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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Erosão costeira

Nome da Estudante: Estefânia Alberto

Turma A, 2º grupo

Curso: Geografia
Disciplina: Geomorfologia
Ano: 2º
Código do estudante: 708202114
Docente: Nélio Manuel

Nampula, Julho de 2021


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Folha de feedback

Categoria Indicadores Padrões Pontuaçã Nota Subtotal


o máxima do tutor
Estrutura Capa 0,5
Índice 0,5
Introdução 0,5

Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Conteúdo Introdução Contextualização (indicação 1,0
clara do problema)
Descrição dos objectivos 1,0
Metodologia adequada ao 1,0
objecto do trabalho
Analise e Articulação e domínio do 2,0
discussão discurso académico
(expressão escrita cuidada,
coerência, coesão textual)
Revisão bibliográfica nacional 2,0
e internacional relevante na
área de estudo
Exploração dos dados 2,0

Conclusão Contributo teórico e prático 2,0


Aspectos Formatarão Paginação, tipo e tamanho de 1,0
gerais letra
Referência Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4,0
Bibliográfic educação em citações, referências
a citações bibliográficas
bibliográficas

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Índice

Folha de feedback..............................................................................................................1
Introdução..........................................................................................................................3
Contextualização...............................................................................................................4
Conceito.............................................................................................................................5
1. Erosão costeira...............................................................................................................5
2. Causas da erosão costeira..............................................................................................6
3. Medidas de mitigação da erosão costeira......................................................................7
4. A importância dos mangais para o mundo...........................................................................9
4.1. Desafios e Soluções..................................................................................................10
Conclusão........................................................................................................................11
Referências......................................................................................................................12

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Introdução

Mundialmente os mangais têm sido destruídos devido à exploração madeireira e


mineira, particularmente para desenvolvimento comercial.  Em Moçambique,  os
mangais enfrentam uma destruição massiva devido ao desenvolvimento económico e
comercial do país que raramente abrange a componente de conservação ambiental.
Muitos dos locais com mangais tornaram-se o destino final de entulhos e esgotos de
cidades, bem como enfrentam poluição de resíduos sólidos e líquidos
como derramamentos de petróleo entre outros químicos.  

Temos como exemplo os mangais da zona costeira de Lumbo, Nacala a Velha, Nacala
porto, na província de Nampula, Zambézia nos distritos de maganza da costa entre
outras zonas da região de Moçambique que antigamente abrigavam inúmeras espécies
de aves,  especialmente os Flamingos. Hoje encontram-se num estado grave de
destruição. Recentemente também foi observada a destruição de mangais na província
de Maputo principalmente na praia da costa do sol para a construção de estradas,
supostamente para um Porto. É necessário que nos planos de desenvolvimento do país,
comecemos a incluir a protecção de regiões e habitats naturais. O presente trabalho fala
sobre a erosão costeira, tem como objectivo de conceituar, explicar as causas da erosão
costeira, explicar as medidas de mitigação da erosão costeira e explicar a importância do
mangal no combate da erosão costeira.

Quanto a estruturação:

 Capa,
 Índice,
 Introdução,
 Contextualização
 Conceito
 Desenvolvimento,
 Conclusão,
 Referências bibliográficas

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Contextualização

As florestas de mangal são um ecossistema costeiro de transição entre o ambiente


terrestre e marinho que possui adaptações específicas para responder às condições
extremas de salinidade, ventos e ciclo de marés para as quais encontram-se
continuamente expostos.

Este ecossistema representa a base para a vida costeira e marinha, os mangais são uma
peça chave para o combate a mudanças climáticas, contribuindo no controle do clima
através do sequestro de carbono, purificação da água e ar. Actuam contra fenómenos
naturais como ciclones, erosão costeira, cheias, aumento do nível do mar, minimizando
impactos dando estabilidade e protecção às zonas costeiras. E, para além de fornecer
recursos madeireiros importantes para a vida das comunidades, são a base para
produção de medicamentos, e  berçário para diversas espécies marinhas como peixes,
caranguejo e camarão, consideradas cruciais para a dieta alimentar das comunidades
costeiras, economia do país e para o equilíbrio dos oceanos.

Apesar da sua importância, o valor das florestas de mangais ainda é pouco conhecido,
colocando-os sob grande vulnerabilidade não só pelo impacto das mudanças climáticas
mas pelo grande desenvolvimento económico costeiro global.

O dia mundial para a conservação do ecossistema de mangal leva a reflexão sobre o


crescente desenvolvimento costeiro e a necessidade de realizar uma activa advocacia
para reforçar a governação dos mangais, a partir da prática de conservação, preservação,
gestão sustentável bem como a conscientização das comunidades acerca da sua
importância e valor.

Moçambique possui um papel relevante a desempenhar no que concerne a conservação


dos mangais considerando o facto de que pelo menos 2/3 da sua população vive na zona
costeira e por possuir a 3ª maior extensão de mangal de África e a 13ª maior cobertura
global.

A BIOFUND reconhece que os mangais são ecossistemas únicos e vulneráveis e junta-


se as comemorações das Nações Unidas do Dia Internacional dos Mangais para a
aumentar o conhecimento sobre a sua importância e procurar soluções sustentáveis para
a sua gestão e conservação.

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Os mangais são ecossistemas naturais tropicais, compostos por espécies de plantas que
toleram água salgada geralmente localizados em áreas costeiras.  Os mangais são
considerados “ecossistemas de carbono azul”, bem como ervas marinhas e pântanos de
sal, porque são 10 vezes mais eficientes em absorver e armazenar grandes
quantidades de carbono a longo termo, em comparação com ecossistemas terrestres.

Conceito
1. Erosão costeira

A erosão costeira ocorre em 70% das praias arenosas do planeta, o que torna esse
processo uma preocupação global (BIRD, 2008). A variação de sedimentos numa praia
(ganho e perda) é chamado de balanço sedimentar. A erosão ocorre quando o balanço
sedimentar de uma praia é negativo, ou seja, quando a praia perde mais sedimentos do
que recebe. O recuo da linha de costa é uma consequência deste processo.

Para Souza et al, (2005), erosão costeira é um processo que ocorre ao longo da linha de
costa, atingindo promontórios, costões rochosos, falésias e praias (erosão das praias).
Resumidamente, é a erosão provocada pela acção das águas do mar, que actuam sobre
os materiais do litoral  (linha de costa) modificando-os através da sua acção química e
da sua acção mecânica.

De acordo com Cai, F., at al. (2009), a erosão costeira é um processo natural decorrente
de um balanço sedimentar negativo. Entretanto, quando esta se torna severa e perdura
por longo período ao longo de toda a praia ou trechos dela, ameaçando áreas de
interesse socioeconómico e ecológico, deve merecer atenção de cientistas e autoridades,
pois o processo de erosão passa a configurar uma área de perigo e/ou risco.

Podem ser consideradas áreas com problemas de erosão, aquelas que apresentam, pelo
menos, uma das seguintes características, (SOUZA et al, 2005):

 Altas taxas de erosão ou erosão significativa recente;


 Taxas de erosão baixa ou moderada, em praias com estreita faixa de areia e
localizadas em áreas altamente urbanizadas;
 Praias reconstruídas artificialmente e que seguem um cronograma de
manutenção Poder-se-ia serem incluídas também as praias que já possuem obras
de protecção ou contenção de erosão.

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A floresta de mangal é um ecossistema complexo, porque representa uma interface entre
dois tipos de comunidades: a terrestre, representada por arbustos, gramíneas e culturas
agrícolas, e a Marinha, representada por ervas marinhas. Há uma transição abrupta de
mangal para comunidades marinhas, enquanto as transições para as comunidades
terrestres, é gradual em alguns casos, passando por zonas pantanosas, (PASTAKIA,
1991).

2. Causas da erosão costeira

As principais fontes de sedimentos para uma praia são suprimento fluvial, materiais
depositados por ondas, alimentação artificial e sedimentos transportados das dunas, pós-
praia e falésias ou costas rochosas. Os sumidouros de sedimentos podem ser areias
removidas por ondas e correntes que actuam junto à costa, areias transportadas para o
continente que irão compor campos de dunas e ou serem depositadas em estuários e a
retirada de areia para construção civil.

A erosão costeira pode variar no tempo onde ocorrem processos rápidos e visíveis que
alteram a costa em poucos meses ou anos ou em um período de tempo mais longo
(décadas por exemplo). Nesse caso a erosão é pouco perceptível, Cai F., at al. (2009).
Desta forma, as causas da erosão podem ser naturais, antrópicas ou um resultado da
interacção entre os dois. Como causas naturais podem ser listados o aumento do nível
do mar, a intensificação de tempestades, a subsidência tectónica e as alterações nas
bacias hidrográficas. Como causas antrópicas podemos citar a subsistência do solo, a
retirada de areia para actividades humanas e a construção de barragens. Nesse contexto,
a associação dessas causas gera o aumento de altura e energia das ondas que chegam à
costa, a intensidade da erosão, a redução no aporte de sedimentos e alterações drásticas
no balanço sedimentar.

Entretanto, como assegura Cai, F., at al. (2009), as causas da erosão costeira são
múltiplas, de origem natural ou antrópica, destacando-se a diminuição do volume de
sedimentos fornecidos ao litoral, a presença de obras de engenharia costeira pesada e a
subida do nível médio do mar.

Para cálculo do indicador consideram-se os troços de litoral baixo e arenoso sujeito a


erosão costeira, com tendência de recuo da linha de costa medida ou erosão
comprovada.

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O indicador é expresso em extensão (km lineares) de linha de costa em situação crítica
de erosão.

3. Medidas de mitigação da erosão costeira

A tendência de aumento das áreas em risco de erosão costeira, decorrente


principalmente da ocupação desordenada da zona costeira, faz com que as comunidades
tenham que se preocupar cada vez mais com o gerenciamento do problema do sistema
praial. Três principais tipos de acções podem ser adoptados, segundo, (SOUZA et al,
2005):

 Abandonar a área ameaçada,


 Restringir a ocupação das áreas de risco
 Implementar medidas de protecção costeira.

Os métodos de protecção costeiros agem de forma a mitigar temporariamente as


consequências da erosão. Já que não eliminam as causas do processo em si, necessitam
de manutenção periódica para que preservem sua função e aceleram os processos
erosivos em áreas adjacentes a elas.

Os efeitos prejudiciais que as estruturas rígidas (gabiões, anteparos, muros, espigões e


quebra-mares) têm sobre as praias são, principalmente, a redução na largura da faixa
emersa, obstrução do acesso ao mar e impacto visual negativo. A reconstrução de praias
e dunas consiste em adicionar areias de granulometria semelhante à da praia original,
em geral (por dragagem e aterro), para compensar o volume e área perdidos por erosão.
Este método, desde que aplicado correctamente, não afecta o efeito paisagístico da
praia, mantendo as funções recreativas e turísticas com o aumento na largura da faixa de
areia e não provoca erosão nas praias adjacentes. É o único método que fornece areia a
um sistema em défice sedimentar, enquanto os outros redistribuem a areia já disponível,
transferindo a erosão para praias adjacentes.

No entanto, a preocupação em proteger a costa é considerada relativamente recente.


Historicamente, quando as propriedades estão ameaçadas pela erosão, os próprios
moradores encontram formas que conter o processo, utilizando blocos de pedras ou
sacos de areia, na tentativa de proteger as estruturas em risco, (NEVES, 2008). Com o
agravamento da situação, são construídas estruturas mais robustas, como gabiões,

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anteparos de pedra, muros de concreto e espigões, cujas obras são, geralmente,
precedidas de estudos prévios sobre a dinâmica costeira, mas nem sempre seguem
projectos de engenharia adequados ou recebem manutenção periódica. Outro problema
frequente é a tomada de decisões por proprietários, isoladamente, que gera uma
"segmentação" da linha de costa e faz com que as obras de um agravem a erosão nas
propriedades vizinhas. Todo esse processo pode ser responsável por desencadear um
ciclo vicioso de construção e reconstrução de estruturas, que só tornam cada vez
maiores, mais impactantes e mais numerosas.

O método de reconstrução praial tem sido utilizado com sucesso em algumas praias do
mundo. A complexidade de utilização deste método se dá na dificuldade encontrada
para obter areias com mesmos aspectos (físicos e químicos) das praias que necessitam
receber o aporte de sedimentos para serem reconstruídas, a fim de não causar impactos
visuais/paisagísticos ou das dinâmicas da praia em si.

Portanto, mangais são plantas com adaptações específicas para sobreviver em condições
de submersão em águas salobras. São árvores sempre verdes, tolerantes a salinidade e
encontradas na zona entre-marés (entre a terra firme e o mar), em abrigos relativos
como em estuários, deltas, baías e lagoas costeiras. Neste contexto, segundo Neves
(2008), os mangais constituem formações de reconhecida riqueza, tendo um papel
importante na regulação do meio ambiente e um alto valor económico. São dos
ambientes mais específicos e importantes que existem.

Este ecossistema é extremamente produtivo e para além do que produz, transforma


matéria orgânica que acaba sendo transferida para os outros ecossistemas,
nomeadamente os recifes de coral e tapetes de ervas marinhas. É também um sistema
que tem funções de "limpeza" da água que é drenada da terra para o mar (até uma
determinada capacidade filtra elementos como toxinas, químicos, hidrocarbonetos, entre
outros).

O mangal é importante na prevenção da erosão da costa e das margens dos rios, na


redução das cheias e na reprodução das espécies marinhas, como é o caso do camarão,
(NEVES, 2008). Constituem fontes de medicamentos, material de construção, alimento
(peixe, outros mariscos, frutos, entre outros), combustível lenhoso, entre outros usos.

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Possuem valores económicos e benefícios elevados, especialmente para as comunidades
costeiras, (SOUZA et al, 2005).

No mundo, o factor desenvolvimento e práticas de uso não sustentáveis de recursos


naturais, constituem principais causas de floresta mangal. Grandes áreas do mangal já
foram destruídas e a perda de mangal em várias partes do mundo ainda contínua.
Estima-se que na actualidade os mangais tenham reduzido para cerca de 1/3 da área
original que ocupavam há 20 anos atrás. No entanto muitos países estão a tentar
preservar o mangal e mesmo restabelecer as áreas já destruídas no passado, (VANCE et
al 1996).

A estrutura trófica ou de reciclagem de nutrientes e fluxos de energia em ecossistema de


mangal são bastante complexas. Em termos simples, quando as plantas de mangal
recebem luz solar para a fotossíntese, produzem substâncias orgânicas e crescem,
(NEVES, 2008). Partes de plantas, como ramos, folhas e detritos podem cair na água ou
solo, e, eventualmente, são decompostos por microorganismos, como bactérias, fungos,
fitoplâncton e fauna bentónica, ou os chamados consumidores de detritos e convertido
em minerais e nutrientes. Por sua vez, os microrganismos tornam-se uma fonte de
alimento para pequenos animais aquáticos, que são predados por camarões, caranguejos
e peixes em níveis tróficos superiores. Alguns morrem e se decompõem e se tornam
nutrientes que se acumulam no solo de mangal. Finalmente, os peixes maiores e outra
fauna tornam-se alimento para animais maiores e seres humanos, que são os
consumidores ao mais alto nível das cadeias alimentares ou fluxo de energia no
ecossistema.

4.
A importância dos mangais para o mundo

Nas ideias de Cai, F., at al. (2009), os mangais são ecossistemas naturais tropicais,
compostos por espécies de plantas que toleram água salgada geralmente localizados em
áreas costeiras.  Os mangais são considerados “ecossistemas de carbono azul”, bem
como ervas marinhas e pântanos de sal, porque são 10 vezes
mais eficientes em absorver e armazenar grandes quantidades de carbono a longo termo,
em comparação com ecossistemas terrestres. Isto,  torna-os essenciais para o combate às

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mudanças climáticas, mas mesmo assim,  estes encontram-se sobre enorme risco de
destruição devido às actividades humanas mundialmente.  
No entanto, Cai, F., at al. (2009), concebe que, os mangues adaptaram-se à água
salgada,  filtrando a água e expelindo o sal através das suas folhas. Existem pelo
menos mais de 100 espécies de plantas que habitam nos mangais que têm essa mesma
adaptação,  e por isso também são chamados de halófitos, plantas que conseguem
crescer no solo ou água com a presença de sal.  

4.1. Desafios e Soluções 

Para  Neves (2008), os mangais são essenciais por variadíssimas razões: protegem a
costa da erosão marinha, servem de ‘berçários’ para os peixes, evitam a salinização da
costa, mas acima de tudo são barreiras contra as forças oceânicas – os efeitos de marés e
de situações extremas como tsunamis são muito atenuados. No entanto e apesar destes
benefícios foram destruídos para se construíram tanques de aquacultura e outros mais
desenvolvimentos. Portanto, a consequência é que nessas zonas, anteriormente ricas em
peixe, com acesso a água potável e muito estáveis às alterações climáticas, tudo mudou,
(NEVES, 2008). O peixe desapareceu e com ele os pescadores. Os poços de água
potável passaram a ser poços de água salina e acabou a agricultura. A erosão já se faz
sentir e o aumento do nível médio das águas oceânicas já se faz sentir. Desde pequenas
aldeias a grandes cidades, anteriormente protegidas pelos mangues, todas estão em
risco.
Mundialmente os mangais também são utilizados como um recurso natural renovável.
Isto porque muitas destas plantas são compostas por madeira resistente à água,
podendo ser utilizadas para a construção de casas, mobília e até de barcos.  É importante
lembrar que para este recurso ser utilizado desta forma, precisa de ser utilizado de forma
sustentável, com replantio e tempo suficiente de recuperação para que não seja
destruído.  Importante também que sejam delimitadas áreas específicas para este tipo de
prática, de forma a não causar desequilíbrios nas outras espécies que deles são
dependentes.  Com os benefícios acima mencionados,  é notória a importância da
conservação destes sistemas naturais para o ser humano como também para outros
organismos, contribuindo para a preservação de inúmeras espécies marinhas e terrestres.

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Conclusão

Os processos de erosão costeira estão sendo intensificados em todo mundo por


consequência da subida do nível do mar, que por sua vez é um produto do aquecimento
global. A elevação da temperatura das águas provoca sua expansão térmica, fazendo
com que aumentem seu volume e o nível do mar se eleve. O derretimento dos gelos,
outro efeito do aquecimento, também é uma causa importante da subida do mar. As
estimativas para o futuro variam significativamente, dependendo de como evoluirão as
emissões de gases estufa geradores do aquecimento global, porém a subida do mar é
inevitável. Deve ser lembrado que os processos de aquecimento e resfriamento do
planeta, bem como os processos de subida e descida do nível do mar, são processos de
ordem natural que, por vezes, podem ser intensificados por práticas humanas.

Deve ser lembrado que, apesar de, em escala global, o nível do mar estar subindo, esta
não é a causa dos processos de erosão costeira na orla do estado do Rio de Janeiro, bem
como no restante do litoral sul do Brasil. As causas nestes locais são, principalmente,
eventos de ordem extrema, como tempestades, e interferências antrópicas, como
construção de portos e outras obras com estruturas rígidas que influenciam nas
dinâmicas da praia e do transporte de sedimentos.

Os mangais têm inúmeros benefícios,  incluindo benefícios ecológicos e económicos,


tais como:  

 São local de reprodução para milhares de espécies marinhas, funcionando como


um berçário. Este providencia protecção e alimento para peixes e diversos
invertebrados como crustáceos e moluscos; 
 Os sistemas de raízes dos mangues ajudam a estabilizar o solo, prevenindo
a erosão nas linhas costeiras;
 Funcionam como amortecedores costeiros naturais contra tempestades
e calemas, bem como diminuem as probabilidades de inundações;
 Ajudam a manter a qualidade da água e a sua claridade, filtrando poluentes e
prendendo sedimentos provenientes da costa;
 Algumas espécies de insectos e aves alimentam-se e aninham nos mangues;

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 Dão suporte e protecção a muitas espécies em risco de extinção como tartarugas,
manatins e algumas aves.  
Referências

BIRD, E.C.F. Geomorfologia costeira. São Paulo. Brasil. 2008


CAI, F., at al. Erosão costeira e meios para preservação. Lisboa Portugal. 2009.
GOVERNO DE MOÇAMBIQUE. Protecção e conservação do ecossistema faunístico.
2010
NEVES, Cláudio Freitas; MUEHE, Dieter. Vulnerabilidade, impactos e adaptação a
mudanças do clima: a zona costeira. Parcerias estratégicas, v. 13. 2008
SOUZA. M. Importância do mangal. 6ª Edição. Maputo Moçambique. 2005

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