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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS DE PORTO NACIONAL


CURSO DE GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS

BRYANN BORGES DE OLIVEIRA AMORIM

DIREITOS HUMANOS E DIREITOS INTERNACIONAIS (DHDI) DE LGBT’s: UM


RECORTE A PARTIR DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO ESTADO DO TOCANTINS

Porto Nacional/TO
2019
BRYANN BORGES DE OLIVEIRA AMORIM

DIREITOS HUMANOS E DIREITOS INTERNACIONAIS (DHDI) DE LGBT’s: UM


RECORTE A PARTIR DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO ESTADO DO TOCANTINS

Projeto de Pesquisa submetido à


disciplina de TCC I, do curso de Relações
Internacionais da Universidade Federal do
Tocantins, para fins de desenvolvimento
do Trabalho de Conclusão de Curso.

Porto Nacional/TO
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................6

Pergunta de Pesquisa.....................................................................................9
Hipótese.............................................................................................................9
Justificativa........................................................................................................9
Relevância.......................................................................................................10
Objetivo............................................................................................................11
.......................................................................................................................
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................................12

[Desenvolvendo].........................................................................................................12

Organização das Nações Unidas................................................................12


Resolução sobre a violação dos direitos humanos de LGBT 12
3 METODOLOGIA....................................................................................................14

4 CRONOGRAMA....................................................................................................15

4.1 Plano de trabalho...........................................................................................15

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................16
6

1 INTRODUÇÃO

LGBT é a uma sigla construída politicamente para designar grupo social cuja
orientação sexual e identidade de gênero não estejam atrelado aos preceitos
heteronormativos. Assim, LGBT designa as iniciais respectivamente de Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e/ou Transgêneros. O uso político ocorre
desde os anos 1990, entretanto, o termo é uma adaptação de LGB, que substituía o
termo gay para se referir à comunidade LGBT no fim da década de 1980. O tema da
discriminação baseada na orientação sexual foi tratado formalmente pela primeira
vez na Conferência Mundial de Pequim (1995), mas suas propostas foram rejeitadas
por delegações islâmicas (BRASIL, 2004, p. 13). Os direitos humanos são direitos
inerentes a todos os seres humanos. Todos temos direito aos direitos humanos sem
discriminação, seja qual for nossa nacionalidade, local de residência, sexo, origem
nacional ou étnica, cor, religião, idioma ou qualquer outra situação, como idade,
deficiência, condições de saúde, orientação sexual ou identidade de gênero. Esses
direitos, não importa se forem direitos civis e políticos (como o direito a vida, à
igualdade perante a lei e à liberdade de expressão) ou econômicos, sociais e
culturais (tais como o direito ao trabalho, à segurança social e educação), são
indivisíveis, universais, interdependentes e interligados. O objetivo desse projeto se
apresenta como um espaço de amadurecimento sobre teorias e práticas de
pesquisas que primem pelo debate sobre as questões e condições em que a
Comunidade LGBT estão inseridas socialmente dentro dos debates sobre direitos
humanos e direito internacional.

1.1 Pergunta de Pesquisa


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Como as políticas públicas para LGBT’s são desenvolvidas e aplicadas no


estado do Tocantins e qual a efetividade dessas ações com base no Direito
Internacional e nos Direitos Fundamentais nos municípios tocantinenses?

1.2 Hipótese

Existem leis atualmente que garantem a pessoas LGBT’s, as condições


básicas para se viver e usufruir de todos os direitos e deveres possíveis. Apesar de
tudo isso, sabemos que a lei não é cumprida em todo território nacional e em alguns
lugares, a vida de uma pessoa LGBT’s é totalmente marginalizada. Muitas vezes a
marginalização dessas pessoas, leva a casos de violência verbal, moral e física.

Com isso, é deduzível que não existe uma efetividade dessas leis que
garantam os direitos fundamentais dessas pessoas.

1.3 Justificativa

Os dados de casos de lgbtfobia no brasil, nos mostra em quais lugares é mais


difícil de viver sendo homossexual. A Bahia, por exemplo, lidera o ranking em
números absolutos de mortes causadas pela homofobia, com 28 homicídios em
2011. Em seguida, vem Pernambuco com 25 mortes e São Paulo com 24. De
acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), o Nordeste é a região mais homofóbica
do país, já que abriga 30% dos brasileiros e registrou 46% dos assassinados
LGBTs. As pessoas transsexuais, são as mais marginalizadas da comunidade
LGBT na sociedade. Travestis são expostas a prostituição e a condições de vida
precária. Durante a infância, por exemplo, elas são violentadas e exploradas em
casa pelos próprios familiares, não conseguem desenvolver uma boa
comunicação com pessoas externas à sua convivência e por esses, e outros
mais fatores, não conseguem concluir o ensino médio, o que acaba fazendo com
que as oportunidades de emprego sejam totalmente negadas a elas. A partir
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disso, a única saída possível para não morrerem de fome, é se submeterem a


prostituição.
Todos esses problemas citados podem ser resolvidos com o cumprimento
das leis já existentes, criação de políticas públicas efetivas e com acesso pleno
para todas as pessoas. Com isso, a comunidade e a sociedade em geral vão
conseguir andar e evoluir.
Constatar as problemáticas e as barreiras que desqualificam o cumprimento
das obrigações do Estado perante a essa população, torna-se como dever social o
conhecimento sobre, sendo mais emergencial esclarecer pontualmente, sobre as
partes fundamentais e integrais dos direitos que correspondem sobre suas
necessidades.
Por esta razão, torna-se de extrema importância estender uma abordagem
diferenciada e completa sobre a realidade, a fragilidade e os desafios de executar a
declaração como um direito permanente e inviolável.

1.4 Relevância

A importância da garantia do Direito Internacional dos direitos humanos é


fundamental para a que possamos caminhar em direção a dias melhores para
LGBT’s. Através desse trabalho conhecer as deficiências e levar para conhecimento
de todos o que precisa ou não ser melhorado. É um assunto relevante pois trata da
existência de muitas pessoas. A partir disso, ter noção do que precisa ser construído
ou renovado.

1.5 Objetivo

Objetivo Geral

Tem-se por objetivo geral, compreender quais os impactos das políticas


públicas instrumentalizadas pelos DHDI sobre a comunidade LGBTT no Estado do
Tocantins. A partir desse objetivo geral, delinearam-se alguns objetivos específicos:
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 Relacionar dados sobre as políticas públicas direcionadas ao público


LGBTT no Brasil e especificamente no Tocantins;
 Organizar banco de dados sobre organizações, entidades, instituições
participativas ou agências de Direitos Humanos e Direitos Internacionais LGBTT no
Tocantins;
 Entender o surgimento dos Movimentos Sociais que tenham uma agenda
Política com os Direitos Humanos das Comunidades LGBTTs;
 Fomentar a discussão sobre DHDI e Políticas Públicas nos Cursos de
Relações Internacionais e nas áreas afins da universidade para estimular a
formação de um espírito crítico e engajado de nossas/os estudantes
Compreender de forma simbólica e prática, como os direitos humanos no
Brasil encaminham os benefícios e o cumprimento das exigências no âmbito
doméstico e internacional, revelando os desafios que existem, pontuando as
disputas e os interesses que predominam como poderes centrais nas decisões e
quais são esses poderes e como isso interfere na vida e no cotidiano Das pessoas
LGBT’s.
Com isso, iremos ampliar o conteúdo com o objetivo de torná-lo como
utilidade pública para o conhecimento e como referência para esclarecer e servir de
modelo em possíveis ocasiões.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

[Desenvolvendo]

2.1 Organização das Nações Unidas

[Desenvolvendo].
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2.2 Resolução sobre a violação dos direitos humanos de LGBT

O Conselho de Direitos Humanos,

Considerando a universalidade, a interdependência, a indivisibilidade e a

interrelação dos direitos humanos conforme preconizadas na Declaração Universal

dos Direitos Humanos, e subsequentemente incorporadas em outros instrumentos

de direitos humanos, como o Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais

e Culturais, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, e outros

instrumentos chaves e relevantes de direitos humanos;

Considerando também que a Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma

que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, e que

todas as pessoas têm capacidade para gozar os direitos e as liberdades

estabelecidos na Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor,

sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou

social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição;

Considerando ainda a Resolução da Assembleia Geral nº 60/251, de 15 de março de

2006, na qual a Assembleia estabeleceu que o Conselho de Direitos Humanos

deverá ser responsável pela promoção do respeito universal à proteção de todos os

direitos humanos e todas as liberdades fundamentais de todas as pessoas, sem

distinção de qualquer natureza, e de maneira equitativa e igualitária;


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Expressando forte preocupação em relação a atos de violência e discriminação, em

todas as regiões do mundo, cometidos contra as pessoas por causa de sua

orientação sexual e identidade de gênero.

1. Solicita que a Alta Comissária de Direitos Humanos encomende um estudo a ser

concluído até dezembro de 2011, para documentar leis e práticas discriminatórias e

atos de violência contra as pessoas por motivo de sua orientação sexual e

identidade de gênero, em todas as regiões do mundo, e para documentar como a

legislação internacional de direitos humanos pode ser utilizada para pôr fim à

violência e às violações dos direitos humanos cometidas por motivo de orientação

sexual e identidade de gênero;

2. Resolve convocar um painel de discussão durante a 19ª sessão do Conselho de

Direitos Humanos, fundamentado nos fatos contidos no estudo encomendado pela

Alta Comissária de Direitos Humanos, para que haja diálogo construtivo,

fundamentado e transparente sobre a questão das leis e práticas discriminatórias e

atos de violência contra as pessoas por motivo de sua orientação sexual e

identidade de gênero;

3. Resolve outrossim que o painel também discutirá a forma apropriada de

encaminhamento das recomendações do estudo encomendado pela Alta

Comissária;

4. Resolve acompanhar de forma contínua esta questão prioritária


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3 METODOLOGIA

O trabalho tem cunho qualitativo, entretanto, com a proposta de organizar um


banco de dados, também (em alguns momentos) trabalharemos com dados de
forma qualiquantitativa. Trabalharemos com as perspectivas interseccionais e com a
Teoria Queer. Traremos a interseccionalidade para poder apresentar uma visão
mais consentânea com a realidade, isso é necessário para fazer a intersecção de
categorias como Gênero, Sexualidades e Espaço com outras categorias explicativas
das relações sociais. De acordo com Louro (2001), a política de identidade
homossexual enfrenta crises e com isso, revela suas fraturas e insuficiências.
Gradativamente, surgiriam, pois, proposições e formulações teóricas pós-
identitárias. E precisamente dentro desse quadro que a afirmação de uma política e
de uma Teoria Queer precisa ser compreendida. A área de estudo será a arena de
construção e implementação de política públicas no Brasil, toando por crivo o Estado
do Tocantins. Especificamente as redes locais que afirmam um diálogo com setores
internacionais que evidenciem as questões LGBTs e que trazem demandas
atreladas à essa comunidade e suas agendas nacional/local. Parte desses
movimentos, entidades, instituições possuem sede ou espacialidades no centro do
estado tocantinense, portanto a mobilidade da pesquisa estará mais centrada na
capital Palmas e nas cidades de maior porte populacional. Nosso ponto de partida
será a revisão bibliográfica sobre o tema proposto, Direitos Humanos, Direito
Internacional e Políticas Públicas voltadas para a Comunidade LGBT criando um
referencial teórico e metodológico, destacaremos o panorama histórico de atuação
dos movimentos, das representações políticas e dos avanços galgados e inseridos
na arena pública. Após esse referencial, dividiremos a pesquisa em mais duas
etapas. A primeira será com o mapeamento dessas representações, tabulando o
marco de surgimento, origem, agendas e pautas. A pesquisa empírica consistirá no
levantamento dessas representações no Estado do Tocantins, confrontando com
questionários e entrevistas com interlocutoras/es e/ou líderes de representação
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política. Primaremos nessa etapa, movimentos e organizações políticas. Em


seguida, faremos uma análise da bibliografia existente, como discussão preliminar
da literatura e das principais correntes e teorias que abordaram as temáticas
trabalhadas com os dados e informações coletados, entendendo se há um diálogo
entre o escrito e o exposto, ou seja, se o debate proposto pelo DHDI tem impactado
na formulação de Política pública no estado do Tocantins. Ao final, produziremos
uma síntese dos resultados e análises em forma de artigos científico e
apresentações em eventos acadêmicos.

4 CRONOGRAMA

4.1 Plano de trabalho

Para estruturação do projeto, no primeiro momento está sendo realizado


levantamentos bibliográficos afim de mapear os estudos relacionados ao tema,
seguindo em sequência a leitura dos dados analisados fazendo uma seleção por
seguinte. Após feito isso a partir da compreensão das leituras, será feito as sínteses
dos textos e como princípio destas atividades será apresentada como resultado a
escrita integral do projeto final baseado na construção do conhecimento ao longo do
curso, das leituras e das contribuições pessoais. Será feito uma revisão bibliográfica
sobre a temática da pesquisa – Direitos Humanos, Direito Internacional e Políticas
Públicas voltadas para a Comunidade LGBT. Fazer os levantamentos de
documentos comprobatórios para construir uma análise crítica e coerente da
dinâmica, desempenho e a evolução da representação política de gênero no
Tocantins. Nos encontros com a orientadora serão fomentadas discussões
direcionadas a pesquisa com vistas a direcionar os objetivos pautados. Nos
encontros bimestrais com a orientadora serão expostas as dificuldades e resultados
parciais encontrados durante o processo investigatório, colocando os
questionamentos mais relevantes em pauta. Os encontros bimestrais no primeiro
semestre de 2020, servirão para o direcionamento e análise das obras e
14

documentos do referencial teórico utilizado. Este procedimento abre espaço para o


direcionamento do trabalho de campo. Os encontros bimestrais no segundo
semestre com orientadora servirão para apresentar os resultados parciais,
esclarecimentos de dúvidas e elaboração do relatório final. Por meio de análise dos
dados estatísticos levantados nos primeiros encontros bimestrais, possibilitará o
bom andamento da pesquisa e direcionamento das sucessivas etapas de trabalho
de campo e da investigação teórica. O levantamento de dados estatísticos servirá
para observar a quantidade de políticas públicas previstas para a Comunidade
LGBT. Partindo deste pressuposto, a verificabilidade dos fatos observados tornará
mais clara e objetiva. Obedecendo ao sequencial destas etapas do plano de
trabalho, confortavelmente permitirá ter uma interpretação eficaz e crítica da
realidade social e das políticas públicas para a Comunidade LGBT no Tocantins com
comparações nacional e internacional. A proposta de pesquisa será executada a
partir das seguintes tarefas.  Elaboração da Revisão Bibliográfica: Análise do
referencial teórico;  Levantar dados estatísticos no bando de dados online do SOF,
CFEMEA, ONU, OEA e Mapa da Violência no Brasil, IPEA;  Elaborar tabelas e
gráficos no Excel sobre o surgimento, as pautas e demandas levantadas pelas
representações políticas no Estado do Tocantins entre 2000 e 2018, com o objetivo
de visualizar como o Tocantins diálogo com as representações nacionais e a
incorporação das respectivas demandas;  Análise e interpretação dos dados
primários e secundários;  Entrevistas com representações nas instituições políticas
formais, instituições participativas, sociedade civil e no âmbito do estado/burocracia
estatal. A partir destas tarefas, o caminho para a elaboração do relatório final será
traçado.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Conselho Nacional de Combate à Discriminação. Brasil Sem Homofobia:


Programa de combate à violência e à discriminação contra GLTB e promoção da
cidadania homossexual. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
15

CARROLL, A. State-Sponsored Homophobia: A World Survey of Sexual Orientation


Laws: Criminalisation, Protection and Recognition. ILGA, Genebra. 2016. CORREA,
S. Potências Emergentes: Seria a Sexualidade e os Direitos Humanos um Assunto
Secundário? Revista SUR, v. 11, n. 20, p. 171-183, jun. 2014.

ONU. A Carta Internacional dos Direitos Humanos: Ficha Informativa No. 2, Rev. 1.
Comissão Nacional para as Comemorações do 50o Aniversário da Declaração
Universal dos Direitos do Homem e Década das Nações Unidas para a Educação
em matéria de Direitos Humanos, 2001. 92 p.

PETRY, Analídia Rodolpho; MEYE, Dagmar Elisabeth Estermann. Transexualidade


e heteronormatividade: algumas questões para a pesquisa Textos & Contextos
(Porto Alegre), v. 10, n. 1, p. 193 - 198, jan./jul. 2011.

- Grupo Gay da Bahia. MORTES VIOLENTAS DE LGBT+ NO BRASIL RELATÓRIO


2018. Salvador. 2019.

- RESENDE, L. S. HOMOFOBIA E VIOLÊNCIA CONTRA POPULAÇÃO LGBT NO


BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA. Brasilia. 2016.

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