Você está na página 1de 7

CONFERÊNCIAS

Abaixo temos as propostas dos 5 Eixos discutidas e aprovadas durante a XI


Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e que serão
apresentados na Conferência Estadual que acontecerá em 2019. Confira!

EIXO 1: Garantia dos Direitos e Políticas Públicas Integradas e de Inclusão Social

PROPOSTAS

Provocar o Sistema de Garantia de Direitos para a efetivação do Estado


Democrático de Direitos no que tange aos direitos previstos para crianças e
1
adolescentes na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente –
Principio da Proteção Integral e garantia dos direitos fundamentais;

Suscitar o debate junto aos gestores públicos para o reconhecimento de Crianças e


Adolescentes como sujeitos de direitos de fato, que sejam colocados como
2
prioridade na pauta das políticas públicas, tanto no âmbito do atendimento quanto
das ações de prevenção e promoção;

Universalização de Direitos: acesso aos serviços e as políticas públicas de saúde,


3 educação, assistência social de forma indistinta, livre de preconceito ou de qualquer
posição discriminatória;

Propor que na implementação de programas e projetos voltados para crianças e


adolescentes sejam considerados a realidade de cada território e microrregiões, ou
4 seja, que os investimentos nas políticas públicas tenham como base os diagnósticos
locais com maior incidência de vulnerabilidades e violações de direitos de crianças
e adolescentes;

Fortalecer por meio das Redes Locais a realização de ações na escola que
promovam o debate sobre a necessidade da inclusão social de crianças e
adolescentes em situação de vulnerabilidade, em razão de sua condição de renda,
5 raça/etnia, de sua limitação física ou mental, ou de qualquer outra diferença ou
diversidade. A escola precisa ser inclusiva; sugerindo a ampliação de vagas no
segmento de educação profissional, visando o aumento da qualificação técnica, o
acesso ao Programa de Aprendizagem e a erradicação do trabalho infantil.

Garantir meios e condições de efetiva participação de crianças e adolescentes na


6 construção coletiva e nos espaços de garantias de direitos, controle social e nos
processos que antecedem as conferências, durante e depois.

7 Suscitar o debate entre gestores públicos e crianças e adolescentes com direito de


voz, voto e veto para ambas as partes, com o intuito de priorizar pautas de políticas
públicas nos planejamentos em todas as esferas da sociedade; livre de preconceitos
ou de qualquer posição discriminatória. Sendo esses espaços escolas, ong’s, CRAS
e outras instituições de ensino e capacitação profissional.

Incluir na lei da aprendizagem a garantia do direito do jovem de participar dos


espaços de discussões sobre seus direitos, sem desconto de remuneração ou
8 represálias. Fomentar a criação de jovens aprendiz na área da cultura, valorizando
as artes enquanto espaço de protagonismo juvenil (arte local como teatro, funk,
etc).

Criar a cota racial e fiscalizar a cota social para a legislação de jovem prendiz,
9
democratizando as informações e o acesso ao programa de aprendizagem.

Propor a previsão orçamentária, na implementação de programas e projetos para


crianças e adolescentes nos diferentes âmbitos (arte, cultura, lazer, emprego) de
10 acordo com a realidade de cada território, tendo como base diagnósticos locais,
garantindo maior equidade; assim como, organizar de forma concreta o acesso à
cidade e aos seus bens culturais e de lazer.

Transformar em políticas públicas os programas e projetos de saúde, como o rap da


11
saúde, voltados para promoção e educação em saúde.

EIXO 2: Prevenção e Enfrentamento da Violência Contra Crianças e Adolescentes

PROPOSTAS

Reverter as multas cobradas através de casos de racismo, encaminhando-as a


instituições e projetos de proteção à criança e adolescentes visando Intensificar o
1
combate à discriminação racial, que hoje é uma das maiores violações de direitos
vivenciada por diversas crianças e adolescentes.

Criar e/ou Fortalecer fóruns de discussão sobre segurança pública de forma


permanente e ordinária com as redes locais e a rede de segurança pública, no
2
intuito de combater o preconceito e a repressão a crianças e adolescentes por
setores de segurança pública.

Incorporar o estudo e discussão do ECA nas escolas públicas e particulares junto


3 aos professores, funcionários, alunos e responsáveis, bem como assegurar a
educação permanente dos profissionais/sensibilização da sociedade, visando a
garantia de direitos das crianças e adolescentes, respeitando a diversidade
(LGBTQ, negros, pobres, deficientes e mulheres) ao respeito e a dignidade, o
direito de ir e vir e o respeito em todas as Politicas ( saúde, educação, cultura,
assistência social, segurança pública, dentre outras).

Garantir a ampliação da oferta de serviço para os adolescentes oriundos de MSE


(Medida Socioeducativa em Meio Aberto) no cumprimento da PSC (Prestação
4
de Serviços à Comunidade) nos serviços públicos e privados, visando a real
efetivação dos direitos.

Ampliação e divulgação de canais de defesa de direitos, a criança e adolescente,


vítimas de violências (abuso sexual, exploração sexual, psicológica,
5
discriminação racial, gênero, físico, entre outras) e garantindo o atendimento e
acompanhamento multidisciplinar.

Propor a implementação de um sistema único pelo poder executivo que


contemple todos os outros sistemas similares já existentes de informações
alimentados por todos os órgãos de atendimento a crianças e adolescentes,
6
visando a criação de indicadores sociais relacionados as violências sofridas com
o objetivo de fomentar/ fortalecer a política de prevenção e combate a violação
de direitos vivenciadas por crianças e adolescentes.

Ampliar as unidades de saúde (consultórios de rua, CAPSis, NASF, etc) bem


como o numero de profissionais de Psicologia, Pedagogia e Serviço Social
contemplando as demandas territoriais no intuito de qualificar e sensibilizar as
7
equipes multidisciplinares para prevenir identificar, atender e acompanhar de
forma adequada crianças e adolescentes em situação de violência incluindo
violência sexual e gravidez na adolescência, entre outras.

Ampliar a quantidade de CREAS e demais serviços no município do Rio de


8 Janeiro visando qualificar o atendimento e acompanhamento das famílias em
situação de violação de direitos.

Fortalecer as redes de proteção e defesa de direitos de crianças e adolescentes


por meio da integração de órgãos da educação, saúde e assistência social, ONGs,
9
conselhos de direitos, conselhos tutelares, CUFA, FAFERJ garantindo o
financiamento dos projetos e ações dessas instituições.

Criar, divulgar e inovar canais e plataformas online para denúncias de violência


contra crianças e adolescentes, que garanta a intervenção/resgaste imediato por
10
profissionais qualificados e garantia da não identificação do denunciante. Bem
como monitoramento
EIXO 3: Orçamento e Financiamento das Políticas para Crianças e Adolescentes

PROPOSTAS

1
Garantir que o CMDCA tenha autonomia na gestão do fundo municipal. Rever

Sensibilizar os parlamentares a destinar percentual mínimo de recursos das emendas


2 parlamentares para a assistência social, prioritariamente, para crianças e adolescente
em situações de maior vulnerabilidade social.

Criar mecanismos de transparência do uso de recursos doados ao fundo pela


3
sociedade civil

Diagnosticar demandas levantadas no território para elaboração de um plano de


4 ação, monitoramento e avaliação com a participação e efetiva de um conselho local
comunitário.

Fortalecer a rede para divulgação e inclusão dos adolescentes no Programa Jovem


Aprendiz, através de ações conjuntas entre Conselhos tutelares, SCFV, ONG’s e
5
escolas, contemplando adolescentes em situação de acolhimento institucional e
familiar, bem como pessoas com deficiência.

Destinar os recursos excedentes do RioCard Escolar para ampliar o acesso à cultura,


6
lazer, esporte, nos mais variados meios de transporte (metrô, barcas e trens).

Repatriar os recursos arrecadados em condenações por corrupção, destinando-os a


7
utilização em projetos e programas voltados para a infância e adolescência.

Ampliar o acesso a tratamento alternativos incluindo-se a administração de


8 fitoterápicos no atendimento à saúde básica, bem como, ampliando a divulgação de
cursos gratuitos do SUS sobre medicina alternativa.

Propor a previsão orçamentária, na implementação de programas e projetos para


crianças e adolescentes nos diferentes âmbitos (arte, cultura, lazer, emprego) de
9 acordo com a realidade de cada território, tendo como base diagnósticos locais,
garantindo maior equidade; assim como, organizar de forma concreta o acesso à
cidade e aos seus bens culturais e de lazer.
EIXO 4: Participação, Comunicação Social e Protagonismo de Crianças e Adolescentes

PROPOSTAS

Garantir que nos espaços escolares, de saúde, de assistência social e outros, o


direito à participação e ao protagonismo de crianças e adolescentes seja ampliado,
1
através dos grêmios estudantis, como entidades de organização autônoma dos
estudantes, e outros espaços existentes;

Proporcionar qualificação a todos os profissionais que atuam nas escolas, unidades


2 de saúde e de assistência social e demais políticas para que estejam aptos a discutir
com crianças e adolescentes sobre os seus direitos;

Criar fóruns locais, regionais e municipais de participação e protagonismo de


3 adolescentes – Comitês de Participação de Adolescentes (CPA), nos termos da
Resolução n.º 159 do CONANDA;

Garantir recursos de deslocamento e alimentação a crianças e adolescentes nos


4 espaços de participação, inclusive com previsão de financiamento dessa ação nos
editais do CMDCA;

Garantir que informações sobre os direitos cheguem até as crianças e adolescentes,


5
através, principalmente das escolas e das redes sociais;

Criar folders, panfletos, páginas e aplicativos que abordem os direitos de crianças e


6
adolescentes, com a participação de crianças e adolescentes;

Garantir a participação de crianças e adolescentes no processo de elaboração do


7
diagnóstico municipal da situação da infância e da adolescência;

Ampliar os espaços de discussão e aprofundamento sobre participação e


8
protagonismo de crianças e adolescentes;

Reconhecer e fortalecer os espaços de expressão e manifestação culturais (Rap,


9 Passinho, Funk, Jongo, Teatros etc.) como espaços de participação de crianças e
adolescentes;
Fomentar, nas políticas públicas, a participação e o protagonismo de crianças e
10
adolescentes.

EIXO 5: Espaços de Gestão e Controle Social das Políticas Públicas de Criança e


Adolescentes

PROPOSTAS

Propor novos formatos de deliberações e criação de estratégias para realização de


Assembleias itinerantes tornando-as mais atrativas, a fim de garantir maior
1
participação e representatividade, bem como poder de voto e decisão de crianças e
adolescentes.

Mobilizar os serviços públicos e organizações da sociedade civil, em especial a


2 educação e saúde para garantir o aumento expressivo da participação de crianças e
adolescentes nas pré-conferências e conferência do CMDCA.

Garantir maior tempo de debate dentro das pré-conferências e da Conferência para


3 realização de grupos de discussão, com uma linguagem mais acessível, bem como
maior espaço para reflexão e criação de propostas consistentes.

Elaborar diagnóstico social participativo sobre os direitos e demandas das crianças


e adolescentes considerando as diversidades territoriais envolvendo os
4
equipamentos da rede socioassistencial, educação e saúde, bem como entidades da
sociedade civil.

Criar ações continuadas de planejamento, monitoramento e avaliação para controle


5
social garantindo a participação de crianças e adolescentes no processo.

Implantar estratégias para o fortalecimento dos conselhos tutelares por meio de:
aumento do número de conselhos, recursos efetivos para funcionamento deles,
6
capacitação continuada, manutenção dos vínculos e permanência das equipes
técnicas.

Incluir as escolas no processo de construção de espaços de participação das


7
crianças e adolescentes nas discussões sobre políticas públicas.

Mobilizar a participação da sociedade civil e governo para a criação de espaços de


8
debate sobre a política de atendimento à criança e adolescente nos territórios
Garantir recursos para transporte e alimentação a fim de viabilizar a participação de
9
crianças e adolescentes nos espaços de controle social.

Efetivar a participação das escolas por meio da articulação com a Secretaria


10 Municipal da Educação nos processos de Organização de Pré conferências e
Conferências e eleição de Conselhos Tutelares.

Você também pode gostar