SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO E HABITAÇÃO

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE TANGUÁ/RJ NO USO DE SUAS

ATRIBUIÇÕES LEGAIS, APRESENTA A JUDICIOSA APRECIAÇÃO DESTA
COLENTA CÂMARA DE VEREADORES, O SEGUINTE PROJETO DE LEI
ORDINÁRIA PARA APROVAÇÃO:

Projeto de lei n°49 de 20 de abril de 2023.

“CRIA O PROGRAMA
GUARDA MIRIM DE
TANGUÁ E DA OUTRAS
PROVIDÊNCIAS”.

O PREFEITO DO MUNICIPIO DE TANGUÁ, no uso de suas atribuições que lhe

são conferidas pela Lei, faz saber que a Câmara Municipal de Tanguá, aprovou e eu
sanciono a seguinte Lei:

Art. 1 º - Fica instituído no âmbito da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e

-

Habitação – SEMASTH – o Programa Guarda Mirim, parte integrante do Serviço

de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Política de Proteção Social Básica
do Sistema Único de Assistência Social – SUAS.
Art. 2º - São objetivos específicos do Programa:
I - Promover a formação para a participação e cidadania, desenvolvimento do
protagonismo e da autonomia das crianças e adolescentes, a partir dos interesses,
demandas e potencialidades dessa faixa etária, com intervenções lúdicas, culturais e
esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção
social.
II - Inclui crianças e adolescentes com deficiência, retirados do trabalho infantil ou
submetidos a outras violações, cujas atividades contribuem para resignificar vivências
de isolamento e de violação de direitos, bem como propiciar experiências favorecedoras
do desenvolvimento de sociabilidades e na prevenção de situações de risco social.

Rua Vereador Manoel de Macedo, 680 – Centro – Tanguá/RJ Cep: 24890-000 Tel: (21) 3749-1129
E-mail: semasth@tangua.rj.gov.br
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III - Fomentar o fortalecimento da convivência familiar e comunitária e contribui para o

retorno ou permanência dos adolescentes e jovens na escola, por meio do
desenvolvimento de atividades que estimulem a convivência social, a participação
cidadã e uma formação geral para o mundo do trabalho.
IV – Instituir atividades que abordem as questões relevantes sobre a juventude,
contribuindo para a construção de novos conhecimentos e formação de atitudes e
valores que reflitam no desenvolvimento integral do jovem.
V – Possibilitar que as atividades desenvolvam habilidades gerais, tais como a
capacidade comunicativa e a inclusão digital de modo a orientar o jovem para a escolha
profissional, bem como realizar ações com foco na convivência social por meio da arte-
cultura e esporte-lazer.
VI - Valorizar a pluralidade e a singularidade da condição juvenil e suas formas
particulares de sociabilidade; sensibilizar para os desafios da realidade social, cultural,
ambiental e política de seu meio social; criar oportunidades de acesso a direitos;
estimular práticas associativas e as diferentes formas de expressão dos interesses,
posicionamentos e visões de mundo de jovens no espaço público.
Art. 3º – O programa destina-se exclusivamente:
I - Crianças e adolescentes do Município de Tanguá - RJ:
II - Crianças encaminhadas pelos serviços da proteção social especial;
III - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI);
IV - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos
reconduzidos ao convívio familiar após medida protetiva de acolhimento; e outros;
V - Crianças e adolescentes com deficiência, com prioridade para as beneficiárias do
BPC;
VI - Crianças e adolescentes cujas famílias são beneficiárias de programas de
transferência de renda;
VII - Crianças e adolescentes de famílias com precário acesso a renda e a serviços
públicos e com dificuldades para manter.
VIII - Adolescentes e Jovens egressos de medida socioeducativa de internação ou em
cumprimento de outras medidas socioeducativas em meio aberto, conforme disposto na
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA;
IX - Adolescentes e Jovens em cumprimento ou egressos de medida de proteção,
conforme disposto na Lei nº 8.069/90;

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X - Adolescentes e Jovens egressos ou vinculados a programas de combate à violência e

ao abuso e à exploração sexual;
XI - Crianças e adolescentes em acompanhamento familiar pelo PAIF (Programa de
Atendimento Integral a Família dos CRAS - Centro de Referência de Assistência Social.
XII - Crianças e adolescentes encaminhados pelo Conselho Tutelar.
Art. 4º – Cada adolescente inscrito no Programa e em regular frequência perceberá um
auxilio alimentação a título de incentivo.
Parágrafo Único: A concessão do auxílio tem caráter temporário, não gera direito
adquirido ao seu recebimento, e os critérios para inclusão e exclusão e outras condições
de recebimento do auxílio serão estabelecidos em regulamento.
Art. 5º – Os participantes deste Programa desenvolverão atividades lúdicas, culturais,
ética, cidadania e civismo, higiene, saúde, esportes, resgatando a defasagem escolar e
cumprindo a proposta pedagógica desenvolvida pela equipe multidisciplinar do
Programa.
Art. 6º – A prefeitura ofertará transporte para a criança ou o adolescente que reside
distante da Sede da Guarda Mirim, acima de 6 km de distancia da sede se não for
beneficiário do transporte gratuito, através da oferta do serviço Rio Card ou outro tipo
de transporte ofertado pela Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação.
Parágrafo Único: A oferta do transporte cessará quando o participante mudar para
localidade mais próxima da sede, ou deixar de frequentar o Programa.
Art. 7º – Caberá a família participante do Programa ser cadastrada e acompanhada em
cada Centro de Referência de Assistência Social - CRAS, de sua área de abrangência,
isto é, CRAS de Duques, CRAS Posse dos Coutinhos, CRAS de Vila Côrtes, CRAS de
Bandeirantes ou CRAS do Centro.
Art. 8º – Em hipótese alguma ocorrerá vinculo empregatício entre o participante do
Programa e o Município.
Art. 9º – Todas as crianças e adolescentes inscritas no programa deverão estar
matriculados em rede pública de ensino.
Art. 10 - Programa Guarda Mirim, terá uma equipe técnica multiprofissional
responsável pelo atendimento às famílias e aos participantes e será responsável pelo
processo de seleção junto com a equipe dos CRAS do Município.

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Art. 11 - Os recursos destinados ao Programa ocorrerão à conta do Programa de

Trabalho da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social, ou
pelo Fundo da Infância e Adolescência, ou com recursos próprios, desde que
previamente aprovado pelo CMDCA.
Art. 12 – Público alvo será de ambos os sexos na faixa etária de 11 a 17 anos, com os
seguintes objetivos:
a) Complementar as ações da família, e comunidade na proteção e desenvolvimento de
crianças e adolescentes e no fortalecimento dos vínculos familiares e sociais;
b) Assegurar espaços de referência para o convívio grupal, comunitário e social e o
desenvolvimento de relações de afetividade, solidariedade e respeito mútuo;
c) Possibilitar a ampliação do universo informacional, artístico e cultural dos jovens,
bem como estimular o desenvolvimento de potencialidades, habilidades, talentos e
propiciar sua formação cidadã;
d) Propiciar vivências para o alcance de autonomia e protagonismo social;
e) Estimular a participação na vida pública do território e desenvolver competências
para a compreensão crítica da realidade social e do mundo contemporâneo;
f) Possibilitar o reconhecimento do trabalho e da educação como direito de cidadania e
desenvolver conhecimentos sobre o mundo do trabalho e competências específicas
básicas para crescimento e formação profissional para adolescentes de 15 a 17 anos;
g) Contribuir para a inserção, reinserção e permanência do jovem no sistema
educacional.
Art 13 - O programa terá caráter continuado como os serviços da Proteção Social Básica
e terá seu regimento interno aprovado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança
e do Adolescente.
Art. 14 - Ato do Poder Executivo fixará, anualmente, o valor total a ser assegurado no
âmbito do Programa, de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira.
Art. 15. Ato do Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei, especialmente os
critérios de seleção das crianças e adolescentes inscritas, para fins de inclusão e
exclusão do Programa.
Art. 16 – O Município assegurará as crianças e adolescentes participantes os
direitos fundamentais inerentes a pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral
de que trata a Lei nº 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente e pela

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Constituição Federal, assegurando com absoluta prioridade, a efetivação dos

direitos referentes a pessoa humana.

Tanguá, de outubro de 2023.

RODRIGO DA COSTA MEDEIROS

PREFEITO

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