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Planejamento

Políticas e Organização
Públicas
Pessoal
e noSocial
Assistência Trabalho

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Módulo
Módulo

Desenvolvimento
Políticas Pessoal
Públicas Setorias
Fundação Escola Nacional de Administração Pública

Diretoria de Desenvolvimento Profissional

Conteudista/s
Mariana de Sousa Machado Neris (Conteudista, 2021).

Enap, 2021
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
1. Principais programas da assistência social....................................................... 5

2. Benefícios da assistência social........................................................................ 12

3. Serviços socioassistenciais tipificados............................................................. 14

4. Oportunidades de projetos socioassistenciais................................................ 17

5. Parcerias com organizações da sociedade civil............................................... 19

Referências.............................................................................................................. 23
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Módulo

3 Assistência social na prática

1. Principais programas da assistência social

Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de detalhar os principais programas
relacionados ao campo socioassistencial e sua relação com a gestão municipal.

Na prática, a assistência social é conhecida a partir das suas provisões, das suas
entregas, dos seus benefícios voltados diretamente à população. Apesar do senso
comum assim a consolidar (a partir da concretização do direito), é fundamental nos
lembrarmos de que há elementos invisíveis que estruturam esse sistema protetivo,
que é organizado, descentralizado, que distribui responsabilidades entre os entes,
compromissos entre poder público e sociedade civil, e é regido por critérios
republicanos e universais de participação e controle social.

Agora convidamos você a conhecer alguns dos principais programas, serviços,


projetos e benefícios que traduzem a proteção socioassistencial a famílias e
indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco.

Principais programas na assistência social

Você já deve ter ouvido falar em programas, certo? Na assistência social, os programas
são conhecidos por integrarem a rede SUAS de forma complementar aos serviços.
Em teoria, os programas são ações que possuem início, meio e fim, e tendem a
responder a objetivos claramente definidos, em geral, voltados ao enfrentamento da
pobreza, de práticas violadoras de direitos, ou mesmo de promoção da autonomia
e da participação social.

A LOAS, em seu artigo 24, define os programas de assistência


social:

“Art. 24. Os programas de assistência social compreendem ações

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integradas e complementares com objetivos, tempo e área de
abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os
benefícios e os serviços assistenciais.

§ 1º Os programas de que trata este artigo serão definidos pelos


respectivos Conselhos de Assistência Social, obedecidos os
objetivos e princípios que regem esta lei, com prioridade para a
inserção profissional e social.

§ 2º Os programas voltados para o idoso e a integração da pessoa


com deficiência serão devidamente articulados com o benefício
de prestação continuada estabelecido no art. 20 desta Lei.

São programas importantes para a assistência social:

a) Programa Bolsa Família – PBF: é um programa de complementação


de renda a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. O objetivo é
proporcionar segurança alimentar e nutricional, segurança de renda, de autonomia,
de sobrevivência a riscos, combate à pobreza e à privação. Além disso, o PBF promove
o acesso à rede de serviços públicos, como saúde, educação, segurança alimentar e
assistência social.

Em 2021, com a Medida Provisória nº 1.061, de 09 de agosto de 2021, e o Decreto


nº 10.852, de 08 de novembro de 2021, o programa Bolsa Família foi convertido
para o Programa Auxílio Brasil. Acesso este link para saber mais.

Por meio do Cadastro Único dos Programas Sociais (CadÚnico),


um sistema informatizado que coleta as informações prestadas
pelo agente público que o opera, é feito o registro da família. A
partir dessas informações, é realizada a avaliação de composição
da renda e de outros fatores de vulnerabilidade que podem
indicar o encaminhamento para algum serviço de proteção do
SUAS ou de outras políticas setoriais. O Centro de Referência
da Assistência Social (CRAS), ou outra unidade no município ou
Distrito Federal que realize o CadÚnico, presta atendimento e
informações à família, que receberá em sua residência um cartão
para saque do benefício mensalmente, sem intermediários, por
depósito bancário realizado em cartão magnético fornecido pela
Caixa Econômica Federal.

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Para permanecer no PBF, a família deve cumprir algumas
condicionalidades, isto é, deve possuir o perfil de renda
permanência, cumprir as metas de saúde e de educação e manter
o seu cadastro sempre atualizado.

São atendidas pelo Programa Bolsa Família quase 14 milhões de


famílias com os seguintes patamares de renda (Fonte: BRASIL,
2021):

– todas as famílias com renda por pessoa de até R$ 89,00 mensais


(famílias em situação de extrema pobreza);

– famílias com renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178,00 mensais,


desde que tenham crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos
(famílias em situação de pobreza com crianças e adolescentes).

b) Programa Criança Feliz – PCF: de caráter intersetorial, tem a finalidade


de promover o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância,
considerando sua família e seu contexto de vida. Sua principal ação é a realização
de visitas domiciliares diretamente na residência da família incluída no programa.
Essas visitas fortalecem os vínculos e as competências da família para o cuidado
das crianças, além de promoverem intervenções singulares, pertinentes a cada
realidade. Para aderir ao Programa Criança Feliz, acesse:

https://aplicacoes.mds.gov.br/snas/termoaceite/crianca_feliz_2016/index.php

De acordo com informações do Ministério da Cidadania, o


Programa Criança Feliz está presente em todas as unidades da
federação, em aproximadamente 1.000 municípios (2021). São
público prioritário do programa: gestantes, crianças de até 3 (três)
anos e suas famílias beneficiárias do Bolsa Família; crianças de
até 6 (seis) anos e suas famílias beneficiárias do BPC; e crianças
de até 6 (seis) anos afastadas do convívio familiar em razão da
aplicação de medida protetiva prevista no Estatuto da Criança e
do Adolescente.

O investimento na primeira infância tem base em estudos


científicos que levaram James Heckman à premiação do Nobel de
Economia. Segundo o pesquisador, o investimento na primeira
infância é uma estratégia eficaz para o crescimento econômico.

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Isso porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade,
o cérebro se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim,
é mais fácil incentivar habilidades cognitivas e de personalidade
necessárias ao sucesso na escola, na saúde, na carreira e na vida.

c) Programa BPC na escola: tem como objetivo a inclusão e a permanência


na escola de crianças com deficiência beneficiárias do Benefício de Prestação
Continuada (BPC), em idade escolar. Por meio de ações intersetoriais envolvendo a
União, os estados, os municípios e o Distrito Federal, é possível identificar barreiras
que impedem ou dificultam o acesso e a permanência de crianças e adolescentes
com deficiência na escola.

A adesão ao Programa é feita pelo prefeito municipal – com CPF e senha próprios
– por meio do Sistema do Programa BPC na Escola. Para tanto, é necessário que
o gestor municipal de assistência social delegue, pelo Sistema de Autenticação e
Autorização (SAA), o perfil do Programa para que o prefeito acesse o Sistema BPC
na Escola.

Para outras orientações, acesse: https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/


assistencia_social/Cadernos/BPCnaEscola_1011.pdf

Podem ser encontradas barreiras físicas, de comunicação,


como a ausência de acessibilidade (uma rampa, um programa
de computador, um intérprete de libras, entre outros), como
também barreiras atitudinais, ou seja, a própria família ou a
criança não acredita que seja capaz de aprender e de se socializar
na escola.

Com esse diagnóstico, obtido por meio de questionário aplicado


pela assistência social em visitas à residência dos beneficiários,
são acionadas as demais políticas setoriais com vistas à superação
dos fatores que levam à exclusão educacional.

d) Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – Peti: de caráter intersetorial,


tem como objetivo contribuir para a retirada de crianças e adolescentes com idade
inferior a 16 anos em situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a
partir de 14 anos.

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Campanha do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil

O trabalho infantil é considerado uma das mais graves violações


de direitos e deve ser combatido por meio de um conjunto
integrado e intersetorial de ações articuladas no território com
vistas à superação do ciclo de exploração do trabalho infantil e
de desproteção das famílias, muitas vezes presente em toda a
cadeia produtiva. Para isso, as famílias com crianças retiradas
do trabalho infantil são inseridas no Cadastro Único, incluídas
no Programa Bolsa Família – conforme recorte de renda –, além
de serem encaminhadas para acompanhamento familiar pelos
serviços da rede de proteção social básica e especial, conforme
necessidades.

Cabe ressaltar que houve um redesenho metodológico do programa, no qual as


conhecidas “jornadas ampliadas” foram substituídas por acesso aos Serviços de
Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Além disso, as famílias passaram a
integrar o Serviço de Proteção Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), ofertados
pelos Centros de Referência Especializados de Assistência Social, com vistas a um
atendimento especializado e contínuo. A bolsa-Peti, o componente de renda que era
transferido às famílias por ocasião da exploração do trabalho infantil, foi extinta, e o
acesso ao componente de renda para a família ocorre por intermédio do Programa
Bolsa Família.

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O Observatório da Prevenção e da Erradicação do Trabalho Infantil
traz informações detalhadas sobre o tema por município: https://
smartlabbr.org/trabalhoinfantil.

O Brasil ratificou a Convenção 182 da OIT, que trata das piores


formas de trabalho infantil, e, em 2008, divulgou a lista das piores
formas de trabalho infantil – Lista TIP, com o detalhamento de 93
formas de trabalho que prejudicam o desenvolvimento infantil.
Entre as piores formas, são destacadas as quatro mais graves:

I - todas as formas de escravidão ou práticas análogas, tais como


venda ou tráfico, cativeiro ou sujeição por dívida, servidão,
trabalho forçado ou obrigatório;

II - a utilização, demanda, oferta, tráfico ou aliciamento para


fins de exploração sexual comercial, produção de pornografia ou
atuações pornográficas;

III - a utilização, recrutamento e oferta de adolescente para outras


atividades ilícitas, particularmente para a produção e tráfico de
drogas; e

IV - o recrutamento forçado ou compulsório de adolescente para


ser utilizado em conflitos armados.

É compromisso de todo gestor combater todas as formas de


trabalho infantil, sejam elas leves ou graves, igualmente danosas
para o desenvolvimento infantil. As exceções são os trabalhos
realizados a partir dos 16 anos, ou aos 14, dentro de programas
regulares de aprendizagem, desde que não sejam perigosos ou
degradantes para os adolescentes. Em seu município, desenvolva
campanhas, mobilizações, capacitações, entre outras iniciativas,
que proporcionem essa mudança de cultura.

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e) Programa Nacional de Capacitação do SUAS – Capacita SUAS: integra a Política
Nacional de Educação Permanente do SUAS e objetiva promover a capacitação de
profissionais que atuam diretamente nos territórios. É coordenado em âmbito
nacional pelo Ministério da Cidadania em parceria com os governos estaduais por
meio da rede de Instituições de Ensino Superior. Visa a oportunizar a gestores,
trabalhadores e conselheiros da assistência social o acesso à qualificação, aos
conhecimentos, aos conteúdos atualizados, desenvolvendo habilidades e atitudes
essenciais ao desempenho de suas atribuições.

f) Programa Acessuas Trabalho: visa a promover a integração dos usuários da


assistência social no mundo do trabalho, a partir da mobilização e do encaminhamento
para cursos de qualificação profissional e inclusão produtiva. São prioritários para
ingresso no Acessuas populações urbanas em situação de vulnerabilidade e risco
social, residentes em municípios integrantes do Programa, com idade mínima de 16
anos, com prioridade para usuários de serviços, projetos, programas de transferência
de renda e benefícios socioassistenciais.

Para mais informações sobre o Acessuas Trabalho, acesse: http://


www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/
Acessuas.pdf.

Ações da gestão municipal na assistência social – programas

Todos os programas nacionais divulgados anteriormente dispõem de abrangência


municipal. Cada qual com suas regras específicas e finalidades e com a dimensão de
fortalecer e apoiar a oferta de serviços continuados.

Os programas nacionais não inviabilizam a criação de programas


de abrangência local ou regional. O que deve ser observado, além
do caráter complementar, é a sua relação de convergência com os
princípios e as diretrizes do SUAS.

Por exemplo, há programas de complementação de renda por meio da destinação de


cartões de alimentação para pessoas em situação de baixa renda em determinadas
cidades. Há ainda outros tipos de programa que visam a apoiar populações e grupos
populacionais tradicionais específicos, que devem ser regulamentados de forma
local, como o programa de atenção às marisqueiras, o programa de assessoramento
e prevenção de violações de direitos no campo, entre outros.

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2. Benefícios da assistência social

Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de detalhar benefícios socioassistenciais e
sua relação com a gestão municipal.

Olá, Prefeito! Olá, Prefeita! Vocês com certeza já ouviram falar no BPC-LOAS, certo?
Pois então, esse é um benefício assistencial, integrante da proteção social básica
do SUAS. Os benefícios surgem como direito constitucional, classificados como
benefícios continuados ou benefícios eventuais, com finalidades e abrangência
distintas. Podem ser concedidos em forma de pecúnia, ou seja, em valores
monetários, ou entregues na forma de serviços e bens.

Vamos assistir agora à entrevista que Mariana Neris, assistente social e atual
Secretária Nacional de Proteção Global do MMFDH, fez com o Diretor de Benefícios
do Ministério da Cidadania, André Rodrigues Veras. Eles conversaram sobre os
tipos de benefícios na assistência social, suas diferenças e como acessá-los no seu
município. Acompanhem!

Vídeo 3 - Benefícios na assistência social

https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo03_video04.mp4

Embora seja operacionalizado pelo Instituto Nacional do Seguro


Social (INSS), o BPC é um benefício assistencial – e não previdenciário
– de natureza não contributiva, ou seja, não há exigência de
contribuição por parte do beneficiário.

Uma característica do BPC é o aspecto compensatório em


virtude das vulnerabilidades agravadas pela deficiência ou
idade avançada que possam influenciar no grau de autonomia
ou de participação na vida social. Tais barreiras podem ser tão
determinantes para a vida dessas pessoas que o risco de não
sobrevivência se torna elevado sem esse suporte de renda.

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O requerimento do BPC é realizado nas Agências da Previdência
Social (APS) ou pelos canais de atendimento do INSS: pelo telefone
135 (ligação gratuita) ou pelo site ou aplicativo de celular (Meu
INSS): https://meu.inss.gov.br/central/#/login.

O BPC é reconhecido nacional e internacionalmente como


uma importante conquista de direitos no campo da proteção
social no Brasil. Esse benefício apresenta-se como uma solução
vital para os beneficiários e suas famílias, em grande medida,
por proporcionar ao conjunto familiar segurança de renda e
de sobrevivência. É por meio desse benefício que se garante o
consumo de bens básicos de alimentação, acesso a tratamentos
de saúde, custeio de moradia, entre outros, além de se constituir
como uma estratégia de fortalecimento de vínculos familiares,
evitando o abandono e a violência doméstica.

Assista ao vídeo institucional sobre o BPC, com tradução para


Libras.

Embora seja operacionalizado pelo Instituto Nacional do Seguro


Social (INSS), o BPC é um benefício assistencial – e não previdenciário
– de natureza não contributiva, ou seja, não há exigência de
contribuição por parte do beneficiário.

O BPC não gera renda apenas para a família, mas promove também o desenvolvimento
econômico em seu município. A renda do benefício gera consumo, o que movimenta
o comércio local. Portanto, apoie e incentive as ações voltadas à qualidade de vida
de idosos e de pessoas com deficiência em seu município!

A regulamentação dos benefícios eventuais e a organização


do atendimento aos beneficiários são responsabilidade dos
municípios e do Distrito Federal, os quais devem observar os
critérios e prazos estabelecidos pelos respectivos Conselhos
de Assistência Social. Os estados são responsáveis pelo
cofinanciamento dos benefícios eventuais e pelo apoio técnico
junto aos municípios.

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Para solicitar o benefício eventual, o cidadão deve procurar
as unidades da assistência social no município ou no Distrito
Federal. A oferta desses benefícios também pode ocorrer por
meio de identificação de indivíduos e famílias em situação
de vulnerabilidade nos atendimentos feitos pelas equipes da
assistência social.

• E o que não são benefícios eventuais?

Não são benefícios eventuais as provisões que visam a atender a vulnerabilidades


cotidianas, previsíveis, e também os itens sob a responsabilidade de outras políticas
sociais, como saúde, educação, habitação, segurança alimentar e nutricional e
outras políticas setoriais. Dessa forma, respostas continuadas a situações cotidianas
e previsíveis ou de outras políticas devem ser planejadas e encaminhadas para
suas respectivas políticas, uma vez que os benefícios eventuais devem ser restritos
somente às respostas da assistência social para situações excepcionais.

Vale ressaltar, nessa direção, a Resolução CNAS nº 39, de 9 de dezembro de 2010, que
dispõe expressamente que órteses, próteses (aparelhos ortopédicos e dentaduras,
por exemplo), cadeiras de rodas, muletas, óculos, medicamentos, pagamento de
exames médicos, apoio financeiro para tratamento de saúde fora do município,
transporte de doentes, leites e dietas de prescrição especial, fraldas descartáveis,
bem como outros itens, não são benefícios eventuais.

3. Serviços socioassistenciais tipificados

Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de caracterizar os serviços socioassistenciais
tipificados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).

É muito importante que se compreendam as diferenças de serviços na assistência


social, porque possuem objetivos e características distintas. Os serviços são
diferenciados entre de proteção social básica e de proteção social especial (média
e alta complexidades). Vamos assistir ao vídeo que aborda a tipificação nacional de
serviços socioassistenciais caracterizando cada serviço?

Vídeo 4 - Tipificação nacional de serviços socioassistenciais caracterizando cada


serviço

https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo03_video04.mp4

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A atenção na proteção social especial tem como objetivo principal
contribuir para a prevenção de agravamentos e potencialização
de recursos para a reparação de situações que envolvam
risco pessoal e social, violência, fragilização e rompimento
de vínculos familiares, comunitários e/ou sociais. Entre as
situações abordadas, encontram-se: violência física, psicológica
e negligência; abandono; violência sexual; situação de rua;
trabalho infantil; cumprimento de medidas socioeducativas em
meio aberto; afastamento do convívio familiar, entre outras.

O Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) é definido


como “a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional,
destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em
situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que
demandam intervenções especializadas da proteção social especial”. Com interface
com as demais políticas públicas, tem função de articulação, coordenação e oferta
de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social.

São usuários do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado


a Famílias e Indivíduos (PAEFI): famílias e indivíduos que por
ocorrência de: violência física, psicológica e negligência; violência
sexual: abuso e/ou exploração sexual; afastamento do convívio
familiar devido à aplicação de medidas socioeducativas ou medidas
de proteção; tráfico de pessoas; situação de rua e mendicância;
abandono; vivência de trabalho infantil; discriminação em
decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia; outras formas
de violação de direitos decorrentes de discriminação/submissões
a situações que provocam danos e agravos à sua condição de vida
e os impedem de usufruir autonomia e bem-estar.

Ações da gestão municipal na assistência social – serviços

Agora que você conhece as previsões de serviços tipificados na assistência social, é


possível realizar uma gestão que tenha como prioridade a manutenção, a qualificação,
a estruturação e o fortalecimento dessa rede protetiva. Você, Prefeito e Prefeita, já
deve ter conhecimento sobre as estruturas de oferta existentes em seu município.
Se ainda não conhece, pode conhecer todas as unidades e serviços ofertados por
meio de consulta ao Relatório de Informações Sociais de seu município, por meio

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deste link https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php.

É essencial que as informações e os dados sobre os serviços e unidades de atendimento,


sejam elas públicas ou executadas por entidades da rede socioassistencial, estejam
atualizadas no Cadastro das Unidades do SUAS (CADSUAS).

Tela do CadSUAS para consulta das unidades prestadoras de serviços do SUAS

IGDSUAS

Outro aspecto de grande relevância para a sua gestão é a oportunidade de


demonstrar uma boa execução dessas ofertas por meio de informações prestadas
no Censo SUAS. Com o preenchimento de formulários específicos sobre as unidades
prestadoras de serviços, é possível estabelecer indicadores que sinalizam a qualidade
da oferta realizada. São esses indicadores que compõem o Índice de Gestão
Descentralizada do SUAS (IGDSUAS), que sinalizam o percentual de desempenho
da gestão na implementação, execução e monitoramento dos serviços, programas,
projetos e benefícios de assistência social, bem como na articulação intersetorial.
Ao mesmo tempo, visa a incentivar a obtenção de resultados positivos na gestão e
o alcance de patamares de qualidade do sistema.

De acordo com o desempenho obtido no município, é estabelecido um valor de


referência para repasse por meio da modalidade fundo a fundo a título de incentivo
para o aprimoramento da gestão do SUAS em âmbito local.

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O IGDSUAS é um índice que varia de 0 (zero) a 1 (um). Quanto
mais próximo de 1 estiver o índice, melhor será o desempenho da
gestão e maior poderá ser o valor do apoio financeiro repassado
aos entes como forma de incentivo ao aprimoramento da gestão,
respeitando o teto orçamentário e financeiro. As variáveis
selecionadas para composição do índice apontam aos gestores
quais aspectos da gestão precisam ser melhorados, e o repasse
visa a recompensar os esforços realizados por cada município, DF
e estado no alcance dos resultados.

Acesse o caderno do IGDSUAS para mais informações.

4. Oportunidades de projetos socioassistenciais

Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer oportunidades de projetos
na área da assistência social e ações municipais relacionadas.

Os projetos na assistência social possuem natureza não continuada e existem para


fortalecer serviços, programas e benefícios. A LOAS define, no art. 25, os projetos
de enfrentamento da pobreza como a instituição de investimento econômico-social
nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que
lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para melhoria das condições
gerais de subsistência, elevação do padrão da qualidade de vida, preservação do
meio ambiente e sua organização social.

Os projetos mais comuns são os convênios ou parcerias, firmados entre entes


públicos e entidades privadas, para a realização de um serviço ou uma atividade de
assessoramento à gestão. Esses projetos podem prever a contratação de serviços
de terceiros para capacitação ou desenvolvimento de alguma atividade técnica
especializada, que não é coberta por funções de gestão administrativa, por exemplo.

Entre os projetos realizados pelo governo federal, podemos


exemplificar o Projeto da Operação Acolhida, em Roraima, que
consiste no acolhimento e apoio à interiorização de imigrantes

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venezuelanos que ingressam ao Brasil em busca de refúgio ou
assistência humanitária.

Conheça a estratégia que já transformou a vida de 50 mil


refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil

Há ainda os projetos de enfrentamento às situações de emergência ou de calamidades


públicas, que se dedicam a prover, de forma imediata, necessidades básicas de
sobrevivência, como a implantação de abrigos emergenciais e a proteção integral de
pessoas que desocuparam seus domicílios em razão de danos ou ameaça de danos,
na condição de desalojadas, que não necessitam de abrigo por possuírem outra
forma de alocação, ou desabrigadas, que precisam de abrigo a ser providenciado
pelo governo.

Outras iniciativas de projetos podem ser firmadas por meio de editais de chamamento
público para parcerias locais, seguindo o regramento do MROSC, para execução de
fomento ou colaboração em âmbito municipal.

Entenda o MROSC - Marco Regulatório das Organizações da


Sociedade Civil: Lei 13.019/2014

Há projetos de estruturação da rede socioassistencial que são


realizados de forma a qualificar ofertas já existentes ou inovar
em algum aspecto. Um exemplo disso é a modernização de
computadores para o Serviço de Convivência e Fortalecimento
de Vínculos ou para o Programa Bolsa Família. Ambos os projetos
visam a adquirir novos equipamentos em substituição aos itens
defasados, com o objetivo de aprimorar programas existentes.

Projetos de mobilização para enfrentamento de situações


específicas são comuns, como de arrecadação de agasalhos e
cobertores, em determinada época do ano, para serem doados
a pessoas em situação de rua. Embora pareça uma ação social
realizada por voluntariado ou assistencialismo, esse projeto
deve integrar as ofertas do SUAS em complementaridade aos
serviços continuados, com critérios de distribuição baseados em
parâmetros democráticos e participativos.

A aquisição de um veículo adaptado para uma APAE, que presta o


Serviço de Proteção Especial para pessoas com deficiência, idosas
e suas famílias, pode ser um projeto inovador. Outros exemplos

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de projeto: a aquisição de materiais de consumo, a contratação
de serviços (pessoa física ou jurídica), entre outros. As obras
de construção, ampliação, reforma, adaptação e adequação de
unidades de oferta também são exemplos de projetos a serem
desenvolvidos no SUAS.

Em geral, projetos socioassistenciais são realizados de forma articulada com outras


políticas públicas, na interseção de abrangência. Projetos que integram saúde,
trabalho, habitação, emprego e renda, mobilidade urbana, esporte, lazer, segurança
pública, são alguns exemplos.

Cofinanciados com recursos federais e municipais/estaduais/distritais, os projetos


realizam-se de acordo com os critérios e procedimentos estabelecidos na NOB/
SUAS e PNAS/SUAS. Normalmente, os projetos são cofinanciados com recursos
provenientes de emendas parlamentares.

4. Parcerias com organizações da sociedade civil

Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer os procedimentos de
realização de parcerias com organizações da sociedade civil.

São muito diversificadas as oportunidades de atuação na assistência social. Não é


apenas o poder público que possui atuação junto à questão social. A sociedade civil
também tem um espaço de atuação.

Os serviços, os programas e os projetos de assistência social no SUAS podem ser


realizados por meio de organizações governamentais ou não governamentais.

Organizações governamentais

As secretarias e fundações a serviço do poder público que


promovem a gestão pública do SUAS, que prestam serviços de
proteção social básica e de proteção social especial nos municípios,
nos estados e no Distrito Federal, que realizam a gestão
orçamentária e financeira dos fundos, a gestão administrativa
dos Conselhos e Comissões Intergestores, entre outras. Exemplos
disso são os CRAS e os CREAS, unidades públicas administradas

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por representantes das Prefeituras ou dos Governos de Estado.

Organizações não governamentais

Também de interesse público, mas de natureza privada.


Dentro desse grupo, há unidades que possuem em sua missão
institucional o interesse lucrativo e há outras que não possuem.
Estas são denominadas de Organizações da Sociedade Civil sem
fins lucrativos (OSCs) ou entidades sociais.

As OSCs existem por iniciativa da sociedade há muito mais


tempo do que o SUAS. Elas já sofreram diversas reformulações
e hoje estão estruturadas sob um regramento normativo que
lhes assegura direitos decorrentes de ações desenvolvidas para
a sociedade de forma integrada aos sistemas protetivos públicos.
Esse regramento foi recentemente consolidado no Marco
Regulatório das Organizações da Sociedade Civil – MROSC (Lei
nº 13.019/2014), que contém a normatização de parcerias que o
poder público pode realizar com essas entidades.

A assistência social dispõe de três camadas de reconhecimento das OSCs, as quais


lhes posicionam em status diferentes para acesso a direitos e também deveres
distintos. O infográfico a seguir apresenta essas diferenças.

Principais direitos acessados por organizações da sociedade civil no


SUAS, por nível de reconhecimento:

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Inscrição no Conselho de Assistência Social municipal, estadual
ou do Distrito Federal:

Consiste no registro de suas previsões estatutárias, seu


relatório de atividades e plano de ação, em conformidade com
os regramentos definidos localmente. Essa etapa é decisiva na
caracterização da natureza da entidade, pois é o Conselho quem
analisa o pedido à luz dos normativos do SUAS e quem aprova
(ou não) o pedido de inscrição. De posse da inscrição como
oficialmente de assistência social, a OSC pode prosseguir com a
oferta de serviços ou programas e, ainda, caso deseje, participar
de decisões colegiadas no Conselho, mediante apresentação de
candidato que represente a instituição para cumprimento de
mandato eleitoral no Conselho, previsto para ocorrer a cada dois
anos. Independentemente de participação ativa no Conselho,
é importante destacar que todas as organizações inscritas
estão sujeitas ao controle social por parte dos Conselhos. Isso
quer dizer que poderão receber visitas, ser acompanhadas,
fiscalizadas e, eventualmente, poderão receber recomendações
para adequações de suas ofertas em conformidade com as
normativas nacionais.

Cadastro Nacional de Entidades (CNEAS):

Preenchido pelo gestor da assistência social municipal a partir


de informações fornecidas pela OSC, tendo como pré-requisito
a inscrição no Conselho. Nesse nível de reconhecimento, a
entidade amplia sua forma de participação no SUAS. Uma vez
cadastrada, está apta a pleitear as oportunidades de parcerias
para a prestação de serviços ou programas afins à sua atividade
principal. O acesso ao cadastro ocorre em sistema informatizado
do governo federal, mediante preenchimento de login e senha
a ser disponibilizada pelo Ministério da Cidadania. Essa senha
é pessoal e intransferível. O CNEAS é uma exigência normativa
para uma entidade receber recursos provenientes de emenda
parlamentar. Só é importante destacar que o recurso não é
repassado diretamente à entidade, mas na modalidade fundo a

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fundo, isto é, do Fundo Nacional de Assistência Social diretamente
ao Fundo de Assistência Social do Município ou do Distrito Federal.
Com esse modelo, cabe ao gestor local celebrar uma parceria
(convênio, fomento ou colaboração) com a entidade, seguindo os
normativos previstos no Marco Regulatório das Organizações da
Sociedade Civil (MROSC) para execução do serviço ou programa,
e então realizar o repasse devido.

Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social


(CEBAS):

Conhecido como certificado de filantropia, esse certificado é


emitido pelo governo federal para entidades não governamentais
que possuam atuação na assistência social, na educação ou na
saúde (a entidade pode ter atuação em uma ou mais áreas). Caso a
entidade exerça atuação em mais de uma área, ela deverá solicitar
a sua certificação na área em que tiver maior gasto. Ou seja, se
for um hospital que tenha uma creche pequena, a certificação
deverá ser realizada pelo Ministério da Saúde. Se a organização
for uma universidade com um pequeno ambulatório médico
para atendimento comunitário, deverá procurar o Ministério da
Educação. Por fim, se a entidade atuar principalmente em algum
serviço ou programa de assessoramento na assistência social,
deverá solicitar a certificação para o Ministério da Cidadania.
Esse certificado tem duração de dois anos e pode ser renovado
mediante atualização de informações e avaliação do respectivo
Ministério. Com essa certificação, a entidade pode pleitear junto
à Receita Federal do Brasil isenções de impostos que oneram
a sua folha de pagamento, o que representa uma forma de
financiamento indireto da União perante a entidade. Uma vez
certificada por um dos ministérios, não é necessário o ateste
de outro ministério: a cobertura das isenções atinge a toda a
entidade. Ou seja, se ela for mista, a certificação terá efeito sobre
todas as áreas de atuação.

Para maiores informações sobre o preenchimento do CNEAS,

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acesse: http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/entidade-
de-assistencia-social/cadastro-nacional-de-entidades-de-
assistencia-social-2013-cneas.

O Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social


(CEBAS), conhecido como Certificado de Filantropia, embora
tenha o nome beneficente e remeta, ao menos no senso comum,
à filantropia, é uma forma de reconhecimento público do Estado
Brasileiro perante a atuação de entidades da sociedade civil na
provisão de direitos essenciais à população, tais como o direito
à saúde, o direito à educação e o direito à assistência social. Por
isso, é importante que você, gestor, apoie as entidades de seu
território com iniciativas do tipo:

- Estruturação dos conselhos de assistência social para que estes


realizem as inscrições das entidades de forma satisfatória, como
a garantia de espaço físico para as atividades, de profissionais,
insumos, recursos para realização de visitas de avaliação e
fiscalização, apoio na realização de reuniões ordinárias, apoio no
processo eleitoral de conselheiros representantes da sociedade
civil, apoio à participação social, entre outras ações.

- Apoio na prestação dessas ofertas das entidades, na


regularização documental, na inclusão dos profissionais em
programas de educação permanente do SUAS de sua cidade, na
divulgação de oportunidades de editais de chamamento público
para oportunidades de financiamento, entre outros;
Preenchimento das informações da entidade nos sistemas de
informação do SUAS, a exemplo do CNEAS, do Censo SUAS, do
CadSUAS.
- Fomento a parcerias que envolvam repasses de recursos,
incluindo o apoio técnico para que as entidades possam
gerir adequadamente os recursos, em conformidade com as
normativas e em cumprimento às suas atividades finalísticas.

- Estímulo à participação dessas organizações no planejamento


e na avaliação de programas, projetos, serviços e benefícios do
SUAS.

Referências

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aprovada pelo Decreto Legislativo no 178, de 14 de dezembro de 1999, e promulgada
pelo Decreto no 3.597, de 12 de setembro de 2000, e dá outras providências.
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Jurídicos. Lei nº13.019, de 31 de julho de 2014. Estabelece o regime jurídico das
parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em
regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em
termos de fomento ou em acordos de cooperação; define diretrizes para a política
de fomento, de colaboração e de cooperação com organizações da sociedade civil;
e altera as Leis nºs 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999.
Brasília: Presidência da República, 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
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