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QUESTÕES PARA O SIMULADO DE LÍNGUA PORTUGUESA 1º B – 4º BIMESTRE

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL

     As informações da desigualdade no Brasil são de arrepiar. Escolha qualquer indicador, mulheres e negros

estão sempre abaixo de homens e brancos. No país, a renda do 1% mais rico é igual à dos 99% restantes. E

ricos ficam cada vez mais ricos e pobres mais pobres.

No mundo, há 62 indivíduos com renda somada de US$ 1,7 trilhão, igual ao que ganham os 50% mais pobres

do planeta. Mas nós, brasileiros, somos campeões mundiais em desigualdade.

     O pior é que a maioria dos pobres no Brasil vive na periferia das cidades. Sonha com melhor emprego,

transporte, segurança, saúde e educação. Mas sofre as mazelas do dia a dia. Quem mora na Restinga gasta

três horas para ir e voltar do trabalho.

     É claro que só sairemos do buraco se enfrentarmos a crise da Previdência, as distorções nas relações de

trabalho e se tornarmos a economia mais competitiva. Mas, sem políticas que promovam melhor distribuição de

renda e serviços públicos de melhor qualidade, o Brasil nunca avançará. É preciso cuidar dos mais vulneráveis.

E isso exige patriotismo. Olhar menos para o próprio umbigo. Aceitar perder privilégios. É a única forma através

da qual filhos de quaisquer brasileiros, sobretudo os mais pobres, poderão se tornar, um dia, profissionais mais

competitivos. O Brasil está ruim até para os ricos. Muitos mantêm seus negócios aqui, mas a família já foi

embora, para fugir da violência. Imagine a vida de quem não tem alternativa a não ser ficar.

Gilberto Schwartsmann. (Médico e professor)

1. No primeiro parágrafo, para comprovar a existência da desigualdade social no Brasil, o autor se utiliza de

a) um dado estatístico.

b) um argumento de autoridade.

c) uma evidência científica.

d) um fato histórico.

2. Há uma opinião em:

a) “No mundo, há 62 indivíduos com renda somada de US$ 1,7 trilhão...”

b) “Quem mora na Restinga gasta três horas para ir e voltar do trabalho.”

c) “... seus negócios aqui, mas a família já foi embora, para fugir da violência.”

d) “É claro que só sairemos do buraco se enfrentarmos a crise da Previdência...”


3. A expressão “Olhar menos para o próprio umbigo” significa:

a) mostrar a necessidade da persistência.

b) destacar os problemas das outras pessoas.

c) evitar excessiva importância para si mesmo.

d) ressaltar a necessidade de notar a si próprio.

Leia e depois responda às questões 4 e 5:

OUTRO DE ELEVADOR

"Ascende" dizia o ascensorista. Depois: "Eleva-se". "Para cima". "Para o alto". "Escalando". Quando

perguntavam "Sobe ou desce?" respondia "A primeira alternativa". Depois dizia "Descende", "Ruma para baixo",

"Cai controladamente", "A segunda alternativa"... "Gosto de improvisar", justificava-se. Mas como toda arte

tende para o excesso, chegou ao preciosismo. Quando perguntavam "Sobe?" respondia "É o que veremos..." ou

então "Como a Virgem Maria". Desce? "Dei" Nem todo o mundo compreendia, mas alguns o instigavam.

Quando comentavam que devia ser uma chatice trabalhar em elevador ele não respondia "tem seus altos e

baixos", como esperavam, respondia, criticamente, que era melhor do que trabalhar em escada, ou que não se

importava embora o seu sonho fosse, um dia, comandar alguma coisa que andasse para os lados... E quando

ele perdeu o emprego porque substituíram o elevador antigo do prédio por um moderno, automático, daqueles

que têm música ambiental, disse: "Era só me pedirem ― eu também canto!"

Luís Fernando Veríssimo

9. Essa crônica de Fernando Veríssimo mostra 

a) um trabalho monótono e o esforço do funcionário para transformá-lo em algo prazeroso e criativo.

b) o trabalho do funcionário do elevador que acaba ficando feliz quando surge um elevador moderno.

c) os desafios enfrentados pelos trabalhadores informais que são substituídos pelas máquinas elétricas.

d) a capacidade de um funcionário em conseguir um novo emprego no elevador moderno do seu prédio.

10. O trecho do texto cuja palavra grifada indica circunstância de tempo é:

a) “Mas como toda arte tende para o excesso...”

b) “E quando ele perdeu o emprego porque...”

c) “Nem todo o mundo compreendia, mas alguns...”

d) “... ou que não se importava embora o seu sonho fosse...”


 

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