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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Organizações dos espaços escolares como ambiente de aprendizagem e

documentos normativos da escola

Nome do Estudante: Assane Mecussete Padre

Código: 708212353

Curso: Licenciatura em Ensino de Informática


Disciplina: Praticas Pedagógicas II
Ano de Frequência:2o

Nampula, Agosto de 2022


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 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
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do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico (expressão
2.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
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 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Índice

página
Introdução..................................................................................................................... 2
Objectivo Geral: ........................................................................................................ 2
Objectivos específicos: .............................................................................................. 2
Metodologia .............................................................................................................. 2
Organizações dos espaços escolares como ambiente de aprendizagem e documentos
normativos da escola ..................................................................................................... 3
Conceito espaço escolar ............................................................................................. 4
Organização do espaço educativo formal – a sala de aula........................................... 4
Os recursos didácticos – Conceito e classificação ...................................................... 5
Espaço e recursos didácticos em sala de aula- Papel do professor .............................. 6
Documentos normativos ............................................................................................ 7
Conclusão ..................................................................................................................... 9
Referências bibliográficas ........................................................................................... 10
Introdução
O presente trabalho de disciplina de Praticas Pedagógicas tem como tema principal
“Organizações dos espaços escolares como ambiente de aprendizagem e documentos
normativos da escola”. Dentro deste tema falar-se-á também doutros conteúdos
relevantes que contribuem para a compreensão da matéria tratada, tais como:
organização do espaço educativo formal, os recursos didácticos – conceito e
classificação, o papel do professor na sala de aula em termos de uso de recursos
didácticos.

O trabalho está organizado em 3 capítulos, nomeadamente, parte introdutória;


desenvolvimento – onde foram esgrimidos os argumentos em torno do tema principal e
seus subtemas; e a parte conclusiva – onde se apresenta síntese daquilo que se aprendeu
na fundamentação teórica.

Objectivo Geral:
 Analisar as organizações dos espaços escolares como ambiente de
aprendizagem.

Objectivos específicos:
 Identificar os espaços escolares;
 Mencionar os documentos normativos numa escola
 Explicar o papel do professor no manuseio de recursos didácticos em sala
de aula.

Metodologia
Para a efectivação do presente trabalho, foi privilegiada a pesquisa bibliográfica,
baseando-se em consultas literárias e artigos científicos.

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Organizações dos espaços escolares como ambiente de aprendizagem e documentos
normativos da escola

Segundo Macedo (2007, p.6) “o espaço é a morada dos objectos e o ambiente é a


morada das acções”.
Para o mesmo autor, conceitua o espaço escolar como sendo um local destinado
à realização de actividades que são constituídos por objectos, materiais didácticos e
mobiliários.
Macedo (2007, p.6), defende que “ambiente revela-se como a união entre o
espaço físico e as relações estabelecidas pelas pessoas nos espaços”.
Um ambiente é um sistema vivo, em transformação. Mais
do que o espaço físico, inclui o modo como o tempo é estruturado
e os papéis que devemos exercer, condicionando o modo como
nos sentimos, pensamos e nos comportamos, e afetando
dramaticamente a qualidade de nossas vidas. O ambiente funciona
contra ou a nosso favor, enquanto conduzimos nossas vidas
(Greenman cit. Em Carolyn, 1999, p. 156).

De acordo com Carolyn (1999), “o ambiente é visto como algo que educa a
criança” (p.6).
Na verdade, é considerado o “terceiro educador”, juntamente com a equipe de
professores.
Nessa perspectiva, o ponto chave de todo o processo reflexivo em relação à
abordagem dos espaços e ambientes é considerar o aluno como centro de todo o
processo, ou seja, os ambientes favorecendo as aprendizagens. “Dentre as condições
ambientais que favorecem a aprendizagem das crianças, destaca-se o arranjo espacial,
que diz respeito à maneira como os móveis e equipamentos existentes em um local
posicionam-se entre si.” (Oliveira, 2010, p. 128).
Considerando-se a interação como primordial para o desenvolvimento humano,
a forma como se organiza um ambiente escolar deve prever em sua maioria o arranjo
semiaberto, pois este proporciona interação, acolhimento, segurança e fomenta a
autonomia, liberdade de escolha e a brincadeira. A escola deve priorizar esse tipo de
arranjo na sala de aula e em todos os espaços externos.

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A transformação dos espaços em ambientes impacta diretamente sobre o
comportamento e ações das crianças e adolescentes. Neste sentido, ao organizar tal
ambiente, o adulto precisa ter claro quais objetivos pretende alcançar.
De acordo com David & Weinstein (1987, p.38), “todos os ambientes
constituídos para crianças deveriam atender cinco funções relativas ao desenvolvimento
infantil, no sentido de promover identidade pessoal, competência, sensação de
segurança e confiança, bem como oportunidade de contacto social e privacidade”.

Conceito espaço escolar


O termo espaço difere dos conceitos de ambiente e de lugar. Segundo Forneiro
(1998, p.232-233):

O termo espaço refere-se ao espaço físico, ou seja, aos locais para a


atividade caracterizados pelos objetos, pelos materiais didáticos, pelo
mobiliário e pela decoração. Já, o termo ambiente refere-se ao conjunto
do espaço físico e às relações que se estabelecem no mesmo (afetos, as
relações interpessoais entre as crianças, entre crianças e adultos, entre
crianças e sociedade em seu conjunto).

Conforme Sodré (2005), através das experiências positivas e pelas relações com
outros, a criança se identifica com o espaço e com os elementos de sua cultura. Para
Frago e Escolano (1998) o lugar é permeado de concepções culturais. Para eles a
arquitectura escolar reflecte o programa educacional da instituição. Os autores
consideram o espaço como currículo silencioso que interfere directamente no
aprendizado das crianças.

Carvalho e Rubiano (2000, p. 109) afirmam que os ambientes construídos, não


só a escola, mas principalmente, deveriam atender cinco funções do desenvolvimento
infantil, são elas: identidade pessoal, desenvolvimento de competência, oportunidades
para crescimento, sensação de segurança e confiança, bem como oportunidades para
contacto social e privacidade.

Organização do espaço educativo formal – a sala de aula


Segundo Perim (2016, p. 11), “a sala de aula se constitui num espaço
privilegiado, pois é nela que acontece grande parte das interacções. A sala de aula
explicita o processo de aprendizagem das crianças e adolescentes, na medida em que ali
se encontram informações sobre o que estão estudando”.

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A presença de textos e desenhos feitos por eles, afixados nas paredes ou ainda de
cartazes relacionados aos estudos que estão realizando tornam públicas as
aprendizagens que estão ocorrendo naquele espaço. A exposição de notícias de jornal,
fotografias, livros, jogos, experiências e outros materiais usados no dia a dia, elaborados
pelos alunos, colaboram para a valorização desse ambiente e desperta o sentimento de
pertença sobre ele.
Para Perim (2016, p. 11), a sala de aula precisa promover:
 Um ambiente alfabetizador;
 Um ambiente promotor de identidade e autonomia;
 Um espaço de vivência, experimentação e interacção;
 Um lugar de construção de conhecimentos;
 O diálogo e o encontro entre professores, crianças e adolescentes.
Não há uma única forma de organizar a sala de aula. Na sala de aula das crianças até
três anos, as cadeiras e mesas são substituídas por espaços de chão, delimitadas com
tatames, tapetes e cabanas. Os cantos diversificados são os principais espaços de estar
das crianças. Em alguns cantos podem ter mesas como suporte para situações como os
jogos, desenhos, etc.
Na sala de aula das crianças maiores, as mesas podem ser organizadas de várias
formas.
A maneira de organizar as cadeiras e as mesas diz muito sobre a concepção do
professor a respeito do ensino e aprendizagem. Ao agrupar as mesas com duas, quatro
ou mais crianças, de forma que o professor possa circular pelos grupos, atendendo às
necessidades e acompanhando os diálogos, revela que ele se coloca como mediador das
aprendizagens. Dispor as mesas em círculo é outra maneira de promover a interacção
entre os alunos e favorecer a circulação dos saberes. Estar em círculo favorece o diálogo
e o debate entre os alunos e o professor. Cada escola poderá organizar as mesas e
cadeiras das salas de aula de forma que considere o aluno como centro das
aprendizagens e o professor como mediador.

Os recursos didácticos – Conceito e classificação


De acordo com Souza (2007, p. 111), “recurso didáctico é todo material
utilizado como auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado
pelo professor a seus alunos”. Os recursos didácticos compreendem uma diversidade de
instrumentos e métodos pedagógicos que são utilizados como suporte experimental no

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desenvolvimento das aulas e na organização do processo de ensino e de aprendizagem.
Eles servem como objectos de motivação do interesse para aprender dos educandos.

Os recursos didácticos são componentes do ambiente educacional que estimulam


os educandos, facilitando e enriquecendo o processo de ensino e aprendizagem. A
utilização desses recursos no processo de ensino surge com o intuito de preencher os
espaços deixados pelo ensino tradicional, propiciando aos alunos a ampliação de seus
horizontes, isto é, de seus conhecimentos.

Espaço e recursos didácticos em sala de aula- Papel do professor


De acordo com Costoldi e Polinarski (2009, p. 2), “os recursos didácticos são de
fundamental importância no processo de desenvolvimento cognitivo do aluno”, uma vez
que desenvolve a capacidade de observação, aproxima o educando a realidade e permite
com maior facilidade a fixação do conteúdo e consequentemente, a aprendizagem de
forma mais efectiva, onde o educando poderá empregar esse conhecimento em qualquer
situação do seu dia-a-dia.

No momento que o professor utiliza um recurso didáctico dentro da sala de aula,


ele transfere os conhecimentos que estão expressos no livro para a realidade do
educando. Dessa forma, o professor pode usar o recurso didáctico para preparar,
melhorar ou aprimorar a aula que será dada. São exemplos de recursos didácticos:
artigos, apostilas, livros, softwares, sumários de livros, trabalhos académicos,
apresentações em PowerPoint, filmes, actividades, exercícios, ilustrações, CDs, DVDs.
(Ferreira, 2007, p. 3).

Os professores podem utilizar esses instrumentos didático-pedagógicos para


desenvolver um tipo de aula diferente, de forma mais dinâmica e proveitosa. Quando o
professor usa esses, ele torna a aprendizagem dos educandos significativa, acessível e
evitam que as aulas tornem-se monótonas, rotineiras ou que caiam na mesmice do dia-a-
dia.

O sucesso dos recursos didácticos empregados nas salas de aula se deve ao fato
de ser mais fácil e atractivo para os educandos lidar com os conteúdos de forma
dinâmica do que de forma apenas textual, uma vez que a um maior envolvimento com o
conteúdo dado, havendo mais interacções com as informações apresentadas. Os recursos
mais frequentemente utilizados pelos professores são o quadro e o giz, embora estes não

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sejam tidos como os mais eficientes no processo de ensino e aprendizagem do
educando.

Trivelato e Oliveira (2006, p.2) afirmam que “a utilização de recursos didácticos


pedagógicos diferentes dos utilizados pela maioria dos professores (quadro e giz),
deixam os educandos mais interessados em aprender”. Esses instrumentos possibilitam
aos educandos participarem activamente e expressarem suas opiniões, interagindo com
as informações.

No momento que se permite o envolvimento com as actividades e com todos da


sala de aula, cria-se um ambiente de socialização das informações, revelando outro
ponto importante dos recursos didáctico-pedagógicos, onde despertam nos estudantes a
curiosidade, a capacidade de observar, de questionar e a vontade de participar das
actividades.

Souza afirma que:

O professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos


didático-pedagógicos que estão ao seu alcance e muita criatividade, ou
até mesmo construir juntamente com os alunos, pois, ao manipular esses
objetos a criança tem a possibilidade de assimilar melhor o conteúdo.
Os recursos didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito, deve
haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como
utilizá-lo para alcançar o objetivo proposto por sua disciplina (Souza,
2007; Costoldi e Polinarski, 2009, p. 111).

O professor deve avaliar previamente em seu planeamento qual recurso


didáctico melhor se emprega para auxiliar no desenvolvimento de sua aula, podendo vir
até a construir juntamente com os educandos o instrumento que deseja utilizar, fazendo
desse momento um meio de interacção com os educandos, sabendo que dessa forma ele
possibilitará melhor assimilação do conteúdo.

Documentos normativos
Eis os mais importantes normativos duma escola secundária:

1. Constituição da República – é um documento onde estão patentes as leis mães,


diante disso, a administração escolar deve ser regida respeitando os princípios
fundamentais.
2. Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado – para o funcionamento pleno
da escola é necessário que esteja em conformidade com as leis emanadas pelo

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estado, daí que é imprescindível o uso das normas patentes no estatuto geral dos
funcionários e agentes do estado, uma vez que os funcionários que colaboram na
actividade escolar são do aparelho do Estado, daí que subordina-se a ele.
3. Regulamento das Escolas secundárias – para além do estatuto geral dos funcionários
e agentes do estado que nos referimos no número anterior, é importante que a escola
administre as suas actividades, respeitanto também o regulamento das escolas
secundárias.
4. Regulamento interno – este documento é esboçado consoante as necessidades reais
da escola, mas conforma-se com as demais leis.
5. Decretos – estes documentos são emanados pelas instancias superiores hierárquicas,
de acordo com o tempo e as necessidades, daí que a escola está sujeita a respeita-los.
6. Planos Pedagógicos – envolvem documentos que orientam o processo pedagógico,
como é o caso de planos curriculares, planos de aulas, etc.

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Conclusão
Depois da fazer uma revisao da literatura de várias obras fisicas, assim como
digitais, o que culminou com a realização do presente trabalho ao terminar pode-se
sintetisar que o espaço escolar é um local destinado à realização de actividades que são
constituídos por objectos, materiais didácticos e mobiliários, ao passo que o ambiente é
visto como algo que educa a criança.
Considerando-se a interação como primordial para o desenvolvimento humano,
a forma como se organiza um ambiente escolar deve prever em sua maioria o arranjo
semiaberto, pois este proporciona interação, acolhimento, segurança e fomenta a
autonomia, liberdade de escolha e a brincadeira.
A sala de aula se constitui num espaço privilegiado, pois é nela que acontece
grande parte das interacções.
Relativamente aos recursos didácticos, pode se dizer que é todo material
utilizado como auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado
pelo professor a seus alunos. Os recursos didácticos compreendem uma diversidade de
instrumentos e métodos pedagógicos que são utilizados como suporte experimental no
desenvolvimento das aulas e na organização do processo de ensino e de aprendizagem.

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Referências bibliográficas
Campos-De-Carvalho, M. I. C. & Rubiano, M. R.B. (2000). Organização do espaço em
instituições pré-escolares. 4 ed. São Paulo: Cortez.

Costoldi, R. & Polinarski, C. A. (2009). Utilização de recursos didático-pedagógicos na


motivação da aprendizagem. I Simpósio Internacional de Ensino e Tecnologia.

Carolyn, E. (1999). As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emília na


educação da primeira infância. Porto Alegre: Artmed.

Forneiro, L. I. (1998). A organização dos espaços na Educação Infantil: Qualidade


em educação infantil. Porto Alegre.

Frago, A. V. & Escolano, A. (1998). Currículo, espaço e subjetividade: a arquitetura


como programa. Rio de janeiro.

Ferreira, S. M. M. (2007). Os recursos didáticos no processo ensino-aprendizagem.


Cabo Verde.

Macedo, L. (2016). A Organização dos Espaços Escolares Como Ambientes de


Aprendizagem. Venda Nova de Imigrante. Brasil.

Souza, S. E. (2007). O uso de recursos didáticos no ensino escolar. In: I Encontro de


Pesquisa em Educação, IV Jornada de Prática de Ensino, XIII Semana de
Pedagogia da UEM: “Infância e Práticas Educativas”. Recuperado
em:http://www.pec.uem.br/pec_uem/revistas/arqmudi/volume_11/suplemento_0
2/artigos/019.df >. Acesso em: 25/08/2022.

Sodré, L.G.P. (2005)As indicações das crianças sobre uma edificação adaptada para a
educação infantil. Estudos e pesquisas em psicologia.

Trivelato, S. L. F & Oliveira, O. B. (2006). Práticas docente: o que pensam os


professores de ciências biológicas em formação. Artigo apresentado no XIII
ENDIPE. Rio de Janeiro.

Oliveira, Z. M. R. (2010). Educação Infantil: muitos olhares. São Paulo: Cortez.

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