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ATIVIDADES ESCOLARES REMOTAS (Não Presenciais) – Nº:05

Componente Curricular: Sociologia Período: 02 a 17/10


Estudante: Totalidade: T 9
Professora: Rejane Bastos
Habilidade: (EM13CHS502)Identificar e discutir as diversidades identitárias e seus
significados históricos no início do século XXI combatendo qualquer forma de preconceito e
violência.
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As mulheres e seu papel nas cidades brasileiras

Atualmente assistimos a um fenômeno que é resultado direto do espaço conquistado por mulheres dos
movimentos feministas ao longo da história: parte do patriarcado tem se lançado em ofensiva contra
esses movimentos através de mulheres das classes dominantes. Essas mulheres têm sido
instrumentalizadas e colocadas como laranjas com o objetivo de ocupar espaços de poder no Estado,
no legislativo, quanto no judiciário e no executivo. A intenção desse desacreditado patriarcado é abrir
um flanco no Estado democrático de Direito para combater conquistas e políticas públicas voltadas para
mulheres, população negra, indígenas, LGBTQIs e outras minorias. A audácia dessa elite patriarcal é
tanta que chega a falar em nome de todas as mulheres brasileiras. É necessário que delimitemos o
território para dizer a eles em alto e bom som que todas as políticas sociais voltadas para as mulheres,
neste país, foram construídas por mulheres de todas as classes sociais defensoras dos direitos
humanos e da justiça socioambiental.
Como se sabe, não é de hoje que as mulheres precisam travar batalhas para conquistar e garantir seus
direitos. Um bom exemplo foi o I Congresso da Mulher Paulista, realizado em 1979, com mais de 1000
mulheres em busca de políticas públicas e combate à desigualdade social e de gênero – também neste
período, outros estados brasileiros organizaram seus congressos com os mesmos objetivos. Nas três
décadas seguintes foram realizados onze encontros nacionais feministas e três conferências nacionais
de políticas para as mulheres, onde foram absorvidas as lutas pelos direitos das mulheres negras,
indígenas e lésbicas, reafirmada a luta pela creche e aprofundadas as propostas das mulheres para a
saúde, direitos sexuais e reprodutivos, com destaque para descriminalização do aborto, salário igual
para trabalho igual, direito à moradia, terra para quem nela trabalha com financiamento específico e luta
contra a violência de gênero, doméstica e sexual.
Milhares de mulheres subscreveram estas propostas. O resultado concreto foi a implantação, em 1985,
no Estado de São Paulo da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, única no mundo, que marcava o solo
urbano por um equipamento edificado específico de defesa da mulher em situação de violência. Aquela
iniciativa se transformou, hoje, em uma ampla rede nacional reverenciada em todo o País. Também
foram conquistas frutos dessas lutas, a rede de creche como direito da criança – algo hoje
inquestionável – a licença paternidade, a inserção na Constituição Brasileira da conquista pela
igualdade de direitos entre homens e mulheres, o planejamento familiar como responsabilidade do casal
e legislações federais de proteção à mulher, como Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio.
Mas, a luta do movimento feminista não parou por ai. Nos dias de hoje ele segue forte e enraizado na
sociedade, principalmente nas periferias aliadas com as universidades. As mulheres adentraram no
ambiente acadêmico e desenvolveram inúmeros estudos para aprofundar as propostas do movimento
feminista de políticas públicas para as bandeiras reivindicadas, principalmente, por mulheres
trabalhadoras. Essas mulheres conquistaram em algumas empresas e instituições governamentais,
creches no local de trabalho, salário igual para trabalho igual – se bem que em algumas categorias, as
mulheres ainda recebem 70% dos salários masculinos trabalhando na mesma função –, direitos sexuais
e reprodutivos, Programa Nacional de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), combate à
violência de gênero e às causas de sua discriminação, além de questionarem a educação sexista. Em
todas as disciplinas das universidades, abriram-se linhas de pesquisa com exigências das mulheres na
sociedade brasileira. Este movimento, como diz o sociólogo Boaventura Santos, “revolucionou o
paradigma da sociologia” ao introduzir o conceito de gênero, uma categoria de análise dos segmentos
populacionais.
ATIVIDADES ESCOLARES REMOTAS (Não Presenciais) – Nº:05
Componente Curricular: Sociologia Período: 02 a 17/10
Estudante: Totalidade: T 9
Professora: Rejane Bastos
Habilidade: (EM13CHS502)Identificar e discutir as diversidades identitárias e
seus significados históricos no início do século XXI combatendo qualquer forma de preconceito e
violência.

#O texto”As mulheres e seu papel nas cidades brasileiras” descreve uma série de conquistas na
trajetória do movimento feminista no Brasil. lutas pelos direitos das mulheres negras, indígenas e
lésbicas, reafirmada a luta pela creche e aprofundadas as propostas das mulheres para a saúde,
direitos sexuais e reprodutivos, com destaque para descriminalização do aborto, salário igual para
trabalho igual, direito à moradia, terra para quem nela trabalha com financiamento específico e luta
contra a violência de gênero, doméstica e sexual. Também foram conquistas frutos dessas lutas, a rede
de creche como direito da criança – algo hoje inquestionável – a licença paternidade, a inserção na
Constituição Brasileira da conquista pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, o
planejamento familiar como responsabilidade do casal e legislações federais de proteção à mulher,
como Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio…

#Escolha uma destas conquistas do movimento feminista no Brasil e realize uma pesquisa mais
aprofundada sobre o tema. A pesquisa deverá conter no mínimo 15 linhas.

#Entregar somente esta folha

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