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O CUIDADOR SOCIAL

NO SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)
O CUIDADOR SOCIAL
NO SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)
GOVERNO FEDERAL

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL,


BY NC ND
FAMÍLIA E COMBATE À FOME
Todo o conteúdo do curso O cuidador social no Sistema Único de Assistência
SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Social (SUAS), da Secretaria Nacional de Assistência Social, do Ministério do
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Governo
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Siglas
NOB-RH/SUAS - Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do
BPC - Benefício de Prestação Continuada Sistema Único de Assistência Social
CadSUAS - Cadastro do Sistema Único de Assistência Social ONGs - Organizações Não Governamentais
CadÚnico - Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal OSC - Organização da Sociedade Civil
Centro POP - Centro de Referência Especializado para População em PAEFI - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos
Situação de Rua PAF – Plano de Acompanhamento Individual ou Familiar
CFESS - Conselho Federal de Serviço Social PAIF - Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família
CIT - Comissão Intergestores Tripartite PBF - Programa Bolsa Família
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho PcD – Pessoa com Deficiência
CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
CNEAS - Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social PNAS - Política Nacional de Assistência Social
CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente PNEP - Política Nacional de Educação Permanente
CRAS - Centro de Referência de Assistência Social PSB - Proteção Social Básica
CREAS - Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social PSC - Prestação de Serviços à Comunidade
CRESS - Conselho Regional de Serviço Social PSE - Proteção Social Especial
DIEESE - Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos RF - Responsável Familiar
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente RMA - Registro Mensal de Atendimento
ESF - Estratégia Saúde da Família SAGICAD -Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único
IAPs - Institutos de Aposentadorias e Pensões SCFV - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística SEAS - Serviço Especializado de Abordagem Social
IGD - Índice de Gestão Descentralizada SGD - Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente
INSS - Instituto Nacional do Seguro Social SICON - Sistema de Condicionalidades do Programa Bolsa Família
LA - Liberdade Assistida SISC - Sistema de Informações do Serviço de Convivência e Fortalecimento
LBA - Legião Brasileira de Assistência de Vínculos
LGBTQIAPN+ - Lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais e travestis, queer, SIS Acessuas - Sistema de Acompanhamento do Programa de Promoção
interssexo, assexuais, panssexuais, não-binário do Acesso ao Mundo do Trabalho
LOAS - Lei Orgânica de Assistência Social SNAS - Secretaria Nacional de Assistência Social
NIS - Número de Identificação Social SUAS - Sistema Único de Assistência Social
NOB/SUAS - Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social SUS - Sistema Único de Saúde
Sumário
MÓDULO 3
As atribuições dos cuidadores sociais no trabalho com crianças e adolescentes nos Serviços de Acolhimento Institucional. . . . . . . . . . . . 6
3.1 Contextualizando as atribuições do cuidador social no acolhimento institucional de crianças e adolescentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.2 Unidades de atendimento do SUAS que prestam cuidados e proteção integral a crianças e adolescentes: tipos e características gerais . . . 10
3.3 O desenvolvimento saudável no contexto institucional: promovendo boas práticas de cuidado e educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
As atribuições dos
cuidadores sociais no
trabalho com crianças
e adolescentes nos
Serviços de Acolhimento
MÓDULO 3 Institucional
Neste módulo, você aprenderá sobre o acolhimento institucional
de crianças e adolescentes, especialmente sobre o trabalho
do cuidador social nessas unidades. Para tanto, abordaremos
as modalidades de acolhimento institucional para crianças e
adolescentes, suas características gerais e as principais funções do
educador social, com exemplos de boas práticas nesse contexto,
com vistas à proteção integral de crianças e adolescentes.

3.1 Contextualizando as atribuições do cuidador social no


acolhimento institucional de crianças e adolescentes
Você sabia que antes da promulgação do Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA) em 1990, muitas crianças e adolescentes,
especialmente as que viviam em situação de pobreza, eram
recolhidas em grandes instituições, denominadas de orfanatos,
internatos, educandários? Estas tinham uma arquitetura
imponente, pilares e paredes altos, barreiras edificadas entre o
mundo interno e externo dessas instituições. Elas acolhiam um
número muito grande de crianças e adolescentes na mesma unidade,
de modo que o atendimento era extremamente coletivizado, com
controle do tempo e disciplinarização rígidos, além da segregação
social sofrida por essas crianças e adolescentes, que costumavam Foto: © [Klochkov SCS] / Shutterstock.
passar muitos anos nessas instituições e praticamente não tinham
contato com suas famílias.

7 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Contudo, a definição do contexto institucional e os modos de se Atualmente, o encaminhamento de crianças e adolescentes para
referirem a ele sofreram transformações a partir do ECA, sendo o os serviços de acolhimento ocorre apenas por medida protetiva de
termo “acolhimento institucional” oficializado com a promulgação caráter excepcional e provisório, determinada pela autoridade
da Lei 12.010/2009. Nesse sentido, os Serviços de Acolhimento judicial, devendo ser aplicada somente em situações de grave risco à
Institucional devem, como um equipamento da política de Proteção sua integridade física e/ou psíquica (BRASIL, 2009).
Social Especial, ajustar-se a essa nova definição sociojurídica e
constituir-se em contexto promotor de desenvolvimento. Isso A excepcionalidade do acolhimento significa que separar uma
significa reconhecer que a criança e o adolescente não se desenvolvem criança ou adolescente de sua família deve ser a última opção,
somente a partir de elementos materiais necessários à satisfação das realizada somente após a família ter sido atendida por serviços que
suas necessidades básicas, mas também a partir da oportunidade de, a apoiem no cuidado com os filhos e ajudem a superar as situações
nesses ambientes, beneficiar-se das relações afetivas disponíveis para de violação de direito. Apenas quando a criança ou adolescente
o seu cuidado e educação. estiver em situação de abandono ou correndo risco permanecer no
ambiente familiar e não possuir nenhum outro parente que tenha
vínculo afetivo com ele(a) e possa se responsabilizar pelos seus
SAIBA MAIS cuidados, é que a criança ou adolescente deve ser encaminhada para
Diversas pesquisas têm demonstrado que passar muitos um serviço de acolhimento. E atenção: pobreza não é motivo para se
anos em uma instituição, longe do convívio familiar e sem afastar uma criança/adolescente da sua família!
atendimento individualizado é muito prejudicial para o
desenvolvimento de crianças e adolescentes, especialmente Em relação à provisoriedade, quando verificada a necessidade
durante a primeira infância. Uma das pesquisas mais de afastamento do contexto familiar, o tempo de acolhimento da
importantes sobre esse tema é o estudo dos “Órfãos da criança e do adolescente no serviço deverá ser de no máximo 18
Romênia”, que acompanhou durante quase duas décadas meses. Nesse período, todos os esforços devem ser feitos para que
o desenvolvimento de crianças que viviam em grandes a situação que levou ao acolhimento seja superada e a criança/
instituições na Romênia, e constatou que ficar muito tempo adolescente possa retornar de forma segura para sua família (seus
nessas instituições, especialmente nos primeiros anos de vida, pais ou parentes próximos, como avós ou tios). Quando isso não
pode causar prejuízos ao desenvolvimento físico, psicológico e for possível, a criança ou adolescente deve ser encaminhado pelo
socioemocional. Assista ao vídeo “O caso dos órfãos da Romênia: Judiciário para adoção, de modo que tenha, assim, uma nova
o começo da vida”, disponível em: https://www.youtube.com/ família. A permanência da criança e adolescente por período
watch?v=QmKggL2oJeo. superior a 18 meses deverá ser excepcional e, nesses casos, será
necessária justificativa por escrito ao juiz.

8 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
educação, saúde, acesso a benefícios e inclusão em programas
de transferência de renda e relações de vínculos no serviço de
acolhimento.

SAIBA MAIS
Para conhecer os princípios que norteiam a construção
do PIA, leia as “Orientações Técnicas para elaboração do
PIA”, disponível em: https://sapeca.campinas.sp.gov.
br/sites/sapeca.campinas.sp.gov.br/files/publicacoes/
OrientacoestecnicasparaelaboracaodoPIA%20Parte%201.pdf.

Ressalta-se que, durante todo o processo de acolhimento, a família


de origem deve ser acompanhada pela equipe profissional, assim
como a criança e o adolescente, a partir de um conjunto de ações
estratégicas projetadas no Plano Individual de Atendimento (PIA).
Tais ações devem atender às especificidades de cuidado da criança
Foto: © [Titikul_B] / Shutterstock.
ou adolescente acolhido, no melhor interesse destes, e apoiar a
família a superar as situações que ensejaram o acolhimento.
O Plano Individual de Atendimento (PIA) é um instrumento que
norteia as ações a serem realizadas para viabilizar a proteção
integral, a reintegração familiar e comunitária e a autonomia GESTÃO EFETIVA
de crianças e adolescentes afastados do contexto familiar e A elaboração do PIA é de responsabilidade da equipe do serviço
sob proteção de serviços de acolhimento. É uma estratégia de de acolhimento, mas deve contar com a participação dos
planejamento que, a partir do estudo detalhado de cada caso, cuidadores. Deve envolver, ainda, os diferentes atores da rede
compreende a singularidade dos sujeitos e organiza as ações e de atendimento responsáveis pela atenção às necessidades do
atividades a serem desenvolvidas com a criança, adolescente acolhido e sua família (posto de saúde, escola, CREAS etc.), além de
e sua família durante o período de acolhimento, nas áreas da envolver o próprio acolhido e sua família na sua elaboração.
documentação, jurídica, convivência familiar e comunitária,

9 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Dessa forma, a participação do cuidador social na elaboração Os Serviços de Acolhimento Institucional são as unidades do
do PIA é de fundamental importância, uma vez que atua como SUAS que prestam cuidados e proteção integral a crianças e
colaborador nas intervenções a serem desenvolvidas ao longo do adolescentes que precisam ficar provisoriamente afastados do
acompanhamento de cada caso. contexto familiar e que contam com o trabalho do cuidador
social. Existem duas modalidades de acolhimento: abrigo
institucional e Casa Lar.
DICAS DE MÍDIAS
O documentário “O Começo do Fim” conta a história do As duas possuem pontos em comum e também diferenças. Como
fim da FEBEM de São Paulo, após a promulgação do ECA. pontos em comum temos:
O vídeo está disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=S0ZhiI_C0Xk&t=10s. ■ Localização: áreas residenciais, que favoreçam a convivência
social o acesso aos equipamentos comunitários (escolas,
Assista também ao documentário “Que Casa é Essa: postos de saúde, praças).
Acolhimento Institucional”, que ilustra de forma simples e ■ Fachada: Deve ter aspecto semelhante ao de uma residência,
didática como deve ser o funcionamento de um serviço de com arquitetura no mesmo padrão das demais residências
acolhimento para crianças e adolescentes na perspectiva da da comunidade. Não devem ser instaladas placas indicativas
doutrina da proteção integral. da natureza institucional da unidade e nem nomenclaturas
O vídeo está disponível em: https://www.youtube.com/ que remetam a aspectos negativos, que despotencializam as
watch?v=fABrQtp4jwA&t=237s. crianças e adolescentes.

Já as diferenças entre essas unidades de acolhimento estão


3.2 Unidades de atendimento do SUAS que prestam cuidados sintentizadas no quadro a seguir.
e proteção integral a crianças e adolescentes: tipos e
características gerais
Neste tópico, você aprenderá sobre os serviços que prestam
cuidados e proteção integral a crianças e adolescentes (com
deficiência ou não), bem como sobre ações de boas práticas de
cuidado e educação a serem desenvolvidas pelo cuidador social no
contexto institucional.

10 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Abrigo Institucional Casa Lar A principal diferença entre a Casa Lar e o Abrigo Institucional,
além do número de crianças e adolescentes atendidos pelas
Serviço de acolhimento provisório
oferecido em unidades residenciais, unidades, está na figura do cuidador residente (pessoa ou casal),
Serviço que oferece nas quais pelo menos uma pessoa que deve residir na Casa Lar juntamente com as crianças/
acolhimento provisório para ou casal trabalha como educador/
adolescentes acolhidos, sendo responsável pelos cuidados e
crianças e adolescentes cuidador residente – em uma
afastados do convívio familiar casa que não é a sua – prestando organização da rotina.
por meio de medida protetiva cuidados a um grupo de crianças
Definição de abrigo (ECA, art. 101), e adolescentes afastados do
em função de abandono, convívio familiar por meio de É importante destacar que esses serviços devem evitar
ou cujas famílias/responsáveis medida protetiva de abrigo (ECA, especializações e atendimentos exclusivos (adotar faixas etárias
encontrem-se temporariamente art. 101), em função de abandono
impossibilitados de cumprir sua ou cujas famílias ou responsáveis muito estreitas, direcionar o atendimento apenas a determinado
função de cuidado e proteção. encontrem-se temporariamente sexo, atender exclusivamente ou não atender crianças e
impossibilitados de cumprir sua
função de cuidado e proteção. adolescentes com deficiência ou que vivam com
HIV/aids). E, caso seja necessária a atenção especializada,
Crianças e adolescentes de 0 a esta deve ser assegurada por meio da articulação com a rede
18 anos sob medida protetiva
de abrigo. Esta unidade é, de serviços, que, inclusive, pode contribuir para a capacitação
Crianças e adolescentes
particularmente, adequada ao específica dos cuidadores.
Público-alvo de 0 a 18 anos sob medida
atendimento de grupos de irmãos
protetiva de abrigo.
e a crianças e adolescentes com
perspectiva de acolhimento
de média ou longa duração.

Número máximo de
crianças e adolescentes 20 crianças e adolescentes. 10 crianças e adolescentes.
por unidade

Equipe profissional mínima: Coordenador, equipe técnica


coordenador, equipe técnica (psicólogo, assistente social
Recursos humanos (psicólogo, assistente social e e pedagogo), educador/
pedagogo), educador/cuidador cuidador residente e auxiliar
e auxiliar de educador/cuidador. de educador/cuidador.

Fonte: Adaptado do documento de Orientações Técnicas: Serviços de


Acolhimento de Crianças e Adolescentes (BRASIL, 2009).

11 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
3.3 O desenvolvimento saudável no contexto institucional:
promovendo boas práticas de cuidado e educação
O acolhimento institucional, mesmo sendo uma medida
provisória para a criança e/ou do adolescente, deve garantir
bem-estar, possibilitar a construção de novos vínculos e
desenvolvimento de projetos de vida. Dessa forma,
os serviços de acolhimento para crianças e adolescentes podem
constituir-se contextos de promoção para o desenvolvimento
saudável, independente do tempo que a criança ou adolescente
permaneça acolhido, pois são pessoas em pleno processo de
desenvolvimento. O atendimento deverá ser oferecido para um
pequeno grupo e garantir a singularidade do acolhido, fornecendo
espaços privados, objetos pessoais e registros, inclusive
fotográficos, sobre a história de vida e desenvolvimento de cada
Figura ilustrativa da capa e contracapa do documento de Orientações criança e adolescente. Confira no podcast a importância da figura
Técnicas (BRASIL, 2009a). do cuidador social neste processo.

SAIBA MAIS
Para saber mais sobre as características dos serviços de
acolhimento para crianças e adolescentes e como deve ser
desenvolvido o trabalho nessas unidades, leia o documento
“Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento de Crianças e
Adolescentes” (BRASIL, 2009a), disponível em: https://www.mds.
gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/
orientacoes-tecnicas-servicos-de-alcolhimento.pdf.

12 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
PODCAST Os aspectos mais importantes do serviço de acolhimento
Durante o acolhimento, a criança ou o adolescente devem são as características que encorajam e possibilitam que
ter a oportunidade de estabelecer novos vínculos afetivos, a criança e o adolescente participem de uma variedade
favorecendo uma relação de amizade e compreensão. Nesse de atividades com outras pessoas ou espontaneamente,
sentido, a figura do cuidador social é muito importante para sozinhos ou com outras crianças e adolescentes.
que o trabalho de cuidado e educação tenha resultados
satisfatórios e reduza a angústia e o estresse provocados Vejamos, então, quais as principais atribuições do cuidador
pela ruptura dos vínculos familiares. social no serviço de acolhimento para crianças e adolescentes.
No quadro que segue, apresentamos a caracterização geral do
O cuidador social é um profissional importante e cuidador social no Abrigo Institucional e na Casa Lar.
necessário para muitas crianças, adolescentes e suas
famílias, oferecendo a eles momentos e oportunidades
para interações e atividades interessantes, bem como
promovendo uma organização de rotinas de atenção,
cuidado e educação favoráveis para um desenvolvimento
saudável. Assim, o acolhimento pode favorecer o
desenvolvimento socioemocional e a autonomia, quando
oferece um ambiente físico e social com oportunidades
de locomoção, variedades de objetos para a criança
e o adolescente utilizarem em atividades livres e
disponibilidade de cuidadores, com os quais possam
interagir em uma variedade de atividades, além de uma
figura de referência com quem possam criar um forte
vínculo (BRONFENBRENNER, 1996).

13 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Abrigo Institucional Casa Lar

■ Formação mínima: nível médio e capacitação específica.


■ Formação mínima: nível médio e capacitação específica.
Perfil ■ Desejável experiência em atendimento a crianças e adolescentes.
■ Desejável experiência em atendimento a crianças e adolescentes.
■ Trabalha e reside na Casa Lar.

■ 1 profissional para até 10 crianças/adolescentes, por turno. ■ 1 profissional para até 10 crianças/adolescentes, por turno.
■ A quantidade de profissionais deverá ser aumentada quando houver crianças/adolescentes ■ A quantidade de profissionais deverá ser aumentada quando houver crianças/adolescentes
que demandem atenção específica (com deficiência, com necessidades específicas de saúde que demandem atenção específica (com deficiência, com necessidades específicas de saúde
ou idade inferior a um ano. Para tanto, deverá ser adotada a seguinte relação: ou idade inferior a um ano. Para tanto, deverá ser adotada a seguinte relação:
Quantidade
a. 1 cuidador para cada 8 usuários, quando houver 1 criança/adolescente com demandas a. 1 cuidador para cada 8 usuários, quando houver 1 criança/adolescente com demandas
específicas. específicas.
b. 1 cuidador para cada 6 crianças/adolescentes, quando houver 2 ou crianças/adolescentes b. 1 cuidador para cada 6 crianças/adolescentes, quando houver 2 ou crianças/adolescentes
com demandas específicas. com demandas específicas.

■ Cuidados básicos com alimentação, higiene e proteção.


■ Organização da rotina doméstica e do espaço residencial.
■ Organização do ambiente (espaço físico e atividades adequadas ao grau de desenvolvimento
■ Cuidados básicos com alimentação, higiene e proteção.
de cada criança ou adolescente).
■ Auxílio à criança e ao adolescente para lidar com sua história de vida, fortalecimento da
■ Auxílio à criança e ao adolescente para lidar com sua história de vida, fortalecimento da
autoestima e construção da identidade.
autoestima e construção da identidade.
■ Organização de fotografias e registros individuais sobre o desenvolvimento de cada criança
Principais atividades ■ Organização de fotografias e registros individuais sobre o desenvolvimento de cada criança
e/ou adolescente, de modo a preservar sua história de vida.
desenvolvidas e/ou adolescente, de modo a preservar sua história de vida.
■ Acompanhamento nos serviços de saúde, escola e outros serviços requeridos no cotidiano.
■ Acompanhamento nos serviços de saúde, escola e outros serviços requeridos no cotidiano.
Quando se mostrar necessário e pertinente, um profissional de nível superior deverá também
Quando se mostrar necessário e pertinente, um profissional de nível superior deverá também
participar deste acompanhamento.
participar deste acompanhamento.
■ Apoio na preparação da criança ou adolescente para o desligamento, sendo, para tanto,
■ Apoio na preparação da criança ou adolescente para o desligamento, sendo, para tanto,
orientado e supervisionado por um profissional de nível superior.
orientado e supervisionado por um profissional de nível superior.

Fonte: Adaptado do documento de Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento de Crianças e Adolescentes (BRASIL, 2009).

14 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Para que o acolhimento alcance um caráter protetivo e permita
Construção de relações afetivas personalizadas e individualizadas com a criança e o
às crianças e aos adolescentes acolhidos, segurança e estabilidade
adolescente: esta prática requer a valorização do cuidador de referência – aquele com quem a
nos cuidados recebidos, a criação de vínculos com o cuidador de criança/adolescente estabelece uma relação de carinho e de amizade. Incentivar esse trabalho nos
referência e previsibilidade da organização da rotina diária, os serviços de acolhimento é de fundamental importância para crianças e adolescentes, pois
desenvolver uma relação afetiva e de segurança é uma necessidade primordial e que nenhum
cuidadores deverão trabalhar, preferencialmente,
instrumental técnico substitui, sendo fundamental para o desenvolvimento pessoal e social.
em turnos fixos diários (evitando o modelo de plantões de 24 por Como exemplo, existem situações de conflitos internos (medo, revolta, tristeza, incertezas) sobre
72 horas ou similares), para que o mesmo cuidador desenvolva as as quais a criança ou o adolescente se sente mais à vontade em conversar com o cuidador com
quem desenvolveu uma relação de maior confiança. Ressalta-se, ainda, que ser esta figura de
mesmas tarefas da rotina de cada dia (por exemplo: acordar, dar o
referência não significa substituir a família; ao contrário, o cuidador de referência é um importante
café da manhã, levar à escola, colocar para dormir, etc.). profissional no trabalho de fortalecimento de vínculos familiares.
Na troca de turno, os cuidadores devem se comunicar, garantindo
que todos fiquem cientes de aspectos importantes para dar
continuidade aos cuidados necessários.

As atribuições do cuidador social no serviço de acolhimento estão


relacionadas a ações práticas que englobam, principalmente,
os cuidados básicos aos acolhidos, como alimentação, higiene,
acompanhamento na escola ou questões de saúde, mas
também vão além desses cuidados. Existem atividades práticas
relacionadas à organização da rotina no serviço de acolhimento
que são de extrema importância para o desenvolvimento pessoal
e social da criança e do adolescente, pois o trabalho do cuidador
social se dá na relação com as particularidades da experiência de
cada criança/adolescente.

Adolescente acolhida, seu bebê e sua educadora de referência. Espaço de Acolhimento de


Crianças e Adolescentes no Pará.

15 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Apoio no trabalho de fortalecimento dos vínculos e de reintegração familiar: Acolhimento adequado na chegada da criança/adolescente: a retirada da criança e do
o fortalecimento dos vínculos familiares também deve ocorrer nas ações do cuidador social nos serviços adolescente do contexto familiar é marcada por diversos sentimentos (medo, raiva, tristeza, culpa),
de acolhimento. Durante as visitas, por exemplo, o cuidador pode mediar o encontro da criança e do por isso, a sua chegada ao serviço de acolhimento é um momento muito delicado e requer do cuidador
adolescente com a família e, ao invés de monitorar/vigiar a visita, estabelecer um elo comunicativo social algumas habilidades para auxiliar adequadamente a criança e o adolescente nesse processo.
com as famílias e incentivar trocas de informações e afeto com seus filhos/sobrinhos/netos.
É fundamental uma postura ética e respeitosa, compreendendo que, por trás da história de cada
criança e adolescente, há a história de suas famílias. Por isso, deve-se estar atento para a forma como as
famílias são significadas, evitando adjetivá-las como violentas, negligentes e desestruturadas.
GESTÃO EFETIVA
Dicas para o acolhimento de uma nova criança ou adolescente
no serviço de acolhimento.

1) Apresentar-se pelo nome e apresentar as demais crianças


e adolescentes que vivem na casa e os profissionais que ali
trabalham (é importante, antes da chegada de uma nova
criança/adolescente, informar os demais acolhidos e
envolvê-los nos preparativos para receber bem o(a) novo(a)
companheiro – preparar um lanche de boas-vindas, arrumar
o local onde ele vai dormir, etc.).

2) Apresentar à criança e ao adolescente o serviço, falar da forma de


funcionamento e rotina, colocando-se à disposição para atender
às suas necessidades e dúvidas. Mostre o lugar onde irá dormir e o
espaço para guardar seus pertences.

Momento de uma �isita familiar. Espaço de Acolhimento de Crianças e Adolescentes no Pará.

16 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Exemplos de perguntas e respostas
3) Evitar questionamentos sobre o motivo que ensejou o
acolhimento, a menos que a criança ou o adolescente queira
falar. Evite muitas perguntas, mas manifeste interesse por suas
necessidades naquele momento: se tem sede ou fome, se quer Eu não sei dizer, mas pode ficar
tranquilo(a) que você ficará o tempo
descansar, o que está precisando. Pouco a pouco, invista em necessário e estaremos aqui com você.
situações nas quais o acolhido possa aprender mais sobre seus QUANTO TEMPO EU
VOU FICAR AQUI?
hábitos e preferências. Para isso, é importante ter uma postura
receptiva, aberta à escuta, sensível e acolhedora.

Pode acontecer de a criança ou adolescente fazer perguntas sobre


quanto tempo ficará no acolhimento ou se vai voltar pra casa.
Nesses casos, os cuidadores não devem dar respostas que não
possuem, ou das quais não têm certeza. É importante encontrar
formas de responder a essas perguntas de forma respeitosa e afetiva.

EU VOU VOLTAR PARA É difícil não saber como as coisas


A CASA DOS MEUS vão ser, né? Eu ainda não sei como e
PAIS QUANDO? se isso vai acontecer, mas tenho
certeza de que todo mundo está se
esforçando para você estar
protegido e bem cuidado.

Fonte: Adaptado do Guia de Acolhimento Familiar (2022).

17 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
A saída do serviço de acolhimento se dá, geralmente, por
uma destas vias:

■ Reintegração familiar – retorno à família


de origem ou extensa.
■ Adoção – processo judicial no qual a criança ou o
adolescente passam a ter outra família.
■ Maioridade – ao completar 18 anos.

A importância dos rituais de despedida


A realização de rituais de despedida, quando alguma criança ou
Caixa de recados, cartas e desenhos, recurso utilizado para facilitar a adolescente for sair do serviço, é importante tanto para aquele
comunicação e a expressão de sentimentos entre crianças e adolescentes e os que vai quanto para os que ficam, pois celebra o fechamento
profissionais do serviço de acolhimento. Espaço de Acolhimento de Crianças de um ciclo e o início de outro, agora junto à sua família, e dá a
e Adolescentes no Pará. oportunidade de todos se despedirem.

Exemplos de rituais de despedida: celebrações que envolvam as


Apoio na preparação para o desligamento: a preparação pessoas que fizeram parte da vida da criança/adolescente ao longo
para o desligamento institucional da criança e do do processo de acolhimento, como um lanche especial, com troca
adolescente começa desde a sua chegada ao serviço. Isso de lembranças e mensagens (especialmente aqueles que carregam
significa que todo o período de acolhimento é demarcado valor simbólico), preparação de um álbum de fotos e lembranças
por ações que objetivam garantir a provisoriedade, com dos momentos vivenciados durante o acolhimento, entre outros.
vistas a possibilitar sua reintegração à família ou, quando
isso não for possível, seu encaminhamento para adoção.
Dessa forma, é importante dar oportunidade para que
as crianças e adolescentes entrem em contato com o que
sentem, pensam e planejam em relação a esse momento.

18 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
SAIBA MAIS Apoio nas atividades escolares: além da função de acompanhar a criança e o adolescente à
escola, o cuidador social, com a supervisão do pedagogo, quando for o caso, deve auxiliar a criança
As mudanças na vida de crianças e adolescentes, devido à e o adolescente em suas atividades escolares, incentivando e contribuindo com o processo de
medida de acolhimento, requerem empatia, especialmente aprendizagem do acolhido. Também é uma forma de demonstrar interesse pela vida da criança e
do adolescente, além de ser oportuno para estreitar laços e dialogar sobre o dia a dia na escola.
nos momentos de chegada no serviço e no momento do
desligamento. A oficina “Chegadas e Partidas: Trabalhando
as Transições no Acolhimento”, promovida pelo Instituto
Fazendo História, de 2021, traz discussões importantes sobre
isso (PINHEIRO et al., 2022). Acesse a oficina no link:
www.familiaacolhedora.org.br/guia/601.

Orientação escolar no ser�iço de acolhimento à cuidadora social e adolescentes acolhidas.


Espaço de Acolhimento de Crianças e Adolescentes no Pará.

Trecho de uma carta de despedida escrita por uma adolescente à cuidadora


social do serviço de acolhimento.
Espaço de Acolhimento de Crianças e Adolescentes no Pará.

19 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Organização de atividades de lazer em espaços externos ao serviço de acolhimento: Auxílio à criança e ao adolescente para lidar com sua história de vida, fortalecimento
o cuidador social pode incluir como parte da rotina do serviço atividades que favoreçam a da autoestima e construção da identidade: essa atribuição pode ser realizada no formato de
convivência comunitária das crianças e adolescentes, inclusive engajando-se em brincadeiras, de oficinas de contação de histórias em rodas de conversas para a discussão de temas diversificados.
forma a estreitar laços e fortalecer vínculos afetivos. Além disso, essa prática contribui para a É uma prática que favorece o desenvolvimento cognitivo e possibilita a elaboração afetiva e
superação da segregação e confinamento de crianças e adolescentes em situação de acolhimento. emocional. Crianças e adolescentes têm diferentes formas de expressar seus pensamentos, que
podem ser por meio do canto, conto, brincadeira, imitação. Por isso, no cuidado a esse público,
é preciso estar aberto e ter flexibilidade nos processos de conversação, oferecendo diferentes
possibilidades de expressão.

Cuidadora social brincando com acolhidos em área externa ao ser�iço. Espaço de Acolhimento
de Crianças e Adolescentes no Pará.

Ati�idade de contação de histórias no ser�iço de acolhimento. Espaço de Acolhimento de


Crianças e Adolescentes no Pará.

20 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
DICAS DE LEITURAS E MÍDIAS Para crianças:
Um recurso importante para abrir canais de diálogo com
crianças e adolescentes é a literatura infanto-juvenil, Título Autor Editora
que trata, de forma sensível e lúdica, de temas que, muitas
vezes, são de difícil elaboração. Veja a seguir algumas O coração e a garrafa Oliver Jeffers Salamandra
sugestões, retiradas do “Guia de Acolhimento Familiar” O livro do adeus Todd Parr Panda Books
(2022), de livros para crianças e adolescentes que falam
sobre perda, luto, separações e sentimentos com crianças Sinto o que sinto:
e a incrível história Lázaro Ramos Carochinha
e adolescentes. de Asta e Jaser

Odilon Moraes e
Lá e aqui Pequena Zahar
Carolina Moreyra

Vô, eu sei domar abelhas Isabel Pin e MonikaFeth Brinque Book

Lino André Neves Paulinas

O livro dos sentimentos Todd Parr Panda Books

Vai embora grande


Gilda de Aquino Brinque Book
monstro verde

Pedro vira porco-espinho Janaína Tokitaka Jujuba

O monstro das cores Anna Llenas Aletria

E foi assim que eu e a


Emicida Companhia das Letrinhas
escuridão ficamos amigas

Cristina Núñez Pereira


Emocionário Sextante
e Rafael R. Valcárcel

O menino que chovia Cláudio Thebas Companhia das Letras

21 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Para adolescentes: QR CODE
Aponte a câmera do seu dispositivo móvel (smartphone ou
tablet) para o QR Code ao lado e assista ao vídeo sobre como
Título Autor Editora lidar com comportamentos desafiadores, ou acesse o link:
https://youtu.be/WyJ2JaLdqOY.
Nós Eva Furnari Global

A parte que falta Shel Silverstein Companhia das Letrinhas


Lidando com comportamentos desafiadores
Matilda Roald Dahl WMF Martins Fontes
É importante saber que alguns comportamentos são comuns de
Kafka e a boneca viajante Jordi Sierra i Fabra Martins Fontes serem expressos no acolhimento. Por exemplo, bebês podem
apresentar irritabilidade, alterações de sono, alimentação e
nas funções gastrointestinais; crianças podem demonstrar
Que tal assistir a filmes ou seriados juntos? resistência às regras, agressividade ou apatia e adolescentes
podem se expressar pelo silêncio, negação e confronto.
Alguns temas podem gerar conversas e reflexões valiosas. Nesses casos, é fundamental que o cuidador social, por exemplo,
Algumas sugestões de séries e filmes para se assistir com respeite o silêncio, que não insista na comunicação, mas que
adolescentes: se coloque à disposição para quando a criança ou adolescente
quiserem falar. De igual importância, o cuidador social não
■ Anne with an E (Seriado para TV, Netflix, 2017). deve revidar à agressividade com comportamento autoritário,
■ Onde vivem os monstros (Longa-metragem dirigido por mas deve compreender e ajudar a criança ou o adolescente na
Spike Jonze, 2009). compreensão de seus sentimentos e atitudes agressivas.
■ Divertida Mente (Animação, PixarStudios, 2015) –
esse filme agrada tanto crianças quanto adolescentes. Às vezes, alguns padrões de relacionamento que a criança
e/ou adolescente vivenciou podem se repetir no acolhimento,
como um círculo vicioso: “a criança ou adolescente manifesta
uma necessidade – chora, faz birra, grita –, e o adulto interpreta
seu comportamento como uma afronta ou perturbação e então
pune e/ou castiga. Essa resposta do adulto, que não reconhece as
reais necessidades da criança e/ou adolescente, reforça a

22 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
mensagem de que ele(a) não é amado(a) e valorizado(a).
Isso pode piorar seu comportamento, de forma que passe a chorar
e/ou gritar ainda mais e ter comportamentos mais desafiadores”
(Guia de Acolhimento Familiar).

Cuidadores preparados para lidar com comportamentos


desafiadores e para entender as necessidades e formas de
comunicação das crianças e/ou adolescentes acolhidos podem
quebrar esse ciclo vicioso e oferecer respostas mais adequadas a
essas manifestações, estabelecendo, assim, um “círculo virtuoso”.
Para tanto, é necessário buscar compreender o que está por trás
dos comportamentos e responder de forma afetuosa e cuidadosa.

23 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Necessidades e
comportamentos
meninos/meninas
Desobedece, desafia, insulta, agride.

Necessidades e
comportamentos
Pensamentos e sentimentos meninos/meninas
meninos/meninas Desobedece, desafia, insulta, agride.
Não me quer nem entende. Sinto
raiva e desespero.
Círculo Pensamentos e sentimentos
dos que cuidam
vicioso Só quer chamar a atenção, ele quer
me controlar, isso me deixa irritado.

Pensamentos e sentimentos
meninos/meninas
Tente me ajudar. Sinto que me quer
bem e se preocupa comigo. Mas vou
Círculo Pensamentos e sentimentos
dos que cuidam
Comportamento dos
que cuidam
me assegurar... virtuoso Está novamente no ciclo. Isto não é
bom. Vou ajudá-lo porque sei que
Irritação, castigo, retirada de carinho. precisa de carinho e ajuda.

Comportamento dos
que cuidam
Expressão de compreensão e carinho,
com limites claros e flexíveis.

Fonte: Guia de Acolhimento Familiar (2022).

24 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
Como podemos observar, o papel do cuidador social é
fundamental para o desenvolvimento das atividades
socioeducativas, considerando o trabalho interdisciplinar a ser
desempenhado pelo serviço de acolhimento. Esse profissional
desempenha um importante papel nas atividades desenvolvidas,
requerendo habilidades específicas, aliadas a conhecimentos no
campo dos direitos humanos, sociais, educacionais, entre outros.

Trata-se de um profissional que auxilia ativamente para o


protagonismo e a autonomia de crianças e adolescentes.
Com isso, contribuem com o fortalecimento de vínculos,
convivência familiar e comunitária e reintegração familiar, além
de estimularem a construção de um projeto de vida, auxiliando
na superação de situações de fragilidades pessoais e sociais
vivenciadas pelo vínculo rompido.

SAIBA MAIS
O “Caderno do Educador Social” aborda a prática do educador/
cuidador de serviços de acolhimento para crianças e
adolescentes. Organizado pelo NECA/SP –Associação
de Pesquisadores e Formadores da Área da Criança e do
Adolescente, o documento está disponível em:
https://www.neca.org.br/wp-content/uploads/apostila-
educadores-ref-7.pdf.

25 MÓDULO 3- AS ATRIBUIÇÕES DOS CUIDADORES SOCIAIS NO TRABALHO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE DESIGN GRÁFICO SECRETARIA
SANTA CATARINA Supervisão: Sonia Trois Murilo Cesar Ramos
Airton Jordani Jardim Filho Waldoir Valentim Gomes Junior
Equipe de desenvolvimento e produção dos cursos Lais dos Santos da Silva
originais FORMAÇÃO BÁSICA NO SUAS PARA FUNÇÕES Laura Schefer Magnus NARRAÇÃO/APRESENTAÇÃO
DE NÍVEL MÉDIO e FORMAÇÃO BÁSICA NO SUAS PARA Márcio Luz Scheibel Áureo Mafra de Moraes
FUNÇÕES DE NÍVEL SUPERIOR: Nicole Alves Guglielmetti
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COORDENAÇÃO GERAL Vinicius Leão da Silva Vanessa Tavares Wilke
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REVISÃO TEXTUAL
FINANCEIRO Supervisão: Evillyn Kjellin NARRAÇÃO/AUDIODESCRIÇÃO
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CONSULTORIA TÉCNICA EAD PROGRAMAÇÃO INTÉRPRETE LIBRAS


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COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Luiz Eduardo Pizzinatto SUPERVISÃO TUTORIA
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AUDIOVISUAL Diogo Félix de Oliveira
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Andreia Mara Fiala Andrei Krepsky de Melo Thaynara Gilli Tonolli
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DESIGN INSTRUCIONAL Iván Alexis Bustingorri CONTEUDISTAS DO CURSO
Supervisão: Milene Silva de Castro Jeremias Adrian Bustingorri Dalízia Amaral Cruz
Christian Jean Abes Monica Stein Elson Ferreira Costa
Larissa Usanovich de Menezes Rodrigo Humaita Witte
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Equipe de ajuste (modelo EaD autoinstrucional) do COORDENAÇÃO DE AVEA AUDIOVISUAL
curso O CUIDADOR SOCIAL NO SISTEMA ÚNICO DE Wilton José Pimentel Filho Supervisão: Dilney Carvalho da Silva
ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS) Isaías Scalabrin Bianchi Italo Coelho Zaccaron
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COORDENAÇÃO GERAL DESIGN INSTRUCIONAL
Susan Aparecida de Oliveira Supervisão: Joyce Regina Borges SECRETARIA
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FINANCEIRO
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Supervisão: Sonia Trois Áureo Mafra de Moraes
CONSULTORIA TÉCNICA EAD Vinicius Costa Pauli
Giovana Schuelter Vinicius Leão da Silva INTÉRPRETE LIBRAS
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COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO REVISÃO TEXTUAL
Waldoir Valentim Gomes Junior Supervisão: Fábio Bianchini Mattos CONTEUDISTAS DE AJUSTES
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CONTROLE DE QUALIDADE PROGRAMAÇÃO Daniele Cima Cardoso
Luciano Patrício Souza de Castro Supervisão: Bruno Fuhrmann Kehrig Silva Gissele Carraro
Cleberton de Souza Oliveira Luziele Maria de Souza Tapajós
Luan da Silva Moraes Marcilio Marquesini Ferrari
O CUIDADOR SOCIAL
NO SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)

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