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CENTRO COMUNITÁRIO DE PROMOÇÃO SOCIAL

DO
LARANJEIRO / FEIJÓ

REGULAMENTO DE CENTRO COMUNITÁRIO


LARANJEIRO
Extensão

Centro Comunitário de Promoção Social do Laranjeiro / Feijó, IPSS.


Av. Prof. Rui Luís Gomes, 21 c/v ● Laranjeiro ● 2810-274 Almada
NIPC: 501 109 137 ● NISS: 200 0462 5389
Tel. Fixo: 212 557 320 ● Fax: 212 557 328
geral.extensao@cclaranjeiro-feijo.pt ● www.cclaranjeiro-feijo.pt
www.facebook.com/CentroComunitarioLaranjeiroFeijo
PREÂMBULO

O Estado e as Instituições Particulares de Solidariedade Social Sem Fins Lucrativos, em


convergência têm vindo a intervir respeitando a proteção dos direitos sociais dos cidadãos, assim
como, na promoção do respetivo bem-estar e qualidade de vida.
As Instituições, encontrando-se mais próximas da Comunidade, visam servir, de forma eficaz,
rentabilizando os seus recursos e otimizando as suas respostas no âmbito da prevenção e resolução
dos problemas socias que afetam as pessoas, famílias e grupos, especialmente, os que se encontram
em maior vulnerabilidade social e/ou económica.

Conceitos

Centro comunitário é uma estrutura polivalente onde se desenvolvem serviços e atividades que,
de uma forma articulada, tendem a constituir um polo de animação com vista à prevenção de
problemas sociais e à definição de um projeto de desenvolvimento local, coletivamente assumido.

Intervenção Comunitária é um trabalho social realizado com as populações, tendo como objetivo
a resolução de problemas e a promoção das potencialidades de uma comunidade através de uma
ação concreta entre vários agentes e a própria comunidade local. Este trabalho, procura ajudar as
pessoas a compreender o seu meio social, económico, político, jurídico e cultural, fomentando a
tomada de consciência da existência de problemas.

NATUREZA E FINS

O Centro Comunitário de Promoção Social do Laranjeiro / Feijó, é uma Instituição Particular


de Solidariedade Social, com Estatutos próprios, canonicamente aprovados e tem por objetivo
proporcionar às populações um serviço de cooperação com os Pais, Encarregados de Educação e
Famílias, na formação e bem-estar dos seus filhos e familiares, através de uma orientação
humanitária e de moral cristã, é um serviço da Paróquia e que se concretiza através das valências e
serviços nas áreas de Infância, Juventude e Sénior.

ATRIBUIÇÕES

São atribuições específicas do Centro Comunitário:

1. Atendimento e Acompanhamento de famílias/indivíduos:


a) Resposta técnica a situações de crise e de emergência social vivenciadas pelas pessoas e/ou
famílias, bem como, uma resposta técnica com um cariz continuado, personalizado e con-
tratualizado com as pessoas e/ou famílias, por forma a prevenir, resolver e minorar vulnera-
bilidades sociais vivenciadas pelos mesmos, no sentido da sua progressiva inserção social;
b) Promover o acesso a direitos, serviços e equipamentos sociais;
c) Auscultar do “pedido/problema” e o diagnostico social da situação de vulnerabilidade social,
das dificuldades e capacidades pessoais e familiares e dos direitos aplicáveis, bem como,
encaminhamento/decifração/articulação com os recursos comunitários;
d) Favorecer a responsabilidade e o desenvolvimento social dos contextos de vida, gerando
dinâmicas proativas e preventivas de condições de vulnerabilidade e exclusão social.

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2. Espaço de CATL, Espaço Jovem e Espaço Comunitário:
a) Promover o desenvolvimento integral das crianças e jovens, através do aproveitamento das
suas potencialidades;
b) Colaborar com as famílias na promoção da saúde das crianças e jovens, tendo em vista uma
melhor adequação e aproveitamento do processo educativo;
c) Assegurar os cuidados de higiene adequados à idade das crianças e jovens;
d) Estimular o convívio entre as crianças e jovens, como forma de integração social;
e) Assegurar, através da estreita colaboração com os técnicos e profissionais da Instituição, a
continuidade educativa, atendendo às necessidades bio-psico-sociais das diferentes etapas
do desenvolvimento das crianças e jovens;
f) Preparar a transição das crianças e jovens no meio familiar para do Ensino Básico ao
Secundário;
g) Dinamizar projetos pautados pelas necessidades diagnosticadas na e pela Comunidade local;
h) Promover uma intervenção comunitária subjacente com princípios de fortalecimento, onde
é fomentado um trabalho de equipa, envolvendo todos os técnicos do centro e a
Comunidade;
i) Promover a confiança e estimular o convívio entre os profissionais do centro e a população
envolvente;
j) Incentivar a vertente da cidadania, para que as crianças/jovens/adultos se preparem para o
futuro, fazendo que, pensem e hajam como cidadãos conscientes, participativos e atentos
aos problemas que lhe dizem respeito e que estejam também inerentes a outros.

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Artigo 1º
Objetivos do Regulamento

O presente regulamento interno visa:


a) Promover o respeito pelos direitos dos cidadãos e demais interessados;
b) Assegurar a divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento do estabelecimento
prestador de serviços;
c) Promover o conhecimento e a participação ativa dos cidadãos ao nível da organização,
funcionamento e gestão da resposta social.

Artigo 2º
Intervenção desenvolvida pela Instituição

A resposta social Centro Comunitário funciona “em regime de porta aberta”, organizando-se através
de áreas designadamente:
a) Educação (Apoio ao Estudo, Atividades lúdicas e de férias);
b) Participação Cultura e Lazer (Iniciativas Comunitárias, Culturais, Recreativas e
Desportivas);
c) Serviço Social (atendimento e acompanhamento social, no âmbito da medida de ação social,
junto da população da zona do Feijó e Laranjeiro e centro mediador de apoio de géneros
alimentares – Programa Operacional Apoio às Pessoas Mais Carenciadas).
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CAPITULO II
PROCESSO DE ADMISSÃO EM CATL E ESPAÇO JOVEM

Artigo 1º
Admissão

1. São condições de admissão das crianças e jovens nos Espaços CATL e JOVEM:
a) Frequentarem a escolaridade obrigatória;
b) Passarem por um período de adaptação de um mês.
2. Sempre que possível ter-se-á em conta, como um dos critérios de prioridade nas admissões, o
trabalho dos pais fora do lar e famílias desestruturadas.

Artigo 2º
CONDIÇÕES DE INSCRIÇÃO OU RENOVAÇÃO DA FREQUÊNCIA

São condições de inscrição ou renovação das frequências dos Espaços CATL e JOVEM, terem
idades compreendidas entre os 5 (a realizarem 6 anos no decorrer no presente ano letivo e a
iniciarem a frequência do primeiro ano escolar) e os 16 anos (inclusive).

Artigo 3º
INSCRIÇÕES/RENOVAÇÕES DA FREQUÊNCIA – PRAZOS

1. Os pedidos de admissão e as inscrições são feitos nos seguintes prazos:


a) Renovações de frequência durante o mês de maio;
b) Inscrições durante o mês de junho.

2. As inscrições são feitas presencialmente na Secretaria do Centro Comunitário, em FICHA


própria para o efeito ou através do site institucional www.cclaranjeiro-feijo.pt/inscricoes-e-
renovacoes/.

Artigo 4º
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

Para se tornar efetiva a INSCRIÇÃO OU RENOVAÇÃO DA FREQUÊNCIA são necessários os


seguintes documentos a entregar juntamente com a FICHA de inscrição fornecida pelo Centro
Comunitário:
Documentos do Utente:
a) Uma fotografia da criança tipo passe
b) Documento de identificação (B.I, Cartão de Cidadão ou outro)
c) Cartão de Contribuinte – NIF (obrigatório para ativar seguro escolar)
d) Cartão de Beneficiário da Segurança Social (NISS) ou qualquer outro subsistema
e) Comprovativo da situação das vacinas (boletim atualizado ou declaração emitida pelo SNS)
f) Declaração médica em caso de patologia que determine a necessidade de cuidados especiais

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Documentos dos Pais, Encarregados de Educação ou representante legal:

a) Documento de identificação (B.I, Cartão de Cidadão ou outro)


b) Cartão de Contribuinte – NIF
c) Cartão de Beneficiário da Segurança Social (NISS) ou qualquer outro subsistema
d) Declaração assinada pelos pais, encarregados de educação ou representante legal em como
autoriza a informatização dos dados pessoais para efeitos de elaboração de processo do utente
e) Sendo o caso, certidão de sentença judicial de regulação das responsabilidades parentais que
determine a tutela/ co-tutela.

Comprovativos dos rendimentos do agregado familiar nomeadamente:


a) Cópia da declaração de IRS, com todos os anexos, referentes ao ano anterior e respetiva
liquidação ( no caso de ambos os pais / encarregados de educação não apresentarem em
conjunto é necessária a apresentação das duas).
b) Trabalho dependente – cópia dos três últimos recibos de vencimento anteriores à data de
inscrição, de todos os elementos do agregado familiar, devidamente identificados no que
respeita à entidade patronal
c) Trabalho independente – Cópia dos comprovativos de rendimentos empresariais e
profissionais.
d) Declaração do património predial (obtido no portal das finanças ou numa repartição)
e) Reformas e/ou Pensões
f) Prestações Sociais (exceto as atribuídas por encargos familiares e por deficiência)
g) Bolsa de estudos e formação (exceto as atribuídas para frequência e conclusão, até ao grau
de licenciatura)
h) Em situação de desemprego, deverá comprovar trimestralmente a respetiva situação
apresentando comprovativo de inscrição no Centro de Emprego e declaração da Segurança
Social que comprove a ausência de descontos
i) Outros rendimentos tais como: pensão de alimentos ou fundo de garantia de alimentos

Artigo 5º
APRESENTAÇÃO DE OUTROS DOCUMENTOS

1. A Instituição reserva-se no direito de exigir a apresentação de qualquer outro documento não


mencionado no artigo anterior, sempre que a instrução do processo individual o aconselhe;
2. As falsas declarações ou omissões voluntárias que levem a cálculos falseados das capitações
podem conduzir à anulação da frequência do utente no Centro Comunitário ou à fixação da
mensalidade máxima.

Artigo 6º
CRITÉRIOS DE ADMISSÃO

1. A admissão dos utentes inscritos pela 1ª vez será feita pela seguinte ordem de prioridades, tendo
em conta a existência de vagas:

a. Baixo nível socioeconómico da família – 20%

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b. Crianças cujos pais trabalham em regime de horários a tempo inteiro e não tenham a
quem deixar os filhos – 15%
c. Crianças com irmãos que já frequentem o Centro Comunitário – 15%
d. Filhos de mãe ou pai estudante menor ou de família monoparental – 15%
e. Crianças residentes na União de Freguesias Laranjeiro – Feijó – 15%
f. Filhos de Colaboradores da Instituição – 10%
g. Atividade profissional dos pais na área de abrangência da Instituição – 10%

2. Cabe à direção analisar e decidir sobre outras situações aqui não previstas de acordo com a
urgência da integração.

Artigo 7º
EFETIVAÇÃO DA ADMISSÃO

1. Após a apreciação pela Direção dos processos de inscrição e renovação de frequência, será
comunicado, Encarregados de Educação, até ao dia 30 de junho, se o candidato foi admitido e
qual o valor da mensalidade que lhe foi atribuída.
2. As crianças inscritas e não admitidas constituirão uma lista de espera que se manterá válida até
31 de março do ano seguinte à sua elaboração.
3. As crianças da lista de espera que não tenham sido admitidas até essa altura, terão de fazer nova
inscrição em junho, altura em que as inscrições estão abertas para todos.
4. Os candidatos a utentes e que não foram chamados para a efetivação da admissão até à data
indicada no nº 1. Poderão, no entanto, ser chamados ao longo do ano letivo, conforme as vagas
que se forem registando. Neste caso, os Encarregados de Educação serão contactados
telefonicamente.

Artigo 8º
DESISTÊNCIAS NA FREQUÊNCIA DO CENTRO COMUNITÁRIO

1. Em caso de desistência do utente da frequência do Centro Comunitário, os Encarregados de


Educação deverão comunicar por escrito aos serviços administrativos, com antecedência
mínima de 30 dias, a fim de se proceder à anulação do recibo e substituição do utente.
2. A falta de cumprimento do prazo referido no número anterior dará origem ao pagamento integral
dos 30 dias seguintes ao momento da comunicação da desistência.
3. Em qualquer situação de desistência não haverá lugar à restituição de quaisquer quantias pagas
pelo utente nos termos do presente regulamento, continuando a ser devidas todas as prestações
vencidas e as que se vencerem até à produção de efeitos da desistência.
4. Quando se verificarem desistências, entrará a criança que se encontrar em lista de espera de
acordo com a ordem de prioridades já referidas no artigo 6º.

Artigo 9º
ENTRADA E SAÍDA DOS UTENTES

1. O utente deverá ser entregue no Centro Comunitário e na sala que previamente lhe foi indicada
pelo Monitor.

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2. À saída as crianças só serão entregues aos Encarregados de Educação, ou a pessoa maior de
idade, por eles indicado por escrito. Caso não seja cumprido este preceito, as crianças não serão
entregues.
3. A Instituição deverá ser informada na véspera, ou até às 10:00h do próprio dia, sempre que uma
criança ou jovem precise de entrar mais tarde, sair mais cedo, tenha que faltar por algum motivo.

Artigo 10º
ALIMENTAÇÃO

O Centro Comunitário fornecerá o lanche às crianças/jovens, que se compõe:

Leite simples ou c/cacau


ou
Iogurte com sabores
e
pão com manteiga, doce, fiambre, chourição ou, queijo ou iogurte.

Artigo 11º
MATERIAL ESPECÍFICO

1. O fornecimento de material específico, a indicar pelo Monitor, é da responsabilidade dos


Encarregados de Educação.
2. O Monitor poderá, nomeadamente, solicitar aos Encarregados de Educação a aquisição de livros
escolares para serem trabalhados nas salas.

Artigo 12º
ARTIGOS PESSOAIS

1. O Centro Comunitário não se responsabiliza pelo desaparecimento ou danos de objetos pessoais


(óculos, calçado, roupa, telemóveis, ou valores em numerário, etc.) de que a criança seja portadora;
2. É proibido o uso de telemóveis ou consolas de jogos pessoais durante a permanência nas instalações ou
atividades do Centro Comunitário;
3. Em caso de atos de violência ou de destruição deliberadas, que coloquem em causa o material do Centro
Comunitário ou as restantes crianças, reserva-se este o direito de apuramento de responsabilidades, que
poderá resultar no pagamento dos bens danificados por parte dos Encarregados de Educação em causa e
eventual expulsão da criança.

Artigo 13º
CONTACTO COM OS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

1. É de todo o interesse o contacto pessoal dos Encarregados de Educação, para auscultação e


recolha de informação de nível geral, para efeitos de uma maior colaboração e melhor
funcionamento entre as partes, assim:

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a) Todos os assuntos relacionados com o utente deverão ser preferencialmente tratados com o
Monitor. Em caso de urgência poderá contactar a Secretaria do Centro;
b) Para facilitar o contacto dos Encarregados de Educação com o Monitor, este fará chegar a
informação dos dias e o horário de atendimento, mediante marcação, afixado no quadro
informativo dos Espaços JOVEM e CATL.
2. No início e no fim de cada ano letivo serão efetuadas reuniões de carácter informativo dos
Encarregados de Educação com a toda a Equipa de Sala.

Artigo 14º
DOCUMENTOS DE SANIDADE

No primeiro dia de frequência, os Encarregados de Educação farão a entrega ao Monitor dos


seguintes documentos:
a) Declaração do médico em como o utente está em condições de saúde para frequentar o
Centro Comunitário;
b) Ficha Individual devidamente preenchida, fornecida pelo Centro Comunitário.

Artigo 15º
SINTOMAS DE DOENÇA

1. Em caso de sintoma de doença, o Monitor, de imediato, informa os Pais ou Encarregado de


educação, para que o utente regresse a casa.
2. Após situação de doença infetocontagiosa é obrigatória a apresentação de uma declaração do
médico em como o utente se encontra apto a voltar à Instituição.

Artigo 16º
ASSISTÊNCIA MÉDICA

1. Em caso de emergência (acidente) recorrer-se-á ao hospital ou aos serviços de saúde locais,


avisando de seguida os Encarregados de Educação, para acompanhar o utente.
2. Os acidentes físicos ocorridos dentro e durante o período de funcionamento são da
responsabilidade do Centro Comunitário. Para garantir a assistência médica e as despesas de
saúde, existe um seguro escolar.

Artigo 17º
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

A administração de medicamentos só será feita mediante prescrição médica, devendo os


medicamentos conter um rótulo com o nome do utente.

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Artigo 18º
SEGURO ESCOLAR

1. Todos os utentes que frequentam os Espaços JOVEM e CATL estão cobertos por um seguro de
acidentes pessoais, que protege os utentes. A apólice será afixada no quadro informativo da
Instituição para conhecimento dos Encarregados de Educação.
2. Cada utente comparticipará com uma importância que deverá constar no anexo a este
regulamento e será atualizado anualmente em função da apólice. A liquidação do prémio é feito
com a primeira mensalidade do ano letivo.
3. Este seguro não cobre o utente de sinistros ocorridos antes da entrega na Instituição ou após a
entrega aos Encarregados de Educação.

Artigo 19º
SUSPENSÃO DE FREQUÊNCIA

A Instituição pode suspender a frequência dos utentes:


a) Em caso de reiterada falta de pontualidade, de incumprimento do dever de comunicação das
ausências ou verificação por mais de três dias consecutivos da situação de prolongamento
para além do horário de encerramento;
b) Em caso de ausência por mais de dez dias ou por motivos de saúde, salvo se for considerado
atendível o motivo invocado ou apresentado certificado médico comprovativo da aptidão
para a frequência, respetivamente;
c) Quando o estado de saúde do utente for incompatível com a sua presença nas Instalações do
Centro Comunitário ou caso se apresente com parasitas no couro cabeludo;
d) A falta culposa de pagamento da comparticipação familiar ou de quaisquer quantias em
dívida à Instituição;
e) Em caso de reiteradas faltas de respeito verbais ou físicas, nas instalações do Centro
Comunitário ou fora delas, por parte dos Encarregados de Educação, sem prejuízo das
consequências legais aplicáveis.

Artigo 20º
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

1. O acolhimento nos Espaços JOVEM e CATL pressupõe e decorre da celebração de um contrato


de prestação de serviços que vigora, salvo estipulação escrita em contrário, a partir da data de
admissão do utente.
2. As normas do presente regulamento são consideradas cláusulas contratuais a que os
encarregados de educação das crianças devem manifestar integral adesão.
3. Para o efeito consignado no número anterior os Pais e Encarregados de Educação dos utentes,
após entrega de um exemplar do regulamento e explicação oral do seu conteúdo, aceitam as
regras constantes do presente regulamento.

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Artigo 21º

CESSAÇÃO DO CONTRATO

A cessação do contrato de prestação de serviços pode ocorrer por:


a) Caducidade;
b) Revogação;
c) Resolução por iniciativa de qualquer das partes.

Artigo22º
CADUCIDADE

O contrato de prestação de serviços caduca, nomeadamente:


a) Verificando-se respetivamente, a impossibilidade ou a inaptidão superveniente, absoluta e
definitiva da Instituição desenvolver a resposta social em referência ou da criança ou jovem
para frequentar a Instituição;
b) Com a dissolução da Instituição ou com a alteração do seu escopo estatutário para fins
incompatíveis com a prestação dos serviços;
c) Sempre que os encarregados de educação suspendam a frequência da criança ou jovem na
Instituição por um período superior a 60 dias, seja qual for o motivo que tal determine;
d) Atingido que seja o prazo pelo qual o contrato foi estabelecido.

Artigo 23º
REVOGAÇÃO

1. Ambas as partes podem fazer cessar o contrato.


2. O acordo deve revestir a forma escrita e prever a data a partir da qual produz efeitos, bem como
regulamentar os direitos e obrigações das partes decorrentes da cessação.

Artigo 24º
RESOLUÇÃO

1. Os Encarregados de Educação dos utentes, por sua iniciativa e a todo o momento,


independentemente da justa causa de resolução por grave ou reiterado incumprimento contratual
por parte da Instituição, podem resolver o contrato por mera declaração dirigida à Direção da
Instituição, com a antecedência mínima de 30 dias.
2. A Instituição reserva-se o direito de resolver o contrato de prestação de serviços sempre que os
encarregados de educação, grave ou reiteradamente, violem as regras constantes no presente
regulamento, de forma muito particular quando adotem comportamentos que ponham em causa
ou prejudiquem a boa organização dos serviços, as condições e o ambiente necessário à eficaz
prestação dos mesmos e o são relacionamento com terceiros ou a imagem da Instituição,
designadamente em caso de falta culposa por mais de 30 dias do pagamento da comparticipação
familiar ou de quaisquer quantias em dívida à Instituição.
3. A resolução do contrato é da competência do órgão executivo da Instituição, após prévia audição
dos encarregados de educação.

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4. A resolução é notificada aos encarregados de educação da criança, através de carta registada
com aviso de receção e, salvo expressa indicação de qualquer outra data, produz efeitos no dia
seguinte ao do registo do correio.

Artigo 25º
CASOS OMISSOS

Os casos omissos serão resolvidos por deliberação da Direção da Instituição, à qual compete emitir
as diretivas e instruções que se mostrem necessárias à execução do presente regulamento.

CAPÍTULO III
SERVIÇO SOCIAL

Artigo 1º
Modalidade

O Centro Comunitário presta o serviço de atendimento e acompanhamento social, no âmbito do


subsistema de Ação Social, tendo respostas basilares no combate à pobreza e/ou à exclusão social
intervindo por forma a criar condições facilitadoras de inclusão e coesão sociais.

Artigo 2º
Admissão

São condições de admissão das famílias e/ou pessoas pelo serviço de atendimento/acompanhamento
social:

a) Serem residentes da zona de intervenção definida;


b) Não serem beneficiários da medida de política Rendimento Social de Inserção;
c) Efetuar marcação de atendimento de forma prévia, em horários pré-definidos, salvo
situações avaliadas como emergência social;
d) Fornecer os dados e documentos solicitados para a organização de um processo
individual/familiar, o qual será de acesso restrito e de natureza confidencial.

Artigo 3º
Serviços Prestados

1. O serviço de atendimento social é assegurado por uma equipa técnica de serviço social que
através de uma abordagem metodológica, intervém junto de indivíduos e/ou famílias da seguinte
forma:
a) Atendimento técnico, informação e encaminhamento tendo em conta os direitos, deveres e
obrigações cívicas de cada pessoa ou família;
b) Informação detalhada sobre a forma de acesso a recursos adequados com base no pedido
apresentado;
c) Diagnostico social e encaminhamento técnico, sempre que se justifique;
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d) Diligências para desbloqueio da situação de emergência social.

2. O serviço de acompanhamento social é igualmente assegurado por uma equipa técnica de ser-
viço social medicante uma abordagem metodológica, cuja intervenção junto de indivíduos e/ou fa-
mílias é feita da seguinte forma:

a) Aprofundamento da avaliação de intervenção social;


b) Planeamento e organização da intervenção social;
c) Contratualização – compromisso para a inserção social;
d) Coordenação e avaliação de execução das ações contratualizadas no acordo de intervenção
social;
e) Cooperação e articulação estratégica com outras entidades e serviços da comunidade voca-
cionadas para os apoios mais adequados, designadamente da saúde, educação, justiça, em-
prego e formação profissional;
f) Elaboração de propostas técnicas para atribuição de prestações de carácter eventual com a
finalidade de colmatar situações de emergência social e de comprovada carência económica.

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CAPÍTULO IV
INSTALAÇÕES E REGRAS DE FUNCIONAMENTO

Artigo 1º
ABERTURA E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

1. O Centro Comunitário funciona todo o ano, de janeiro a dezembro;


2. A Instituição está aberta todos os dias úteis de segunda a sexta-feira com os seguintes horários
de funcionamento:
a) Espaço CATL:
 das 07:30 às 19:00
b) Espaço Jovem:
 das 07:30h às 19:00h.

3. A saída far-se-á entre as 18:00h e as 19:00h, impreterivelmente, sob pena das seguintes
sanções:
a) Advertência verbal pela 1ª falta; (pelo 1.º incumprimento);
b) Pelos incumprimentos subsequentes, o pagamento cumulativo do valor mencionado no
Artigo 4º do anexo deste Regulamento, por cada 15 minutos de atraso;
c) O quarto incumprimento no mês pode determinar o cancelamento da inscrição.
4. Os responsáveis pela receção dos utentes devem fazer cumprir os horários estabelecidos e
comunicar à Coordenadora da Extensão quaisquer anomalias nesta área.

Artigo 2º
DATAS DE ENCERRAMENTO

O Centro Comunitário encerra nos seguintes períodos e datas:


a) Na terça-feira de Carnaval;
b) Nos feriados nacionais e no concelhio dia 24 de junho;
c) Todo o mês de agosto para férias dos colaboradores, manutenção e limpeza das Instalações;
d) Nos dias 24, 26 e 31 de dezembro;
e) Em situações extraordinárias definidas pela direção.

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CAPITULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo1º
Disposições complementares

1. Os Encarregados de Educação, na altura da efetivação da admissão dos seus educandos


receberão um exemplar deste regulamento de utentes e deverão comprometer-se, perante a
Instituição, ao cumprimento da parte que diretamente lhe diz respeito.
2. As infrações ao presente regulamento, cometidas pelos responsáveis diretos das crianças ou
jovens admitidas, poderão ter, como consequência, a suspensão do utente em causa, bem como
a resolução do contrato nos termos constantes do art.º 34, n.º 4, do presente regulamento.

Artigo 2º
Livro de reclamações

Nos termos da legislação em vigor, este estabelecimento possui Livro de Reclamações, que poderá
ser solicitado junto dos serviços administrativos sempre que desejado.

Artigo 3º
APROVAÇÃO E ENTRADA EM VIGOR

1. Aprovado em reunião de Direção a 25 de maio de 2022, após recolha dos contributos e sugestões
dos colaboradores da Instituição.
2. A presente versão do Regulamento entra imediatamente em vigor para os utentes que se
inscrevem a partir desta data e os restantes no ato de renovação da inscrição.
3. A revisão deste regulamento poderá ser efetuada todos os anos se houverem motivos que o
justifiquem, podendo vir a acolher as sugestões dos encarregados de educação e dos
trabalhadores da Instituição.
4. O apêndice a este regulamento será revisto todos os anos.

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ANEXO

AO REGULAMENTO DE CENTRO COMUNITÁRIO - LARANJEIRO

Artigo 1º
SEGURO ESCOLAR

1. O valor da comparticipação dos encarregados de educação para o seguro escolar (Artigo 28º do
Regulamento) é de 20€, a liquidar no ato da validação da inscrição ou renovação.
2. O seguro de acidentes pessoal, celebrado com a Companhia Lusitânia Seguros com o número
de apólice 63915.

Artigo 2º
COMPARTICIPAÇÃO FAMILIAR

A comparticipação familiar desta valência é calculada com base nos escalões de rendimento per
capita, em que esses escalões são determinados por uma percentagem pré-determinada e aplicada à
Remuneração Mínima Mensal (RMM).

a) Determinação dos escalões:

Comparticipações
% Rendimento per capita % sobre as familiares
capitações
Escalão de a de a Mínima Máxima
1 0% 30% 0,00 € 211,50 € 5,00% 0,00 € 10,57 €
2 30% 50% 211,51 € 352,50 € 7,00% 14,81 € 24,67€ €
3 50% 70% 352,51 € 493,50 € 10,00% 35,25€ 49,35€
4 70% 100% 493,51€ 705,00 € 12,50% 61,69 € 88,13 €
5 100% 150% 705,01 € 1057,50 € 15,00% 105,75 € 158,63€
6 150% -- 1057,51 € -- 15,00% 158,63 € --

b) A RMM em 2022 é de 705 €.

1. Compreende-se por comparticipação familiar o valor pago pelos encarregados de educação pela
utilização do Centro Comunitário, de acordo com o rendimento per capita do agregado
familiar.
2. A comparticipação familiar será reavaliada todos os anos, sendo para isso exigidos os
documentos constantes no artigo 6º e 7º.
3. O cálculo do rendimento per capita será feito de acordo com a seguinte fórmula:

RF – D
RPC = --------- / 12
N
Sendo:

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RPC = Rendimento mensal “per capita”;
RF = Rendimento anual ilíquido do agregado familiar;
(O valor do rendimento mensal ilíquido do agregado familiar é o duodécimo da soma
dos rendimentos anualmente auferidos, a qualquer título, por cada um dos seus
elementos.)
D = Despesas fixas anuais;
N = Número de elementos do agregado familiar.

4. Consideram-se despesas fixas anuais do agregado familiar:


a) O valor das taxas e impostos necessários à formação do rendimento líquido, designadamente
do imposto sobre o rendimento e da taxa social única;
b) O valor da renda de casa ou de prestação mensal devida pela aquisição de habitação própria;
c) Os encargos médios mensais com transportes públicos;
d) As despesas com aquisição de medicamentos de uso continuado em caso de doença crónica.
5. As despesas fixas a que se referem as alíneas b), c) e d) anteriores serão deduzidas no limite
mínimo correspondente ao montante de 12 vezes a Remuneração Mínima Mensal (RMM).
6. A comparticipação familiar é determinada pela aplicação de uma percentagem sobre o
rendimento “per capita” do agregado familiar, conforme a tabela seguinte:

Escalões de Rendimento
1º 2º 3º 4º 5º 6º

CATL – ESPAÇO JOVEM 5% 7% 10% 12,5% 15% 15%

7. A Direção reserva-se no direito de aplicar até ao valor máximo, calculado nas normas do anexo
a este regulamento, se se verificar o mencionado no nº 2 do Artigo 7º, ou quando o agregado
familiar do utente apresente sinais exteriores de riqueza.

8. À Instituição cumpre mobilizar os recursos próprios disponíveis e aqueles que lhe advenham
por virtude de celebração de acordos de cooperação com o Estado ou outras entidades públicas
ou privadas, por forma a alcançar a indispensável sustentabilidade financeira.

9. A Direção apreciará todos os processos com grande rigor, e, àqueles que forem detetados e
comprovados pela Instituição ou pelo Centro Regional de Segurança Social, como famílias com
grandes carências socioeconómicas, será aplicada uma mensalidade mais reduzida.

10. Por forma o Centro conseguir garantir todos os recursos necessários e para uma melhor
intervenção comunitária, demonstra-se necessário a comparticipação familiar, sendo esta para a
sustentabilidade da Instituição.

Artigo 3º
PAGAMENTO DE MENSALIDADES

1. A comparticipação familiar é devida nos meses de setembro a julho de cada ano letivo.
2. A mensalidade é paga até ao dia 8 de cada mês, se o dia não for dia útil passa para o dia útil
seguinte.

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3. O pagamento das mensalidades pode ser efetuado em numerário ou em cheque na Secretaria.
Para maior comodidade, pode também ser efetuado por Transferência Bancária, para a conta do
Centro Comunitário, indicada no anexo deste regulamento.
4. O comprovativo pode ser entregue diretamente na Secretaria ou enviado via e-mail para o
endereço geral.extensao@ -feijo.pt, sendo o recibo passado após a apresentação do
respetivo comprovativo da transferência.
5. O atraso no pagamento da comparticipação, desde que imputável aos Pais ou Encarregados de
Educação do utente, implica o pagamento de uma penalização valor fixado pela Direção e
mencionado no Artigo 3º do anexo ao Regulamento.
6. A falta de cumprimento do estipulado no número 2 para além de 30 dias implica a anulação da
admissão e o fim da permanência do utente na Instituição.
7. A falta do utente à frequência do Centro Comunitário, por qualquer motivo, não dá origem ao
não pagamento da mensalidade no prazo estipulado.
8. A Direção reserva-se no direito de não aceitar pagamentos por cheque após a primeira devolução
desse meio de pagamento, por qualquer irregularidade.

Artigo 4º
NIB da conta do CCPSLF

Para maior comodidade, os pagamentos podem ser efetuados por Transferência Bancária, para a
conta do CCPSLF, com o NIB 0007 0515 00004760018 56 (artigo 9º).

Artigo 5º
REDUÇÃO DAS COMPARTICIPAÇÕES

As famílias que tenham dois ou mais filhos a frequentarem o Centro Comunitário poderão
beneficiar de uma redução na mensalidade correspondente a 20% na mensalidade do segundo filho
e seguintes.

Artigo 6º
PERÍODO DE PRAIA - INSCRIÇÕES E PAGAMENTO

1. A Direção decidirá, em cada ano, qual o valor da comparticipação para as despesas da “PRAIA”,
a suportar pelos encarregados de educação, fazendo afixar atempadamente a importância
estipulada.
2. As inscrições decorrerão no mês de setembro de cada ano letivo.
3. O pagamento será feito mensalmente, conjuntamente com a comparticipação mensal.
4. Em caso de doença, devidamente comprovada, que impeça o utente de frequentar a praia, será
efetuada a devolução de 50% do valor pago, pela atividade.

Artigo 7º
FALTAS E DESCONTOS

1. As faltas por motivo justificado terão as seguintes consequências:


a) Faltas seguidas até 15 dias, não alteram o valor da mensalidade;

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b) As faltas por um período superior a 15 dias seguidos dão origem a um desconto de 10%
sobre a mensalidade;
c) As faltas dadas por motivo de doença por um período superior a 15 dias seguidos,
justificadas mediante atestado médico, terão direito ao desconto de 20% sobre a
mensalidade.
2. Faltas não justificadas e por período superior a 30 dias seguidos, permitem ao Centro
Comunitário desligar-se de todos os compromissos em relação à inscrição, sendo equiparada a
desistência não comunicada atempadamente.
3. Os descontos referidos nas alíneas anteriores são sempre feitos na mensalidade do mês seguinte.

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