Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Celina Ambrósio
Cod: 708201439
Capa
Índice
Aspectos Introdução
Estrutura
organizacionais Discussão
Conclusão
Bibliografia
Contextualização (indicação
clara do problema)
Introdução
Descrição dos objectivos
Metodologia adequada ao
objecto de estudo
Articulação e domínio de
discurso académicos (expressão,
escrita, cuidada coerência,
Conteúdo coesão textual)
Revisão bibliográfica nacional e
Análise de internacional relevante na área
discussão de estudo
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Índice
1. Índice ......................................................................................................................... 3
2. Introdução.................................................................................................................. 1
2.1. Objectivo Geral .................................................................................................. 1
2.2. Objectivos Específicos ....................................................................................... 1
2.3. Metodologia ....................................................................................................... 2
3. Capitulo II. Revisão de literatura .............................................................................. 3
3.1. Conceito ............................................................................................................. 3
3.1.1. Duna Primária ............................................................................................. 3
3.2. Importância ecológica das dunas ....................................................................... 4
3.3. Importância socio-económica ............................................................................ 4
3.4. Factores que contribuem para degradação das dunas costeiras ......................... 5
3.5. Impactos da poluição nas dunas costeiras .......................................................... 5
3.6. Impacto do uso tradicional das dunas ................................................................ 6
3.7. Desenvolvimento costeiro.................................................................................. 6
3.8. Medidas para minimizar a degradação do ecossistema de dunas costeiras ....... 7
3.9. Consciencialização e Educação Ambiental ....................................................... 7
3.10. Medidas de conservação e gestão das dunas .................................................. 7
3.11. Evidências da zona de estudo ....................................................................... 10
4. Conclusão ................................................................................................................ 12
5. Referências Bibliográficas ...................................................................................... 13
1. Introdução
Moçambique possui ao longo da sua linha costeira, vários quilómetros de dunas costeiras
vegetadas. No sul de Moçambique, as dunas costeiras estão entre as maiores dunas
vegetadas do mundo, chegando a atingir alturas de mais de 100 metros (Massinga &
Hatton, 1996). No entanto, estudos sobre este ecossistema são escassos no nosso país,
apesar de estas apresentarem uma extrema importância ecológica, social e económica,
especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento do turismo costeiro e seus
impactos. O facto de se saber muito pouco sobre o ecossistema dunar (sua ecologia e
padrões de utilização pelo homem) e também pelo facto de existirem graves lacunas na
legislação nacional, tem em muitas situações, contribuído para o uso insustentável do
mesmo. No entanto, uma vez destruídas as dunas (total ou parcialmente), verifica-se que
as áreas adjacentes à praia e zonas interiores podem deixar de estar protegidas da acção
destruidora do mar, conduzindo a inúmeras situações de risco, o que leva à proliferação
de obras de engenharia costeira para protecção do interior (esporões, muros de protecção),
artificializando-se sucessivamente a linha de costa (Laranjeira, 1997).
Com esta acentuada ocupação do litoral, acrescida da diminuição drástica dos sedimentos
continentais fornecidos ao mar devido à construção de barragens e ainda da subida do
nível médio das águas do mar, provocou-se a perturbação e a entrada em desequilíbrio
deste sistema de interface, demonstrando a sua fragilidade e a necessidade de melhor se
conhecer a sua dinâmica (Almeida, 1998). Desta forma, o presente trabalho pretende
abordar sobre a degradação das dunas primárias na zona do Bilene.
1.1.Objectivo Geral
Analisar sobre a degradação das dunas costeiras nas zonas costeira
1.2.Objectivos Específicos
Descrever a importância das dunas costeiras;
Identificar os factores que contribuem para a degradação das dunas;
Propor medidas de mitigação para minimizar a degradação do ecossistema de
dunas costeiras.
1
1.3.Metodologia
Inicialmente foi realizada uma revisão bibliográfica. Pesquisou-se dissertações, livros,
páginas electrónicas, diversos artigos científicos, visando um maior conhecimento da
temática em estudo, de todas as dinâmicas e processos envolvidos, assim como o
aprofundamento das metodologias utilizadas para determinação da vulnerabilidade de
sistemas dunares.
2
2. Capitulo II. Revisão de literatura
2.1. Conceito
2.1.1. Duna Primária
A duna primária, também designada por duna viva instável, constitui uma etapa mais
evoluída do sistema, com uma flora mais rica devido à menor hostilidade do meio.
Tipicamente a planta que domina é Ammophila arenaria (estorno), um elemento essencial
para a fixação da areia e a estabilização da duna. Devido à baixa cobertura vegetal (menos
de 50%), alguns autores designam esta zona do sistema dunar como duna branca, devido
aos espaços de areia não cobertos por vegetação e às cores glaucas dominantes nas plantas
(Neto, 1999). Esta duna nunca é imersa pela água do mar, mas é atingida pelas gotas de
água transportadas pelo vento em direcção ao interior.
3
2.2.Importância ecológica das dunas
As dunas costeiras desempenham funções ecológicas importantes:
2.3.Importância socio-económica
Dados históricos mostram que durante séculos o homem tem escolhido viver junto à
costa, fazendo uso dos recursos costeiros e marinhos para sua sobrevivência. As dunas
costeiras têm sido utilizadas para vários fins, trazendo benefícios económicos para as
populações costeiras, e tendo assim função importante no seu desenvolvimento,
fornecendo: terra para agricultura; madeira para combustível e construção, o pasto para
animais domésticos (cabritos, vacas), recursos minerais para o desenvolvimento da
exploração mineira, elevado valor paisagístico para o desenvolvimento do turismo
costeiro, agua potável; e em muitas zonas do país, as dunas têm importância cultural,
religiosa e social.
4
2.4. Factores que contribuem para degradação das dunas costeiras
As dunas costeiras são consideradas como um sistema naturalmente vulnerável,
dependentes da manutenção do balanço dinâmico das praias e em constante alteração
devido aos processos de erosão, de acreação e sucessão biótica (Tinley, 1971). Segundo
o autor, existe ainda uma combinação de factores humanos no nosso país que as tornam
ainda mais vulneráveis. Tais como: a falta de planeamento e coordenação para a gestão
do desenvolvimento costeiro, o uso limitado das medidas da avaliação de impacto
ambiental na tomada de decisões sobre potenciais investimentos, existência de recursos
humanos limitados, a aplicação inadequada da legislatura vigente e a falta de incentivos
para a conservação do ambiente costeiro. As várias actividades humanas, muitas delas
associadas ao turismo costeiro que põem em causa este ecossistema frágil, são
nomeadamente: a poluição e o uso tradicional.
5
2.6.Impacto do uso tradicional das dunas
As comunidades locais fazem uso dos recursos naturais das dunas costeiras. Este tipo de
exploração ocorre por toda a zona costeira dunar, dado que grande parte da população
costeira depende dos recursos marinhos e costeiros para a sua sobrevivência e para o seu
bem-estar económico. A plantação de coqueiros na região de Tofo e usado no local de
pasto para o gado ovino e caprino no Arquipélago do Bazaruto, onde estes animais
acabam por exercer uma elevada pressão sobre a vegetação dunar e sobre as próprias
dunas (Abacar et al., 1995), são exemplos disso.
Na praia da Macaneta, especialmente na região do farol o abate da vegetação da duna
primária para a produção de carvão é intenso, de acordo com os Agentes Naturais
Comunitários do Projecto de Conservação da Biodiversidade de Marracuene, os fornos
são construídos sobre a própria duna, contribuindo desse modo para a sua degradação.
2.7.Desenvolvimento costeiro
A zona costeira sul de Moçambique, é uma das mais visitadas por turistas em todo país,
especialmente por turistas sul-africanos (Abrantes & Pereira, 2003). Uma das actividades
recreativas mais alarmantes é a condução na praia por veículos 4x4, acima da linha de
maré e sobre as dunas, devido a esses veículos acabam por trazer consigo grandes
impactos sobre a dinâmica das praias e dunas, sobre a sua vegetação, geomorfologia e
biodiversidade (como as aves costeiras, caranguejos e tartarugas marinhas).
O carácter dinâmico das dunas costeiras possibilita a sua existência em situações de
grande pressão e distúrbio, embora a perda da diversidade biológica e beleza paisagística
sejam os primeiros indicadores da susceptibilidade e vulnerabilidade das mesmas
(Martinez et al., 2004). A deterioração do ambiente costeiro devido aos impactos
provocados pelo homem, é normalmente um processo lento. A população que faz o uso
destes recursos muitas vezes não está atenta aos impactos cumulativos impostos sobre o
mesmo, acostumando-se às pequenas mudanças e aceitando-as como sendo parte de um
processo natural (Vander Merwe, 1988). De salientar que, considera-se apenas os danos
irreparáveis que tiverem já sido cometidos, os mais visíveis impactos de actividades não
controladas e reguladas, sendo que a reabilitação das dunas costeiras é um processo longo
e moroso, envolvendo elevados recursos ecológicos e financeiros, é importante que se
tenha sempre em consideração o uso equilibrado dos recursos que este ecossistema tem
para oferecer (Vander Merwe, 1988).
6
2.8. Medidas para minimizar a degradação do ecossistema de dunas costeiras
No nosso país existem já várias componentes que directa ou indirectamente actuam para
a conservação e gestão das dunas costeiras no nosso país, como é o caso das áreas de
conservação, as convenções internacionais, os dispositivos legais, bem como as
actividades de conservação que têm vindo a acontecer ao longo dos últimos anos. Em
Moçambique, as áreas de conservação, são uma das formas de uso e de aproveitamento
da terra preconizadas por lei, as quais têm em vista a protecção das espécies vegetais e
animais representativas do país ou em perigo de extinção, assim como dos seus
ecossistemas, nos parques e reservas nacionais que englobam o sistema de dunas
costeiras. Em Moçambique, não existe ainda regulamentação específica sobre a
conservação das praias e dunas costeiras, especialmente no que diz respeito a actividades
de condução de veículos 4x4, exceptuando nas Áreas de Conservação, através dos seus
planos de maneio.
7
Elaborar especificações técnicas para edificações na orla marítima, para os
diferentes projectos de desenvolvimento;
Fiscalizar todas as fases dos projectos de desenvolvimento por meio do processo da
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), através dos quais devem estar previstos os
impactos ambientais, projectadas e implementadas medidas correctivas e efectuadas
actividades de monitoria e auditoria após o desenvolvimento das mesmas;
Proibir a introdução de espécies exóticas animais e vegetais nas dunas costeiras;
Desenvolver um sistema de fiscalização específico para actividades tradicionais e
de desenvolvimento, que envolvem o corte, abate e pastoreio da vegetação dunar;
Desenvolver uma regulamento geral para o controle das actividades recreativas na
zona costeira;
Desenvolver um regulamento geral para o banimento total/parcial da condução por
veículos 4x4 nas praias e sobre as dunas costeiras, podendo haver excepções:
Permitida a condução, sendo necessário a aplicação para uma licença, para permitir
o acesso a determinadas zonas costeiras com o propósito de investigação científica,
actividades comerciais específicas, actividades recreativas em áreas demarcadas
para tal, operações turísticas conduzidas por operadores registados, acesso a
propriedades privadas onde não existem vias rodoviária de acesso. Acrescentar que
todas as aplicações estão sujeitas a um Estudo de Impacto Ambiental;
Desenvolver um sistema de fiscalização específico para o controle desta condução
de veículos 4x4 nas zonas costeiras, como por exemplo: criar pontos oficiais de
acesso para veículos 4x4, controlar os pontos oficiais de acesso para garantir que
todos os veículos 4x4 tenham uma licença;
Emitir licenças que definam claramente as regras a serem cumpridas e
acompanhadas por brochuras descrevendo os impactos da condução por veículos
4x4 nas praias;
Canalizar os fundos derivados das taxas de licenças para as autoridades marítimas
de forma a melhorar a capacidade de gerir efectivamente as áreas sob seu controle;
Controlar severamente praias e dunas costeiras. Quaisquer irregularidades deverão
ser acompanhadas por penalidades graves, cancelamento da licença e confiscação
do veículo;
Proibir o trânsito de veículos 4x4, pedestres e animais e em praias de nidificação de
aves costeiras e tartarugas marinhas;
8
Restringir a condução veículos 4x4 na área abaixo da linha de maré, não sendo
permitida a condução sobre ou acima da linha de maré. Restrições adicionais devem
ser feitas quando necessário para gerir conflitos entre pedestres, aves, macrofauna e
tartarugas marinhas nesta zona;
Proibir veículos 4x4 em praias estreitas, ou dependendo da natureza da praia permitir
o acesso apenas durante a maré baixa para evitar que os veículos sejam forçados
pela maré enchente a conduzir acima da linha de maré ou invadir a vegetação dunar;
Colocar obstruções, onde possível, para evitar o acesso não autorizado;
Criar uma cooperação entre as autoridades locais, oficiais de conservação,
comunidades locais e privados para a fiscalização, conservação e gestão das praias
e dunas costeiras.
9
2.11. Evidências da zona de estudo
10
Foto 3. Dunas da praia de Bilene – Moçambique
11
3. Conclusão
Terminado trabalho, conclui-se que a ineficácia do ordenamento e gestão e a degradação
pelo uso, aliadas à elevada atractividade turística, são as componentes que mais
contribuem para o aumento da vulnerabilidade das dunas, pois o equilíbrio dos
ecossistemas dunares está intimamente ligado à conservação da vegetação. Apesar das
plantas que colonizam as areias possuírem adaptações ecológicas que lhes permitem
sobreviver num meio tão adverso, apresentam uma elevada intolerância a mudanças
provocadas pelo ser humano nesse meio. Portanto, o pisoteio pedonal e motorizado e de
veículos, origina uma extensa rede de caminhos que atravessam as dunas da Praia Ponta
Ouro, representando um factor de vulnerabilidade de extrema importância no ecossistema
em estudo, podendo conduzir a uma redução significativa da sua capacidade de
resiliência.
12
4. Referências Bibliográficas
13
14