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GUIA DE LEITURA

AULA 1

GLEIDY BRAGA RIBEIRO


PLANO DE ENSINO

CURSO:
Cidadania e Direitos Humanos: Inclusão e Igualdade
INSTRUTOR(A):
Cleidy Braga Ribeiro
EMENTA:
Conceitos básicos da legislação e dos atos normativos sobre cidadania e direitos
humanos. Direitos humanos e cidadania no âmbito do serviço público. Direitos
humanos dentro do contexto sócio-histórico-cultural em que o servidor público está
inserido. Direitos humanos: humanidade, diversidade e discriminação. Políticas
públicas de promoção da igualdade social. Direitos humanos ligados ao atendimento
especial às mulheres, às pessoas com deficiência, à pessoa idosa, à criança e ao
adolescente no âmbito do serviço público.
OBJETIVO GERAL:
Contribuir para a formação básica dos servidores em Cidadania e Direitos Humanos
e sua relação com as políticas públicas, com vista a oferecer tratamento prioritário e
de qualidade aos públicos específicos dos direitos humanos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Apresentar conceitos básicos da legislação internacional sobre cidadania e


direitos humanos.

 Identificar os direitos e garantias individuais e sociais, com base na legislação


nacional.

 Expôr as políticas de direitos humanos no âmbito do serviço público.

 Difundir instrumentos de gestão capazes de incorporar a perspectiva de


gênero, raça, etnia e orientação sexual no âmbito das políticas públicas.

 Divulgar boas práticas, a fim de exemplificar como incorporar a temática dos


direitos humanos no atendimento do serviço público.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. Teoria Geral dos Direitos Humanos.
2. Proteção Internacional dos Direitos Humanos: Sistema Global e Sistema
Regional.
3. Os Direitos Humanos e a Constituição Federal.
4. Direitos Humanos e Ações Afirmativas: variáveis de gênero, raça, etnia,
classe social, ocupação social e orientação sexual.
5. Política Nacional dos Direitos Humanos e a Gestão de Políticas Públicas:
Problemas Multiníveis, Interseccionado e Transversal.
6. Políticas Afirmativas e as Mulheres.
7. Políticas Afirmativas e as Populações Preta e Parda.
8. Políticas Afirmativas e Povos Indígenas.
9. Políticas Afirmativas e os Idosos;
10. Políticas Afirmativas e a Pessoa LGBT+.
11. Políticas Afirmativas e a Pessoa com Deficiência.
12. Políticas Afirmativas e a Criança e o Adolescente.
13. Políticas Afirmativas e a Juventude.
14. Políticas Afirmativas Quilombolas.
15. Boas Práticas: Mulheres, Idosos, Indígenas, Preto e Pardo;
16. Boas Práticas: Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgênero – LBGT, Pessoa
com Deficiência, Criança e Adolescente, Juventude e Quilombolas.

METODOLOGIA
O curso de capacitação será realizado na plataforma EaD https://unicet.to.gov.br/,
composto por 16 (dezesseis) aulas de 2h30 (duas horas e trinta minutos) cada,
totalizando 40h (quarenta horas), sendo que será considerado parte integrante as
vídeo-aulas e seus respectivos slides, materiais complementares e a atividade de
fixação. Ao término do curso também será realizada, pelo(a) treinando(a), uma
avaliação final preparada pelo instrutor e uma enquete inserida pela DICAP/UNICET.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, D. Um pequeno relato sobre a construção de redes comunitárias no


contexto urbano. IBEBrasil, 2021. Disponível em:
https://ibebrasil.org.br/2021/07/um-pequeno-relato-sobre-a-construcao-de-redes-
comunitarias-no-contexto-urbano/. Acesso em: 27 set. 2021.
AZEVEDO, M. Igualdade e equidade: qual é a medida da justiça social? Avaliação,
Campinas; Sorocaba, SP, v.01, p.129-150, 2013. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/aval/a/PsC3yc8bKMBBxzWL8XjSXYP/abstract/?lang=pt.
Acesso em: 27 set. 2021.

BARROSO, L. Retrospectiva 2008: Judicialização, Ativismo e Legitimidade


Democrática. Revista Eletrônica de Direito do Estado, Salvador – Bahia, n. 18,
abr. mai. jun. 2009. Disponível em: http://www.direitodoestado.com.br/revista/REDE-
18-ABRIL-2009-LUIS%20BARROSO.pdf. Acesso em: 27 set. 2021.

BELTRAMELLI NETO, S. Curso de Direitos Humanos. 6. ed. São Paulo: Atlas,


2021.

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 27
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integrada para o desenvolvimento da Agenda Social Quilombola no âmbito do
Programa Brasil Quilombola, e dá outras providências. Brasília, DF. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6261.htm.
Acesso em: 27 set. 2021.

_____. Decreto n. 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção


Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra
as Pessoas Portadoras de Deficiência. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3956.htm. Acesso em: 27 set.
2021.

_____. Decreto n. 99.710, de novembro de 1990. Promulga a Convenção sobre os


Direitos da Criança. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d99710.htm. Acesso em: 27
set. 2021.

_____. Decreto n. 5.007, de março de 2004. Promulga o Protocolo Facultativo à


Convenção sobre os Direitos da Criança referente à venda de crianças, à
prostituição infantil e à pornografia infantil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5007.htm. Acesso
em: 27 set. 2021.

______. Decreto n. 5.006 de 8 de março de 2004. Promulga o Protocolo


Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativos ao
envolvimento de crianças em conflitos armados. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5006.htm. Acesso
em: 27 set. 2021.

______. Decreto n. 591, de 6 de julho de 1992. Atos Internacionais. Pacto


Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Promulgação.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d0591.htm.
Acesso em: 27 set. 2021.
______. Decreto n. 592, de 6 de julho de 1992. Atos Internacionais. Pacto
Internacional sobre Direitos Civis e Políticos. Promulgação. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D65810.html. Acesso em: 27
set. 2021.

______. Supremo Tribunal Federal. Acórdão proferido em Ação Direta de


Inconstitucionalidade n. 4.277/DF. Órgão Julgador: Tribunal Pleno. Relator:
Ministro Ayres Britto. Julgado em 05 mai. 2011. Publicado no DJe em 14 out. 2011.
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/. Acesso em: 27 set. 2021.

______. Supremo Tribunal Federal. ADO 26/DF, Rel. Min. Celso de Mello,
julgamento em 13.6.2019. Informativo n. 994. Disponível em:
https://direito.mppr.mp.br/2019/03/58/Resumo-do-julgamento-sobre-o-
reconhecimento-de-crime-de-racismo-quando-diante-de-casos-de-
Homotransfobia.html. Acesso em: 27 set. 2021.

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MADRUGA, S. Pessoas com deficiência e direitos humanos: ótica da diferença e


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MAZZUOLI, V. D. Curso de Direitos Humanos. 8. ed. São Paulo: Método,


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MIRANDA, S. A. D. Diversidade e ações afirmativas: combatendo as


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NUNES, R.. O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana:


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Social) – PUC – SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), São Paulo,
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TAYLOR, C. Argumentos Filosóficos. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2000.

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https://www5.tjms.jus.br/_estaticos_/sc/publicacoes/GuiaBoasPraticasPessoasDefici
enciaAcessivel.pdf. Acesso em: 27 set. 2021.
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AULA 1 – TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS E AFIRMAÇÃO


HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS

Olá treinando(a)! Vamos iniciar o nosso curso de Cidadania e Direitos


Humanos – Inclusão e Igualdade. Estou muito feliz de iniciar essa jornada com
vocês. Há, no mínimo, dez anos venho estudando e ocupando espaços de gestão
que desenvolvem políticas públicas na área dos direitos humanos. O último cargo
que ocupei foi o de Secretária de Cidadania e Justiça do Tocantins. Sou jornalista,
advogada, mestre em Desenvolvimento Regional (UFT) e doutoranda em Direito
Constitucional (IDP). Atualmente, sou professora do Curso de Direito, da
Universidade Estadual do Tocantins, no campus de Dianópolis.
Nesta primeira aula, vamos apresentar breves apontamentos sobre a Teoria
Geral dos Direitos Humanos. Isto porque acreditamos ser importante que você
conheça o pensamento de doutrinadores sobre os direitos humanos, características,
terminologia, sua afirmação histórica e características.
Para uma melhor compreensão do processo evolutivo dos direitos humanos,
vamos apresentar a Teoria das Gerações dos Direitos Humanos, que foi lançada
pelo jurista Karel Vasak. A classificação é utilizada por diversos doutrinadores.
Salientamos que é extremamente difícil encontrar um conceito único do que
são os direitos humanos. Todavia, todas as doutrinas vão apresentar que a função
dos direitos humanos é propiciar ao indivíduo uma vida com dignidade. Isto significa
que todas defendem o acesso a direitos básicos, que sejam capazes de assegurar
ao indivíduo uma existência digna. Ou seja, pode-se dizer que existe um mínimo
existencial que sem o qual o ser humano não exerce sua cidadania plena. Em
relação aos fundamentos, apresentaremos duas correntes de pensamento: a
jusnaturalista (direito natural) e a positivista nacional.
Por fim, vamos apresentar as principais características dos direitos humanos
mais presentes nas doutrinas. Espero que você esteja preparado(a) para esta
matéria tão importante para nossas vidas!!!!

1.1 Conceito

Na definição de André Carvalho Ramos (2019), os direitos humanos


consistem em um conjunto de direitos que são indispensáveis para uma vida
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humana pautada na liberdade, igualdade e dignidade. Logo, eles são essenciais e


indispensáveis à vida digna. Para Scarano e outros (2018), os direitos humanos são
os princípios ou valores ético-políticos que vão permitir que uma pessoa afirme sua
condição e dignidade como ser humano. Madruga (2021) assevera que os direitos
humanos se fundamentam na dignidade da pessoa humana e em contraposição aos
abusos e arbítrios do Estado.
Perceba que, para os três autores, o conceito de direitos humanos centra-se
na defesa de direitos que sejam capazes de assegurar a dignidade humana. Esta
percepção é consensual na doutrina. Mas o que é dignidade?
Ao longo da história, vários estudiosos tentaram definir o que seja dignidade.
Aqui, pegaremos emprestados os ensinamentos de Nunes (2018), que refletem que
a dignidade da pessoa humana aparece como uma conquista da razão ético-jurídica,
fruto da reação à história de atrocidades que, infelizmente, marca a experiência
humana. A história da humanidade é marcada por acontecimentos nos quais os
direitos humanos foram desrespeitados. O autor destaca, por exemplo, que a
Constituição da Alemanha, já no seu artigo de abertura, positivou a dignidade
humana como sendo algo intangível, e respeitá-la e protegê-la é obrigação de todo o
poder público. Tal positivação como esta não é mero formalismo, mas vem do
desejo de não reviver, naquele país, os horrores da primeira e, principalmente, da
segunda guerra mundial.
Portanto, Nunes (2018) emprega o termo dignidade e aponta para dois
aspectos análogos, mas distintos: aquele que é inerente à pessoa, pelo simples fato
de ser, nascer pessoa humana; e outro dirigido à vida das pessoas, à possibilidade e
ao direito que têm as pessoas de viver uma vida digna. Assim, dignidade, por um
lado, seria algo que nasce com o indivíduo – mesmo o mais cruel ser humano,
possui dignidade. Por outro lado, é preciso assegurar o que muitos autores chamam
de o mínimo existencial necessário, para que uma pessoa tenha uma vida com
dignidade.
Ramos (2019) explica o mínimo existencial como sendo um conjunto de
direitos, sem os quais não é possível ter uma existência digna, de modo que, é
preciso assegurar “o direito geral de liberdade e os direitos sociais básicos, tais
como o direito à educação, o direito à saúde, o direito à previdência e assistência
social, o direito à moradia, o direito à alimentação, entre outros.” Ou seja, não são
direitos supérfluos, mas direitos sem os quais a experiência de vida em sociedade é
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comprometida. Por exemplo, alguém que não possui o direito à educação,


dificilmente vai conseguir se desenvolver integralmente, o que compromete a sua
inclusão social.
Para o autor, o grande desafio para o Estado, grande responsável pela
garantia do mínimo existencial da pessoa humana, é superar a argumentação
utilizada de que não há recursos disponíveis, portanto, existe uma limitação à
realização destes direitos a uma “reserva do possível”. O argumento, desenvolvido
pelo Tribunal Constitucional Federal da Alemanha, é constantemente utilizado pelos
governos, para não implantar ou implementar políticas públicas, já que a escassez
de recursos impede a implementação imediata de todos os direitos que exijam
prestações positivas. Isto é, exige uma postura ativa do Estado na promoção dos
direitos humanos.
Contudo, o princípio da dignidade humana consta na Constituição Federal de
1988, em seu primeiro artigo, como um princípio fundante da República Federativa
do Brasil. Assim, nas últimas décadas, vimos o Poder Judiciário refutar esta
argumentação de reserva do possível, quando estamos diante de sistemática
violação dos direitos humanos.

No Supremo Tribunal Federal, há precedentes que autorizam a intervenção


do Poder Judiciário, exigindo do Poder Executivo, a adoção de providências
administrativas que visem à melhoria da qualidade da prestação do serviço
de saúde pública. O STF reconheceu que a cláusula da reserva do possível
não pode ser invocada com o propósito de obstaculizar a implementação de
direitos, pois tal conduta do Poder Público viola a “garantia constitucional do
mínimo existencial”, que é fruto, para o STF, da junção do art. 1, III
(dignidade humana), e do art. 3, III (erradicação da pobreza e da
marginalização, bem como redução das desigualdades sociais e regionais),
da Constituição (STF, ARE 639.337 AgR, rel. Min. Celso de Mello, j. 23-8-
2011, 2a T., DJe de 15-9-2011) (CARVALHO, 2018, p. 79).

O Jurista e Ministro do Supremo Federal, Luís Roberto Barroso, explica que


esta postura mais concreta do Judiciário frente ao Executivo, cuja doutrina chama de
ativismo judicial, nada mais é que, uma forma proativa de interpretar e aplicar a
Constituição. Para ele, isso só acontece quando o Poder Legislativo é menos
participativo. De modo que há, neste contexto, uma participação mais ampla e
intensa do Judiciário na concretização de valores e fins constitucionais. Veremos
com mais detalhes este assunto, na aula sobre os Direitos Humanos e a
Constituição Federal.
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1.2 Terminologia e Gerações/Dimensões dos Direitos Humanos

Oliveira (2016) aponta que, há uma pluralidade de expressões e terminologias


que albergam os direitos humanos nos documentos internacionais e textos
constitucionais. É possível encontrar expressões como direitos humanos, direitos
fundamentais, direitos do homem, liberdades públicas, entre outras. As mais
comuns, no entanto, são os direitos humanos – quando o campo de positivação é o
direito internacional, e direitos fundamentais – quando o campo é ordenamento
jurídico interno de um determinado país.

Em síntese, de um lado, o Direito Internacional dos Direitos Humanos, com


seus documentos (declarações, convenções, protocolos) e mecanismos de
implementação e controle (relatórios, comunicações interestatais, petições
individuais e outros procedimentos) e, de outro, no nível estatal, os direitos
fundamentais, como positivação daqueles direitos na ordem jurídica de um
determinado Estado (OLIVEIRA, 2016, p. 4).

No mesmo sentido, nos ensina Ramos (2019) que, as duas expressões de


uso corrente no século XXI são direitos humanos e direitos fundamentais. Uma serve
para definir os direitos estabelecidos pelo direito internacional em tratados e demais
normas internacionais sobre a matéria. Outra delimitaria os direitos reconhecidos e
positivados pelo direito constitucional de um Estado específico. Todavia, assevera
que, atualmente, muitos já utilizam uma união entre as duas expressões, criando-se
uma nova terminologia: “direitos humanos fundamentais” ou, ainda, “direitos
fundamentais do homem”.
Quanto à teoria das gerações e dimensões, Ramos (2019) explica que, a
Teoria das Gerações dos Direitos Humanos foi lançada pelo jurista francês, de
origem checa, Karel Vasak, em 1979, em Conferência proferida no Instituto
Internacional de Direitos Humanos de Estrasburgo (França), quando classificou os
direitos humanos em três gerações, cada uma com características próprias. O
Jurista utilizou o lema da Revolução Francesa: “liberté, egalité et fraternité”
(liberdade, igualdade e fraternidade), para apresentar o processo histórico evolutivo
pelo qual passaram os direitos humanos.
Veremos, agora, as principais características da primeira, segunda e terceira
geração, na perspectiva de Ramos (2019).
A primeira geração de direitos humanos nos remete às revoluções liberais do
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século XVIII – a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos da


América. Tais revoluções queriam restringir o poder absoluto do monarca,
impingindo limites à ação estatal. De modo que, a primeira geração engloba os
chamados direitos de liberdade. O que se quer é que o Estado proteja a esfera de
autonomia do indivíduo. São denominados também “direitos de defesa”, pois
protegem os indivíduos.
Já a segunda geração de direitos espera uma postura ativa do papel do
Estado. Influenciado pelas doutrinas socialistas, constatou-se que a inserção formal
de liberdade e igualdade em declarações de direitos não garantiam a sua efetiva
concretização, de modo que se passou a exigir que o Estado assegure uma
condição material mínima de sobrevivência. Os direitos humanos de segunda
geração são frutos das chamadas lutas sociais, que ocorreram no início do século
XX, tanto na Europa quanto nas Américas. Destacam-se como marcos, a
Constituição mexicana de 1917; a Constituição alemã de Weimar de 1919 e, no
Direito Internacional, o Tratado de Versalhes, que criou a Organização Internacional
do Trabalho, reconhecendo os direitos dos trabalhadores.
Nos direitos de primeira geração estão o direito à liberdade, igualdade perante
a lei, propriedade, intimidade e segurança, traduzindo o valor de liberdade. Já nos
direitos de segunda geração estão reconhecidos o direito à saúde, educação,
previdência social, habitação, entre outros. Nos de primeira geração, espera-se uma
prestação negativa do Estado, nenhuma ou pouca interferência, já nos de segunda
geração espera-se uma prestação positiva do Estado, de modo que ele intervenha
para assegurar os direitos humanos.
Temos, ainda, a terceira geração de direitos humanos, que comportam os
direitos cujos titulares são a comunidade e não o indivíduo. São os direitos
chamados de solidariedade. Nesta geração, temos o direito à paz, direito à
autodeterminação e, em especial, o direito ao meio ambiente equilibrado. Ramos
(2019) afirma que ela parte do pressuposto de que existe uma vinculação do homem
ao planeta Terra, com recursos finitos, divisão absolutamente desigual de riquezas
em verdadeiros círculos viciosos de miséria e ameaças cada vez mais concretas à
sobrevivência da espécie humana.
Apesar de apresentar as gerações de direitos humanos, Ramos (2019)
argumenta que, hoje, o correto é utilizar o termo “dimensões”, em vez de gerações.
Oliveira (2016) também aponta que, a classificação dos direitos humanos em
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gerações encontra adversários contundentes que pontuam as inconsistências


históricas e jurídicas, além dos riscos que esta teoria representa para uma leitura
integral dos direitos humanos.
Atualmente, existem autores utilizando esta classificação, que já
acrescentaram a quarta e a quinta geração. Paulo Bonavides, por exemplo,
acrescenta como direitos humanos de quarta geração, os direitos de participação
democrática (democracia direta), direito ao pluralismo, bioética e limites à
manipulação genética; e de quinta geração, o direito à paz em toda a humanidade,
que foi classificado por Vasak como de terceira geração.
Desta forma, ainda que a teoria geracional seja razoável para fins didáticos,
deve-se compreender que não há a substituição de uma geração por outra. Esta não
pode jamais ser usada para impedir a unidade dos direitos humanos. Pelo contrário,
para os autores, ela deve propiciar uma visão integral deste conjunto de direitos, que
são todos essenciais, independente das gerações, para uma vida humana digna.

1.3 Fundamentos dos Direitos Humanos

Os fundamentos buscam explicar as bases sobre os quais os direitos


humanos encontram suas razões. Existem outras correntes de pensamentos na
doutrina, mas as mais importantes são, conforme explica Ramos (2019), a
jusnaturalista e o jus positivista, ou corrente positivista nacionalista. A corrente
jusnaturalista fundamenta que os direitos humanos são um conjunto de normas
vinculantes anteriores e superiores ao sistema de normas fixadas pelo Estado, ou
seja, do próprio direito posto. Trata-se de um direito metafísico, oriundo de Deus,
que o Estado deve assegurar ao indivíduo pela sua condição humana.

O traço marcante da corrente jusnaturalista (de origem religiosa ou


contratualista) de direitos humanos é o seu cunho metafísico, pois se funda
na existência de um direito preexistente ao direito produzido pelo homem,
oriundo de Deus (escola de direito natural de razão divina) ou da natureza
inerente do ser humano (escola de direito natural moderno).
Consequentemente, o ser humano é titular de direitos que devem ser
assegurados pelo Estado em virtude tão somente de sua condição humana,
mesmo em sobreposição às leis estatais. O direito de resistência é um
exemplo dessa irresignação da corrente jusnaturalista com os direitos
postos pelo Estado (RAMOS, 2019, p. 87).

A corrente positivismo nacionalista surgiu com a consolidação do Estado


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constitucional, fruto das revoluções liberais oitocentistas, que inseriu os direitos


humanos tidos como naturais (jusnaturalismo de direitos humanos) no corpo das
Constituições e das leis, sendo agora considerados direitos positivados. Isto é,
passam ser algo expresso nas constituições, que está no topo do sistema jurídico.
Algo produzido pelo homem.

A Escola Positivista, o fundamento dos direitos humanos consiste na


existência da norma posta, cujo pressuposto de validade está em sua
edição conforme as regras estabelecidas na Constituição. Assim, os direitos
humanos justificam-se graças à sua validade formal e sua previsão no
ordenamento posto (RAMOS, 2019, p. 92).

Para esta segunda corrente, direitos humanos são aquilo que é reconhecido
por um ordenamento jurídico e devidamente positivado. Existe consenso na doutrina
de que a positivação traz segurança jurídica às relações sociais, todavia, não é
possível positivar todos os direitos, ainda mais, considerando que vivemos na
contemporaneidade. Em função da globalização, houve um intenso surgimento de
novos direitos, como por exemplo, os vinculados ao campo da biomedicina. De
modo que é perfeitamente possível a coexistência das duas correntes de
fundamento.
Existe ainda, conforme nos ensina Oliveira (2016), uma terceira corrente
chamada de teoria moralista ou ética. Para esta corrente, os direitos humanos são
direitos morais e, dessa forma, sua validade não está na norma positivada, mas nos
valores de uma determinada coletividade humana.

1.4 Características dos Direitos Humanos

De acordo com Oliveira (2016), deve-se entender por características os


atributos vinculados à concepção contemporânea de direitos humanos. O autor
apresenta as características mais recorrentes nos estudos sobre a temática. São
elas: universalidade; indivisibilidade e interdependência; historicidade; vedação ao
retrocesso e proibição de proteção deficiente; inalienabilidade, irrenunciabilidade e
imprescritibilidade. Vejamos a seguir breves considerações sobre cada uma delas a
partir de seus ensinamentos:
 a universalidade é o reconhecimento de que a dignidade e a capacidade
para o exercício de direitos é de alcance a todos, sem que haja distinções de
8

qualquer natureza, sejam elas sexo, raça, origem nacional, procedência


ética, religiosa ou qualquer outra condição;
 indivisibilidade e interdependência pressupõem a compreensão integral dos
direitos humanos, existindo uma junção entre eles. Congregam os direitos
civis e políticos de um lado e os direitos econômicos, sociais e culturais, de
outro;
 a historicidade reconhece que os direitos humanos são históricos. Não
nascem todos em um determinado momento. Eles advêm de um longo
processo histórico de avanços e retrocessos em seu reconhecimento e
proteção;
 a vedação ao retrocesso, conhecido como efeito cliquet, confere aos direitos
humanos uma verdadeira blindagem contra retrocessos e flexibilizações na
proteção aos direitos consagrados. Em matéria de direitos humanos, não
pode haver recuo para se conformar aos interesses políticos e econômicos
de maiorias pontuais;
 a proibição da proteção deficiente busca assegurar que haja um postura de
proteção por parte do Estado, de maneira eficiente. O Estado deve dar a
maior concretude possível aos direitos fundamentais sociais e sua máxima
efetividade, bem como não avançar contra os direitos e um não fazer, de
não avançar contra os direitos fundamentais;
 a inalienabilidade assegura a impossibilidade de transacionar ou
comercializar direitos (humanos, fundamentais) a outrem, uma vez que não
possuem conteúdo econômico, sendo indisponíveis;
 a irrenunciabilidade é caracterizada pelo fato do individuo não poder abdicar,
recusar ou rejeitar seus direitos humanos. Qualquer manifestação do
indivíduo neste sentido será nula de pleno direito;
 a imprescritibilidade é fato de que, se a pessoa humana não o exercer os
direitos humanos, não ocorrerá o advento da prescrição ao longo do tempo.

Chegamos ao final da nossa primeira aula!!! Espero que você tenha gostado
do conteúdo. Por enquanto, quero que você guarde que os direitos humanos
representam o conjunto de direitos políticos, sociais, econômicos e culturais, que
devem ser assegurados a cada indivíduo, sem distinção de qualquer natureza, para
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que ele tenha assegurado a concretude de sua dignidade, podendo assim, exercer
sua cidadania plena.

Atenção!
Na definição de Madruga (2021), os direitos humanos estão relacionanados
com a dignidade da pessoa humana, em contraposição aos abusos e
arbítrios do Estado. E não é por acaso. Você sabia que o regime nazista
comandado por Adolf Hitler, Presidente da Alemanha, provocou a segunda
guerra mundial, levando à morte cerca de 60 milhões de pessoas. No total,
cerca de 40 milhões de civis morreram durante a guerra, entre 1939 e 1945.
Cerca de 20 milhões de soldados, quase metade russos, perderam a vida.
Acesse o link e saiba mais: https://news.un.org/pt/story/2021/05/1750022.

1.5 Material Complementar

Para mais compreensão, leia o texto e assista ao vídeo a seguir:

Sugestão de leitura:
 Direitos humanos, democracia e desenvolvimento. Disponível em:
http://www.seer.ufu.br/index.php/revistafadir/article/view/24578.

Sugestão de vídeo:
 Auschiwitz – Campo de Concentração Nazista na Polônia/Nerdtour.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=onbdxhEap0I.

Bons estudos!
1.6 Atividades de Fixação

1 – De acordo com que vimos na aula, a garantia do mínimo existencial decorre da


proteção à dignidade da pessoa humana, todavia, muitos governos têm invocado a
um fundamento para não concretizar o acesso aos direitos básicos sociais. Marque a
alternativa que apresenta corretamente este fundamento:
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a) reserva do possível.
b) vedação do retrocesso.
c) imprescritibilidade.
d) irrenunciabilidade.

2 – Sobre a teoria das gerações/dimensões dos direitos humanos, de autoria do


jurista Karel Vasak, no ano de 1979, é correto dizer que o direito à educação é um
direito de:
a) primeira geração.
b) segunda geração.
c) terceira geração.
d) quarta geração.

3 – De acordo com a doutrina, não existe uma distinção entre as terminologias de


direitos humanos e direitos fundamentais.
Verdadeiro ( ) Falso ( )

Gabarito
1– a; 2 – b; 3 – Falso.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 30 set.
2021.

BARROSO, L. Retrospectiva 2008: judicialização, ativismo e legitimidade


democrática. Revista Eletrônica de Direito do Estado, Salvador – Bahia, n. 18,
abr. mai. jun. 2009. Disponível em: http://www.direitodoestado.com.br/revista/REDE-
18-ABRIL-2009-LUIS%20BARROSO.pdf. Acesso em: 30 set. 2021.

MADRUGA, S. Pessoas com deficiência e direitos humanos: ótica da diferença e


ações afirmativas. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2021.

NUNES, R. O princípio constitucional da dignidade da pessoa humana: doutrina


e jurisprudência. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

OLIVEIRA, F. M. G. de. Direitos humanos. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:


Método, 2016.
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RAMOS, A. de C. Curso de Direitos Humanos. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.

SCARANO, R. C. V; FILHO.A. R. I. L; OST. S. B; BONETE. J. W; CRISOSTOMO. A.


L; VARAM. G; MARIM. G; GOMES. J. B; MARTINS. S. S; PEREIRA. P. S;
RODRIGUES. G. W. Ética e Cidadania. 2. ed. Porto Alegre: Sagah, 2018.

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