
doenças, elas ainda se constituem como importante problema de saúde pública no país.

As doenças transmissíveis são responsáveis por 30% de todas as mortes no mundo. São 14,2 milhões de
mortes todo ano.

INFEÇÃO RESPIRATÓRIA OU PNEUMONIA:

Uma infeção respiratória ocorre quando uma parte do


aparelho respiratório é infectada por um microrganismo que
pode ser um vírus, uma bactéria, um fungo ou um parasita.

As manifestações da infeção irão depender da área do


aparelho respiratório atingida.

Embora a maioria das infeções respiratórias sejam benignas,


elas são muito frequentes e podem ser fatais.

Por exemplo, as pneumonias são a terceira causa de


mortalidade humana e a tuberculose ocupa o sétimo lugar. De
fato, à escala mundial, as infeções respiratórias são
responsáveis por cerca de 4 milhões de mortes todos os anos.

Sintomas:
Os sintomas da infecção respiratória são:
 Febre;
 Tosse;
 Mal estar;
 Dor torácica;
 Catarro;
 Pode haver dor de ouvido;
 Pode haver dor abdominal (principalmente nas crianças).

Tratamento:
O tratamento para a infecção respiratória é feito com a administração de antibióticos por 7, 10 ou 14
dias. Além disso, pode ser necessário o uso de analgésicos e antitérmicos.
POLIOMIELITE OU PARALISIA INFANTIL:

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil,


é uma doença infecciosa viral aguda que afeta principalmente
as crianças menores de 5 anos de idade. É causada por um
vírus que vive no intestino e é transmitida de pessoa a pessoa,
principalmente pela via fecal-oral.

Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra. A


transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca,
com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o
que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são
inadequadas.

Sintomas:
 Febre baixa e constante;
 Mal-estar geral;
 Cansaço e sonolência;
 Dor de cabeça;
 Náuseas e vômitos;
 Diarreia e inchaço abdominal;
 Dor de garganta;
 Rigidez da nuca e pescoço.

Tratamento:
O tratamento para poliomielite deve ser feito com o repouso em casa, durante 1 semana, e a ingestão de
bastante água e uso de remédios para aliviar os sintomas da doença, como a febre e as dores.
No entanto, a prevenção da poliomielite através da vacinação continua é a melhor forma de tratamento.

MALÁRIA:

A malária ou paludismo é uma doença infecciosa que se


desenvolve no fígado e destrói as células vermelhas do sangue.
A infecção com esta doença acontece devido à picada do
mosquito Anopheles fêmea.

Para diagnosticar a presença da doença, existe um teste rápido,


chamado teste da gota espessa, que utiliza uma gota de sangue
para identificar a presença de um dos tipos de protozoários
responsáveis pela doença.

A malária tem cura, mas para isso o tratamento deve


ser iniciado rapidamente, pois caso a doença se desenvolva
muito e chegue à sua forma mais grave, afetando o cérebro,
onde as chances de complicações e de morte são muito
maiores.

Cada ano há entre 1 e 3 milhões de mortes decorrentes de malária.


Sintomas:
 Intensa dor de cabeça;
 Febre e calafrios;
 Dores por todo corpo;
 Fraqueza;
 Mal estar geral;
 Náuseas;
 Vômitos,
 Tremores fortes que podem durar de 15 minutos a 1 hora.

Tratamento:
- Todos os casos de malária requerem tratamento médico.
- O tratamento da malária é feito com a ingestão de medicamentos antimaláricos por 3 dias.
- Os casos mais graves necessitam de internamento hospitalar.

Recomenda-se ainda:
 Alimentar-se normalmente;
 Não consumir bebidas alcoólicas;
 Não parar o tratamento antes do conselho médico, mesmo se os sintomas desaparecem antes, pelo
risco de recidiva e complicações da doença.

DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA:

Os três vírus são transmitidos pelo mosquito Aedes Egypti e circulam ao mesmo tempo pelo brasil,
colocando em risco a saúde da população.

Sintomas:

Tratamento:
- Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue, chikungunya e Zika.
- Faz-se apenas medicamentos para os sintomas da doença, ou seja, fazer um tratamento sintomático.
- É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação.
- Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico.
- Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa.
- Nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.
MENINGITE:

A meningite é uma inflamação das meninges, que são as


membranas que envolvem o cérebro. Existem diversos tipos
de meningite, e para cada um deles há causa e sintomas
específicos.

A meningite pode pôr em risco a vida em função da


proximidade da inflamação com órgãos nobres do sistema
nervoso central e por isso essa condição é classificada como
uma emergência médica.

Os principais tipos de meningite existentes são:


 Meningite viral.
 Meningite bacteriana.
 Meningite fúngica.

A meningite pode causar sequelas que atingem tanto a capacidade física quanto intelectual e psicológica
dos pacientes e deixam sequelas mais comuns causadas por esta doença são:
 Perda de audição parcial ou total;
 Epilepsia;
 Problemas de memória e concentração;
 Dificuldade de aprendizagem, tanto em crianças quanto em adultos;
 Perda de visão parcial ou total;
 Atraso no desenvolvimento motor, com dificuldades para andar e se equilibrar;
 Paralisia de um lado do corpo ou dos dois;
 Amputação de membros, para parar a disseminação da doença para o restante do corpo;
 Artrite e problemas nos ossos;
 Problemas nos rins;
 Dificuldade para dormir;
 Incontinência urinária.

Sintomas:
 Febre alta repentina;
 Forte dor de cabeça;
 Pescoço rígido;
 Vômitos;
 Náusea;
 Confusão mental e dificuldade de concentração;
 Convulsões;
 Sonolência;
 Falta de apetite;
 Rachaduras e presença de manchas vermelhas na pele.

Tratamento:
Para meningite viral muitas vezes o tratamento é dispensável, pois a doença costuma desaparecer
sozinha após algumas semanas. Geralmente, os únicos meios de terapia indicados pelo médico são
repouso, ingestão de muita água e o uso de medicamentos para aliviar as dores. Em casos específicos, o
médico pode receitar também um antiviral.
Já para casos de meningite bacteriana, o tratamento deve ser imediato por meio de antibióticos
intravenosos e medicamentos de cortisona, para reduzir o risco de futuras complicações. O antibiótico
que o médico receitará depende do tipo de meningite que o paciente tem, ou seja, da bactéria causadora
da doença.

Quando o caso é de meningite fúngica, o tratamento é feito via fungicidas. No entanto, esses
medicamentos podem apresentar diversos efeitos colaterais. Por isso, eles só serão receitados ao
paciente quando a causa por comprovadamente infecção por fungos.

Para tratar meningite crônica, o tratamento indicado é o mesmo do de meningite fúngica, já que esta é a
única forma de meningite que pode levar ao quadro crônico da doença.

TUBERCULOSE:

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por


uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas
também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como
ossos, rins e meninges.

A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa,


portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de
transmissão. A pessoa com tuberculose expele, ao falar,
espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o
agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo
contaminando-o.

Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa
resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da tuberculose.

Sintomas:
Alguns pacientes não exibem nenhum indício da tuberculose, outros apresentam sintomas
aparentemente simples que são ignorados durante alguns anos (ou meses). Contudo, na maioria dos
infectados com tuberculose, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são:
 Tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas,
transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue;
 Cansaço excessivo;
 Febre baixa geralmente à tarde;
 Sudorese noturna;
 Falta de apetite;
 Palidez;
 Emagrecimento acentuado;
 Rouquidão;
 Fraqueza;
 Dificuldade na respiração;
 Eliminação de grande quantidade de sangue;
 Colapso do pulmão.
Tratamento:
- O tratamento da tuberculose à base de antibióticos é 100% eficaz;
- A cura da tuberculose leva 6 meses, mas muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e
acaba desistindo antes do tempo.
- Para evitar o abandono do tratamento da tuberculose é importante que o paciente seja acompanhado
por equipes com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados.

DOENÇA DE CHAGAS:

Doença de Chagas é uma inflamação causada por um


parasita Trypanosoma Cruzi que é encontrado nas fezes do
inseto (triatoma) conhecido como barbeiro.

A transmissão acontece pelas fezes do "barbeiro"


depositadas sobre a pele da pessoa, enquanto o inseto suga o
sangue. A picada provoca coceira e quando a pessoa coça o
local da picada faz com que as fezes eliminadas penetrem
no orifício que a picada do inseto originou. Desta forma dá-
se a entrada do tripanossomo no organismo, o que também
pode ocorrer pela mucosa dos olhos, do nariz e da boca ou
por feridas e cortes recentes na pele.

Sintomas:
A doença de Chagas tem dois estágios: agudo e crônico. A fase aguda pode apresentar sintomas
moderados ou nenhum sintoma. Entre os principais sintomas estão:
 Febre;
 Mal-estar;
 Inchaço de um olho;
 Inchaço e vermelhidão no local da picada do inseto;
 Fadiga;
 Irritação sobre a pele;
 Dores no corpo;
 Dor de cabeça;
 Náusea, diarreia ou vômito;
 Surgimento de nódulos;
 Aumento do tamanho do fígado e do baço.

Tratamento:
Quanto mais cedo for instituído o tratamento contra a doença de Chagas, melhores são os resultados
clínicos.

A medicação é dada sob acompanhamento médico nos hospitais devido aos efeitos colaterais que
provoca, e deve ser mantida, no mínimo, por um mês.

O principal objetivo do tratamento da Doença de Chagas é matar o parasita causador, reduzir e aliviar os
sintomas.

ESQUISTOSSOMOSE:
A esquistossomose é uma infecção causada pelo trematódeo
da espécie Schistosoma Mansoni e tem como seu
hospedeiro definitivo o homem, necessitando de
um hospedeiro intermediário, o caramujo, para completar
seu ciclo evolutivo.

Na água, os ovos eliminados pelo homem na urina e nas


fezes, evoluem para larvas. Estas, por sua vez, se alojam e
se desenvolvem nos caramujos, que posteriormente liberam
a larva adulta que irá penetrar na pele do homem.

Quando no sistema venoso dos seres humanos, os parasitas se desenvolvem até atingirem de 1 a 2
centímetros de comprimento, se reproduzem e eliminam seus ovos. Alguns desses ovos podem alcançar
a bexiga e o intestino, sendo eliminados pelas fezes e urina, fechando o ciclo.

Sintomas:
Tratamento:
 Náusea;
O tratamento da esquistossomose é feito com
 Dor de cabeça;
antiparasitários que devem ser prescritos para todos os
 Fraqueza;
pacientes cujo exame de fezes ou de mucosa retal apresente
 Dor abdominal;
ovos do parasita. Os medicamentos são capazes de matar o
 Diarreia com sangue;
parasita dentro de um a dois dias em média.
 Falta de ar;
 Tosse com sangue;
 Dores em articulações;
 Gânglios linfáticos inchados;
 Aumento do fígado;
 Aumento do baço;
 Alergia na pele com coceira.
SARAMPO:

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral,


transmissível, extremamente contagiosa e muito comum na
infância.

A transmissão ocorre diretamente, de pessoa a pessoa,


geralmente por tosse, espirros, fala ou respiração, por isso a
facilidade de contágio da doença.

A enfermidade é uma das principais responsáveis pela


mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo.

Sintomas:
Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são:
- Febre;
- Tosse persistente;
- Irritação ocular;
- Corrimento do nariz.
- Manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias.

Além disso, pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, ataques (convulsões e olhar fixo), lesão
cerebral e morte.

Tratamento:
- Não existe tratamento específico para o sarampo, apenas para os sintomas;
- O tratamento dos sintomas consiste em:
 Hidratação;
 Alimentação saudável;
 Suplementação de vitamina A e medicamentos sintomáticos para febre, náuseas e vômitos.
- Vacinar é o meio mais eficaz de prevenção contra o sarampo.

OBS. Como Prevenir as doenças contagiosas ou transmissíveis:


1 - Manter uma alimentação equilibrada, não nos esquecendo das frutas, verduras, legumes, cereais,
carnes e ovos frescos;
2 - Tomar regularmente as vacinas, doenças sérias podem ser prevenidas por meio desse simples
procedimento;
3 - Evitar contato com pessoas com doenças transmissíveis, pois se o seu corpo não estiver bem
protegido, ela poderá adoecer;
4- Lavar as mãos com frequência e utilizar hidratante ou gel antisséptico para desinfecção das mãos;
5 - É bom lembrar que animais também transmitem doenças e, portanto, não se deve beijar seu pelo
ou focinho e nem deixar lamberem seu rosto e boca.
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS (DST):

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são


doenças causadas por vírus, bactérias ou outros
micróbios que se transmitem, principalmente, através das
relações sexuais sem o uso de preservativo com uma
pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam
por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no


homem quanto na mulher. Essas doenças quando não
diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para
complicações graves, como infertilidades, câncer e até a
morte.

Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método mais eficaz para a
redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da Aids, o HIV. Outra forma de
infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e
agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis.

A Aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o bebê
durante a gravidez, o parto. E, no caso da Aids, também na amamentação.

AIDS:

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) ou AIDS é


uma doença que ataca o sistema imunológico devido à
destruição dos glóbulos brancos (linfócitos).

A Aids é considerada um dos maiores problemas da atualidade


pelo seu caráter pandêmico (ataca ao mesmo tempo muitas
pessoas numa mesma região) e sua gravidade.

A infecção da Aids se dá pelo HIV, vírus que ataca as células


do sistema imunológico. A falta desses linfócitos diminui a
capacidade do organismo de se defender de doenças
oportunistas, causadas por microrganismos que normalmente
não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema
imune normal.

O HIV pode ser transmitido pelo sangue, esperma e secreção vaginal, pelo leite materno, ou transfusão
de sangue contaminado. O portador do HIV, mesmo sem apresentar os sintomas da Aids, pode
transmitir o vírus, por isso, a importância do uso de preservativo em todas as relações sexuais.

Sabendo disso, você pode conviver com uma pessoa portadora do HIV ou da Aids. Pode beijar, abraçar,
dar carinho e compartilhar do mesmo espaço físico sem ter medo de pegar o vírus da Aids.
Sintomas:
 Mal estar geral;
 Febre;
 Sintomas de um resfriado normal.
 Diarreia;
 Suores Noturnos;
 Emagrecimento em excesso;
 Bolinhas vermelhas na pele ou feridas;
 Dor nos músculos;
 Espessamento das unhas;
 Náuseas e vômitos.

Tratamento:
Infelizmente a AIDS ainda é uma doença sem cura, porém existem tratamentos específicos para que o
indivíduo soropositivo possa ter uma vida normal. O tratamento é fornecido gratuitamente pelo Governo
por meio do SUS.

São mais de 15 medicamentos antirretrovirais. Eles retardam o aparecimento da doença e também


proporcionam uma qualidade de vida ao portador do vírus, pois atuam diretamente na redução da carga
viral e também na reconstituição do sistema imunológico do paciente.
SIFILIS:
A sífilis ou cancro duro, como é popularmente conhecida, trata-se de uma doença sexualmente
transmissível (DST) originada pela bactéria Treponema Pallidum. Ela pode atingir além dos órgãos
genitais, outras partes do corpo em diferentes estágios.

A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou da mãe
infectada para a criança durante a gestação ou o parto.

Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.

Os sintomas da Sífilis avançam conforme a evolução da doença.

Sintomas:
Sífilis primária:
 Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria
(pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais
da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio;
 Não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar
acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Sífilis secundária:
 Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis
meses do aparecimento da ferida inicial e após a
cicatrização espontânea;
 Manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos
e plantas dos pés;
 Não coçam, mas podem surgir ínguas no corpo;
 Aqui, o paciente pode apresentar dores
musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para
engolir.
 Ínguas, principalmente na região genital;
 Dor de cabeça;
 Mal estar;
 Febre leve, geralmente abaixo de 38ºC;
 Falta de apetite;
 Perda de peso.

Sífilis terciária:
 Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção;
 Lesões maiores na pele, boca e nariz;
 Dor de cabeça constante;
 Náuseas e vômitos frequentes;
 Convulsões;
 Perda auditiva;
 Vertigem, insônia e AVC;
 Reflexos exagerados e pupilas dilatadas;
 Rigidez do pescoço e dificuldade para movimentar a cabeça;
 Problemas em órgãos internos: coração, nervos, ossos, músculos, fígado e vasos sanguíneos;
Sífilis congênita:
A sífilis congênita é quando o bebê é infectado com sífilis ainda durante a gestação, e isso acontece
quando a mulher grávida tem sífilis e não faz o tratamento da doença.

São complicações dessa forma da doença: aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto,
surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer.

Sintomas:
 Surgem desde as primeiras semanas de vida até
mais de 2 anos após o nascimento;
 Manchas arredondadas de cor vermelho pálido
ou cor de rosa na pele, incluindo a palma das
mãos e a sola dos pés;
 Irritabilidade fácil;
 Perda de apetite e da energia para brincar;
 Pneumonia;
 Anemia;
 Problemas nos ossos e nos dentes;
 Perda da audição;
 Deficiência mental.

Tratamento:
O tratamento deve ser orientado por um profissional médico que indicará o diagnóstico correto e
tratamento adequado, dependendo de cada estágio da doença.

O tratamento para sífilis na gestante apenas deve ser feito com antibióticos indicados pelo médico, uma
vez que podem provocar malformações no feto.

O tratamento para sífilis congênita deve ser orientado pelo pediatra e, normalmente, é iniciada logo após
o nascimento.

GONORREIA:
Gonorréia é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada
pela Neisseria gonorrhoeae, uma bactéria que cresce e multiplica-se
facilmente em áreas quentes e úmidas do arapelho reprodutivo como
cérvix, útero e tubos de falópio na mulher; e uretra em homens e
mulheres. A bactéria também pode crescer na boca, garganta, olhos e
ânus.

A gonorréia é transmitida pelo contato com o pênis, vagina, boca ou


ânus. Não é necessário haver ejaculação para a gonorréia ser
transmitida. A Gonorréia também pode ser transmitida da mãe para o
bebê durante o parto.

Pessoas que tiveram gonorréia e receberam tratamento podem ser


infectadas de novo se tiverem contato sexual com indivíduos
infectados.
Sintomas:
Na maioria dos casos, a gonorreia passa desapercebida. Quando há sintomas, alguns são bastante
característicos, principalmente na região genital.

No pênis, os sinais mais comuns da gonorreia são:


 Dor e ardência ao urinar;
 Secreção abundante de pus pela uretra;
 Dor ou inchaço em um dos testículos.

Já na vagina, os sintomas são:

 Aumento no corrimento vaginal, na cor amarelada e odor


desagradável;
 Dor e ardência ao urinar;
 Sangramento fora do período menstrual;
 Dores abdominais;
 Dor pélvica.

Mas a gonorreia também pode surgir em outras partes do corpo:


 Reto: os sintomas comuns da gonorreia na região anal são coceira, secreção de pus e sangramentos;
 Olhos: dor, sensibilidade à luz e secreção de pus em um ou nos dois olhos;
 Garganta: dor e dificuldade em engolir, presença de placas amareladas na garganta;
 Articulações: se a bactéria afetar alguma articulação do corpo, esta poderá ficar quente, vermelha,
inchada e muito dolorida.

Tratamento:
É importante tomar todo medicamento prescrevido pelo médico para curar a gonorréia. Embora a
medicação interrompa a infecção, não irá reparar qualquer dano permanente ocasionado pela doença.

Vários antibióticos podem curar com sucesso a gonorréia em adolescentes e adultos. Porém, variedades
resistentes de gonorréia estão aumentando em várias partes do mundo e o tratamento está ficando mais
difícil.
HERPES GENITAL:
O herpes genital trata-se de uma DST (doença
sexualmente transmissível) cujo contágio acontece por
meio de vírus transmitido por relação sexual sem
proteção e acomete a pele principalmente das áreas
genitais.

A forma mais recorrente de transmissão do herpes


genital é por contato com a pele de um paciente
infectado que apresenta lesões visíveis em formas de
erupções ou até bolhas, durante a fase ativa da doença.

No entanto, há a possibilidade de transmissão quando


não há nenhum tipo de lesão na pele, e provavelmente
o indivíduo não tem ideia de que está infectado com o
vírus do herpes genital. O contágio também pode
ocorrer por meio da saliva e fluídos vaginais do
indivíduo infectado.

A incidência do herpes genital é maior entre mulheres, o vírus acomete 1 a cada 4 mulheres e em torno
de 1 em cada 8 homens.

Sintomas:
Grande parte dos indivíduos infectados com a herpes genital pode não apresentar sintomas. Quando há
sintomas, os principais são:
 Surgimento de manchas vermelhas e bolhas esbranquiçadas após a infecção;
 Aparecimento de irritações e dores em torno de dois a dez dias após a contaminação;
 Lesões e erupções nas regiões genitais;
 Pequenas bolhas agrupadas nas regiões genitais;
 Dor e possível sangramento ao urinar;
 Há formação de cascas no momento da cicatrização;
 Ínguas que causam sensibilidade na área da virilha;
 No caso das mulheres, pode haver corrimento vaginal e dificuldade para urinar;
 Na fase ativa da doença, os sintomas podem ser graves, causando feridas em diversas partes do corpo
como vagina, colo do útero, pênis, saco escrotal, uretra, ânus, coxas, nádegas e até boca.

Tratamento:
- Ao ser diagnosticado com herpes genital, o paciente deve procurar imediatamente auxílio médico e
iniciar prontamente o tratamento;
- Ainda não há cura definitiva para o herpes genital, portanto após realizar o tratamento quando a doença
manifesta os sintomas, o indivíduo infectado deve seguir monitorando a doença ano a ano;
- O tratamento mais comum é feito por meio de antivirais orais em conjunto com pomadas, que aliviam
os sintomas e curam as lesões na pele que causam extremo desconforto;
- A duração do tratamento será determinada pelo médico de acordo com o quadro de cada paciente.
- É importante seguir o tratamento até o fim para eliminar os sintomas e diminuir as chances de
transmitir o vírus para outras pessoas;
- As gestantes com herpes genital podem realizar o tratamento no último mês de gravidez e ter todo o
cuidado na hora do parto para não transmitir o vírus ao bebê.
CLAMÍDIA:
Clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST)
mais comum em todo o mundo e é causada pela
bactéria Chlamydia trachomatis. Essa doença, muitas
vezes, é silenciosa e pode afetar tanto homens quando
mulheres.

Ela pode ser transmitida via contato sexual anal, oral ou


vaginal e pode também ser congênita, ou seja, pode ser
passada de mãe para filho durante a gravidez.

Manter relações sexuais desprotegidas é o principal fator


de risco para contaminação por clamídia.

Sintomas:
Um em cada quatro homens com clamídia não apresentam sintomas, e somente cerca de 30% das
mulheres infectadas manifestam os sinais típicos da doença.

Os estágios iniciais da clamídia não costumam manifestar sintomas. Quando eles ocorrem, isso acontece
geralmente de uma a três semanas após a exposição à bactéria causadora da doença. Mesmo quando os
sintomas se manifestam, eles são fracos e passageiros.

Confira os principais sinais de contaminação por clamídia:


 Ardência ao urinar;
 Dor abdominal;
 Corrimento vaginal e peniano;
 Dor durante o ato sexual, no caso de mulheres;
 Sangramento intermenstrual e após a relação sexual;
 Dor nos testículos;
 Dor ou secreção retal;

Tratamento:
- Não tem tratamento difícil. Mas, se não receber a devida atenção, pode desencadear problemas mais
graves de saúde;
- Por ser causada por uma bactéria, o tratamento de clamídia é feito à base de antibióticos;
- Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a
dosagem correta e a duração do tratamento;
- O tratamento de clamídia não garante imunidade para a doença. Ou seja, se não houver o devido
cuidado, ela pode retornar.

OBS: Se você tem clamídia, seu parceiro ou parceira também deve realizar os exames para diagnosticar
a doença e, se der positivo, o tratamento ministrado será o mesmo – mesmo que ele ou ela não
tenha manifestado quaisquer sintomas.
Como fazer o tratamento das DSTs?
Cada DST tem um tipo de tratamento e só o profissional de
saúde poderá avaliar a fazer essa indicação corretamente.

Fazer o tratamento certo é:


- Só tomar remédio indicado pelo serviço de saúde;
- Tomar o remédio na quantidade certa, nas horas certas e até o
fim, mesmo que os sintomas e sinais tenham desaparecido;
- Evitar relação sexual nesse período e, se não der para evitar, só
manter relações usando camisinha;
- Voltar ao serviço de saúde ao terminar o tratamento, para fazer
a revisão (controle de cura). E as mulheres, para fazerem
também o exame preventivo do câncer de colo do útero (o
médico dirá se esse exame pode ser realizado);
- Levar o parceiro sexual para ser tratado também.

Como prevenir as DSTs?


- A melhor forma de prevenir a transmissão das DST é usar
sempre e corretamente a camisinha em todas as relações
sexuais;

- Não compartilhar agulhas e seringas com outras pessoas;

- No caso de necessitar receber uma transfusão de sangue, exija


que ele seja testado para todas as doenças que podem ser
transmitidas pelo sangue.

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