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Poesia sobre meio ambiente –

autor desconhecido
São versos que retratam um futuro
consequente das ações humanas
contra o meio ambiente.
Eco lógico
Se aos pássaros perguntares.
Quem polui os nossos ares,
onde os pulmões se consomem,
o eco, lógico, responde:
… homem… homem… homem…

E o húmus de nosso chão,


que resta pro nosso pão
logo após uma queimada?
O eco, lógico, responde:
… quase nada… quase nada…

O que era o Saara?


A Amazônia o que será?
Um futuro muito incerto?
O eco, lógico, responde:
… só deserto… só deserto…

O que resta, desmatando,


o que sobra, devastando,
ao homem depredador?
O eco, lógico, responde:
… só a dor… a dor… a dor…

Que precisa a natureza


pra manter sua beleza
e amainar a sua dor?
O eco, lógico, responde:
… mais amor… amor… amor…
Poesias sobre meio
ambiente – Mena Moreira
As próximas poesias são de Mena Moreira,
poetisa natural de Minas Gerais. A primeira
reflete um pedido de socorro e propõe uma
solução, enquanto a segunda aponta o
descaso do homem para com a natureza e o
alerta sobre as consequências de seus atos.
Meio ambiente
O meio ambiente agoniza!
A natureza pede socorro!
As matas pedem conservação
Os bichos pedem preservação
O ar não quer poluição
A água não quer contaminação
E o homem quer solução
Ele não sabe que é a solução!
Para melhorar a situação
Para a próxima geração!
Com muitas árvores para refrescar
Variedade de animais para admirar
Ar puro para respirar
Água cristalina para tomar.
Tudo isso depende de mim
Tudo isso depende de você
Tudo isso depende de nós…
Vamos nos conscientizar
De que nossos hábitos devemos mudar
Novas atitudes devemos tomar.
Aprender a conservar
Aprender a respeitar
Aprender a reciclar
Para o meio ambiente preservar
E a vida melhorar…
Mãe natureza
A natureza é mãe de todos
E a todos trata com cuidado
Pois como toda mãe que ama
Não quer seu filho maltratado…

Mas o homem, filho desobediente


E muitas vezes mal educado
Não dá a mãe natureza
O carinho que devia ser dado…

Polui o ar, contamina a água


Leva destruição para todo lado
Corta a árvore, mata a planta
Mata até o bicho, coitado!…

Ei homem, fique esperto


Deixe de ser atolado
Aprenda a preservar e reciclar
E viva bem sossegado !
Poesia sobre meio
ambiente – Gleidson Melo
A poesia que se segue é de um poeta
pernambucano, Gleidson Melo. Seguindo a
mesma linha das poesias anteriores, seus
versos também abordam temas como o
desmatamento e preservação. Apresentam
uma situação onde a personagem se apercebe
dos problemas resultantes dos esfacelos
humanos.
Cuide bem da natureza
Hoje acordei cedo, contemplei mais uma vez a
natureza.
A chuva fina chegava de mansinho.
O encanto e aroma matinal traziam um ar de
reflexão.
Enquanto isso, o meio ambiente pedia
socorro.
Era o homem construindo e destruindo a sua
casa.
Poluição, fome e desperdício deixam o mundo
frágil e degradado.
Dias mais quentes aquecem o “planeta água”.
Tenha um instante com a paz e a harmonia.
Reflita e preserve para uma consciência
coletiva.
Ainda há tempo, cuide bem da natureza!
Poesia sobre meio
ambiente – Maria Zilda de

A poesia de Maria Zilda de Sá, poetisa
maranhense, tem uma planta como eu-lírico.
Cujas declamações são sobre sua missão
neste mundo: arborização, fotossíntese,
fornecimento de frutos; e finaliza clamando
por cuidados e proteção.
Uma planta
Sou chamada de raiz
Transporto alimentação
Sem a minha parceria
Não existe arborização.

De caule sou chamado


Me orgulho ao dizer
Que sustento meus irmãos
Com todo meu prazer.

Sou a folha com muita função


Faço a planta respirar
Faço cura, faço sombra
É um crime me queimar.

Sou uma flor perfumada


Digo com toda razão
Na planta eu represento
Órgão de reprodução.

Sou um fruto saboroso


Sou muito mais de milhão
Me use com muito respeito
Na sua alimentação.

Agora estando completa


Um pedido vou deixar
Não me corte, nem me queime
Ajude a me preservar.
Poesia sobre meio
ambiente – Daiane Garcia

A poesia de Daiane Garcia, poetisa natural do


Pará, é uma bela homenagem ao nosso
planeta.
Terra, planeta vida
Oh, majestosa Terra,
Terra de belos frutos, de pessoas belas,
Terra, de onde meu corpo surgiu,
E para onde um dia, ele retornará.

Oh, Terra amada,


A mãe da natureza e da beleza,
Terra, que no centro do mundo,
carrega sobre ela, todo peso dele.
Terra, que do mundo absorve todos os seus
podres,
Sem reclamar,
Terra, daqueles que pensam que podem,
E daqueles que ficam na vontade
De um dia talvez sobre ela governar.

Terra de todos, Terra de ninguém,


Terra de filhos bons e de maus também,
Terra que dá a vida e que tira também,
Terra que rejeita e que acolhe,
Terra mãe, Terra filha,
Terra água, Terra fogo, Terra vida,

Terra, planeta vida…


Poesia sobre meio
ambiente – Paulo Reis
Paulo Reis, poeta natural do Rio de Janeiro,
retrata a relação entre homem e meio
ambiente, explicitando como o homem retribui
ingratidão, enquanto goza de bens naturais.
O homem e a terra
Forneces-me o alimento

Devolvo-te o excremento

Cuspo e te piso

Corto tuas veias

E bebo o teu sangue

Arranco teus membros

Visto-te com roupas impermeáveis,

Impedindo que te banhes e respires.

Mas suportas calada!

Porque sabes que um dia

Render-me-ei a teus pés,

Vestindo o que te arranquei,

Para que me engulas.

Então, serei pó

E como pó,

Sentirei o que sentes!


Poesia sobre meio
ambiente – Célio
Albuquerque
Na poesia de Célio Albuquerque, vê-se um
possível futuro acarretado pelas atitudes
humanas.
Lenda da cidade
A floresta tinha árvores
As árvores tinham ninhos.
Os ninhos tinham aves.
Os ovos tinham aves.
As aves tinham o canto,
No canto toda beleza.

Hoje não tem floresta,


Poucas são as árvores,
Poucos são os ninhos,
Poucas são as aves,
E é triste seu cantar.

. . . E a ave da cidade,
por falta de árvores,
fez seu ninho no telhado
ao lado da antena de tv . . .
Poesias sobre meio
ambiente – Carlos
Drummond de Andrade
A folha
A natureza são duas.
Uma,
tal qual se sabe a si mesma.
Outra, a que vemos. Mas vemos?
Ou a ilusão das coisas?

Quem sou eu para sentir


o leque de uma palmeira?
Quem sou, para ser senhor
de uma fechada, sagrada
arca de vidas autônomas?

A pretensão de ser homem


e não coisa ou caracol
esfacela-me em frente folha
que cai, depois de viver
intensa, caladamente,
e por ordem do Prefeito
vai sumir na varredura
mas continua em outra folha
alheia a meu privilégio
de ser mais forte que as folhas.
Evocação
À sombra da usina, teu jardim
Era mínimo, sem flores.
Plantas nasciam, renasciam
para não serem olhadas.

Meros projetos de existência,


desligavam-se de sol e água,
mesmo daquela secreção
que em teus olhos se represava.

Ninguém te viu quando, curvada,


removias o caracol
da via estreita das formigas,
nem sequer se ouviu teu chamado.

Pois chamaste (já era tarde)


e a voz da usina amorteceu
tua fuga para o sem-país
e o sem tempo. Mas te recordo

e te alcanço viva, menina,


a planejar tão cedo o jardim
onde estás, eu sei, clausurada,
sem que ninguém, ninguém te adivinhe.
O nosso tema é sobre poesias ambientais.
Poesias sobre conscientização contra
desmatamento, sobre preservação dos
espaços naturais e homenagens ao nosso
planeta.
O termo meio ambiente deriva-se do
latim ambiens/ambientis que significa
envolver, e refere-se a um aglomerado de
coisas vivas e não vivas dentro de um mesmo
ecossistema. A preservação deste espaço
salva vidas – vegetais, animais e humanas.
Para propagar a conscientização e
homenagear nossa morada, vamos recitar
uma poesia sobre meio ambiente.

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