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Ecologia Florestal

• Blocos Florestais:

Neotrópico: base Amazônica e Andes, grande diversidade de avifauna, bromélias e epífitas.


Grande extensão no território brasileiro, imensa diversidade.

Africano: base Congolesa, menos riqueza, ocorrência em Madagascar e Rep. Democrata do


Congo. Presença de megafauna, mais seco e florestas de menor porte. Áreas preservadas devido a
guerras civis e doenças desconhecidas.

Asiático: Península e ilhas do Pacífico, ilhas com grandes cadeias montanhosas. Presença de
Dipterocarpaceae (exploração humana), fauna característica (marsupiais e aves), maior regime de
chuva durante o ano.

• Gradiente Latidudinal:no plano equatorial a incidência dos raios solares são praticamente
perpendiculares a superfície, a medida que vai afastando do Equador a incidência se torna
inclinada, aquecendo menos a área.

• Células de Hadley: é um mecanismo de distribuição de energia ao longo da Terra, distribuindo


calor e precipitação através da formação de zonas de baixa e alta pressão. As zonas de alta
pressão impedem a passagem de correntes atmosféricas quentes e úmidas, causando assim a
formação de ventos alísios queque transportam umidade dos oceanos para a Amazônia e retornam
com essas correntes (já secas e frias) em direção ao Equador. As zonas de alta pressão estão
localizadas a 30° (desertos) e 90° (polos), nas quais o ar descendente a 30° é o responsável pela
produção de desertos. As zonas de baixa pressão são mais quentes e úmidas e ocorrem a 60° de
latitude. A circulação atmosférica ocorre das regiões de alta para as de baixa pressão.

• Efeito Coriolis: ocorre devido a ação da força de coriolis (movimento de rotação da Terra), ele
modifica o percurso das massas de ar que saem do Equador em direção ao pólos, não permitindo
que ocorra um movimento retilíneo, gerando uma deflexão na trajetória (norte- direita/ sul-
esquerda).

• Ressurgência:ocorre quando as correntes oceânicas frias se chocam com a plataforma continental,


elevando as águas frias para superfície, isso aumenta a disponibilidade de nutrientes
(produtividade) e deixa o ambiente mais seco e frio.

• Efeito Aurora:não é um efeito climático, mas sim devido ao acúmulo de partículas cósmicas que
se chocam com a atmosfera e são orientadas em direção aos pólos.

• Movimento de translação: Periélio ( Janeiro, próximo ao Sol), Afélio ( Julho, distante do sol).
Além disso, o eixo de inclinação da Terra faz com que um hemisfério receba mais energia do que
o outro, causando a variação sazonal do clima (verão, inverno). O movimento de Translação é
determinante na formação das estações ao longo do ano.
• Sazonalidade climática: modifica o regime de chuvas e de temperatura durante as variações das
estações. Em maiores latitudes isso fica mais evidente.

• Temperatura: diminuem com relação as maiores latitudes, influência na reprodução das espécies.
Na razão sexual, velocidade de desenvolvimento dos indivíduos.

• Efeito hemisférico:

NORTE: menos água, maior porção continental, logo maior variação de temperatura, já que a
água devido a seu alto calor específico evitanda grandes variações térmicas. Dessa forma
amplitude térmica anual maior, com estações bem definidas.

SUL:maior quantidade de água e menor porção de terra, amplitude térmica diária é mais relevante
que a anual.

• Ar rarefeito: ar com menos moléculas, menos choques, menos energia, menos calor.

• Efeito Continental:percebido ao longo de uma ano. No verão a água se aquece lentamente


enquanto o continente se aquece rapidamente formando uma zona de baixa pressão. No inverno o
continente se resfria rapidamente e o oceano se resfria lentamente, assim o continente se torna
uma zona de alta pressão impedindo a entrada de correntes quentes e úmidas. Quanto maior for a
superfície terrestre, maior será o efeito de continentalidade.

• Nebulosidade: atrapalha a chegada de luz até o chão e a aumenta a reflexão dessa luz antes
mesmo que atinja as plantas e o solo.

• Umidade atmosférica: quando o céu encontra-se limpo, sem formação de nuvens, provavelmente
ocorrerá geada, devido à ausência de nuvens que conservam a temperatura evitando grandes
quedas (água).

• Efeito Orográfico: algumas cadeias montanhosas funcionam como barreiraspassagem de


correntes atmosféricas. As correntes quentes e úmidas se perdem calor e umidade antes de
atravessar a cadeia montanhosa, permitindo assim a formação florestal desse lado da montanha,
depois de perder esse calor e essa umidade ela atravessa a cadeia e acaba captando calor e
umidade desse ambiente, ocorrendo assim vegetações mais secas.

• Efeito de Maritimidade: percebido ao longo dos dias e nos oceanos, as regiões litorâneas com
maior umidade e temperatura. Durante o dia o oceano se torna uma área de alta pressão, já
durante a noite o continente é uma área de alta pressão. Assim, serve como regulador de
temperatura, empurrando ar frio para o oceano e ar quente e úmido para o continente.

• Monções: tem origem no aquecimento diferencial entre terra e oceano, ocorre quando existe
grandes porções de terra (Ásia), é um efeito de continentalidade aumentado. No verão ocorre a
monção marítima do mar em direção ao continente, já no inverno ocorre a monção continental do
continente em direção ao mar.
• El niño: aquecimento anormal das águas do Pacífico, ocorre a divisão da Célula de Walker,
interfere nas células de Hadley alterando o comportamento das massas de ar no hemisfério Sul
(Brasil). Gera seca nas regiões de alta pressão com Indonésia, Austrália.

• La niña: resfriamento anormal das águas do Pacífico, gera alta nas precipitações nas regio~es de
baixa pressão da Indonésia, Austrália. Já no Uruguaia, Chile e Argentina gera seca.

Principais Biomas Florestais Mundiais:

Bioma: extensões geográfica com um macroclima típico comum, fisionomia uniforme da


vegetação, com características de solo própria e fauna associada.

Domínio: grandes porções geográficas, com fisionomia dominante, capacidade de solo


dominante, com o mesmo clima e espécies típicas, assim sendo, maior diversidade com relação à
fisionomia.

Domínio= biomas + relações florísticas

• Tundra:cara de campo, formada principalmente por gramíneas, predomina no hemisfério


norte com clima frio e seco. Apenas 60 dias durante o ano que ocorrem temperaturas acima
de 0°C. Precipitação em forma de neve, assim com alto estresse hídrico, formação do
permafrost (várias camadas de gelo, congelando até camadas de solo, impedindo o
crescimento radicular), no verão ocorre o derretimento do permafrost (brejo), liberando gases
do efeito estufa. Plantas adaptadas com fotossíntese a baixas temperaturas, reprodução por
propagação vegetativa normalmente. Fauna relacionada com atividade migratória no período
favorável, ocorrência de urso polar no norte e pinguins no sul.

• Taiga: hemisfério norte a altas latitudes, invernos rigorosos e verões curtos e amenos.
Precipitação em boa parte como neve, crescimento sazonal (dendrocronologia), solos ácidos,
sem permafrost, espécies de gimnospermas, congelamento no inverno e derretimento no
verão. Adaptações: floresta densa para reduzir o vento nas áreas internas gerando um
isolamento térmico no inverno, folhas reduzidas com cutícula, fechamento estomático,
fisionomia em forma de cone, redução do metabolismo, não são caducifólias pois a estação
favorável é muito curta para produzir novas folhas.

• Florestas temperadas latifolioladas:ocorre nas latitudes intermediárias, estação favorável ao


crescimento de 6 a 8 meses, porém no inverno ainda ocorre o congelamento da água. As
principais adaptações é a caducifólia, folhas menores, sub-bosque mais desenvolvido. Possui
solos mais férteis que a taiga e a tundra. Existem três tipos: temperada (gimnospermas, maior
riqueza), temperada mista (angiosperma e gimnosperma, mais heterogênea) e temperada
úmida (sequóias, ocorre devido o efeito orográfico).

• Chaparral, Mediterrâneo: áreas de ocorrência de climas mediterrâneos, vegetação


principalmente arbustiva, condições climáticas próximas a de desertos, composição de
espécies muito diferentes entre áreas (endemismo), precipitação ocorre no inverno.
Vegetação com certas adaptações como folhas crassas, sistema radicular superficial e
distribuída em moitas de solos mais férteis, ecologia ligada ao fogo. É um bioma ligado a
grandes barreiras geográficas como desertos, cadeias montanhosas, mar, etc.

• Estepes ou Pradarias: vegetação predominante composta de gramíneas, ligado a regiões


interioranas (efeito da continentalidade), verão quente e úmido, mas inverno rigoroso
(congelamento). No inverno ocorre a morte da estrutura aérea dos indivíduos servindo como
proteção para o solo, quando essa matéria orgânica seca pode ocorrer a formação de fogo. Os
pampas brasileiros possuem aparência parecida, porem com macroclima diferenciado.

• Desertos: ao redor de regiões de latitude igual a 30°, climas áridos com evapotranspiração
anual maior que a precipitação gerando hídrico. Elevada amplitude térmica diária devido a
ausência de água para manter a temperatura. A sua origem está ligada a correntes marítimas,
barreiras físicas (efeito orográfico), áreas interioranas no continente, associação com zonas de
alta pressão. Os solos são férteis, mas pobres em matéria orgânica. A vegetação é adaptada
com parênquima aqüífero, fisiologia CAM, dormência, etc.

• Caatinga: clima semi-árido, ocorrência de caducifólia, 8 meses de seca, solos arenosos,


porém férteis, altas temperaturas o ano todo. Vegetação arbustiva-arborea.

• Savanas tropicais: arbustos e herbáceas, áreas de elevada temperatura e precipitação, verão


quente e chuvoso, inverno mais ameno e seco. No Brasil o Cerrado é nossa Savana. Solos
rasos e pobres em nutrientes e alta saturação em alumínio, ocorre manchas de solos mais
férteis gerando manchas de vegetação. Adaptações da vegetação: características xeromórficas
das partes aéreas, caules subterrâneos, raízes bem desenvolvidas.

• Florestas Tropicais:distribuição intertropical, climas úmido e quentes durante o ano todo,


engloba as fisionomias ombrófilas e estacionais. Ocorre um certa variação de espécies, não
possui seca, solos são pobres em nutrientes mas ricos em matéria orgânica, a ciclagem de
nutrientes é rápida. Com o aumento na altitude, ocorre variações na umidade e na
temperatura, gerando assim variações na fisionomia (estatura reduzida, maior densidade das
arvores...).

• Florestas Nebulares: encontradas em alturas onde ocorre a formação de nuvens, os solos são
rasos com afloramentos rochosos, elevada exposição a ventos, estão associadas a mananciais
de água.

Fitogeografia: distribuição geográfica da vegetação, limites e faces de contato, similaridade


da composição de espécies.

Fitossociologia: estrutura, abundancia, complexidade de estratos verticais, biomassa,


dominantes e suprimidas.

• Florestas Ombrófilas:
Amazônia: no Maximo 120 dias secos, fisinomia densa (dossel uniforme, sub-bosque limpo,
raízes tabulares) ou aberta (sul da Amazônia, tipo ecótonal, solos arenosos, maior taxa de dias
secos, sub-bosque mais desenvolvido).

Extra- Amazônica: Norte do ES, Hiléia Baiana (era um arco que conectava Amazônia e Mata
Atlantica)., Brejos de altitude (no meio de caatinga e savanas com florestas ombrofilas), Mata
de Araucária (áreas mais frias e de clima úmido, Mantiqueira e Santa Catarina por exemplo).

• Florestas Estacionais: período seco de 4 a 8 meses,apresentadeciduidade devido a estiagem


ou frio. Pode ser:

Semidecidual: no Maximo 50% dos indivíduos perdem as folhas, seca de no maximo 6


meses, região sul e sudeste.

Decidual: seca de 5 a 8 meses, solos com menor retenção de água, acima de 50% dos
indivíduos perdem as folhas, áreas mais interioranas

Sempre verde:4 a 7 meses de seca, estacionalidade climática, ecotono Amazônia e mata


atlântica, solo com capacidade de armazenar água.

• Estepes (campos ou pampas): sul do Brasil, predominância de gramineas, temperaturas mais


baixas, ocorrência de geadas ouaté neve.

Formações Pioneiras

• Manguesais: exclusivos de áreas de estoalho, transição entre biomas continentais e


marinhos, populações de baixa estatura, pobre em diversidade arbórea, raízes de aeração
e adventícias, viviparidade.

• Restingas: áreas de estoalho, mas com alternância entre o excesso de água e a falta de
água gerando instabilidade do substrato

• Formações Aluviais:associadas a cursos d’água, lenticelas, raízes adventíceas, estrutura


de suporte, o alagamento não é obrigatório ( Mata Ciliar), mas está associado a curso de
água.

• Campinarana:abundante oferta de água, sobstrato pobre (areia), varia de Ca,pó a floresta


alta, encontro com rios pretos (igapó Rio Negro), espécies endêmicas.

Ecologia Evolutiva e Biogeografia


Vicariância: isolamento de populações da mesma espécie, assim elas acabaram sofrendo
pressões evolutivas diferentes, gerando grandes diferenças entre elas e assim depois de
certo tempo elas não conseguem mais se reproduzir, o que gera uma nova espécie.

Trade-off: ganhos e perdas associadas (pavão: calda mais bonita e mais sucesso
reprodutivo, porém atrapalha o vôo).

Estruturas: homólogas mesma origem embrionária mas podem ter fins diferentes;
análogas origem diferente mas com a mesma função.

Paleomagnetismo: orientação do cristais do solo, continentes próximos no passado


possuem a mesma orientação.

Teoria Tectonica das Placas:litosfera (sólida) flutua sobre a astenosfera (liquida). As


Placas podem ser Divergentes (estão se afastando e havendo vazamento do magma e
fomando novas porções terrestres e vulcões); Convergentes (choques entre as placas
gerando fossas oceânicas, zonas de subducção e formação de cadeias montanhosas);
Transformantes (não existe contato, elas deslizam paralelamente e causam terremotos).

Gradiente Geotérmico: ar quente ascende e o ar frio entra em contato com o interior da


terra e esquenta.

Era cenozóica – Glaciações:Toda Terra fica mais fria e seca, as porções tropicais são
restritas, ocorrendo assim a expansão das savanas. Para ocorrer a glaciação deve ter 3
parâmetros atuando em conjunto:

• Obliquidade da Eclípitica: maior diferença entre as estações gerando invernos mais


rigorosos;

• Precessão de Equinócios: modificação do movimento circular e do eixo de rotação da


terra.

• Excentricidade da Orbita: quanto mais elíptica maior a distancia com relação ao sol.

Para manter um perído GLACIAL é necessário:

• Albedo, maior reflexão dos raios solares pela superfície congelada;

• Evaporação: menor intensidade e menor formação de nuvens.

• Correntes Atmosféricas e oceânicas: ganham força e chegam ali ajudando a


manter a glaciação.

Teoria do Refúgio: aplicada a Europa, áfrica e América do sul, presença e manutenção de florestas
tropicais em ilhas isoladas, ocorrendo mutações e isolamento reprodutivo. Contra a essa teoria:
incoerência sobre as localizações, apenas o UMG não gera essa diversidade. Apoio: coincidência dos
núcleos de diversidade.
Fluxo de energia no ecossistema florestal

1) O que é estratificação florestal?

A estratificação florestal representa a distribuição dos organismos em um gradiente vertical na floresta.

2) Descreva os estratos florestais.


- serrapilheira (folhas mortas, inflorescências, troncos e galhos) e banco de sementes; no solo.
- banco de plântulas (1% da radiação incidente)
- arbustos e árvores jovens (2% da radiação incidente)
- dominadas
- co-dominantes
- dominantes
- emergentes

3) Quais as estratégias das plantas frente à baixa radiação florestal?


-Formar banco de plântulas
- Formar banco de sementes
- Crescimento no período decíduo
- Arquitetura da árvore
- Capacidade de explorar o verde
- Parasitismo
- Saprofitismo
- Hábitos trepadores
Morfológicas:aumento da quantidade clorofila nas folhas, diminuição das espessura da parede celular,
folhas em um ângulo de 180 graus, processo plagiotrópico e por fim monofilia e anisofilia(modificações
na quantidade de folhas e tamanho).

Funcionais: os pigmentos auxiliares para potencializar a captação de luz, epiderme celular em forma de
lente.

Reprodutivas: propagação vegetativa e a sexuada que precisam de agentes polinizadores.

4) O que são clareiras florestais naturais e como se formam?

A abertura de clareiras no dossel das florestas ocorre periodicamente pela queda ou morte de árvores,
acarretando a formação de uma paisagem em mosaico de áreas com diferentes idades, condições
ambientais e composição florística. A principal modificação que ocorre no ambiente de clareira é o
aumento da intensidade de luz, interferindo no estabelecimento, crescimento e sobrevivência de muitos
indivíduos.

5) O que é chuva de sementes? Qual sua importância?

É o conjunto de sementes dispersas em todo o espaço florestal pelas espécies vegetais presentes. É
importante para regeneração de áreas que sofreram distúrbios e para colonização de novas áreas pelas
espécies.
6) O que é um banco de sementes? Qual sua importância?

Estoque de sementes viáveis no solo, da superfície até camadas mais profundas, em uma área em dado
momento. Importante para recuperação de áreas que sofreram distúrbios.

7) O que é um banco de plântulas? Qual sua importância?

São plantas de rápida germinação, ausência de dormência nas sementes, e que ficam em estado de
plântula ate que o ambiente seja favorável ao seu desenvolvimento (clareiras). Importantes para
regeneração de áreas que sofreram de distúrbios.

8) O que são estratégias e espécies “r” e “K”?

Estratégia “r”: Conjunto de adaptações que aumentam a taxa de crescimento populacional máximo.

Estratégia “K”: Conjunto de adaptações que aumentam a capacidade competitiva de um organismo e sua
eficiência.

Espécie “r”: As espécies com estratégia demográfica de tipo seleção “r” exploram nichos
ecológicos vazios, e produzem um elevado número de descendentes a cada ciclo reprodutivo, ainda que
cada um tenha poucas hipóteses individuais de sobreviver até à idade adulta. Podem apresentar picos
populacionais. Podem também ser chamadas de espécies r estrategistas.

Espécie “K”: As espécies com estratégia demográfica de tipo seleção “K” são tipicamente competidoras
com outras espécies, em nichos já bem preenchidos, investindo mais numa descendência menos prolífica,
com cada descendente tendo uma maior probabilidade de sobreviver até à idade adulta. Apresentam
comumente comportamentos de cuidados parentais, já que investem principalmente na sobrevivência e
longevidade da prole. Podem também ser chamadas de espécies k estrategistas.

9) Quais as características das árvores pioneiras?

Desenvolvem-se bem a céu aberto, tem baixa longevidade, apresentam grande produção de sementes e
ciclo reprodutivo mais rápido. Colonizam solos com menor capacidade de suporte para plantas e áreas
com alta radiação.

10) Quais as características das árvores clímácicas?

Plantas climácicas aparecem no estágio avançado da sucessão, constituindo a floresta clímax. São
tolerantes ao sombreamento intenso e se desenvolvem bem nessa condição. Podem ser árvores de grande
porte ou arvoretas do interior da floresta, que crescem devagar e geralmente produzem frutos carnosos,
muito dispersados pelos animais. As espécies climácicas vivem muito tempo, em geral por mais de 100
anos.

11) Exemplifique com três formas diferentes de classificação de grupos ecológicos.


Fase de clareira: recomposição florestal através do banco de plântulas e banco de sementes;
Fase de edificação: intenso crescimento de espécies pioneiras e grande competição;
Fase madura: a maioria dos indivíduos em fase reprodutiva e a floresta encontra-se em equilíbrio.

12) Segundo o artigo “A Dinâmica da Floresta Neotropical e as Mudanças Climáticas Globais”, de


Godoy et al. (2009), discorra sobre a relação entre grupos funcionais e as mudanças climáticas
globais.

Um dos principais problemas das mudanças climáticas globais vem sendo o aumento do dióxido
de carbono na atmosfera, sendo esse gás um dos principais causadores do efeito estufa, acarretando
também alterações nos padrões de temperatura, precipitação e umidade. Sua concentração na atmosfera
vem aumentando principalmente devido à queima de combustíveis fosseis e ao desmatamento, pois
florestas são áreas de sequestro de carbono, e quando são eliminadas liberam esse carbono ali aprisionado
de volta para atmosfera.

Nesse quadro de grande ameaça à biodiversidade, o conhecimento dos grupos funcionais e das
espécies-chave auxiliam na compreensão dos mecanismos de resistência e resiliência das florestas (Noss
2001) e com isto permitem o monitoramento dos possíveis efeitos das mudanças climáticas sobre a
biodiversidade.

Em florestas deste tipo, como a Mata Atlântica, a cada um desses fatores associam-se inúmeras
respostas e uma variedade de estratégias ecofisiológicas, com valor adaptativo para sobrevivência,
apresentadas pelas espécies.

Frente ao problema da elevação das concentrações de gases que provocam o efeito estufa na
atmosfera, soluções poderão ser encontradas procurando-se alternativas que sequestrem CO2 com maior
eficiência ou que mantenham o carbono capturado por mais tempo. Soluções deste tipo aliam-se às
necessidades de conservação e restauração de áreas degradadas e ressaltam a importância de dados
ecofisiológicos a respeito do estabelecimento de plântulas, pertencentes a diferentes grupos funcionais ao
longo da sucessão, sob atmosfera natural e enriquecida com CO2.

Em relação ao uso de uma única espécie para o sequestro de carbono, acreditamos que o uso de
estratégias de regeneração de floresta, restabelecendo o processo sucessional, tem tanto o potencial de
aumento de biomassa e sequestro de carbono que seria possivelmente similar ao uso de espécies isoladas,
principalmente no longo prazo, como vantagens ambientais incomparáveis, uma vez que também
auxiliam na conservação da biodiversidade.

13) O que é um distúrbio de ecossistema?

É qualquer evento relativamente discreto no tempo que cause uma ruptura no ecossistema, comunidade,
ou população pela redução de densidade, biomassa ou substrato e altere a disponibilidade de recursos do
meio físico.

14) O que é sucessão ecológica?

Alterações graduais, ordenadas e progressivas no ecossistema resultante da ação contínua dos fatores
ambientais sobre os organismos e da reação destes últimos sobre o ambiente.
15) O que é sucessão ecológica autogênica e alogênica? Dê exemplos.

Sucessão autogênica: mudanças ocasionadas por processos biológicos internos ao sistema. Ex: queda de
uma árvore deixando uma clareira.

Sucessão alogênica: direcionamento das mudanças por forças externas ao sistema. Ex: incêndios,
tempestades, processos geológicos.

16) O que é sucessão ecológica primária e secundária? Dê exemplos.

Sucessão primária: em substratos não previamente ocupados por organismos. Ex.: afloramentos rochosos,
exposição de camadas profundas de solo, depósitos de areia (dunas), lava vulcânica recém solidificada ou
geleiras recuadas.

Sucessão secundária: em substratos que já foram anteriormente ocupados por uma comunidade logo após
uma perturbação. Ex: clareiras, áreas desmatadas, fundos expostos de corpos de água, campos de
agricultura abandonados.

17) Quais as características da vegetação durante os estágios iniciais da sucessão ecológica?


• Alta relação fotossíntese/respiração.
• Alta produtividade.
• Cadeias alimentares curtas.
• Baixa diversidade.
• Grande quantidade de organismos de pequeno porte.
• Falta de estabilidade.

18) Quais as características da vegetação durante os estágios finais da sucessão ecológica?

• Elevada biomassa
• Relação fotossíntese/respiração equilibrada
• Baixa produtividade líquida
• Cadeias alimentares complexas
• Alta estabilidade.

19) O que é facilitação, inibição e tolerância em uma sucessão ecológica?

• Facilitação: Espécies pioneiras alteraram as condições e/ou a disponibilidade de recursos


favorecendo a entrada e o desenvolvimento de novas espécies.
• Inibição: Os invasores iniciais regulam a sucessão de modo a não permitir a invasão e o
crescimento de outras espécies.
• Tolerância: Comunidade composta daquelas espécies mais eficientes na exploração de espaços e
recursos, especialização em diferentes tipos ou proporções de recursos.

20) O que são eco-unidades e mosaico de sucessão florestal?


É a composição florística de uma floresta em fases distintas de regeneração de clareiras. Dividi-se em
quatro fases: Clareira, fase de construção, fase madura e fase de degeneração.

São todas as guildas de regeneração da floresta, em seus diferentes níveis de regeneração.

21) O que são árvores do passado, do presente e do futuro na sucessão florestal?

• Árvores do passado: Vestígio de eco-unidades


• Árvores do presente: Árvores estabelecidas no ambiente. Ex: Dossel
• Árvores do Futuro: Banco de imaturos.

Fluxo de matéria e o ecossistema florestal

22) O que é ciclagem de nutrientes e qual sua importância para o ecossistema?


O ciclo biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por um elemento químico essencial à
vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é absorvido e reciclado por componentes bióticos (seres vivos) e
abióticos (ar, água, solo) da biosfera, e às vezes pode se acumular durante um longo período de tempo em
um mesmo lugar. É por meio dos ciclos biogeoquímicos que os elementos químicos e compostos
químicos são transferidos entre os organismos e entre diferentes partes do planeta.
23) O que é cadeia alimentar?

A cadeia alimentar é uma sequência de seres vivos que dependem uns dos outros para se alimentar. É a
maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de um ecossistema, incluindo
os produtores, os consumidores (herbívoros e seus predadores, os carnívoros) e os decompositores.

24) O que é cadeia de pastagem?

Onde a base, ou a energia que sustenta a cadeia, são as plantas (autótrofos), consumidas por herbívoros
pastadores.

25) O que é cadeia de detritos?

Onde a base é a matéria orgânica não viva, decorrente da decomposição de corpos de vegetais e de
animais e seus excrementos. Esta matéria é processada por microorganismos decompositores (fungos e
bactérias), que a liberam na forma de nutrientes para as plantas, ou na forma de detritos que serão
consumidos por organismos detritívoros.

26) O que é teia alimentar?

É o resultado das inter-relações entre as cadeias alimentares, devido aos predadores não se restringirem a
apenas uma presa específica.

27) O que é nível trófico?


O nível trófico é o nível de nutrição a que pertence um indivíduo ou uma espécie, que indica a passagem
de energia entre os seres vivos num ecossistema.

Divide-se em:
• Produtores
• Consumidores primários
• Consumidores secundários
• Consumidores terciários
• Decompositores

28) O que é resiliência?

A resiliência indica a capacidade do ecossistema de se regenerar após alguma alteração natural ou


antrópica, estando relacionada com a saúde do ecossistema.

29) Como a complexidade da teia alimentar pode influenciar a resiliência do ecossistema?

Sendo a teia alimentar uma rede de complexas relações interespecíficas, qualquer alteração em algum de
seus pontos pode influenciar em todo o sistema. Essas mudanças podem exceder a capacidade de suporte
de forças extrínsecas do sistema, impedindo-o de se recompor.

30) O que é uma espécie-chave?

Uma espécie-chave é aquela que desempenha um papel crítico na manutenção da estrutura de uma
comunidade ecológica e cujo impacto é maior do que seria esperado com base na sua abundância relativa
ou biomassa total. É uma espécie que interage fortemente no meio determinando alterações que se
propagam ao longo da cadeia alimentar. A remoção ou adição de uma espécie-chave determina grandes
mudanças na abundância de outras espécies, alterando sua composição dentro de uma comunidade.

31) O que é decomposição e qual sua importância?


Em biologia e ecologia, decomposição é o processo de transformação da matéria orgânica em minerais,
que podem ser assimilados pelas plantas para a produção de matéria viva, fechando assim os ciclos
biogeoquímicos. A decomposição tem papel importantíssimo na ciclagem de nutrientes, sem esse
processo o ciclo não seria fechado, e os minerais não seriam devolvidos ao ambiente.
32) Discorra sobre a serapilheira?

A serapilheira compreende, principalmente, o material de origem vegetal (folhas, flores, galhos, casas,
frutos e sementes) e, em menor proporção, o de origem animal (restos animais e material fecal)
depositado na superfície do solo de uma floresta. A matéria orgânica depositada no solo sofre processo de
decomposição ciclando os nutrientes para completar o ciclo biogeoquímico.

Dinâmica da serapilheira se refere aos seus processos de formação, acúmulo e decomposição. Mesmo
dentro de um mesmo ecossistema a dinâmica da serrapilheira pode não ser a mesma ao longo de ano, pois
pode variar de acordo com a sazonalidade da região e a possíveis distúrbios naturais ou antrópicos.
A serapilheira ajuda a manter a integridade de sistemas florestais, pois atenua os processos erosivos,
fornece substâncias que agregam as partículas do solo (tornando-o estruturalmente mais estável), funciona
como isolante térmico e ao mesmo tempo age como uma barreira que evita a intensa lixiviação pela ação
das chuvas, retém considerável proporção de água, reduzindo a evaporação do solo.

33) Quais os tipos de organismos envolvidos na decomposição?

Os organismos envolvidos nos processos de decomposição são os fungos e as bactérias.

34) Quais fatores abióticos afetam a decomposição e como?

A temperatura está envolvida na velocidade das reações dos processos de decomposição, sendo seu
aumento diretamente proporcional ao aumento da velocidade da reação, a umidade influencia
diretamente, pois escassez de água pode impedir o desenvolvimento dos organismos que promovem a
decomposição.

35) Descreva os objetivos, métodos e principais resultados descritos no artigo “Variação temporal
de nutrientes na serapilheira de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual Montana em
Lavras, MG”, de Dias et al. (2002).

Objetivo

Monitorar a variação temporal de nutrientes na serapilheira produzida pela floresta, tanto em


teor de cada elemento na serapilheira total e nas suas frações (folha, propágulo e flores juntos, e material
lenhoso), como também em quantidades do elemento por unidade de área (kg/ha).

Métodos

Escolhido um fragmento florestal, foram demarcadas 126 parcelas permanentes de 20 X 20


metros. Foram identificadas as espécies mais abundantes dentro da área de estudo. Para alocação da área
de estudo no interior da floresta, usou-se uma análise multivariada aplicada a todas as parcelas a qual
permitiu identificar grupos de parcelas que era mais similares entre si em termos de composição florística.
Dessa maneira, foi selecionado 1 ha e para realização deste estudo, no qual a composição florística da
vegetação arbórea apresenta-se relativamente mais homogênea em comparação com outros trechos da
floresta.

A partir de uma área amostral de 25 parcelas (5 X 5 parcelas), utilizaram-se as nove parcelas centrais. Em
cada canto das nove parcelas de 20 x 20 m e a 5 m de distância das bordas, foram instalados coletores de
0,5 x 0,5 m, com fundo de tela tipo sombrite 50% e profundidade de 0,10 m. Os coletores foram
sustentados por mourões tratados com 0,30 m de altura do solo. O material vegetal depositado nos
coletores foi retirado quinzenalmente. O material foi acondicionado em sacos plásticos, etiquetados e
conduzidos ao laboratório. No laboratório, o material coletado, depois de seco à sombra, foi triado nas
seguintes frações: flores e propágulos, material lenhoso e folhas. Após a triagem, o material foi
acondicionado em sacos de papel, etiquetados e levados à estufa com circulação de ar a 65°C, por 50
horas, para secagem.
Resultados

Em termos de quantidade (kg/ha), os macronutrientes presentes na serapilheira e que


provavelmente estariam sendo repostos ao solo são: N>K>Ca>Mg>P, para a serapilheira total e a
serapilheira de folhas; N>Ca >K>Mg>P para a serapilheira de propágulos mais flores e também para a
serapilheira de materiais lenhosos.
Os micronutrientes se apresentaram na seguinte ordem decrescente de quantidade:
Fe>Mn>B>Zn>Cu, para a serapilheira total e todas as frações estudadas.
N, K e Mg foram os macronutrientes que mais demonstraram o efeito da sazonalidade com
maiores quantidades, ocorrendo nos meses de maior precipitação pluviométrica em todas as frações
estudadas. P variou muito pouco com a sazonalidade e Ca variou em níveis intermediários.
Os teores de N e P foram os nutrientes que variaram menos sazonalmente. O comportamento da
curva de teores foi bastante semelhante entre frações para todos os macronutrientes.
Os teores de B, Cu e Zn tendem a variar semelhantemente dentro de cada categoria. Picos mais
elevados de B foram observados no final da estação seca. Fe e Mn apresentaram maiores teores e
variaram mais ao longo dos meses.
Na estação seca houve uma coincidente inversão de valores nos teores de Fe e Mn, em todas as
frações estudadas.

36) Qual a importância da água na planta e no solo?

Importância no solo:
• Veículo de transporte dos nutrientes solúveis
• Controla as propriedades físicas do solo, como aeração e regulação térmica (temperatura), que
estão diretamente ligadas ao crescimento vegetal.
• Influencia nos processos bióticos que ocorrem no solo, principalmente dando condições para o
desenvolvimento de micro e macro organismos.
• Importante agente de intemperismo, sendo um agente formador de solos.

Importância nas plantas:

• Cerca de 80 a 90% do peso fresco de uma planta herbácea e aproximadamente 50% das espécies
lenhosas estão representados pela água.
• Solvente que permite que gases, minerais e outras substâncias possam penetrar nas células e fluir
entre as mesmas e entre os vários órgãos do vegetal.
• Papel na turgescência da célula e, conseqüentemente, no crescimento do vegetal.
• É o reagente em muitos processos fisiológicos, incluindo a fotossíntese e a hidrólise do amido em
açúcar.

37) Quais as possíveis adaptações das plantas à baixa quantidade de água em um ecossistema?

• Redução da superfície em relação ao volume. Folhas pequenas, às vezes reduzidas a espinhos ou


ausentes (plantas áfilas).
• Espessamento e impermeabilização da cutícula.
• Redução celular e espessamento da parede celular (escleromorfismo foliar).
• Estômatos pouco numerosos, escondidos em criptas e de fechamento eficiente.
• Fotossíntese de via C4 (onde o CO2 pode ser armazenado dentro do mesófilo havendo fotossíntese
mesmo de estômatos fechados) ou CAM (onde o CO2 é capturado à noite e as reações da
fotossíntese são realizadas com estômatos fechados).
• Raízes de penetração rápida, podendo atingir o lençol freático, caso seja possível.
• Absorção direta da umidade atmosférica, como fazem muitas epífitas (bromélias, orquídeas e
pteridófitas).
• Armazenamento de água no caule como as cactáceas, nas folhas como as crassuláceas, no “copo”
como as bromélias.
• Morfologia ereta e estreita (muito útil em desertos com dias tórridos)
• Ciclo de vida anual (como em climas de secas anuais).
• Caducifolia ou deciduidade foliar, desde que o solo seja rico.

38) Considerando o artigo “Tolerância à inundação de CecropiapachystachyaTrec. (Cecropiaceae):


aspectos ecofisiológicos e morfoanatômicos”, de Batista et al. (2008), quais as possíveis adaptações
das plantas à saturação hídrica em um ecossistema.

Comparando as plantas submetidas a 30 dias de alagamento com as que estavam e solo drenado observou-
se as seguintes mudanças:

Ocorreu aumento das lenticelas e o aparecimento de raízes adventícias.

Não ocorreu variação no número de camadas de células da raiz pivotante, a espessura do córtex
apresentou um grande aumento, assim como o diâmetro das suas células.

Nas raízes secundárias, tanto a espessura do córtex quanto o número de camadas de células deste tecido
apresentaram um aumento.

No caule o diâmetro dos elementos de vaso foram maiores nas plantas não alagadas.

As lenticelas das plantas cultivadas em solo alagado por 30 dias apresentaram-se mais proeminentes e
com poucas células suberizadas no tecido de enchimento, quando comparadas com as lenticelas das
plantas mantidas em solo drenado.

39) O que é interceptação florestal, em termos hidrológicos?

É o fenômeno de retenção da precipitação (em parte ou total) pela vegetação, impedindo que chegue ao
solo.

40) Qual porcentagem de uma chuva é interceptada por uma floresta?

41) Desenhe e explique o ciclo hidrológico em uma floresta.

42) O que é efeito nebular e chuva oculta?

Entende-se por chuva oculta, toda e qualquer forma de condensação do vapor d’água a partir do choque
das massas de ar úmido com a superfície terrestre, sendo mais perceptível em superfície coberta por
vegetação onde os seus efeitos se potencializam. Nas áreas com remanescentes florestais, a superfície de
interceptação vertical é maior, apresentando mais recursos para redução da velocidade do vento e para
aumentar a condensação. No entanto, o grau com que a redução da velocidade e a condensação vão
ocorrer depende de fatores relacionados à arquitetura, à forma da vegetação e do relevo.
43) Qual a importância das vegetações ciliares?

• Manutenção da alta permeabilidade do solo contribuindo para alimentação do lençol freático


• Impedimento de assoreamento e eutrofização de rios (matas ciliares).

Fatores bióticos em ecossistemas florestais.

44) Discorra sobre interações simbióticas em florestas tropicais.

Frequentemente, espécies que vivem em florestas tropicais trabalham em conjunto. Uma relação
simbiótica é uma relação, em que duas espécies diferentes tiram benefício, ajudando-se mutuamente. Por
exemplo, certas espécies de plantas produzem açúcar e pequenas estruturas que oferecem abrigo às
formigas. Em retorno, as formigas, ajudam a proteger a planta de outros insetos, que podem
eventualmente querer alimentar-se das suas folhas.

45) Qual a diferença entre um herbívoro e um predador de plantas?


Herbívoro é aquele que se alimenta de partes da planta, como folhas.
Predadores de plantas matam a planta, como animais que se alimentam de sementes, predando a planta
completamente.

46) Discorra sobre comensalismo em florestas tropicais.


Uma relação onde uma espécie obtém um benefício das outras espécies e as outras espécies não são prejudicadas pela relação
nem se beneficiam disto. Um exemplo disto na floresta tropical são as inúmeras epífitas, musgos e liquens, que usam os caules
de árvores para apoio ou substrato.

47) Discorra sobre mutualismo em florestas tropicais.


É uma interação ecológica interespecífica harmônica obrigatória na qual há vantagens recíprocas para as
espécies que se relacionam, mas de forma permanente e indispensável à sobrevivência dos indivíduos
associados. Exemplo disso é a associação criada entre algas e fungos, os liquens.

48) Discorra sobre parasitismo em florestas tropicais.


Ocorre quando a relação entre as espécies favorece uma delas e prejudica a outra, pois, a espécie
"parasita" vive e se alimentas dos recursos providos pela espécie "hospedeira". Exemplo disso é o cipó-
chumbo que se alimenta da seiva elaborada de seu hospedeiro, podendo leva-lo a morte.

49) Discorra sobre amensalismo em florestas tropicais.


O amensalismo é aquela associação onde uma espécie, denominada inibidora (que não se beneficia),
secreta substâncias que inibem o crescimento e o desenvolvimento de outra, denominada amensal.
Exemplo disso é o eucalipto, que secreta substancias toxicas nas folhas para combater a herbivoria, e que
essas folhas ao caírem no chão inibem outras espécies vegetais por consequência.

50) O que é fenologia?


Ciência que estuda as relações entre clima e fenômenos biológicos periódicos (como as migrações e a
reprodução de aves ou a floração e frutificação de plantas).
51) Como um período seco periódico pode influenciar os padrões fenológicos?
Fortemente determinado quando um período seco impõe limitações no desenvolvimento das plantas.

• Brotamento (folhas novas)


• Atividade cambial
• Queda de folhas (estação seca)
• Floração geralmente ocorre no auge estação seca, enquanto que os frutos formam-se no final
desta.

52) O que é uma espécie monocárpica?


Espécie se desenvolve e morre após um único ciclo reprodutivo.

53) O que é uma espécie semélpara?


Apresentam apenas um episódio reprodutivo em suas vidas, não alocando recursos para sobrevivência
futura; assim a reprodução é seguida pela morte.

54) Quais os tipos de polinização?


Autogamia: Quando a polinização ocorre dentro de uma mesma flor.

Alogamia: Quando o pólen é transportado de uma flor para o estigma de outra. Divides-se em :
• Geitonogamia: duas flores de uma mesma planta
• Xenogamia: Duas flores de plantas diferentes.

55) Por que há estratégias adaptativas para evitar a autogamia em plantas?


Para aumentar a variabilidade genética e aumentar as chances da espécie ser bem sucedida.

56) Por que a evolução geralmente não suprime completamente a autogamia?


Para garantir que a espécie sempre gere descendentes, caso nao haja outras fontes de pólen para
cruzamento genético.

57) Quais os mecanismos para impedir a autogamia?

• Dicogamia: Consiste no amadurecimento dos órgãos reprodutores em épocas diferentes.


• Hercogamia: Ocorre uma barreira física, que separa com filetes curtos e estiletes longos.
• Heteromorfia: Ocorrência, nas flores, de estames com filetes curtos e estiletes longos.
• Auto-incompatibilidade: Neste caso, a flor é estéril ao pólen que ela mesma produziu.

58) O que são síndromes de polinização?


Existe uma grande variedade estruturas morfológicas e anatômicas das flores que se associam aos
mecanismos de polinização. O conjunto destas características inclui a forma geral da flor, morfologia do
gineceu e das anteras, odor, cores, tempo de antese, momento de deiscência das anteras, fornecimento de
substâncias atrativas como o néctar e o próprio arranjo das flores e sua posição na planta, as quais
freqüentemente se relacionam à forma e ao comportamento do agente polinizador. Este conjunto de
características é chamado de síndrome de polinização.
59) Quais os sistemas usados pelas plantas para atração de polinizadores?

Sistemas:
• Alimentar
• Sexual
• Criação de ninhos

Atrativos e recompensas oferecidas pelas flores:


• Atração visual: Cor e Forma
• Odor
• Pólen
• Néctar
• Óleo

60) Explique quatro síndromes de polinização e dê exemplos.


Anemofilia: Polinização através do vento
• Ornitofilia: Polinização através das aves
• Quiropterofilia: Polinização através de morcegos.
• Melitofilia: Polinização através de abelhas.

61) O que é e qual a importância da dispersão de sementes?


Mecanismo para a distribuição de sementes, de forma a estas colonizarem outros locais. Importante por
fazer a ligação entre a última fase reprodutiva da planta coma primeira fase do recrutamento da
população.

62) O que são síndromes de dispersão?


Por “síndrome de dispersão” entende-se o conjunto de características da planta, fruto ou semente que
foram desenvolvidos, evolutivamente, para promover a sua dispersão.

63) Explique quatro síndromes de dispersão e dê exemplos.


• Anemocoria: Dispersão através do vento. Ex: Sementes aladas.
• Hidrocoria: Dispersão através da água. Ex: Coco
• Ornitocoria: Dispersão através de aves. Ex: Frutas são comidas por aves e defecadas em outras
áreas, em certos casos a semente necessita passar pelo trato intestinal do animal para que sua
dormência seja quebrada.
• Mamaliocoria: Dispersão através de mamíferos. Ex: Morcegos, primatas, roedores.

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