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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Boa governação e paz como condição para o desenvolvimento

Nome da Estudante: Estefânia Alberto

Turma A, 2º grupo

Curso: Geografia
Disciplina: Fundamentos da Teologia Católica
Ano: 2º
Código do estudante: 708202114
Docente: Felisberto Rafael

Nampula, Julho de 2021


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Folha de feedback

Categoria Indicadores Padrões Pontuaçã Nota Subtotal


o máxima do tutor
Estrutura Capa 0,5
Índice 0,5
Introdução 0,5

Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Conteúdo Introdução Contextualização (indicação 1,0
clara do problema)
Descrição dos objectivos 1,0
Metodologia adequada ao 1,0
objecto do trabalho
Analise e Articulação e domínio do 2,0
discussão discurso académico
(expressão escrita cuidada,
coerência, coesão textual)
Revisão bibliográfica nacional 2,0
e internacional relevante na
área de estudo
Exploração dos dados 2,0

Conclusão Contributo teórico e prático 2,0


Aspectos Formatarão Paginação, tipo e tamanho de 1,0
gerais letra
Referência Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4,0
Bibliográfic educação em citações, referências
a citações bibliográficas
bibliográficas

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Índice

Folha de feedback..............................................................................................................1
Introdução..........................................................................................................................3
Definição...........................................................................................................................4
1. Governação....................................................................................................................4
1.1, Boa governação..........................................................................................................4
1.2. Paz..............................................................................................................................5
2. A Paz fruto da justiça e da caridade..............................................................................5
3. Defesa da cultura...........................................................................................................6
4. A Família.......................................................................................................................7
Conclusão..........................................................................................................................8
Referências bibliográficas.................................................................................................9

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Introdução

O presente trabalho aborda sobre boa governação e paz como condição para o
desenvolvimento na cadeira de fundamentos de teologia católica, com objectivos de
definir a governação, e explicar a governação como condição da paz.

Actualmente a transparência na esfera pública pode tomar duas dimensões,


nomeadamente: transparência activa (ou proactiva) e transparência passiva. A
transparência activa é a que objectiva divulgar de forma periódica e sistematizada
informações sobre a gestão dos entes governamentais

No entanto, boa Governação é entendida como um processo que visa a manifestação


política e a participação da sociedade civil, junto ao governo, a formulação,
acompanhamento da implementação e avaliação das políticas públicas, com vista ao
desenvolvimento da cidadania e da democracia.

Estruturação do trabalho:

 Capa,
 Folha de feedback
 Índice,
 Introdução,
 Defunção,
 Desenvolvimento,
 Conclusão,
 Referências bibliográficas.

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Definição
1. Governação

Governação, conforme explica Paiva (2002, p.9), vem do latim gubernare e tem a ver
com governo, com a administração no seu sentido mais genérico. Lane (2000) traz sua
contribuição ao termo, aplicada ao sector público, definindo-o como um conjunto de
teorias sobre como os governos se articulam para prover serviços numa sociedade.

Um exame mais aprofundado das diferenças entre governo e boa governação é feito por
Rosenau (2000, p.15), para quem boa governação não é o mesmo que governo. Esses
dois conceitos seriam referentes a um comportamento que visa a um objectivo, a
actividades orientadas para metas e a sistemas de ordenação. No entanto, governo
sugere actividades sustentadas por uma autoridade formal, pelo poder de polícia que
garante a implementação das políticas devidamente instituídas (ROSENAU, 2000,
p.15), enquanto boa governação refere-se a actividades apoiadas em objectivos comuns,
que podem ou não derivar de responsabilidades legais e formalmente prescritas, e não
dependem, necessariamente, do poder de polícia para que sejam aceitas e vençam
resistências.

1.1, Boa governação

Esta caracteriza-se pela capacidade de ter um projecto, orientado a favorecer uma


convivência social mais livre e mais justa, em que vários grupos de cidadãos,
mobilizando-se para elaborar e exprimir as próprias orientações, para fazer frente às
suas necessidades fundamentais, para defender legítimos interesses.

A comunidade política e a sociedade civil, embora reciprocamente ligadas e


interdependentes, não são iguais na hierarquia dos fins. A comunidade política está
essencialmente ao serviço da sociedade civil e, em última análise, das pessoas e dos
grupos que a compõem. A sociedade civil, portanto, não pode ser considerada um
apêndice ou uma variável da comunidade política: antes, ela tem a preeminência, porque
justifica radicalmente a existência da comunidade política.

O Estado deve fornecer um quadro jurídico adequado ao livre exercício das actividades
dos sujeitos sociais e estar pronto a intervir, sempre que for necessário, e respeitando o
princípio de subsidiariedade, para orientar para o bem comum a dialéctica entre as livres

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associações activas na vida democrática. A sociedade civil é heterogénea e articulada,
não desprovida de ambiguidades e de contradições: é também lugar de embate entre
interesses diversos, com o risco de que o mais forte prevaleça sobre o mais indefeso.

1.2. Paz

O conceito da paz é, notoriamente, multidisciplinar e complexo. A paz, usualmente,


significa a ausência da guerra. Os termos guerra e paz seriam, nesse caso, opostos,
antónimos. São, portanto, situações extremas. E estão, de facto, situadas em pólos
opostos. Mas entre uma e outra existem situações e estágios intermediários.

Para Johan Galtung (1995) tenta definir melhor a palavra paz ao apontar os conceitos de
uma paz negativa e de uma paz positiva. A paz negativa, segundo esse ilustre professor,
é a mera ausência da guerra, o que não elimina a predisposição para ela ou a violência
estrutural da sociedade. A paz positiva, por outro lado, implica ajuda mútua, educação e
interdependência dos povos. A paz positiva vem a ser não somente uma forma de
prevenção contra a guerra, mas a construção de uma sociedade melhor, na qual mais
pessoas comungam do espaço social.

2. A Paz fruto da justiça e da caridade

A paz é um valor, um dever universal e encontra o seu fundamento na ordem racional e


moral da sociedade que tem as suas raízes no próprio Deus, fonte primária do ser,
verdade essencial e bem supremo. A paz não é simplesmente ausência de guerra e
tampouco um equilíbrio estável entre forças adversárias, mas se funda sobre uma
correcta concepção da pessoa humana e exige a edificação de uma ordem segundo a
justiça e a caridade.

A paz é fruto da justiça (cf. Is 32,17), entendida em sentido amplo como o respeito ao
equilíbrio de todas as dimensões da pessoa humana. A paz está em perigo quando ao
homem não é reconhecido aquilo que lhe é devido enquanto homem, quando não é
respeitada a sua dignidade e quando a convivência não é orientada em direcção para o
bem comum.

Para a construção de uma sociedade pacífica e para o desenvolvimento integral dos


indivíduos, povos e nações, é necessária a defesa e a promoção dos direitos humanos. A
paz é fruto também do amor.
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A Igreja proclama, com a convicção da sua fé em Cristo e com a consciência de sua
missão, que a violência é um mal, que a violência é inaceitável como solução para os
problemas, que a violência não é digna do homem. A violência é mentira, pois que se
opõe à verdade da nossa fé, à verdade da nossa humanidade. A violência destrói o que
ambiciona defender a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos.

3. Defesa da cultura

Segundo Mello (1982, p. 44) “cultura é o conjunto complexo que inclui conhecimento,
crença, arte, moral, leis, costumes e varias outras aptidões e hábitos adquirido pelo
homem como membro de uma sociedade.

Sabemos que a palavra cultura é de origem latina, (Laraia, 2009). Deriva do verbo
colere (cultivar ou instruir) e do substantivo cultus (cultivo, instrução).
Etimologicamente tem muito a ver com o ambiente agrário, com o costume de trabalhar
a terra para que ela possa produzir e dar frutos. Ainda hoje se costuma usar a palavra
cultura para designar o desenvolvimento da pessoa humana por meio da educação e da
instrução.

A cultura indica, em geral, todas as coisas por meio das quais o homem apura e
desenvolve as múltiplas capacidades do seu espírito e do seu corpo; se esforça por
dominar, pelo estudo e pelo trabalho, o próprio mundo; torna mais humana, com o
progresso dos costumes e das instituições, a vida social, quer na família quer na
comunidade civil; e, finalmente, no decorrer do tempo, exprime, comunica aos outros e
conserva nas suas obras, para que sejam de proveito a muitos e até à inteira
humanidade, as suas grandes experiências espirituais e as suas aspirações, (GS, 53).

Daqui se segue que a cultura humana implica necessariamente um aspecto histórico e


social e que o termo «cultura» assume frequentemente um sentido sociológico e
etnológico. É neste sentido que se fala da pluralidade das culturas. A cultura, pois, é um
termo vasto e complexo, englobando vários aspectos da vida dos grupos humanos.

A cultura não é uma herança genética, mas o resultado da inserção do ser humano em
determinados contextos sociais, (LARAIA, 2009). É a adaptação da pessoa aos
diferentes ambientes pelos quais passa e vive. Através da cultura o ser humano é capaz
de vencer obstáculos, superar situações complicadas e modificar o seu habitat, embora

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tal modificação nem sempre seja a mais favorável para a humanidade, como podemos
perceber actualmente. Desse modo a cultura pode ser definida como algo adquirido,
aprendido e também acumulativo, resultante da experiência de várias gerações. Porém,
enquanto aprendiz o ser humano pode sempre criar, inventar, mudar. Ele não é um
simples receptor, mas também um criador de cultura. Por isso a cultura está sempre em
processo de mudança.

4. A Família

Para Johannes (1988), a íntima comunidade da vida e do amor conjugal, fundada pelo
Criador e dotada de leis próprias, é instituída por meio da aliança matrimonial, ou seja
pelo irrevogável consentimento pessoal. Deste modo, por meio do acto humano com o
qual os cônjuges mutuamente se dão e recebem um ao outro, nasce uma instituição
também à face da sociedade, confirmada pela lei divina. Em vista do bem tanto dos
esposos e da prole como da sociedade, este sagrado vínculo não está ao arbítrio da
vontade humana.

O próprio Deus é o autor do matrimónio, o qual possui diversos bens e fins, todos eles
da máxima importância, quer para a propagação do género humano, quer para o
proveito pessoal e sorte eterna de cada um dos membros da família, quer mesmo,
finalmente, para a dignidade, estabilidade, paz e prosperidade de toda a família humana.
Por sua própria índole, a instituição matrimonial e o amor conjugal estão ordenados para
a procriação e educação da prole, que constituem como que a sua coroa, (JOHANNES,
1988).

O homem e a mulher, que, pela aliança conjugal «já não são dois, mas uma só carne,
(Mt. 19, 6), prestam-se recíproca ajuda e serviço com a íntima união das suas pessoas e
actividades, tomam consciência da própria unidade e cada vez mais a realizam. Esta
união íntima, já que é o dom recíproco de duas pessoas, exige, do mesmo modo que o
bem dos filhos, a inteira fidelidade dos cônjuges e a indissolubilidade da sua união (GS,
48).

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Conclusão

A paz está em perigo quando ao homem não é reconhecido aquilo que lhe é devido
enquanto homem, quando não é respeitada a sua dignidade e quando a convivência não
é orientada em direcção para o bem comum.

Para a construção de uma sociedade pacífica e para o desenvolvimento integral dos


indivíduos, povos e nações, é necessária a defesa e a promoção dos direitos humanos. A
paz é fruto também do amor.

A Igreja proclama, com a convicção da sua fé em Cristo e com a consciência de sua


missão, que a violência é um mal, que a violência é inaceitável como solução para os
problemas, que a violência não é digna do homem. A violência é mentira, pois que se
opõe à verdade da nossa fé, à verdade da nossa humanidade. A violência destrói o que
ambiciona defender a dignidade, a vida, a liberdade dos seres humanos.

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Referências bibliográficas

Giordano, F. A Teologia Hoje, síntese do pensamento teológico. Porto: Ed. Perpétuo


Socorro, Porto. 2001
JOHANNES, B. Dicionário de teologia bíblica (4ª Ed.). São Paulo: Edições
Loyola.1988
LANE, J.-E. New public management. Londres: Routledge, 2000.      
LARAIA, Roque de Barros. Cultura. Um conceito antropológico. Rio de Janeiro:
Zahar, 2009, 23ª edição.
PAIVA, P. A. Boa Governação corporativa no Brasil: controlo e protecção legal. 2002.

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