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PÚBLICA
Accountability, Governança,
Governabilidade e e-Gov
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Accountability, Governança, Governabilidade e e-Gov
Adriel Sá
Sumário
Accountability, Governança, Governabilidade e e-Gov..............................................................................3
1. Accountability e Transparência. . .........................................................................................................................3
1.1. Conceito..........................................................................................................................................................................3
1.2. Tipos de Accountability. . ......................................................................................................................................4
2. Governabilidade e Governança............................................................................................................................7
2.1. Origens............................................................................................................................................................................7
2.2. Governabilidade. . ......................................................................................................................................................8
2.3. Governança. . ............................................................................................................................................................. 10
3. Governo Eletrônico (e-Gov).. ................................................................................................................................15
3.1. Noções Conceituais...............................................................................................................................................15
3.2. Diretrizes....................................................................................................................................................................16
4. Eficiência, Eficácia e Efetividade no Setor Público...............................................................................20
5. Comunicação na Gestão Pública e Gestão de Redes Organizacionais...................................... 24
5.1. Contexto da Comunicação no Ambiente Público. ................................................................................ 24
5.2. Classificação da Comunicação Pública. ...................................................................................................25
5.3. Redes Organizacionais......................................................................................................................................26
Resumo................................................................................................................................................................................30
Mapas Mentais. . ..............................................................................................................................................................34
Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................36
Questões de Concurso................................................................................................................................................39
Gabarito...............................................................................................................................................................................58
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 59
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1
CARNEIRO, C. B. L. Governança e accountability: algumas notas introdutórias. Disponível em: http://www.ceas.sc.gov.br/
downloads/accountability_1.doc. Acesso em: 15 fev. 2014.
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Como vimos, a accountability pode ser analisada sob três dimensões: informação (transparên-
cia), justificação (responsividade) e punição (sanção e coerção).
A informação (transparência) destaca a obrigação dos administradores de prestar contas de
sua atuação aos administrados. Essa é a dimensão trazida pela questão!
A justificação (responsividade) é a obrigação legal de responder a questionamentos e pedidos
de informações, com responsabilização pelos próprios atos.
A punição (sanção e coerção) é a capacidade legal e institucional de o agente que exige as
informações e contas de outro agente fazer valer essa exigência, tornando-a obrigatória, por
meio de sanções e incentivos.
Letra b.
2
O’DONNELL, G. Accountability horizontal: la institucionalización legal de la desconfiança política. Buenos Aires: Revista de
Reflexión y análisis político, 2011.
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Ex.: “freios e
Ex.: plebiscito, Ex.: associações,
contrapesos” e
referendo, voto, movimentos e
órgãos
ação popular mídia
controladores
Por fim, vale destacar as excelentes lições dos autores Fernando Luiz Abrucio e Maria Rita
Loureiro (2005)4, que destacam diversos instrumentos e condições para que o modelo de ac-
countability democrática se desenvolva:
FORMAS DE
INSTRUMENTOS CONDIÇÕES
ACCOUNTABILITY
Direitos políticos básicos de
Sistema eleitoral e partidário associação, de votar e ser
Debates e formas de votado
PROCESSO disseminação da informação Pluralismo de ideias (crenças
ELEITORAL Regras de financiamento de ideológicas e religiosas)
campanhas Imprensa livre e possibilidade
Justiça Eleitoral de se obter diversidade de
informações
3
Note que o controle social consta tanto na accountability vertical quanto no societal. A diferença é que uma envolve a capa-
cidade de punição diretamente pelo cidadão (accountability vertical), enquanto na outra inexiste essa capacidade (accoun-
tability societal), dependendo essa capacidade da ação de um órgão de controle (Ministério Público, Tribunal de Contas ou
o eleitorado, por exemplo).
4
ABRUCIO, F. L.; LOUREIRO, M. R. Finanças públicas, democracia e accountability. In: BIDERMAN, Ciro e ARVATE, Paulo
(orgs.). Economia do Setor Público no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
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FORMAS DE
INSTRUMENTOS CONDIÇÕES
ACCOUNTABILITY
Controle Parlamentar (controles
mútuos entre os Poderes, CPI,
arguição e aprovação de altos
Independência e controle
dirigentes públicos, fiscalização
mútuo entre os Poderes
orçamentária e de desempenho
Transparência e fidedignidade
das agências governamentais,
das informações públicas
audiências públicas etc.)
Burocracia regida pelo princípio
Controle Judicial (controle da
do mérito (meritocracia)
constitucionalidade, ações civis
CONTROLE Predomínio do império da lei
públicas, garantia dos direitos
INSTITUCIONAL Existência de mecanismos
fundamentais etc.)
DURANTE O institucionalizados que
Controle Administrativo
MANDATO garantam a participação e o
Procedimental (Tribunal
controle da sociedade sobre o
de Contas e/ou Auditoria
Poder Público
Financeira)
Criação de instâncias
Controle do Desempenho dos
que busquem o maior
Programas Governamentais
compartilhamento possível das
Controle Social (Conselho
decisões (consensualismo)
de usuários dos serviços
públicos, plebiscito, orçamento
participativo etc.)
Garantias de direitos básicos
pela Constituição (cláusulas
pétreas)
Segurança contratual individual
Predomínio do império da lei
e coletiva
Eficácia dos mecanismos
Limitação legal do poder dos
judiciais
REGRAS ESTATAIS administradores públicos
Definição de assuntos e regras
INTERTEMPORAIS Acesso prioritário aos cargos
que valham para o Estado,
administrativos por concursos
independentemente dos
ou equivalentes
governos de ocasião
Mecanismos de restrição
orçamentária
Defesa de direitos
intergeracionais
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2. Governabilidade e Governança
2.1. Origens
Os conceitos de governabilidade e governança surgiram nos Estados modernos do sécu-
lo XIX (democracia liberal-burguesa), não apresentando uma definição muito clara e precisa,
além de possuírem variáveis conforme o autor e sua nacionalidade, orientação ideológica e a
ênfase dada a cada elemento que os compõem.
No entanto, é importante destacar que governabilidade e governança são temas indisso-
ciáveis e que se complementam entre si. Assim, estudar um conceito sem conhecer o outro
é praticamente impossível. Além disso, as provas insistem nas comparações entre os termos
justamente por causa desse vínculo forte existente entre ambos.
É por isso que as cobranças em concursos públicos, muitas vezes, causam confusões e
mexem com a “cabeça” dos candidatos. O que queremos apresentar não é uma discussão dou-
trinária aprofundada, mas “caminhos” que permitam fazê-lo(a) gabaritar as questões de provas.
Assim, apenas para fins didáticos e uma análise mais pormenorizada, vamos estudá-los de
forma destacada, mas sempre que necessário, faremos remissões de um ao outro.
5
PALUDO, A. Administração pública. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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2.2. Governabilidade
2.2.1. Conceito
A governabilidade das democracias teve iniciada sua discussão sobre a causa dos proble-
mas de governabilidade e não governabilidade na Europa ocidental, no Japão e nos Estados
Unidos, considerando o aumento das demandas sociais e a falta de recursos (financeiros e
humanos) e de capacidade de gestão.
De forma direta, podemos entender a governabilidade como o próprio poder político, legi-
timado e contando com o apoio da sociedade e de seus representantes.
No entanto, todos esses outros conceitos, que se ramificam dessa definição inicial, já fo-
ram cobrados em provas:
• Condições substantivas, sistêmicas, materiais e institucionais de exercício do poder e
de legitimidade do Estado.
• Capacidade política de decidir e governar.
• Capacidade para agregar múltiplos interesses da sociedade e apresentar-lhes um
objetivo comum.
• Definição de atuação do espaço público.
• Envolve o sistema de intermediação de interesses, as características do sistema políti-
co, a forma de governo e as relações entre os Poderes.
• Termo que possui como fonte ou origem os cidadãos, além dos partidos políticos, as
associações e demais grupos representativos da sociedade.
Na prática, um governo tem governabilidade na medida em que seus dirigentes contem com
os necessários apoios políticos para governar. Portanto, a governabilidade, ou seja, capacidade
política de governar decorre do relacionamento do Estado e do seu governo com a sociedade.
Como vimos, a governabilidade é uma capacidade política de governar derivada da relação de legiti-
midade do Estado e do seu governo com a sociedade. Logo, há dependência do apoio popular, sim!
Errado.
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• A sobrecarga fiscal se refere à sobrecarga de problemas aos quais o Estado deve res-
ponder com a expansão de seus serviços e intervenção.
• O excesso de demandas se refere ao desequilíbrio entre as demandas da população e a
capacidade estatal em atendê-las.
• A crise de legitimidade que se origina quando a sociedade não aceita a legitimidade dos
atos administrativos e políticos do Estado, considerando o problema de acumulação,
distribuição e redistribuição de recursos, bens e serviços.
Ainda, segundo o modelo de governabilidade proposto por Ferreira Filho (2001)7, a crise
de governabilidade, em regra, abrange três crises que estão interligadas: crise de sobrecarga,
crise político-institucional ou agenciamento e crise democrático- representativa.
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com os interesses das pessoas que os elegeram. Soma-se a isso o fato de o processo
de escolha dos políticos ser feito por intermédio dos partidos políticos, que influenciam
na formação da opinião da população, resultando na escolha equivocada e aleatória de
desconhecidos ou aproveitadores.
2.3. Governança
2.3.1. Origem do Conceito de Governança
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EXEMPLO
Um governo pode possuir uma governabilidade (apoios políticos e da sociedade); ainda assim,
poderá governar mal se lhe faltar a capacidade de governança (capacidade técnica). Ou seja,
a governança pode se apresentar deficiente em condições satisfatórias de governabilidade.
Imagine você e sua família na plateia de uma apresentação da Orquestra Real do Concertge-
bouw (Holanda), uma das melhores sinfônicas do mundo. De repente, o maestro passa mal e
precisa ser conduzido ao hospital. Você, que naquela semana havia iniciado um curso básico
de violão, grita algo do tipo “deixa comigo!”, achando-se capaz de assumir o lugar do maes-
tro; sua família coloca-se em pé em manifesto de apoio total à sua decisão “maluca” e toda a
plateia, desconhecendo suas capacidades, também começa a apoiá-lo. Pergunta-se: mesmo
com o apoio total de sua família e da plateia, teria você condições de conduzir a sinfônica pelo
restante do espetáculo? Não!
Pois é, você possui apoio de sua família e da plateia (governabilidade), mas não tem condições
técnicas e prática necessária para conduzir a orquestra (governança).
GOVERNABILIDADE GOVERNANÇA
Capacidade que um determinado governo
Condições substantivas, sistêmicas,
tem para formular e implementar as suas
materiais e institucionais de exercício do
políticas – regulação de transações e
poder e de legitimidade do Estado.
operacionalização de soluções.
Capacidade técnica de gerir os recursos
Capacidade política de decidir e governar.
públicos.
Surgem e se desenvolvem as condições
Capacidade para agregar múltiplos
acordadas com a sociedade - capacidade
interesses da sociedade e apresentar-lhes
de representar os interesses da
um objetivo comum.
sociedade.
Definição de atuação do espaço público. Atuação no espaço público.8
8
Em relação ao espaço público de atuação, a definição desse espaço se refere ao conceito de governabilidade, enquanto a
atuação propriamente dita se vincula ao conceito de governança.
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GOVERNABILIDADE GOVERNANÇA
Envolve o sistema de intermediação de
interesses, as características do sistema Mecanismos formais e informais para
político, a forma de governo e as relações operacionalizar as políticas públicas.9
entre os Poderes.
Termo que possui como fonte ou Termo que possui como fonte ou
origem os cidadãos, além dos partidos origem os próprios agentes públicos ou
políticos, as associações e demais grupos servidores do Estado que possibilitam a
representativos da sociedade. implementação das políticas públicas.
Relaciona-se com processo. Relaciona-se com estrutura.
Conceito mais simples e restrito. Conceito mais complexo e amplo.
Falar em princípios da governança pública não envolve uma lista exaustiva, mas uma lista
exemplificativa. Resoluções de questões de provas devem considerar a análise das características
do próprio conceito de governança. Ainda assim, vamos analisar alguns postulados doutrinários.
Por exemplo, conforme sugerido pelo Banco Mundial, atualmente, podemos considerar
como princípios da boa governança: a legitimidade, a equidade, a responsabilidade, a eficiência,
a probidade, a transparência e a accountability.
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Para o autor Matias-Pereira (2008)10, a governança pública está apoiada em quatro princípios:
10
MATIAS-PEREIRA, J. Administração pública comparada: uma avaliação das reformas administrativas do Brasil, EUA e União
Europeia. Revista de Administração Pública, vol. 42, n. 1, 2008.
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11
GOES, H. S. de O.; DAMASCENO, J. C. dos S. Governo eletrônico: uma proposta de cidadania, democracia e inclusão na “era
digital”. Belém: Adcontar, 2004.
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• Governo para Governo (G2G - Government to Government), que envolve o próprio go-
verno, na sua relação horizontal com seus próprios órgãos (Ministérios, Secretarias, De-
partamentos, etc.) e na sua relação vertical entre governo de esferas diferentes (União,
Estados, DF e Municípios).
• Governo para Empresas (G2B - Government to Business), que corresponde à relação
que o governo tem com as empresas, de que são exemplos a aquisição de bens e servi-
ços junto ao setor produtivo, via meios eletrônicos, os chamados pregões eletrônicos; e
• Governo para Cidadão (G2C - Government to Citizen), que diz respeito às ações que o
governo realiza no sentido de colocar à disposição, por meio eletrônico, ao cidadão, ser-
viços e informações pertinentes à esfera pública.
3.2. Diretrizes
De acordo com o Portal do Governo Eletrônico, no Brasil, a política de e-gov na esfera fe-
deral segue um conjunto de diretrizes que atuam em 3 (três) frentes ou eixos fundamentais:
• Cidadão: o Cidadão - ator principal de todas as ações - poderá conhecer instrumentos e
políticas de governo eletrônico para melhorar a relação e o diálogo com o cidadão, para
a eliminação de barreiras na Web, o aumento da transparência, o controle social das
ações e a promoção da cidadania - participação cidadã.
• Governo: o Governo Federal disponibiliza aos órgãos ferramentas e iniciativas para o
desenvolvimento de sistemas e informações aliadas à padronização, integração e in-
teroperabilidade, com o objetivo de democratizar o acesso à informação nos sites e
portais governamentais, reduzir custos e melhorar a qualidade dos serviços prestados à
sociedade - gerenciamento interno do Estado.
• Parceiros e fornecedores: na relação com parceiros e fornecedores, o Governo Federal
tem um papel de destaque nesse processo, garantindo políticas, padrões e iniciativas
que integrem as ações dos vários níveis de governo e dos três Poderes, sempre pen-
sando na melhoria da prestação de serviço e no compartilhamento de recursos entre
órgãos públicos, relacionados ao desenvolvimento e disponibilidade de soluções, com-
partilhamento de equipamentos, desenvolvimento colaborativo de ambientes virtuais e
recursos humanos - integração.
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O deslocamento não é somente semântico. Significa que o governo eletrônico tem como
referência os direitos coletivos e uma visão de cidadania que não se restringe à somatória dos
direitos dos indivíduos. Assim, forçosamente, incorpora a promoção da participação e do con-
trole social e a indissociabilidade entre a prestação de serviços e sua afirmação como direito
dos indivíduos e da sociedade.
Essa visão, evidentemente, não abandona a preocupação em atender as necessidades e
demandas dos cidadãos individualmente, mas a vincula aos princípios da universalidade, da
igualdade perante a lei e da equidade na oferta de serviços e informações.
2 - A Inclusão Digital é indissociável do Governo Eletrônico
Infelizmente, no Brasil, o governo eletrônico não atinge a todas as camadas sociais. O
e-gov, portanto, vincula-se à necessidade da inclusão digital, para que o cidadão exerça a sua
participação política efetiva na sociedade do conhecimento.
A Inclusão digital deve ser tratada como um elemento constituinte da política de governo
eletrônico, para que essa possa configurar-se como política universal. Essa visão funda-se
no entendimento da inclusão digital como direito de cidadania e, portanto, objeto de políticas
públicas para sua promoção.
Entretanto, a articulação à política de governo eletrônico não pode levar a uma visão instru-
mental da inclusão digital. Essa deve ser vista como estratégia para construção e afirmação
de novos direitos e consolidação de outros pela facilitação de acesso a eles. Não se trata,
portanto, de contar com iniciativas de inclusão digital somente como recurso para ampliar a
base de usuários (e, portanto, justificar os investimentos em governo eletrônico), nem reduzida
a elemento de aumento da empregabilidade de indivíduos ou de formação de consumidores
para novos tipos ou canais de distribuição de bens e serviços.
Além disso, enquanto a inclusão digital concentra-se apenas em indivíduos, ela cria benefí-
cios individuais, mas não transforma as práticas políticas. Não é possível falar de práticas po-
líticas sem que se fale também da utilização da tecnologia da informação pelas organizações
da sociedade civil em suas interações com os governos, o que evidencia o papel relevante da
transformação dessas mesmas organizações pelo uso de recursos tecnológicos.
3 - O Software Livre é um recurso estratégico para a implementação do Governo Eletrônico
O software livre deve ser entendido como opção tecnológica do governo federal. Sempre
que possível, deve ser promovida sua utilização. Para tanto, deve-se priorizar soluções, progra-
mas e serviços baseados em software livre que promovam a otimização de recursos e investi-
mentos em tecnologia da informação.
Entretanto, a opção pelo software livre não pode ser entendida somente como motivada
por aspectos econômicos, mas pelas possibilidades que abre no campo da produção e circu-
lação de conhecimento, no acesso a novas tecnologias e no estímulo ao desenvolvimento de
software em ambientes colaborativos e ao desenvolvimento de software nacional.
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A escolha do software livre, como opção prioritária onde cabível, encontra suporte também
na preocupação em garantir ao cidadão o direito de acesso aos serviços públicos sem obrigá-lo
a usar plataformas específicas.
4 - A gestão do conhecimento é um instrumento estratégico de articulação e gestão das
políticas públicas do Governo Eletrônico
A Gestão do Conhecimento é compreendida, no âmbito das políticas de governo eletrônico,
como um conjunto de processos sistematizados, articulados e intencionais, capazes de asse-
gurar a habilidade de criar, coletar, organizar, transferir e compartilhar conhecimentos estraté-
gicos que podem servir para a tomada de decisões, para a gestão de políticas públicas e para
inclusão do cidadão como produtor de conhecimento coletivo.
5 - O Governo Eletrônico deve racionalizar o uso de recursos
O governo eletrônico não deve significar aumento dos dispêndios do governo federal na
prestação de serviços e em tecnologia da informação. Ainda que seus benefícios não possam
ficar restritos a esse aspecto, é inegável que deve produzir redução de custos unitários e racio-
nalização do uso de recursos.
Grande parte das iniciativas de governo eletrônico pode ser realizada através do compar-
tilhamento de recursos entre órgãos públicos. Esse compartilhamento pode se dar tanto no
desenvolvimento quanto na operação de soluções, inclusive através do compartilhamento de
equipamentos e recursos humanos. Deve merecer destaque especial o desenvolvimento com-
partilhado em ambiente colaborativo, envolvendo múltiplas organizações.
6 - O Governo Eletrônico deve contar com um arcabouço integrado de políticas, sistemas,
padrões e normas
O sucesso da política de governo eletrônico depende da definição e publicação de políticas,
padrões, normas e métodos para sustentar as ações de implantação e operação do Governo
Eletrônico que cubram uma série de fatores críticos para o sucesso das iniciativas.
7 - Integração das ações de Governo Eletrônico com outros níveis de governo e ou-
tros poderes
A implantação do governo eletrônico não pode ser vista como um conjunto de iniciativas
de diferentes atores governamentais que podem manter-se isoladas entre si. Pela própria natu-
reza do governo eletrônico, esse não pode prescindir da integração de ações e de informações.
A natureza federativa do Estado brasileiro e a divisão dos Poderes não podem significar
obstáculos para a integração das ações de governo eletrônico. Cabe ao Governo Federal um
papel de destaque nesse processo, garantindo um conjunto de políticas, padrões e iniciativas
que garantam a integração das ações dos vários níveis de governo e dos três Poderes.
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12
KOONTZ, H. Princípios de administração. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1964.
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Eficiência não é simplesmente reduzir custos, mas sim a melhor relação entre esses cus-
tos e o que se quer produzir. Por exemplo, determinada organização que resolva efetuar cortes
com pessoal poderá perder sua eficiência.
As bancas e os teóricos, com frequência, costumam enfatizar a grande celeuma entre os
termos “eficiência” e “eficácia”.
Vejamos um exemplo que pode ajudar na relação e identificação desses conceitos:
João e Maria são vendedores externos e, individualmente, alcançaram as metas de vendas
determinada para certo período. No entanto, Maria gastou 30% menos combustível.
Resultado: ambos foram eficazes (atingiram o resultado esperado, independentemente
dos custos envolvidos), mas Maria foi mais eficiente (considerando os custos envolvidos).
Ainda, outro exemplo prático de aplicação dos conceitos de eficiência e eficácia:
Foi constatado um vazamento de água no escritório da diretoria. O primeiro funcionário, ime-
diatamente correu atrás de um pano, de um balde e de um rodo para retirar toda a água do am-
biente. Um segundo funcionário observou toda a sala para encontrar a origem do vazamento.
Concluiu que vinha exclusivamente do banheiro instalado dentro da sala. Lá dentro percebeu que
a torneira estava aberta e simplesmente a fechou, eliminando todo o problema de vazamento.
Nesse caso, temos que o primeiro funcionário foi eficiente, ou seja, FEZ CERTO A COISA
(fez certo em retirar a água ocasionada pelo vazamento); já o segundo funcionário foi eficaz,
ou seja, FEZ A COISA CERTA (fez a coisa certa em estancar o problema na sua origem).
Daft (2003)13 diz que a eficiência é um conceito mais limitado do que eficácia, porque diz
respeito aos trabalhos internos de uma organização. Assim, administrar uma organização de
forma eficiente é saber identificar e lidar com os diversos tipos de recursos e dimensioná‐los
para o atendimento de suas necessidades. Segundo Chiavenato (2010)14, os recursos organi-
zacionais podem ser classificados em cinco grupos:
• Recursos físicos ou materiais: são os recursos necessários da organização, seja prestar
serviços especializados, seja produzir bens ou produtos.
• Recursos financeiros: refere-se ao dinheiro sob a forma de capital, fluxo de caixa (entra-
das e saídas), empréstimos, financiamentos, crédito etc.
• Recursos humanos: são as pessoas que ingressam, permanecem e participam da orga-
nização, qualquer que seja o nível hierárquico ou sua tarefa.
• Recursos mercadológicos: constituem os meios através dos quais a organização locali-
za, entra em contato e influencia os seus clientes e usuários.
13
DAFT, R. L. Organizações: teoria e projetos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
14
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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Já a eficácia, segundo o autor, “é o grau em que a organização realiza seus objetivos. Eficá-
cia é um conceito abrangente. Ele implicitamente leva em consideração um leque de variáveis
tanto do nível organizacional como do departamental. A eficácia avalia a extensão em que os
múltiplos objetivos – oficiais ou operativos – foram alcançados”.
Nesse rumo, podemos relacionar três abordagens contingenciais do termo eficácia:
• A abordagem de metas visa identificar as metas de resultados a que uma organização
se propõe e avalia o quanto ela está sendo alcançada.
• A abordagem baseada em recursos considera que o sucesso da organização deve ser
avaliado pela forma de obtenção e gerenciamento dos recursos materiais, financeiros,
humanos, de conhecimento e tecnologia disponíveis.
• A abordagem do processo interno tem como medida o índice de saúde e de eficácia
interna da organização.
Vejamos alguns outros exemplos interessantes citados por Chiavenato (1994)15, que esta-
belecem algumas relações entre os conceitos de eficiência e eficácia:
• Eficiência é ir à igreja, enquanto eficácia é praticar os valores religiosos;
• Eficiência é orar, enquanto eficácia é ganhar o céu;
• Eficiência é jogar futebol com arte, enquanto eficácia é ganhar o jogo.
O autor Peter Ferdinand Drucker, considerado o pai da administração moderna, afirmou que
não existe coisa mais inútil do que fazer com grande eficiência as coisas que não precisam ser fei-
tas. Isso porque eficiência é fazer as coisas bem, enquanto eficácia é fazer as coisas certas. Logo,
a confusão entre esses conceitos resulta em fazer bem coisas que não precisariam ser feitas.
Para você não errar mais nenhuma questão sobre o tema, vejamos um quadro comparativo
entre os três conceitos:
15
CHIAVENATO, I. Recursos humanos na Empresa: pessoas, organizações e sistemas. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1994.
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Por fim, vale destacar, ainda, alguns conceitos e exemplos práticos apresentados no Guia
Referencial para Medição de Desempenho na Administração Pública:
• Eficiência é a relação entre os produtos/serviços gerados com os insumos utilizados,
relacionando o que foi entregue e o que foi consumido de recursos, usualmente sob a
forma de custos ou produtividade. Por exemplo: uma campanha de vacinação é mais
eficiente quanto menor for o custo, ou seja, quanto menor for o custo da campanha,
mantendo-se os objetivos propostos.
• Eficácia é a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao usuário (be-
neficiário direto dos produtos e serviços da organização). Por exemplo, se, na mesma
campanha citada, a meta de vacinação é imunizar 100.000 crianças e este número foi
alcançado ou superado, a campanha foi eficaz.
• Efetividade são os impactos gerados pelos produtos, serviços, processos ou projetos. A
efetividade está vinculada ao grau de satisfação ou ainda ao valor agregado, a transfor-
mação produzida no contexto em geral. Por exemplo, se uma campanha de vacinação
realmente imunizar e diminuiu a incidência de determinada doença entre as crianças, a
campanha foi efetiva.
• Economicidade está alinhada ao conceito de obtenção e uso de recursos com o menor
ônus possível, dentro dos requisitos e da quantidade exigida, gerindo adequadamente
os recursos financeiros e físicos.
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Eficiência é fazer certo, com utilização racional dos insumos na produção tanto de bens como
na prestação de serviços. Logo, com base nessas informações, a empresa em questão deve
ser considerada eficiente, e não eficaz.
Errado.
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16
DIAS, H. Comunicação Integrada e Organizações Públicas Federais. São Bernardo do Campo: Umesp, 2005.
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17
NOHRIA, N. ls a network perspective a useful way of studying organizations? In: Nohria, Nitin & Eccles, Robert G. (ed.).
Networks and organizations: structure, fonn, and action. Boston, Harvard Business School Press, 1992.
18
LIPNACK, J; STAMPS, J. The age of network: organizing principles for the 21st Century. New York: J. Wiley, 1994.
19
MATTELART, A.; MATTELART, M. Histórias das Teorias da Comunicação. São Paulo: Loyola, 2004.
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20
PALUDO, A. V. Administração pública. 5.ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016.
21
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
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Fica fácil inferir que a opção por esse tipo de gestão requer abrir mão de questões sobre
poder. No caso da Administração Pública, a escolha dessa relação envolve um caráter mais
político, uma atuação mais cooperativa.
Surge daí o conceito de Estado-rede. Segundo Manuel Castells (1999)22, o Estado-rede
combina vários princípios de atuação administrativa:
• subsidiariedade - o Estado deve ser substituído pela sociedade em tudo o que não seja
essencial;
• adoção de tecnologias - modernizar a gestão pública mediante investimentos em equi-
pamentos, softwares e treinamento de pessoal;
• transparência - tornar públicas as ações/decisões como medida para combater a corrupção
e o nepotismo (atuação conjunta dos órgãos de controle e da sociedade);
• participação dos cidadãos - fomento à participação dos cidadãos com vistas ao forta-
lecimento da democracia, aumento da legitimação dos governos e formação de novos
canais de comunicação;
• novos agentes da administração - capacitar os servidores públicos e remunerá-los
melhor do que a iniciativa privada, a fim de atrair os melhores profissionais;
• flexibilidade - estrutura administrativa flexível para adaptação às constantes e diversas
mutações nacionais e globais;
• coordenação - estabelecer meios de cooperação entre as instituições públicas e os
demais atores;
• aprendizado - aprender com os erros constatados, e utilizá-los para aperfeiçoar a gestão.
22
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
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Despacho é uma decisão proferida pela autoridade administrativa no caso submetido à sua
apreciação, podendo ser favorável ou desfavorável à pretensão solicitada pelo administrado,
funcionário ou não.
Parecer é um juízo técnico sobre questão jurídica ou administrativa, emitido em processo por
jurista, órgão do ministério público, ou funcionário especializado.
Circular é um meio de correspondência - carta, ofício, memorando ou manifesto - dirigido, ao
mesmo tempo, a várias pessoas, entidades ou instituições.
Certo.
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RESUMO
• Accountability: capacidade de se prestar contas, de se fazer transparente.
− Dimensões
◦ Informação (transparência) destaca a obrigação dos administradores de prestar
contas de sua atuação aos administrados.
◦ Justificação (responsividade) é a obrigação legal de responder a questionamen-
tos e pedidos de informações, com responsabilização pelos próprios atos.
◦ Punição (sanção e coerção) é a capacidade legal e institucional de o agente que
exige as informações e contas de outro agente fazer valer essa exigência, tornan-
do-a obrigatória, por meio de sanções e incentivos.
− Accountability vertical corresponde aos mecanismos institucionais que possibilitam
ao cidadão e à sociedade civil exigir a prestação de contas dos agentes públicos.
− Accountability horizontal pressupõe órgãos próprios de Estado, detentores de poder
e capacidade, legal e de fato, para realizar ações, tanto de monitoramento de rotina
quanto de imposição de sanções criminais ou de impeachment, em relação a ações
ou omissões ilegais exercidas por outros órgãos ou agentes do Estado.
− Accountability societal pressupõe a existência de liberdade de expressão para denun-
ciar os erros e falhas dos governos e gestores públicos.
GOVERNABILIDADE GOVERNANÇA
Condições substantivas, sistêmicas, Capacidade que um determinado governo tem para
materiais e institucionais de exercício do formular e implementar as suas políticas – regulação
poder e de legitimidade do Estado. de transações e operacionalização de soluções.
Capacidade política de decidir e governar. Capacidade técnica de gerir os recursos públicos.
Capacidade para agregar múltiplos Surgem e se desenvolvem as condições acordadas
interesses da sociedade e apresentar-lhes com a sociedade - capacidade de representar os
um objetivo comum. interesses da sociedade.
Definição de atuação do espaço público. Atuação no espaço público.23
Envolve o sistema de intermediação de
interesses, as características do sistema Mecanismos formais e informais para
político, a forma de governo e as relações operacionalizar as políticas públicas.24
entre os Poderes.
23
Em relação ao espaço público de atuação, a definição desse espaço se refere ao conceito de governabilidade, enquanto a
atuação propriamente dita se vincula ao conceito de governança.
24
Os mecanismos formais abrangem as próprias instituições governamentais; já os mecanismos informais, de caráter não
governamental, como associações e organizações, impõem uma conduta determinada dentro da sua área de atuação,
satisfazendo as necessidades e demandas da sociedade.
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GOVERNABILIDADE GOVERNANÇA
Termo que possui como fonte ou Termo que possui como fonte ou origem os
origem os cidadãos, além dos partidos próprios agentes públicos ou servidores do Estado
políticos, as associações e demais grupos que possibilitam a implementação das políticas
representativos da sociedade. públicas.
Relaciona-se com processo. Relaciona-se com estrutura.
Conceito mais simples e restrito. Conceito mais complexo e amplo.
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• Governo Eletrônico
− Conceito: programa governamental direcionado à disponibilização de informações e
serviços à sociedade por meio de novos canais de relacionamento entre governo e
cidadãos, utilizando-se, para isso, de recursos de TIC.
− Atores institucionais:
◦ Governo para Governo (G2G - Government to Government), que envolve o próprio
governo, na sua relação horizontal com seus próprios órgãos (Ministérios, Secre-
tarias, Departamentos etc.) e na sua relação vertical entre governo de esferas dife-
rentes (União, Estados, DF e Municípios)
◦ Governo para Empresas (G2B - Government to Business), que corresponde à re-
lação que o governo tem com as empresas, de que são exemplos a aquisição de
bens e serviços junto ao setor produtivo, via meios eletrônicos, os chamados pre-
gões eletrônicos; e
◦ Governo para Cidadão (G2C - Government to Citizen), que diz respeito às ações
que o governo realiza no sentido de colocar à disposição, por meio eletrônico, ao
cidadão, serviços e informações pertinentes à esfera pública.
− Diretrizes:
◦ Cidadão: o Cidadão - ator principal de todas as ações - poderá conhecer instru-
mentos e políticas de governo eletrônico para melhorar a relação e o diálogo com
o cidadão, para a eliminação de barreiras na Web, o aumento da transparência, o
controle social das ações e a promoção da cidadania - participação cidadã.
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MAPAS MENTAIS
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QUESTÕES DE CONCURSO
011. (INSTITUTO AOCP/FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS I/PREF CARIACICA/FISCALI-
ZAÇÃO TRIBUTÁRIA/2020) A accountability na administração pública significa a responsabi-
lização dos agentes públicos e dos governantes por seus atos. Assinale a alternativa que apre-
senta as dimensões da accountability no campo da formulação, implementação e avaliação
das políticas públicas.
a) Capacidade de resposta e deliberação.
b) Planejamento, avaliação e controle.
c) Informação, justificação e punição.
d) Transparência e governança.
( ) A accountability tem ligação estreita com a democracia, pois não há como se exigir
prestação de contas e nem responsabilização, em regimes ditatoriais.
( ) Promover transparência, responsabilidade e prestação de contas é uma prática da ac-
countability.
( ) A Constituição Federal de 1988 não promoveu a participação social na gestão pública.
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c) gestão.
d) compliance.
e) accountability.
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a) governança pública.
b) governabilidade.
c) spoil system.
d) accountability.
e) responsividade.
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c) Controle.
d) Prestação de contas.
e) Corregedoria.
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d) poder formal, outorgado com base na legislação e poder efetivo, decorrente da legitimidade
junto à sociedade.
e) sistema de freios e contrapesos entre os diferentes Poderes e gestão por resultados.
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para emissão de Notas Fiscais, funcionamento de hardwares como o Certificado Digital e seus
requisitos para instalação e segurança, vendas por meio de SAT fiscal, entre outros?
a) Concorrência.
b) Mudanças fiscais.
c) Novas tecnologias.
d) Adaptação ao mercado competitivo.
e) Mudanças no comportamento do consumidor.
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a) Oratória.
b) Transparência.
c) Relações éticas.
d) Prestação responsável de contas.
e) Conformidade em todas as suas dimensões.
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c) Integridade.
d) Transparência.
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Partindo desses objetivos fundamentais, pode-se deduzir que tais diretrizes abrangem, EXCETO:
a) Priorização do uso de softwares livres.
b) Prescindibilidade de políticas de inclusão digital.
c) Integrabilidade de dados, programas e sistemas.
d) Acessibilidade e usabilidade dos sítios eletrônicos.
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GABARITO
1. b 37. c 73. b
2. d 38. C 74. e
3. E 39. E 75. b
4. E 40. E 76. b
5. E 41. E 77. b
6. b 42. C
7. b 43. E
8. E 44. C
9. C 45. E
10. C 46. E
11. c 47. C
12. C 48. C
13. b 49. C
14. e 50. C
15. c 51. C
16. a 52. E
17. c 53. C
18. a 54. a
19. a 55. c
20. a 56. b
21. a 57. C
22. d 58. C
23. b 59. E
24. e 60. C
25. a 61. c
26. a 62. c
27. a 63. d
28. a 64. d
29. a 65. a
30. d 66. a
31. a 67. a
32. a 68. e
33. a 69. d
34. b 70. c
35. d 71. d
36. b 72. b
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GABARITO COMENTADO
011. (INSTITUTO AOCP/FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS I/PREF CARIACICA/FISCA-
LIZAÇÃO TRIBUTÁRIA/2020) A accountability na administração pública significa a respon-
sabilização dos agentes públicos e dos governantes por seus atos. Assinale a alternativa
que apresenta as dimensões da accountability no campo da formulação, implementação e
avaliação das políticas públicas.
a) Capacidade de resposta e deliberação.
b) Planejamento, avaliação e controle.
c) Informação, justificação e punição.
d) Transparência e governança.
A accountability pode ser entendida como uma maior responsabilidade objetiva dos agen-
tes, ou seja, um maior compromisso de um indivíduo (ou organização) diante dos outros
interessados (a sociedade).
Certo.
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( ) A accountability tem ligação estreita com a democracia, pois não há como se exigir
prestação de contas e nem responsabilização, em regimes ditatoriais.
( ) Promover transparência, responsabilidade e prestação de contas é uma prática da ac-
countability.
( ) A Constituição Federal de 1988 não promoveu a participação social na gestão pública.
Anna Maria Campos destaca, ainda, que accountability tem ligação estreita com a democracia, pois
não há como se exigir prestação de contas, nem responsabilização, em regimes ditatoriais.
É sabido que a Constituição Federal de 1988 deu grande amplitude à participação social na gestão
pública. Em seu artigo 37, caput, instituiu os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência. Mas não foi só. Esta Carta Constitucional introduziu os conselhos munici-
pais, o orçamento participativo, o plebiscito, a ação popular e ainda fortaleceu o Ministério Público
e os Tribunais de Contas.
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a) management.
b) Ishikawa.
c) gestão.
d) compliance.
e) accountability.
Ex.: “freios e
Ex.: plebiscito, Ex.: associações,
contrapesos” e
referendo, voto, movimentos e
órgãos
ação popular mídia
controladores
Letra c.
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Mais uma questão que podemos resolver com o nosso esquema em mente:
Ex.: “freios e
Ex.: plebiscito, Ex.: associações,
contrapesos” e
referendo, voto, movimentos e
órgãos
ação popular mídia
controladores
Letra a.
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c) controle interno;
d) ação popular;
e) tutela universal.
Mais uma vez, a accountability é um termo em inglês com um significado muito direto na cultu-
ra norte-americana - prestação de contas, praticada nos diversos níveis de hierarquia, relacio-
nado ao profissionalismo e competência profissional.
Entendendo os demais conceitos da questão:
a) Errada. A governança é a maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recur-
sos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvimento.
b) Errada. A governabilidade é a capacidade de o Estado se relacionar entre os seus Poderes e
com a sociedade, considerando a legitimidade para governar.
c) Errada. A política fiscal é conceito da Economia relacionado à Política Monetária, relaciona-
do à adequação dos gastos públicos com foco no desenvolvimento responsável do país.
Letra d.
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PALUDO, A. V. Administração pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
27
KISSLER, L. Governança pública: novo modelo regulatório para as relações entre Estado, mercado e sociedade. Revista da
Administração Pública. Rio de Janeiro 40(3):479-99, Maio/Jun. 2006.
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OSBORNE, S. P. The (new) public governance: a suitable case for treatment? In: OSBORNE, Stephen P. (Ed.). The new public
governance: emerging perspectives on the theory and practice of public governance. Abingdon: Routledge, 2010.
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Vimos que, segundo o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, os princípios
básicos de governança corporativa devem permear, em maior ou menor grau, todas as práticas
da organização, e sua adequada adoção resulta em um clima de confiança tanto internamente
quanto nas relações com terceiros. São eles:
Transparência (disclosure): consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas
as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de
leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contem-
plando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que
conduzem à preservação e à otimização do valor da organização.
Equidade (fairness): caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e
demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres,
necessidades, interesses e expectativas.
Prestação de contas (accountability): os agentes de governança devem prestar contas de sua
atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as
consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âm-
bito dos seus papéis.
Responsabilidade corporativa (compliance): os agentes de governança devem zelar pela via-
bilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas de seus
negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo
de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, am-
biental, reputacional etc.) no curto, médio e longo prazos.
Vamos à análise das alternativas:
a) Certa. Vai ao encontro dos princípios elencados.
b) Errada. O treinamento precisa ser constante e contínuo.
c) Errada. Perceba que o controle fica cada vez mais acentuado.
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d) Errada. Novamente, é preciso ficar claro que o controle está cada vez maior, bem como a
disponibilização de dados por parte dos governantes e gestores.
e) Errada. Em regra, todos os dados serão públicos ao público em geral.
Letra a.
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas,
monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administra-
ção, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. As boas práticas de
governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando inte-
resses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização,
facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua
longevidade e o bem comum.
Voltando ao enunciado, esse afirma o seguinte: “…um conceito que requer maior comprometimen-
to de todos – direção e funcionários – entre si e para com os resultados esperados pela empresa.“
Refere-se, portanto, ao conceito de governança corporativa.
As demais alternativas não correspondem ao que foi solicitado:
b) Errada. Visão empreendedora. Característica de quem tem visão de mercado, do negócio,
enxerga antecipadamente as oportunidades, tem noções de gestão e capacidade de liderança.
c) Errada. Administração virtual. Refere-se à administração baseada no uso de tecnologia da
informação, possibilitando a transmissão de dados em tempo real e novas formas de presta-
ção de serviço.
d) Errada. Gestão participativa. É um modelo atual de gestão que enfatiza a participação das
pessoas em todo o processo. Os resultados são compartilhados, há uma maior flexibilidade,
mas também crescem os níveis de responsabilidade.
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e) Errada. Autogestão. Modelo de gestão em que todos participam diretamente das decisões
administrativas em igualdade de condições.
Letra a.
O Guia da política de governança pública do Governo Federal (2018)29 traz uma série de concei-
tos sobre os princípios e diretrizes de governança. Vejamos um trecho:
Nesse sentido, a primeira função pretendida para os princípios e diretrizes de governança é servir
como um elemento de conexão entre esses princípios constitucionais e a atuação do agente público.
Dessa forma, pretende-se que este tenha preceitos mais práticos para que sua atuação se mantenha
centrada no cidadão e no cumprimento cada vez mais fiel de sua missão pública. (grifos nossos)
As demais alternativas estão incorretas:
b) Errada. Não há esse conceito no guia da política de governança pública do Governo Federal
e também não faz sentido essa relação de “mandatório” do agente público.
c) Errada. Os princípios e diretrizes de governança servem como um elemento de conexão en-
tre os princípios constitucionais e a atuação do agente público, e não somente como elemento
de representação do cidadão.
d) Errada. Os princípios e diretrizes de governança não visam a preservação de manda-
tos eletivos.
e) Errada. Está centrado no atendimento do cidadão, e não dos grupos dominantes.
Letra a.
29
Guia da política de governança pública. Casa Civil da Presidência da República. Brasília: Casa Civil da Presidência da Repú-
blica, 2018.
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Governança é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monito-
radas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração,
diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.
Governabilidade refere-se às próprias condições substantivas e materiais de exercício do po-
der e de legitimidade do Estado e do seu governo derivadas da sua postura diante da socieda-
de civil e do mercado.
Accountability refere-se ao dever de prestar contas do cumprimento de atividades a um orga-
nismo de controle, parlamento ou sociedade.
Em suma, temos:
• Governabilidade: legitimidade.
• Governança: implementação de políticas públicas.
• Accountability: prestar contas.
Logo, está correto o que consta APENAS em I e II.
Letra a.
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a) Supervisão.
b) Administração.
c) Controle.
d) Prestação de contas.
e) Corregedoria.
I – Errada. Os termos não são sinônimos. A legitimidade política diz respeito à governabilidade,
e não à governança.
II – Certa. Eficiência é o uso racional e econômico dos insumos na produção de bens e serviços.
III – Certa. Efetividade é o impacto final das ações, ou seja, o grau de satisfação das necessi-
dades e dos desejos da sociedade pelos serviços prestados pela instituição.
Letra a.
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venção deles em seus diversos momentos de construção. Neste modelo, os principais atores
são: “alta cúpula do governo”, “alta cúpula local” e “equipe técnica”. A “alta cúpula local” possui
forte intensidade de relação nas etapas de
a) concepção de projetos e avaliação e controle.
b) elaboração de políticas e avaliação e controle.
c) concepção de projetos e implantação de projetos.
d) implantação de projetos e operação de projetos.
e) elaboração de políticas e implantação de projetos.
ETAPAS DO PROCESSO
ATORES Operação e
Elaboração Concepção Implantação Avaliação e
manutenção
de políticas de projetos de projetos controle
de projetos
Alta cúpula de
Forte Média Fraca Fraca Forte
governo
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Alta
Média Forte Média Fraca Forte
cúpula local
Equipe técnica Fraca Média Forte Forte Média
Assim, a “alta cúpula local” possui forte intensidade de relação nas etapas de concepção de
projetos e avaliação e controle.
Letra a.
Sobre o conceito de governança, é a capacidade que um determinado governo tem para formu-
lar e implementar as suas políticas – regulação de transações e operacionalização de soluções.
Sobre o conceito de accountability, refere-se à capacidade de se prestar contas, de se fazer
transparente.
Letra a.
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d) II.
e) I.
I – Certa. Pela accountability, os agentes de governança devem prestar contas de sua atuação de
modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências
de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.
II – Certa. A governança é a capacidade que um determinado governo tem para formular e im-
plementar as suas políticas – regulação de transações e operacionalização de soluções.
III – Errada, inexistindo essa relação proposta.
Letra b.
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O termo accountability refere-se à obrigação que o governante tem de prestar contas dos seus
atos com transparência suficiente para que a sociedade possa avaliar a sua gestão e, em razão
disso, ratificá-la ou refutá-la.
Letra c.
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A accountability que ocorre entre os diversos níveis de poder e sujeita à possibilidade de con-
trole mútuo é a horizontal, e não a vertical!
A accountability horizontal ocorre por meio da mútua fiscalização e controle existente entre
os Poderes do Estado (os freios e contrapesos) ou entre os órgãos, por meio dos Tribunais de
Contas ou Controladorias Gerais e agências fiscalizadoras.
Errado.
30
ABRUCIO, F. L.; LOUREIRO, M. R. Finanças públicas, democracia e accountability. In: ARVATE, Paulo Roberto; BIDERMAN,
Ciro. Economia do Setor Público no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2004.
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Pelo contexto apresentado no PDRAE, temos a governança pública como uma consequência
do movimento da Administração Pública Gerencial, com uma visão de mudança do papel do
Estado (menos hierárquico e menos monopolista) na solução de problemas públicos. Logo, o
conceito é introduzido no Brasil por meio da reforma gerencial de 1995.
Errado.
Mais uma questão extraída do Referencial Básico de Governança do TCU, aplicável a órgãos e
entidades da Administração Pública.
A origem da governança está associada ao momento em que organizações deixaram de ser ge-
ridas diretamente por seus proprietários (p. ex. donos do capital) e passaram à administração de
terceiros, a quem foi delegada autoridade e poder para administrar recursos pertencentes àqueles.
Em muitos casos há divergência de interesses entre proprietários e administradores, o que, em
decorrência do desequilíbrio de informação, poder e autoridade, leva a um potencial conflito
de interesse entre eles, na medida em que ambos tentam maximizar seus próprios benefícios.
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Assim, para melhorar o desempenho organizacional, reduzir conflitos (e não maximizar), ali-
nhar ações e trazer mais segurança para proprietários, foram realizados estudos e desenvolvi-
das múltiplas estruturas de governança.
Errado.
Conforme sugerido pelo Banco Mundial, atualmente, podemos considerar como princípio da
boa governança, dentre outros, a responsabilidade., que respeito ao zelo que os agentes de
governança devem ter pela sustentabilidade das organizações, visando sua longevidade, incor-
porando considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações.
Certo.
31
PALUDO, A. V. Administração Pública. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
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Arranjos institucionais são regras estabelecidas que direcionam transações políticas e eco-
nômicas entre os agentes, o que influenciará a governança em política pública, por meio da
estrutura organizacional, dos mecanismos de gestão, princípios e normas.
Certo.
32
MATIAS-PEREIRA, J. Administração pública comparada: uma avaliação das reformas administrativas do Brasil, EUA e União
Europeia. Revista de Administração Pública, vol. 42, n. 1, 2008.
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Conflito de agência ocorre quando o gestor (agente, nesse caso os servidores públicos) visa
ao atendimento do próprio interesse, ou do interesse estrito da administração, deixando de
observar as necessidades dos cidadão (principal).
A governança pública evita conflitos de agência entre cidadãos e servidores públicos, por meio de me-
canismos que visam à condução de políticas públicas e à efetiva prestação de serviços à sociedade.
Ainda, para isso, a governança pública se baseia em princípios de capacidade de resposta,
ética (integridade), confiabilidade, melhoria regulatória, prestação de contas, responsabilidade
social e transparência, dentre outros.
Certo.
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A melhoria regulatória é um dos princípios da governança pública brasileira, a qual reflete dire-
tamente na capacidade do governo propor e gerenciar políticas públicas, uma vez que o papel
e a responsabilidade dos agentes envolvidos restará melhor definido.
O Decreto 9.203/2017 dispõe sobre a política de governança da administração pública federal
direta, autárquica e fundacional, e prevê:
Entende-se como inclusão digital as pessoas com acesso a computadores e redes. Além dis-
so, a inclusão digital precisa considerar a acessibilidade à informação tecnológica por todos.
Por isso, incluir digitalmente está ligado à ideia de alfabetizar as pessoas no entendimento
acerca dos recursos tecnológicos.
b) Errada, governo eletrônico ou e-gov consiste no uso das tecnologias da informação — além
do conhecimento nos processos internos de governo.
c) Errada, sociedade da informação é um termo que surgiu no século XX, no momento em que
a tecnologia teve grandes avanços.
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Ainda que a resposta seja bem óbvia em relação ao enunciado, por incrível que pareça, a ques-
tão se baseia em um artigo da Internet, postado no site “administradores.com.br”33. Preste
atenção nos destaques:
Enumero então o que, na minha opinião, seriam os cinco maiores desafios da administração
nos tempos atuais:
1 - Mudanças fiscais: a velocidade para adaptação e os investimentos pertinentes, bem como,
a migração de parte da contabilidade para dentro das micro e pequenas empresas, são um
desafio constante. As exigências cada vez mais complexas exigirão um profissional cada vez
mais capacitado e com uma visão holística apurada, a sonegação nunca foi e nem nunca será
um esquema para gestão financeira, além de se configurar como crime. Administradores, Con-
tadores e outros profissionais pertinentes devem entender as mudanças e saber adaptar os
custos inerentes sem perder a competitividade, bem como, estar atento às leis ou ainda, ligar-se
a profissionais que possam dar o devido suporte como é o caso dos contadores capacitados.
2 – As novas tecnologias: cada vez mais estamos dependendo de tecnologias para a gestão
de nossos negócios, onde noções de TI (Tecnologia da Informação) se tornaram imprescin-
díveis para as empresas, pois como sempre digo, infeliz daquele que depende de terceiros
para gestão das suas rotinas. Ninguém prioriza você a não ser você. Noções de internet para
emissão de Notas Fiscais, funcionamento de hardwares como o Certificado Digital e seus re-
quisitos para instalação e segurança, vendas através de SAT fiscal, entre outros já fazem parte
33
https://administradores.com.br/artigos/desafios-da-administracao-de-empresas
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do dia a dia das empresas e requer conhecimento para a continuidade da sua utilização. Adeus
ao antigo tempo da frase “Ah, eu não gosto de computador...”.
3 – Adaptação ao mercado competitivo: participando da inauguração da ABPSERV – Associa-
ção dos Prestadores de Serviço de Ribeirão Preto, aprendi que o “futuro é grátis”. Isso mesmo.
As pessoas cada vez mais estão querendo “degustar” o seu produto ou serviço para depois, aí
sim, adquirir. Para que um aplicativo seja vendido hoje por exemplo, primeiro instalo no meu
celular e só depois adquiro as funções mais completas, mas entendi como funciona, ou melhor
ainda, me adaptei ao uso e agora vou adquirir a versão completa.
4 – Mudanças no comportamento do consumidor: Consumidores também mais informados e
exigentes fazem parte do dia a dia das micro e pequenas empresas, e estão dispostos a pagar
cada vez menos pelas coisas. Um exemplo disso é a Netflix, que começa a preocupar até a TV
aberta, imaginem as pagas...
5 – Concorrência: Por fim, mas não menos importante, nossos concorrentes. Na ABPSERVE
aprendi também que concorrente é quem corre junto, porém, não deixa de ser o seu “adversá-
rio”. Observar o concorrente é uma das primeiras estratégias da administração, porém, com a
enorme diversificação de produtos e serviços que nossos avós nem sonhavam que poderiam
existir estão aí e o concorrente pode vir de qualquer direção, isso mesmo, qualquer direção.
Aí fica difícil, né, AOCP!
Letra c.
Como vimos, o Decreto 9.203/2017, que dispõe sobre a política de governança da administra-
ção pública federal direta, autárquica e fundacional, prevê:
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VI – transparência.
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Art. 7º-A. O Comitê Interministerial de Governança - CIG tem por finalidade assessorar o Presidente
da República na condução da política de governança da administração pública federal. (Incluído pelo
Decreto n. 9.901, de 2019)
Certo.
Mais uma questão com base no Decreto n. 9.203/2017, mais especificamente em seu art. 5º,
que dispõe sobre os mecanismos para o exercício da governança pública (em destaques):
I – liderança, que compreende conjunto de práticas de natureza humana ou comportamental
exercida nos principais cargos das organizações, para assegurar a existência das condições
mínimas para o exercício da boa governança, quais sejam:
a) integridade;
b) competência;
c) responsabilidade; e
d) motivação;
II – estratégia, que compreende a definição de diretrizes, objetivos, planos e ações, além de crité-
rios de priorização e alinhamento entre organizações e partes interessadas, para que os serviços
e produtos de responsabilidade da organização alcancem o resultado pretendido; e
III – controle, que compreende processos estruturados para mitigar os possíveis riscos com
vistas ao alcance dos objetivos institucionais e para garantir a execução ordenada, ética, eco-
nômica, eficiente e eficaz das atividades da organização, com preservação da legalidade e da
economicidade no dispêndio de recursos públicos.
Certo.
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Pegadinha do malandro!
A prestação de contas e responsabilidade não são diretrizes, mas princípios!
Decreto n. 9.203/2017
Art. 3º São princípios da governança pública:
I – capacidade de resposta;
II – integridade;
III – confiabilidade;
IV – melhoria regulatória;
V – prestação de contas e responsabilidade; e
VI – transparência.
Art. 4º São diretrizes da governança pública:
I – direcionar ações para a busca de resultados para a sociedade, encontrando soluções tempesti-
vas e inovadoras para lidar com a limitação de recursos e com as mudanças de prioridades;
II – promover a simplificação administrativa, a modernização da gestão pública e a integração dos
serviços públicos, especialmente aqueles prestados por meio eletrônico;
III – monitorar o desempenho e avaliar a concepção, a implementação e os resultados das políticas
e das ações prioritárias para assegurar que as diretrizes estratégicas sejam observadas;
IV – articular instituições e coordenar processos para melhorar a integração entre os diferentes
níveis e esferas do setor público, com vistas a gerar, preservar e entregar valor público;
V – fazer incorporar padrões elevados de conduta pela alta administração para orientar o compor-
tamento dos agentes públicos, em consonância com as funções e as atribuições de seus órgãos e
de suas entidades;
VI – implementar controles internos fundamentados na gestão de risco, que privilegiará ações es-
tratégicas de prevenção antes de processos sancionadores;
VII – avaliar as propostas de criação, expansão ou aperfeiçoamento de políticas públicas e de con-
cessão de incentivos fiscais e aferir, sempre que possível, seus custos e benefícios;
VIII – manter processo decisório orientado pelas evidências, pela conformidade legal, pela qualida-
de regulatória, pela desburocratização e pelo apoio à participação da sociedade;
IX – editar e revisar atos normativos, pautando-se pelas boas práticas regulatórias e pela legitimi-
dade, estabilidade e coerência do ordenamento jurídico e realizando consultas públicas sempre
que conveniente;
X – definir formalmente as funções, as competências e as responsabilidades das estruturas e dos
arranjos institucionais; e
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XI – promover a comunicação aberta, voluntária e transparente das atividades e dos resultados da
organização, de maneira a fortalecer o acesso público à informação.
Errado.
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Ex.: “freios e
Ex.: plebiscito, Ex.: associações,
contrapesos” e
referendo, voto, movimentos e
órgãos
ação popular mídia
controladores
Letra c.
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tivos de participação social que visam chamar cidadãos e organizações cívicas para atuarem
como atores políticos da gestão pública.
II – Certa. A participação social é de vital importância, pois é um mecanismo de prevenção da
corrupção e de fortalecimento da cidadania. O cidadão amplia seu escopo de atuação, princi-
palmente ao alinhar a busca de informações nos diversos setores, ao participar de audiências
públicas e ao usar o canal das ouvidorias para representações, denúncias e até mesmo elogios
às práticas de gestão pública.
III – Certa. Os princípios explícitos ou expressos contidos no art. 37 da CF/88 são: legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Há, também, princípios implícitos ou re-
conhecidos e como exemplo temos o princípio da proporcionalidade que pode ser conceituado
como a adequabilidade entre os meios utilizados e os fins pretendidos.
Letra a.
Perceba que, mais uma vez, a questão se baseou nos quatro princípios da boa governança
enumerados por Matias-Pereira (2008)34:
• Relações éticas: dizem respeito a permissões de ações, cujo parâmetro limitador é a
não nocividade social.
• Conformidade: refere-se à compatibilidade dos procedimentos com as leis e regulamentos.
• Transparência: visa disponibilizar às partes interessadas as informações que sejam de
seu interesse, e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos.
• Prestação de contas (accountability): é o dever dos agentes de governança nas jus-
tificativas de suas atuações, assumindo integralmente as consequências de seus
atos e omissões.
Letra a.
34
MATIAS-PEREIRA, J. Administração pública comparada: uma avaliação das reformas administrativas do Brasil, EUA e União
Europeia. Revista de Administração Pública, vol. 42, n. 1, 2008.
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I – Errada. Nada disso. Cada qual no seu “quadrado”. Eficiência é quando algo é realizado da
melhor maneira possível. Eficácia é quando se atinge o objetivo ou a meta. Efetividade congre-
ga os pontos positivos dos conceitos de eficiência e de eficácia.
II – Errada. A capacidade de executar corretamente as tarefas diz respeito à eficiência.
III – Certa. Falou em redução de custos, falou em eficiência.
IV – Certa. Cumprimento dos regulamentos internos é garantia de cumprimento dos regulamen-
tos internos, só isso! Ou seja, no máximo, contribui para a eficiência, já que se refere a processo.
Letra e.
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b) Errada, a legitimação é um ato pelo qual se regulariza o que não está de acordo com deter-
minada norma.
c) Errada, elegibilidade é a qualidade daquilo que pode ser eleito.
Letra d.
35
CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos: os novos horizontes em administração. 3.ed. São Paulo: Manole, 2014.
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Vimos que o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa apresenta 4 princípios
básicos de governança corporativa:
• Transparência (disclosure): consiste no desejo de disponibilizar para as partes interes-
sadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por
disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-
-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam
a ação gerencial e que conduzem à preservação e à otimização do valor da organização.
• Equidade (fairness): caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os só-
cios e demais partes interessadas (stakeholders), levando em consideração seus direi-
tos, deveres, necessidades, interesses e expectativas.
• Prestação de contas (accountability): os agentes de governança devem prestar contas
de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, assumindo inte-
gralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e res-
ponsabilidade no âmbito dos seus papéis.
• Responsabilidade corporativa (compliance): os agentes de governança devem zelar pela
viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades negativas
de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração,
no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual,
humano, social, ambiental, reputacional etc.) no curto, médio e longo prazos.
Letra b.
Conforme vimos, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC considera como prin-
cípios básicos de governança:
• Transparência - Consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as in-
formações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições
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A questão trata das dimensões para a boa governança, elaboradas pelo Banco Mundial. O
conceito de governança é entendido como a maneira pela qual o poder é exercido na adminis-
tração dos recursos econômicos e sociais do país, com vistas ao desenvolvimento.
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O Banco Mundial, a partir de 1992, definiu de forma ampla as seguintes dimensões para a boa
governança: administração do setor público; quadro legal; participação e accountability; e in-
formação e transparência.
• PRIMEIRA DIMENSÃO: cuida da melhora da capacidade de gerenciamento econômico
e de prestação de serviços sociais. Ressalta-se que a preocupação com questões de
capacidade burocrática já estava presente na experiência anterior com programas de
ajuste estrutural.
• SEGUNDA DIMENSÃO. Trata do estabelecimento de um marco legal, visto que foi enun-
ciada como um elemento crítico em face da “síndrome da ilegalidade”, em que muitos
países em desenvolvimento seriam caracterizados.
• TERCEIRA DIMENSÃO. Quadro legal. Envolve inúmeras regras conhecidas previamente,
cujo cumprimento é garantido por um órgão judicial independente e procedimentos para
modificá-las, caso não sirvam mais aos propósitos inicialmente estabelecidos.
• QUARTA DIMENSÃO: Transparência e participação. Consideradas fundamentais para
aumentar a eficiência econômica, envolvem a disponibilidade de informações sobre
as políticas governamentais, a transparência dos processos de formulação de política
e alguma oportunidade para que os cidadãos possam influenciar a tomada de decisão
sobre as políticas públicas.
Perceba que a questão trata em seu enunciado sobre a “quarta dimensão”.
Letra e.
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
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Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, apli-
cação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
[...]
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário;
Letra b.
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Partindo desses objetivos fundamentais, pode-se deduzir que tais diretrizes abrangem, EXCETO:
a) Priorização do uso de softwares livres.
b) Prescindibilidade de políticas de inclusão digital.
c) Integrabilidade de dados, programas e sistemas.
d) Acessibilidade e usabilidade dos sítios eletrônicos.
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• 7 - Integração das ações de Governo Eletrônico com outros níveis de governo e outros
poderes
Logo, apenas a letra B não se enquadra nessas diretrizes gerais.
Letra b.
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