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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação À Distância (EAD) -Tete

Consequências que advém das inundações provocadas pelas chuvas que caíram recentemente
(no mês de Fevereiro), na zona sul do país

Nazir Delito Carlos, 708235545

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia Disciplina:


MIC
Ano de Frequência 1º/2023

Tete, Junho, 2023


Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuaçã do Subtota
o máxima tuto l
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas

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Recomendações de melhoria:
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Índice
1. Introdução......................................................................................................................4

1.1. Objectivos...................................................................................................................5

1.1.1. Objectivo Geral....................................................................................................5

1.1.2. Objectivos Específicos.....................................................................................5

1.2. Metodologia do trabalho.............................................................................................5

2. Consequências que advém das inundações provocadas pelas chuvas que caíram
recentemente na zona sul do país................................................................................................6

2.1. Risco de Inundações...............................................................................................6

2.1.1. Cheias...............................................................................................................6

2.1.2.Consequências das mudanças climáticas na zona centro e sul dos pais...................7

2.1.3. Impactos das alterações climáticas..........................................................................8

2.1.4. Impactos sobre a ocorrência de cheias e secas....................................................8

2.1.5. Vulnerabilidades a perigos e desastres naturais...............................................8

2.2. Impactos da mudança do clima nos desastres naturais...............................................9

2.2.1. Alternativas de adaptação....................................................................................9

3.Considerações Finais....................................................................................................10

4.Referências Bibliográficas............................................................................................11

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1. Introdução
A adopção de políticas de controlo e prevenção de inundações, com uso de protecções
estruturais e iniciativas de gestão do território sensíveis às inundações, a permanência de um
grande risco residual foi percebida por extensivos e frequentes eventos de inundações
ocorridos na região sul, há, notoriamente, um grande aumento nos riscos de inundação, seja
pela ocupação ilegal de áreas susceptíveis a alagamentos, seja por erros de planejamento
sobre a ocupação do solo ou pelos impactos da urbanização sobre o ciclo hidrológico. Bacias
com extenso processo histórico de ocupação e frequentes problemas de inundação fazem parte
das regiões centro e sul do país.

Historicamente grandes consequências, a bacia de Lúrio, Zambeze, Save, Pungué e Limpopo,


seus principais efeitos são enchentes, relâmpago, alagamentos e movimentos de massa nas
encostas (escorregamentos, deslizamentos, corridas ou fluxos de detritos e lama, o governo
coloca as diferentes alternativas de intervenções estruturais e não estruturais. Estas
alternativas, no entanto, não se mostraram capazes de resolver os problemas existentes da
bacia como um todo, falhando sistematicamente ao longo do ano.

As enchentes são um fenómeno natural de grande impacto sobre as sociedades, desde o


surgimento das civilizações, haja visto a tendência natural das populações em ocupar as
planícies de inundação por motivos económicos e de logística, uma vez que os rios servem
para o transporte, geração de energia, pesca, abastecimento d’água e lançamento de águas
servidas, entre outras actividades económicas, além do fato dessas áreas serem geralmente
planas, favorecendo assim a construção de ferrovias, rodovias e cidades.

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1.1. Objectivos
Face ao problema identificado são definidas os seguintes objectivos os quais irão orientar este
trabalho.

1.1.1. Objectivo Geral


 Objectivo principal deste trabalho é desenvolver e aplicar uma ferramenta de
mensuração da resiliência urbana às inundações, para demonstrar seu potencial de
suporte ao processo de decisão na fase de planejamento de projectos de redução de
inundações.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Analisar o comportamento hidrológico de uma bacia hidrográfica sujeita a profundos
impactos no uso e ocupação do solo;
 Avaliar diferentes concepções tradicionais e sustentáveis da gestão das águas pluviais,
quantificando seus impactos em termos de redução dos riscos de inundações.

1.2. Metodologia do trabalho


Com a finalidade de alcançar o objectivo proposto, o método de pesquisa utilizado para este
trabalho foi a conceitual (bibliográfica), através da leitura selectiva, utilizando materiais já
publicados, incluindo livros e documentos normativos fornecido pela escola secundária de
Catete.

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2. Consequências que advém das inundações provocadas pelas chuvas que caíram
recentemente na zona sul do país
As chuvas que caíram durante a o mês de Fevereiro, na zona centro e sul do pais, deixaram
várias casas inundadas, famílias desalojadas e um rastro de destruição de culturas diversas.

As inundações urbanas podem causar grandes perdas económicas e sociais, produzindo


impactos como riscos à saúde pública e perda de vidas humanas, alagamento de habitações,
propriedades comerciais e industriais, com perdas económicas públicas e privadas,
alagamento de vias públicas, gerando engarrafamentos, interrupção de serviços, como
abastecimento de água, fornecimento de energia e colecta de esgotos (Miguez e Magalhães,
2010).

2.1. Risco de Inundações


Existem perigos naturais, mas, a verdade é que não há nada de natural nos desastres. Nós
sabemos que não podemos impedir um perigo de acontecer, mas podemos evitar que ele se
transforme em um desastre e podemos mitigar os impactos, aprender sobre riscos, juntar as
pessoas, rever nossas políticas e tornar nossas comunidades resilientes. Isso funciona,
acredite!” (UNISDR, 2012).

Os investimentos para intervenções de controlo e mitigação das inundações urbanas são


realizados pelo poder público e, geralmente, são bastante onerosos. Apesar disto, ainda há
uma grande ausência de estudos de viabilidade técnica e económica que apontem os melhores
investimentos.

2.1.1. Cheias
As cheias, por sua vez, são responsáveis pela degradação do ambiente urbano construído,
interferindo sobre vários outros sistemas urbanos. Elas geram danos a edificações e a
equipamentos urbanos, desvalorizam áreas sujeitas à inundação, geram perdas associadas à
paralisação de negócios e serviços, interrompem a circulação de pedestres e de sistemas de
transportes, são potenciais veículos de difusão de doenças, afectam e são afectadas pela
colecta e disposição de esgotos e resíduos sólidos urbanos, dentre outros. O sistema se
fragiliza, os riscos e os prejuízos crescem, aumenta a degradação.

Os principais impactos causados por inundações são as perdas materiais e humanas,


interrupção de actividade económica e social nas áreas inundadas, contaminação por doenças

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de veiculação hídrica (leptospirose e cólera, por exemplo), contaminação da água (pela
inundação de depósitos de material tóxico e estações de tratamento, por exemplo).

2.1.2.Consequências das mudanças climáticas na zona centro e sul dos pais


Uma maior quantidade de energia armazenada na atmosfera, em razão do aquecimento global,
implica uma intensificação do ciclo hidrológico, acarretando profundas assimetrias espaciais e
temporais da precipitação nas diferentes regiões do centro e sul.

A subida do nível médio das águas do mar é considerada como uma das potenciais
consequências do aquecimento global, com projecção desse aumento de 9 a 88 cm, até 2100,
sendo o valor mais provável da ordem de 50 cm (Santos, 2003).

Dentre as suas principais consequências destacam-se:

 Aumento da erosão costeira (linha de costa oceânica e estuarina); migração vertical do


perfil praial;
 Aumento da frequência, intensidade e magnitude das inundações costeiras; mudanças
nos processos sedimentares e consequentemente no balanço sedimentar costeiro;
 Perdas de terrenos naturais e urbanizados;
 Fragmentação e até perda completa de ecossistemas lindeiros à linha de costa oceânica
e estuarina/lagunar;
 Migração vertical de espécies e até de ecossistemas inteiros;
 Aumento da vulnerabilidade de pessoas e bens;
 Redução dos espaços habitáveis; salinização do aquífero costeiro e das águas
superficiais;
 Comprometimento dos sistemas de saneamento básico (esgoto e água potável);
 Impactos positivos e negativos nas actividades portuárias/ retro portuárias;
 Perda de solos férteis;
 Problemas nas actividades agro-pecuárias, industriais, turísticas e de serviço-
comércio;
 Comprometimento dos recursos pesqueiros;
 Comprometimento da beleza cénica; perda de potencial turístico;
 Alto custo para manutenção/recuperação/mitigação;
 Problemas de aplicação da legislação ambiental vigente;

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 Prejuízos socioeconómicos;
 Perda da qualidade de vida (Souza, 2011).

2.1.3. Impactos das alterações climáticas


Os impactos das alterações climáticas, como exposto, afectam vários domínios, mas, naquele
dos recursos hídricos, certamente tais impactos serão mais significativos, quer pela relação
directa da água com o clima, quer pelas disponibilidades de água condicionarem muitos
sectores da actividade socioeconómica.

Uma diminuição da precipitação, acompanhada por um aumento da evapotranspiração


potencial, relacionada com o aumento da temperatura, tenderá a provocar uma diminuição das
disponibilidades anuais de água. As variações sazonais das alterações da temperatura e
precipitação podem, no entanto, não confirmar esta tendência.

2.1.4. Impactos sobre a ocorrência de cheias e secas


As alterações climáticas não determinam apenas modificações dos valores médios do
escoamento, mas também dos seus valores extremos, provocando alterações dos regimes de
cheias e secas. Em particular, podem ocorrer alterações da intensidade, duração e períodos de
ocorrência das cheias e secas.

Às secas alie-se o processo de desertificação, como consequência do aquecimento global,


fatos que afectam actualmente cerca de 1/6 da população mundial, comprometendo uma
superfície de cerca de 3.000 milhões de hectares, ou seja, aproximadamente 30% das zonas
continentais do planeta.

2.1.5. Vulnerabilidades a perigos e desastres naturais


Almeida et al. (2016), calcularam um conjunto de índices que apontam a vulnerabilidade e o
risco actual de ocorrer desastres associados a quatro tipos de perigos naturais –
enchentes/enchentes-relâmpago, secas e estiagens.

As projecções de extremos climáticos no futuro apontam para uma continuidade nas


tendências de extremos nas regiões costeiras do país, com extremos de chuva mais intensos e
frequentes no Sul e centro, de secas na região, e que pode levar a um maior número de
desastres naturais de origem hidrometeorológica, como enchentes, secas e deslizamentos de
terra em áreas expostas e com alta densidade populacional (IPCC, 2013; Magrin et al., 2014).

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Em relação aos movimentos de massa, praticamente toda a zona costeira brasileira das regiões
Sul e centro do país continuarão apresentando alta a muito alta vulnerabilidade, merecendo
destaque a porção central.

A exposição humana ao aumento do nível relativo do mar, sem nenhuma estratégia de


adaptação, se traduzirá em impactos catastróficos, com dezenas de milhões de pessoas se
tornando refugiados ambientais, com o risco real do deslocamento forçado.

2.2. Impactos da mudança do clima nos desastres naturais


Os principais impactos decorrentes de mudanças climáticas são os efeitos da elevação do
NRM, as alterações nos climas de vento e de ondas, o aumento na frequência dos extremos
climáticos de chuva (tempestades, ciclones e outros) e temperatura, e a diminuição do aporte
sedimentar das bacias hidrográficas (Wong et al., 2014). Todos estes factores estão
intimamente relacionados com processos de erosão nos ambientes costeiros. Além disso, esses
vários factores apresentam grande sinergia.

Alterações na intensidade, distribuição ou no clima dos ventos geram diferentes impactos na


área costeira, contudo os mais significativos são sobre os corpos de água costeiros e os
oceanos.

2.2.1. Alternativas de adaptação


Os possíveis impactos da elevação do mar podem se resumir em:

 Estabelecimento ou variação da intensidade de erosão;


 Modificação da frequência e intensidade de inundações costeiras; e
 Alterações na qualidade da água de estuários, lagunas e aquíferos costeiros,
particularmente em áreas com ocupação humana intensa e elevado desenvolvimento.
A manutenção e eventual reforçam das estruturas pesadas de protecção/defesa costeira
precisa de análises custo/benefício (efeitos sociais, económicos, ambientais, culturais e
recreativos).
Recuo ou abandono e realojamento de populações, acomodação e análise custo ou
benefício (opções defesa pesada alimentação artificial; retirada e realojamento de
populações e infra-estruturas).

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3.Considerações Finais
Pelo exposto podemos concluir que a redução de riscos de inundações, assume a inversão da
lógica directa do objectivo de redução de danos e, assim, criando uma abordagem com foco
no aumento da resiliência às inundações.

Na linha de raciocínio de Provia (2013), deixou claro algumas considerações e adaptações


faces as mudanças climáticas:

 Identificar as necessidades de adaptação;


 Identificar opções de adaptação;
 Avaliar as opções de adaptação;
 Planejar e implementar as acções de adaptação; monitorar e avaliar medidas de
adaptação já em andamento. A identificação das necessidades de adaptação requer
uma avaliação dos factores que determinam a natureza e a vulnerabilidade aos riscos
climáticos e uma avaliação das opções de adaptação para reduzir os riscos. Essas
avaliações são de extrema importância para a tomada de decisões sobre estratégias de
adaptação a serem seleccionadas, de forma a responder a futuras mudanças do clima.

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4.Referências Bibliográficas
1. Almeida, LQ, Welle T, Birkmann J (2016). Disaster risk indicators in Brazil: A
proposal based on the world risk index, International Journal of Disaster Risk
Reduction; Desenvolvimento da Superintendência Regional de INCRA-RO. Digitado,
não publicado. Porto Velho;
2. Magalhães, J.M. (2005). Relatório de Consolidação do PA Aliança. Divisão de
3. Provia (2013). Global Programme of Research on Climate Change Vulnerability,
Impacts and Adaptation- Provia Guidance on Assessing Vulnerability, Impacts and
Adaptation to Climate Change – Consultation document. Nairobi, Kenya: United
Nations Environment Programme, pp. 198;
4. Santos, RF (2012).Mudanças climáticas e a zona costeira: uma análise do impacto da
subida do nível do mar nos recursos hídricos – o caso do Canal de São Francisco –
Baía de Sepetiba – RJ, Dissertação (mestrado) – UFRJ, pp.112;
5. Souza, CRG, Souza Filho, PWM, Esteves, SL, Vital, H, Dillemburg, SR,
Patchineelam, SM, Addad, JE (2005).Sandy beaches and coastal erosion. In: C.R. de
G. Souza et al. (eds.). Quaternário do Brasil. Holos, Editora, Ribeirão Preto (SP). p.
130-152.
6. UNISDR, (2009). Terminology on Disaster Risk Reduction, United Nations
International Strategy for Disaster Risk Reduction. Disponível em: Acessado em:
30/10/2017.

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