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Introdução

O presente projeto de pesquisa tem por objetivo analisar a questão do


acesso ao emprego à população transexual e travestis no município de São
Paulo, a partir das perspectivas e atuação específica do Assistente Social junto
a essa população. A maioria das políticas públicas direcionadas a essa
população não são voltadas para a inclusão na escola e no mercado de trabalho,
mas sim voltadas para a prevenção de doenças, combate à exploração sexual
entre outras.
Os travestis e os transexuais enfrentam muitos problemas com relação a
empregabilidade no mercado de trabalho formal e a sua inserção nas escolas,
se encontram em grande vulnerabilidade social, sendo sua maioria analfabeta e
semianalfabeta. A população trans no Brasil vem enfrentando alguns desafios
com relação a inserção no mercado de trabalho como: preconceito, baixa
escolaridade, exclusão, violação de direitos entre outros. A falta de formação
profissional reforça as barreiras existente no mercado de trabalho. Por isso, na
maioria das vezes realizam o trabalho informal e/ou atua na prostituição.
O Brasil é um país que lidera os rankings de violência contra trans, segundo
levantamento da ONG Transgender Europe, em um período de sete anos, de
2008 a 2015, 868 trans perderam suas vidas no país por motivos de transfobia,
o que evidencia uma realidade severa de intolerância.
Segundo a ANTRA (Associação Nacional de travestis e transexuais), 90 % dessa
população estão se prostituindo no Brasil, sendo esse o único meio que elas
encontram para sobreviver. Ao assumir a transexualidade, a maioria delas é
excluída pela família ou até expulsa de casa, além de sofrer bullying. As políticas
públicas poderiam ajudar a mudar a vidas dessas pessoas, porém no Brasil tem
poucas voltadas para esse público.
Os obstáculos para acessar o mercado de trabalho formal ficam expressos
em números no levantamento feito pela ANTRA. O Brasil é o país que mais mata
pessoas trans no mundo, a cada 48 horas uma pessoa trans é assassinada no
Brasil. A inclusão de travestis, transgênero e transexuais no mercado de trabalho
ainda é um desafio para as empresas brasileiras. Preconceito, desrespeito ao
nome social e desconhecimento são algumas das situações enfrentadas no
ambiente de trabalho ou durante as seleções para uma vaga de emprego. Muitas
empresas acabam demitindo essas pessoas em razão da sua sexualidade,
principalmente após a transição de gênero. Algumas empresas vêm dando
oportunidade de trabalho para a população trans entre elas estão: a Dell, Atento
(call center), Carrefour. A atento emprega cerca de 1.300 pessoas trans.

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