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A candidatura de Mônica, do movimento das Pretas se preocupa com mais participações das

mulheres negras na política, ocupando mais espaços, assim como o fim da guerra às drogas, na
luta contra desmilitarização das forças de segurança, de modo que aumente o monitoramento
nos locais com mais concentração de usuários.

Além disso, elas visam ampliar e reformular os programas de políticas públicas para melhorar a
distribuição de renda e combater a fome. Ademais, a educação como um direito e a valorização
dos professores é de suma importância para a campanha delas, dando ênfase no aumento da
política de cotas tanto para alunos nas instituições de ensino, quanto para professores, por
meio de concursos públicos. Para elas defender a reforma agrária é defender o direito de cada
cidadão possuir moradia e trabalho no nosso país.

Ademais, elas lutam pelo combate à violência de gênero com delegacias das mulheres 24h e
casas que ofereçam apoio às mulheres vítimas de violência, com políticas voltadas
principalmente às mulheres negras, indígenas e trans, com programas de empregabilidade e
independência financeira para mulheres vítimas de violência.

Elas também não deixam de fora a memória negra e indígena do Estado e na valorização da
memória negra paulista a partir da educação e da cultura. Entrando no transporte público e de
qualidade, as Pretas querem implantar a integração dos territórios para o trabalho e lazer,
fortalecendo o direito à cidade e ocupação do espaço público e lutar pela ampliação da malha
ferroviária, priorizando alternativas menos poluentes.

Trazer dignidade para mães, crianças e adolescentes faz parte das políticas de incentivo ao pré
natal e combate à violência obstétrica, que para elas podem ser feitas com a ampliação de
vagas em creches, políticas de amparo às mães que precisam se ausentar do trabalho para
cuidar da saúde dos filhos, além de garantir que nenhuma criança e adolescente fique fora da
escola e a criação de um sistema de acolhimento às mães de crianças com deficiência.

Outro ponto importante para elas, é investir na cultura periférica e combater a intolerância
religiosa com a promoção de espaços para fazedores de cultura nas periferias em parceria com
as escolas públicas, criação de calendário itinerante de apresentações de artistas periféricos
pelo Estado, respeitando sempre as religiões e culturas afro-brasileiras, garantindo espaço para
diversidade e laicidade.

Suas pautas antirracistas objetivam ocupar a política para lutar por um outro modelo de
segurança pública, para que o sistema de educação seja capaz de dar esperança para os jovens
periféricos, para que não falte trabalho digno diante de uma crise que recai sobre as pessoas
pretas.

Elas não deixam de lado, também, a realidade que as mulheres enfrentam no Brasil é de uma
sociedade estruturalmente machista e patriarcal. As Pretas querem ampliar a participação das
mulheres na política e pautam o combate à violência de gênero e políticas sociais voltadas para
que as mulheres periféricas e suas famílias possam viver com dignidade.

No contexto ambiental, as periferias com fome, desemprego, falta de água, desabamentos e


enchentes são coisas cotidianas. Elas acreditam que o racismo ambiental aprofunda as
desigualdades sociais e defendem comida de verdade e sem veneno para a população,
proteção e reconhecimento dos território das comunidades quilombolas, caiçaras e indígenas
de São Paulo, luta contra a privatização de parques, praças e áreas verdes do Estado,
interrupção de todos os despejos e reintegrações de posse, segurança hídrica, saneamento
básico, ações combativas contra o agronegócio, luta contra a especulação imobiliária, defesas
das reformas urbanas e agrárias, educação ambiental popular, defesa da ciência e participação
e controle social na tomada de decisões de políticas socioambientais.

Sendo o Brasil o país que mais mata LGBT+ no mundo, a intolerância LGBTfóbica está presente
diariamente com humilhações diárias além de colocá-los aos piores postos do mercado de
trabalho. A luta delas é junto ao movimento LGBTQIA+ para que a liberdade e o amor vençam o
ódio e o preconceito.

Para a cultura e patrimônio, elas declaram que o Estado de São Paulo é solo preto e indígena.
Desde as comunidades de povos tradicionais espalhadas pelo Estado até às periferias paulistas
que com sua potência cultural, vem pautando inclusive o cenário artístico nacional, temos
expressões da diversidade desses grupos sociais. Junto desse desafio, vem a responsabilidade
de promover a cultura periférica paulista, valorizando iniciativas como Slam, batalhas de rima e
pancadões, promovendo o acesso de jovens a essas iniciativas sem criminalização.

A candidatura tem como proposta para a saúde o fortalecimento das unidades de atendimento
em todos os territórios, a defesa do Sistema Único de Saúde como modelo internacional de
saúde popular e a valorização do profissional da saúde como personagem central no
acolhimento da população periférica.

CONHEÇA AS PRETAS

Najara Costa

Mãe, professora, socióloga, mestra em ciências Humanas e sociais, doutoranda


em Humanidades, Direitos e outras Legitimidades pela USP e autora do Livro
“Quem é Negra/o no Brasil?”. Foi candidata à prefeita em Taboão da Serra em
2020, sendo a única mulher candidata e ficando em quarto lugar na disputa, entre
nove candidatos, alcançando 8.734 votos. Como ativista compõe o debate
antirracista e a luta pelos direitos das mulheres.
Poliana Nascimento

Professora de Língua Portuguesa, sindicalista e militante da educação e do


movimento negro. É coordenadora da APEOESP Litoral Sul e conselheira
estadual da mesma entidade. Já foi candidata a prefeita e vereadora em
Itanhaém, além de uma atuação incansável junto aos servidores em defesa do
serviço público, sobretudo para a população periférica.

Rose Soares

Moradora de Barueri e mãe solo, já foi conselheira tutelar na cidade, onde começou sua
militância em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, hoje é servidora
pública municipal, atuando na educação infantil. Integra o coletivo Juntas por
Barueri e ao lado de 7 mulheres, teve a 7ª candidatura mais votada da cidade,
ficando na frente de outros vereadores que foram eleitos.
Monica Seixas

Foi eleita em 2018 como Deputada Estadual pela Mandata Ativista, primeiro
mandato coletivo do Estado de São Paulo, recebendo aproximadamente 150 mil
votos, ficando entre as 10 candidaturas mais votadas. Na Alesp se posicionou
como um dos mandatos mais ativos e que mais propôs Projetos de Lei e
atividades, sempre priorizando pautas relacionadas ao ecos socialismo, bem
como a pessoas em situação de vulnerabilidade, seja racial, social ou de gênero.

Ana Laura Oliveira

Mãe, artista, do candomblé, coordenadora da Rede Emancipa movimento social


de educação popular. É militante do movimento cultural e periférico, do
movimento negro e feminista. Em sua trajetória já atuou em diversas frentes,
entre elas no movimento de juventude com estudantes secundaristas, participou
das ocupações das escolas em 2015, atuou na construção de saraus nas praças
de Itapevi. Além disso, é chefe de gabinete no mandato da vereadora Luana
Alves, de São Paulo.

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