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DIÁRIO DE CAMPO
Rio de Janeiro
2023
Diário de Campo Identificação
1. Identificação
Nome do estagiário:
Período: (X ) I ( ) II ( ) III ( ) IV
A supervisora Salma, me orientou com diversos textos que podem ser utilizados como as 4
horas de atividades não presencial, o primeiro texto que li foi o Acolhimento Institucional: o
que é e quais as modalidades, foi um texto enriquecedor, que eu expliquei para minha
supervisora o que eu entendi no dia seguinte. Realizei a leitura de dois textos sobre pessoas
LGBTQIA+ em situação de rua, os textos foram os seguintes, POPULAÇÃO LGBT EM
SITUAÇÃO DE RUA: UMA REALIDADE EMERGENTE EM DISCUSSÃO e Lançando luz
sobre o invisibilizado: transexualidade e pessoas em situação de rua, nós discutimos quais
seriam as melhores propostos sociais para que diminuíssem o número de mulheres trans e
travestis em situação de rua, pois os números aumentaram muito após a pandemia, pois no
Brasil, na maioria das vezes uma pessoa trans ou travesti quando inicia seu processo de
transição, significa ter que se separar da família, abandonar os estudos, não conseguir uma
oportunidade de emprego e estar sujeita a diversos tipos de violência física, mental ou
sexual, então conversamos de como o Centro LGBTI Capital I poderia contribuir para o
acolhimento de pessoas trans e travestis, como poderíamos orientar essas pessoas que são
tão vulneráveis socioeconomicamente que passam pela situação de risco social, mais
especificamente, pela situação de rua. Os dois temas são fruto da falta de apoio que
começa na família e perpassa a escola e a sociedade em geral, por conta disso, as pessoas
trans e travestis acabam vivendo neste lugar a margem da sociedade. A maioria dos
usuários do equipamento são em grande maioria pessoas pretas, pois são as pessoas que
são mais invibializadas em políticas públicas, principalmente as mulheres trans e travestis
pretas. A transfobia no país é potencializada pelo fator raça, pois falar sobre mortes de
pessoas trans e travestis é também falar sobre o genocídio da população preta, a população
que mais necessita de orientação no Centro.
O acesso à saúde para pessoas trans ainda é muito pouco falado, principalmente para
mulheres trans e travestis que são as maiores vítimas de transfobia no Brasil, pois o Brasil é
o país que mais mata mulheres trans e travestis no mundo, mas hoje o acesso apesar de
ainda não ser o ideal para população trans, travestis e não binárias, o Ministério da Saúde
Data: Rio de Janeiro, 02 de junho de 2023
Reflexões sobre a dimensão técnico-operativa no serviço social:
A Saúde da População Trans e Travesti no Brasil
O acesso à saúde para pessoas trans ainda é muito pouco falado, principalmente para
mulheres trans e travestis que são as maiores vítimas de transfobia no Brasil, pois o Brasil é
o país que mais mata mulheres trans e travestis no mundo, mas hoje o acesso apesar de
ainda não ser o ideal para população trans, travestis e não binárias, o Ministério da Saúde
passou a viabilizar demandas específicas das populações de travestis, transexuais e não
binários por meio de atos normativos internos, como o que instituiu e regulamentou o
Processo Transexualizador, no âmbito do SUS, ou seja, toda a rede sus está preparada para
realizar o encaminhamento das pessoas que quiserem fazer o processo transexualizador
pelo SUS. Por meio desse diário de campo trago dados referentes a saúde da população
trans e travestis com o Nesa sendo o foco desse estudo. A Política Nacional de Saúde
Integral fornecida pelos SUS tem como seu foco a população LGBTQIA+ todas tenham
acesso aos serviços do SUS, com qualidade e resolução de suas demandas e necessidades
individuais. Porém essas informações ainda não chegam em muitas pessoas transexuais e
travestis, pois a maioria das mulheres trans e travestis são garotas de programa, com dados
estatísticos apontando que os números ultrapassem os 90% vivendo como profissionais do
sexo, a maioria também não terminou nem o ensino fundamental, pois muitas interrompem o
estudo por causa da exclusão social e transfobia do meio escolar, logo, esse é um fator
muito crucial para que informações sobre cuidados da saúde não cheguem até elas.
Pessoas trans e travestis estão sujeitas a maiores taxas de adoecimentos mentais como
resultado da transfobia, estimativas mostram que adolescentes trans e travestis são expulsos
de casa ainda adolescentes, em média, e que apenas 0,02% das pessoas trans frequentam
universidades no Brasil, um número extremamente baixo. O início da hormonização proposta
pelo mesmo Processo Transexualizador é descrita a partir dos 18 anos, porém esta idade
também pode ser reconsiderada a partir da nova portaria do CFM, que reconhece benefício
de seu início aos 16 anos. Antes desta idade, também é possível utilizar fármacos para
bloquear a puberdade em crianças trans, desde que os pais autorizem, principalmente que
apresentam possibilidade de sofrimento disfórico com as suas transformações da
adolescência Conclusão Para que o acesso à saúde de jovens trans e travestis seja
democrático e garantido para todos, é importante que existem políticas públicas que
forneçam acolhimento para que pessoas trans e travestis possam estudar sem sofrimento e
sem passar por transfobia de professores e da própria família, pois é na própria família que
os primeiros ataques transfóbicos acontecem com esses adolescentes, profissionais da
saúde mais preparados e também conscientização dos alunos com políticas de apoio à
população LGBTQIA+, sendo assim, o SUS também precisa deixar profissionais capacitados
para atuar com a demanda dessa população, pois é alto os relatos de transfobia por equipes
de saúde contra pessoas trans e travestis em hospitais públicos do Brasil.
Data: Rio de Janeiro, 12 de junho de 2023
Reflexões sobre a dimensão técnico-operativa no serviço social:
Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado de Assistência Social –
CREAS