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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar

Nome da Estudante: Estefânia Alberto

Turma A, 2º grupo

Curso: Geografia
Disciplina: Praticas Pedagógicas II
Ano: 2º
Código do estudante: 708202114
Docente: António Manuel Age Marcela

Nampula, Julho de 2021


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Folha de feedback

Categoria Indicadores Padrões Pontuaçã Nota Subtotal


o máxima do tutor
Estrutura Capa 0,5
Índice 0,5
Introdução 0,5

Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Conteúdo Introdução Contextualização (indicação 1,0
clara do problema)
Descrição dos objectivos 1,0
Metodologia adequada ao 1,0
objecto do trabalho
Analise e Articulação e domínio do 2,0
discussão discurso académico
(expressão escrita cuidada,
coerência, coesão textual)
Revisão bibliográfica nacional 2,0
e internacional relevante na
área de estudo
Exploração dos dados 2,0

Conclusão Contributo teórico e prático 2,0


Aspectos Formatarão Paginação, tipo e tamanho de 1,0
gerais letra
Referência Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4,0
Bibliográfic educação em citações, referências
a citações bibliográficas
bibliográficas

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Índice

Folha de feedback..............................................................................................................1
Conceitos básicos..............................................................................................................4
Conselho............................................................................................................................4
Escola................................................................................................................................4
Conselho escolar................................................................................................................4
Família...............................................................................................................................5
Participação.......................................................................................................................5
Organização do conselho escolar......................................................................................6
Participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar...................................6
Principais problemas enfrentados no funcionamento do conselho da escola....................7
Participação no conselho da escola...................................................................................8
Comissões de trabalho a escola.........................................................................................8
Actividades específicas dos pais e encarregados de educação na participação escolar....8
Bibliografia......................................................................................................................10

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Introdução

Muito se tem discutido nas últimas décadas sobre o papel dos pais e encarregados de
educação na participação da vida Escolar, tema expressivo na investigação sobre as
escolas enquanto organizações educativas e na agenda jurídica e política de muitos
países, porque representa uma condição para a construção democrática, difundida no
discurso actual.

O Presente trabalho incide sobre participação dos pais e encarregados de educação na


vida Escolar.

Procurámos, com este trabalho, compreender em que medida essa participação tem
contribuído para a melhoria do desempenho do aluno na referida escola e,
consequentemente, o seu desenvolvimento a todos os níveis.

Desta forma, reúne em torno de si conceitos, medidas e políticas de natureza, alcance e


efeitos diferentes, que, longe de serem consensuais, representam a justificação para um
leque amplo de práticas.

Deste modo, entre os principais tipos de medidas que têm sido tomadas, pode-se
destacar a descentralização da administração da educação, destinada a assegurar uma
maior participação na definição de uma política educativa local, a devolução de poderes
e competências aos órgãos de gestão das próprias escolas e a implementação de
estruturas, nas escolas, que permitam o envolvimento dos actores educativos na tomada
de decisão.

O desenvolvimento humano não pode ser perspectivado restringindo-se somente às


características individuais do ser humano. Neste sentido, os contextos sociais onde estão
inseridos, bem como os processos interactivos a que estes são inerentes, constituem-se
como factores preponderantes para o seu desenvolvimento global.

A escola é uma instituição que completa a família. Uma depende da outra, os pais e
encarregados de educação, os professores estão sempre a ensinar concomitantemente os
mais novos na tentativa de se alcançar sempre o melhor e automaticamente melhorar os
seres humanos, as famílias, a sociedade e o país.

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Conceitos básicos
Conselho

Conselho é aviso, opinião que se da, reunião dos Ministros, corpo superior, (PILLETI,
2004, p. 34)

Escola

Barroso (1995, p. 22), acredita que, a escola é uma organização social onde coabitam
pessoas das mais variadas faixas etárias (adultos, crianças, adolescentes, jovens); é uma
organização com fins educativos, sendo o seu produto o crescimento dos alunos; e é
uma organização com forte implantação social tendo “uma finalidade objectiva,
concreta e imediata, para as pessoas que vivem ali ao lado dela. Por isso, a participação
torna-se um valor fundamental que possibilitará à escola responder às necessidades
desse meio.

Dias (1993, p. 90) “a escola é, Um sistema complexo de comportamento humano


organizados de modo a responder a certas funções no seio da estrutura social graças a
currículos, a diplomas diversos, a uma excessiva contracção na avaliação somático e á
criação de estruturas promotoras da diferenciação e instituição escolar desenvolve
entropias negativas permitindo mais facilmente a definição de pais e status claramente
diferenciados que serão o garante de competências de atribuições de pertença”.

Conselho escolar

Conselho escolar é um órgão coligado da escola pública composto pelo director e


representantes de professores, funcionários administrativos, pais, alunos ou
responsáveis e comunidade local, com função deliberativa, consultiva, fiscalizadora e
mobilizadora, ao qual cabe avigorar o projecto político pedagógico de sua escola, como
a própria expressão, (LIBANEO, 2011).

Segundo Ribeiro (2004), o Conselho Escolar é um órgão coligado formado por um


grupo de representantes da comunidade escolar que devem estar em sintonia com o
gestor para participar do colectivo da escola. Ele é responsável pela definição de
caminhos nas questões administrativas, financeiras e político pedagógico de acordo com
as necessidades da instituição.

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Família

A história do “termo família origina-se do latim famulus, que significa: conjunto de


servos e dependentes de um chefe ou senhor” (PRADO, 1985, p.5). Já o significado da
palavra família presente nos dicionários e também no senso comum, se define como o
conjunto de pai, mãe e filhos, pessoas do mesmo sangue, descendência, linhagem ou,
ainda, aquelas pessoas advindas de adopção. Entretanto, muitos autores consideram “
que o conceito de família supera os parâmetros da consanguinidade e do parentesco e
apresenta um sentido mais amplo, fundamentado na convivência e nas relações mútuas
de cuidado e protecção entre indivíduos que construíram laços afectivos entre si”
(ÁLVARES; FILHO, 2008, p.12).

De acordo com Giddens (1997, p. 690) “a Família é um grupo de indivíduos ligados


entre si por laços de sangue, de casamento ou adopção que forma, uma unidade
económica, em que os membros adultos são responsáveis pela educação das crianças.”

Participação

A participação é um pressuposto da própria aprendizagem. Mas, formar para a


participação é, também, formar para a cidadania, isto é, formar o cidadão para
participar, com responsabilidade, do destino de seu país.

O termo participação remete-nos desde logo para o poder de decidir, ou seja, deve ser
encarado como um processo permanente que visa estabelecer um equilíbrio entre as
competências de todos os agentes educativos. Ao nível da participação, Sã (2002)
considera que o termo engloba o conjunto de actividades colectivas que se encontram
legalmente enquadradas.

Cosmo e Trindade (2002, p. 122), participação das famílias na escola, particularmente


dos pais e encarregados de educação “ é um processo complexo que envolve muitos
actores, pois, precisa ser equacionado tanto a nível da relação directa pais e professores,
como a nível das relações institucionais entre associação de pais e órgãos da escola.”
Segundo Henderson (1987), citado por Marques (2001), a participação dos pais e
encarregados de educação na escola é uma variável muito importante na eficácia das
escolas, na melhoria da qualidade do ensino e reflecte-se positivamente nos resultados
dos alunos.

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Organização do conselho escolar

O conselho de escola é constituído por todos os segmentos da comunidade escolar


(director da escola, professores, pessoal administrativo, alunos, pais e encarregados de
educação), eleitos de forma democrática, revitalizado a 8 de Março e presidido por um
representante dos pais e encarregado de educação ou da comunidade

Participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar

Quando se fala da participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar e no


processo de ensino aprendizagem, tem que se levar em consideração o contexto no qual
o aluno está inserido. Em muitos casos, o desequilíbrio dos pais e encarregados de
educação ocorre devido a desemprego, a pobreza e a falta de condições básicas,
cabendo à escola ser a parceira dos pais, ajudando-a a construir a educação dos seus
filhos. A construção de conhecimentos que a escola transmite por meio dos professores
é de suma importância, e para que esta seja alcançada, o aluno deve vir rodeado de
atitudes que o levem ao êxito educacional. Sabe-se que essas atitudes são construídas no
seio familiar e transmitidas no convívio diário.

Portanto, a participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar é de


extrema importância, pois visa garantir:

o Acompanhamento e apoio dos filhos na realização de casa, contacto regular com


os professores para se informar de aproveitamento e comportamento dos seus
educandos, apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem,
o Transmissão da historia da comunidade, dos seus usos e costumes, das musicas
danças tradicionais e contos,
o Contribuição com fundos e meios materiais (criação de bibliotecas e
fornecimento de livros para os alunos, professores e para a comunidade escolar
no geral),
o Participação em equipas de trabalhos voluntários de apoio (construção e
reabilitação de salas de aulas, sanitários, latrinas melhoradas e casas para
professores com recurso ao material local ou convencional, limpeza, entre
outros).
o A gestão participativa e transparência,

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o O bom aproveitamento escolar,
o O bom desempenha dos professores
o A participação activa dos pais e encarregados de educação no acompanhamento
do desempenho dos seus filhos, educandos e avaliação permanente.

Marques (1997), a relação entre a escola e a família contempla vários objectivos, entre
os quais destaca o aumento da relação existente entre estes elementos. Não obstante,
esta participação integra uma comunicação que inclui um diálogo aberto entre
pais/filhos e pais/professores, além de que, engloba a ajuda ao estudo, apoio à escola,
trabalho voluntário e a participação na tomada de decisão.

Principais problemas enfrentados no funcionamento do conselho da escola

Como verificamos ao longo da revisão da literatura, os pais e encarregados de educação,


desde sempre, constituem uma instituição privilegiada, pois nela reside o meio natural e
mais adequado para o desenvolvimento global do ser humano. Deste modo, o papel que
os pais e Encarregados de Educação desempenham no processo educacional do aluno
constitui um factor imprescindível para o seu adequado desenvolvimento e adaptação ao
contexto onde se encontra inserido.

Os Principais problemas enfrentados no funcionamento do conselho da escola são:

o Os pais não conhecem os seus filhos junto com os profissionais de educação,


Ambos não estão interessados em se informarem reciprocamente e
constantemente,
o Falta de acompanhamento e apoio dos filhos na realização de casa, contacto
regular com os professores para se informar de aproveitamento e comportamento
dos seus educandos, apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem,
o Falta de transmissão da historia da comunidade, dos seus usos e costumes, das
musicas danças tradicionais e contos,
o A contribuição com fundos e meios materiais (criação de bibliotecas e
fornecimento de livros para os alunos, professores e para a comunidade escolar
no geral), tem se verificado, mas com melhor frequência, visto muitos pais e
encarregados de educação são carentes, não só mas também, os pais deixam tudo
ao critério da escola,

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o Falta de participação em equipas de trabalhos voluntários de apoio (construção e
reabilitação de salas de aulas, sanitários, latrinas melhoradas e casas para
professores com recurso ao material local ou convencional, limpeza, entre
outros).
o Falta de gestão participativa e transparência.

Barroso (1995, p. 23) considera que, quando os pais e Encarregados de Educação se


envolvem na educação e com a escola, os seus filhos sentirão mais motivação. Por outro
lado, terão melhores resultados e, desta forma, os pais tendem a compreender melhor o
trabalho do professor e a imagem da escola será enaltecida.

Muitas vezes, os pais vêem os filhos como seres únicos, estando permanentemente
atentos às suas particularidades e às suas necessidades afectivas.

Participação no conselho da escola

Participa no conselho da escola todos membros envolvidos no conselho de escola, a


direcção da escola, alguns professores, alunos, líderes comunitários, pais e encarregados
de educação, em média dependendo do tipo de escola se for do tipo A devem ser em
média 17, escola do tipo B 15 e escola do tipo C 12 respectivamente.

Comissões de trabalho a escola

O conselho de escola trabalha com 4 comissões

Actividades específicas dos pais e encarregados de educação na participação


escolar

As actividades específicas dos pais e encarregados de educação na participação escolar


são:

o Participação em equipas de trabalhos voluntários de apoio (construção e


reabilitação de salas de aulas, sanitários, latrinas melhoradas e casas para
professores com recurso ao material local ou convencional, limpeza, entre outras
actividades).

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Conclusão

A democracia, para se constituir como cultura, cobra um tributo de tempo que demanda
paciência e insistência: A participação exige um tributo de tempo que muitas vezes não
se está disposto a pagar. A organização se converte então em um obstáculo para a
democratização. Se aceita a teoria, se manifesta a vontade de participação, se
desenvolvem as atitudes de abertura, mas não se pode levar à prática um modelo de
gestão democrática. A dinâmica presente no dia-a-dia das escolas provoca uma
ansiedade na solução dos problemas perfeitamente compreensível. E essa dinâmica e
ansiedade, por vezes, implicam em tomadas de decisões mais centralizadas e menos
dialogadas. O conselho de escola acaba esquecido, em algumas escolas as pessoas que
respondem pela direcção sentem certo receio de permitir que o conselho se efectiva
concretamente por supor que ele pode indispor a estrutura de poder presente no
estabelecimento de ensino. Classicamente, a comunidade escolar reconhece no director
da escola a sua principal autoridade e a possibilidade de modificar essa ideia, plantando
elementos de uma cultura mais democrática, na qual o sujeito colectivo representado
pelo conselho seria, este sim, a grande autoridade política, não encontra simpatia em
parte dos dirigentes escolares.

Quando a direcção da escola não obsta o trabalho do conselho, ainda se encontra


resistências no quadro de professores. Parece haver uma espécie de reserva de mercado
para a gestão escolar. Vale dizer, a possibilidade de socialização do poder (e, antes, de
disputa pelo poder) provocada pelo conselho poderia trazer para o ambiente de decisão
de maneira mais enfática a presença de pessoas (e diferentes opiniões) provenientes de
outros segmentos que não o de professores, e isto parece incomodar parte dos docentes,
historicamente aculturados na condição de grupo dominante na escola.

A necessária “pavimentação” do acesso dos alunos e seus familiares e dos funcionários


não-docentes, somando-se aos professores e dirigentes, para as principais instâncias de
gestão da escola depende de esforços multidimensionais, ou seja, todos têm de auxiliar
na aproximação dos sujeitos dos diversos segmentos que compõem a escola e
desenvolver aquela paciência activa de, ao mesmo tempo, investir quotidianamente na

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organização das instâncias colectivas e compreender que a constituição de uma cultura
democrática demanda tempo.

Bibliografia

ALVES, J. C. M. A participação social a partir do Programa Federal Territórios da


Cidadania: o caso do território do Cariri/CE. Juazeiro do norte – CE, 2013.
AMMANN, S.B. Considerações Críticas sobre o Conceito de Participação. In: Serviço
Social e Sociedade nº5, ano 2. São Paulo: Cortez, 1981.
CAMARGO, R. B. Gestão democrática e nova qualidade de ensino: São Paulo, São
Paulo, 1997.
LIBANEO, J. C. Organização e Gestão da Escola – teoria e prática. 4. ed. Goiânia:
Alternativa, 2011.
PILLETI, Cláudio, didáctica geral, 23ª ed. editora ática, são Paulo, 2004
PINTO, J. M. R. Administração e liberdade. Campinas, 1994.
RIBEIRO, A. L. Teorias da Administração. São Paulo: Saraiva, 2004.

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