Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/272827264
CITATIONS READS
0 2,572
4 authors, including:
Philippe Schmal
Independent Researcher
3 PUBLICATIONS 5 CITATIONS
SEE PROFILE
All content following this page was uploaded by Philippe Schmal on 27 February 2015.
Autores
Karina Ferreira Lima
Eng. Florestal - Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas - IDAM
Barbara Schmal
Associação Vida Verde da Amazônia - AVIVE
Philippe Schmal
Eng. Florestal
Revisão Técnica
Frederico Soares Machado (Introdução e Informações Gerais)
Raquel Medeiros (Copaíba e Cumaru)
Fotos
Adriana Pellegrini, Andreza Mendonça, AVIVE, Claudia Ohanna, Juvenal Pereira (WWF-Brasil),
Karina Lima, Marcio João Neves Batista, Marilson da Silva, Philippe Schmal, Quênia Barros,
Robert Viana Campos, Silvia & Heitor Reali
Projeto Gráfico
Attema Design Editorial
Esta publicação foi produzida com o apoio da União Européia. O conteúdo desta publicação é de
exclusiva responsabilidade da Associação Vida Verde da Amazônia – AVIVE e não pode, em caso
algum, ser tomado como expressão das posições da União Européia.
Sumário
apresentaÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
introduÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
INFORMAÇõES GERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
andiroba/andirobinha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Breu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
COPAÍBA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
CUMARU. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
PUXURI. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Regularização da atividade
extrativista não-madeireira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Anexos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
apresentaÇÃO
Esta cartilha é o resultado das sinergias entre mudanças e inovações nas relações sociais
diferentes atores, unidos no intento de realizar, e econômicas vigentes e da conservação do
apoiar e divulgar sistemas de uso sustentável meio ambiente.
da Floresta Amazônica e dos seus produtos. Esta cartilha consente em acompanhar passo
Responde ao propósito de elaborar um instru- a passo o manejo das plantas descritas e for-
mento que facilite a divulgação de boas práti- nece instrumentos para a sua sistematização.
cas para o uso dos produtos não madeireiros, Pode ser utilizada por qualquer pessoa, pois
e contribui ao desenvolvimento de modelos de foi elaborada com rigor e respeito aos proce-
produção destinados às cadeias produtivas de dimentos, mas descrita de forma simples e
óleos e cosméticos naturais e certificados. prática.
Atende aos resultados previstos pelo projeto Agradecemos à União Européia e aos demais
Canaçari, “Preservação ambiental, desenvol- doadores, aos parceiros, operadores de cam-
vimento de atividades produtivas e turismo po e extrativistas que tornaram possível a sua
sustentável nas comunidades tradicionais do realização.
Médio rio Amazonas” e é fruto do resgate de
praticas tradicionais e das experiências dos Maria Gabriella Pettazzoni
parceiros e comunitários adquiridas durante Presidente Icei Brasil
o desenvolvimento das atividades apoiadas Coordenadora Projeto Canacari
pelo projeto.
O Projeto, co financiado pela União Européia,
é promovido pelo Instituto de Cooperação
Econômica Internacional - ICEI, organização
que desenvolve projetos de cooperação para
alcançar a inclusão, a equidade, a reciprocida-
de e a justiça social a partir da promoção de
5
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
6
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
introduÇÃO
para as mulheres, no âmbito do bioma Flo-
resta Amazônica.
Atualmente, as 33 associadas da AVIVE
O mercado de cosméticos naturais á base de estão realizando um projeto que envolve
plantas, principalmente as da Amazônia, é a comunidade no estudo, aprimoramen-
seguro e crescente (SEBRAE 1995), tanto no to e implantação de técnicas e métodos
Brasil como no exterior, onde empresas e con- de manejo florestal de produtos florestais
sumidores estão dispostos a pagar um preço não-madeireiros (PFNM) de espécies nati-
de até 40 % acima do normal pela aquisição vas, medicinais e aromáticas e desenvolve
de produtos naturais amazônicos, de origem atividades de educação ambiental e produ-
certificada, com desenvolvimento ecologica- ção de mudas para a reposição florestal na
mente corretos e socialmente justos. região de Silves-AM.
Hoje as características O projeto inclui ainda a
farmacológicas e cosméti- capacitação e participa-
cas dos óleos vegetais da ção de comunitários e co-
Amazônia são conhecidas munitárias de 15 aldeias
mundialmente, o que oca- do município no mane-
siona uma ampla e forte jo de produtos florestais
demanda por parte dos não-madeireiros (PFNM)
consumidores pelos pro- e na produção, comercia-
dutos em cuja fórmula de lização, certificação e uso
produção estejam envol- dos produtos gerados.
vidos esses ingredientes. A produção sustentável
Silvia & Heitor Reali
7
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
(publicações de terceiros).
O manual foi elaborado para ser utilizado por
extrativistas, organizações e empreendimentos
comunitários, extensionistas e pessoas interes-
sadas, que tem como objetivo o uso sustentável
A Castanha do Brasil é um dos produtos amazônicos. da floresta e que buscam alternativas para me-
lhorar a renda familiar. Visa orientá-los sobre os
adotou como ferramenta o Padrão Interna- mecanismos de manejo florestal não-madeireiro
cional para a Coleta Silvestre Sustentável de existentes para diferentes espécies nativas da
Plantas Medicinais e Aromáticas – ISSC-MAP Amazônia. Poderá ser utilizado também como
proposto pela UICN. Optou também pela material de referência para cursos de capacita-
Certificação Fairwild que aplica o Padrão, ção que tratam sobre o referido tema.
denominado como Estândar Fairwild.
A importância do presente manual sobre ma- POR QUE DEVEMOS PRATICAR
nejo florestal não-madeireiro é apresentar as O MANEJO FLORESTAL?
Boas Práticas elaboradas e sendo aplicadas
pela AVIVE, que desta forma superou a falta de Realizando o manejo florestal podemos
regras para o manejo florestal não-madeireiro. saber o quanto de recurso florestal não-
madeireiro pode ser extraído da floresta de
COMO USAR O MANUAL forma sustentável, assegurando a conti-
Muitas espécies nativas da Amazônia com nuidade das espécies florestais de interes-
potencial para a extração de óleos vegetais se econômico.
8
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
INFORMAÇõES
GERAIS
PASSO A PASSO PARA O MANEJO
FLORESTAL NÂO-MADEIREIRO
COMUNITÁRIO
Karina Lima
Organização comunitária
e o fortalecimento dos
grupos de trabalho Reunião com comunitários no Município de
Manacapuru - AM.
Para que um grupo de pessoas se organize
em uma associação ou cooperativa é preciso
ter motivação e coragem de enfrentar mudan-
ças e diferenças. Irão lidar com novos desafios, tivo é o adequado e seguro uso do recurso
mas estarão aprendendo e se fortalecendo. florestal não-madeireiro, profissionalizando
a atividade extrativista e garantindo a quali-
! dade do material vegetal coletado.
9
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
e pesquisas científicas, harmonizando assim interesse para o manejo. Ele define, primei-
ambos os conhecimentos. ramente, os limites da área do proprietário
e, após a contagem das árvores de interes-
Planejamento da coleta se, é delimitada a área de coleta.
Nesta atividade é necessário o uso de um
Acesso à área de coleta GPS e bússola e um caderno de anota-
ções. Caso a comunidade não possua es-
As características do acesso a área de coleta tes equipamentos deve se consultar um
é de grande importância no planejamento das técnico profissional.
atividades. Verifique as possíveis dificuldades Após a identificação da área de coleta, ini-
levando em consideração o tempo gasto no cia se o inventário, utilizando um mapa do
percurso até a área, o número de pessoas a local, desenhado (mapa mental) pelo pró-
serem envolvidas e o custo deste processo. prio extrativista ou elaborado por um técnico
Verifique também, se as árvores seleciona- especializado (mapa georreferenciado). É
das para o manejo florestal não-madeireiro importante que se tenha em mãos este mapa
das espécies de interesse não se encontram que servirá para orientação das áreas de co-
em terrenos vizinhos de outros proprietários. leta. No mapa deverá constar a caracteriza-
Em caso positivo, recomenda-se que seja ção geral contendo uma breve descrição da
elaborado um acordo por escrito e registra- área com todas as informações disponíveis,
do em cartório, autorizando a coleta, evitan- tais como: usos, acessos, cursos d água,
do assim possíveis e futuros conflitos. áreas de preservação permanente entre ou-
tras informações importantes.
Abertura de trilhas
10
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
• Lápis;
Inventário amostral - escolhendo aleatoria-
mente parte da área de coleta desde que seja • Borracha; ANO = 2011
representativa para a área total, visando obter
uma estimativa do potencial produtivo da es-
• Plaquetas numeradas No 01
de alumínio para
pécie florestal de interesse. identificação da árvore;
Durante o inventário são feitos piquetes para Plaqueta
facilitar o acesso à área de coleta. • Pregos 2” ;
• Terçado 128” (facão grande);
• Lima ou esmeril;
• Tinta óleo (vermelha e amarela), para
pintura dos piquetes.
!
Antes de iniciar a atividade em campo é im-
portante o uso de Equipamentos de Proteção
Figura 1• Exemplo de inventário de produtos Individual (EPI) como: capacete, botas, ca-
florestais não-madeireiro com mapeamento das árvores misas de manga comprida, perneira contra
de interesse econômico e acesso (trilhas) a elas.
Fonte: AVIVE picada de cobra e calça comprida.
• Fichas de inventário;
• Prancheta;
• Trena de 50m;
• Trena de 10 m ou fita Figura 2• Modelo para inventário de produtos
métrica; florestais não madeireiros. Comunidade: Urucury
11
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
12
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
13
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Apresenta um
Ecologia umbigo maior
Semente Umbigo menor
A andirobeira é uma árvore que pode atin- sem sujeira
(uma casquinha)
gir 30 metros de altura que ocorre preferen-
14
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Andiroba ou Andirobinha
Fonte: Isolde Ferraz e Andreza
Mendonça
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
FRUTO FRUTO FRUTO FRUTO FRUTO FRUTO FLOR FLOR FLOR
Densidade Legislação
15
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
16
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Monitoramento
Beneficiamento
panela ou lata poderá ser tampada para acele-
Preparação das sementes rar o processo de cozimento.
Para verificar se a semente está cozida, reti-
Lave as sementes logo após a coleta em re uma de cima e outra do fundo da panela,
água limpa e corrente. Durante a lavagem quebrando a casca e verifique se a amêndoa
das sementes faça novamente uma seleção, está mole em ambas as sementes, o que in-
descartando as sementes furadas, ocas, ger- dica que está cozida.
minadas, roídas e apodrecidas.
As sementes deverão ser cozidas no mesmo dia Repouso
da chegada na comunidade, mas caso isso não
seja possível, as sementes deverão ser imersas Após o cozimento, derrama as sementes em
em água, por um período máximo de 24 horas. um paneiro, escoando a água. Deixe as se-
Há dois meios de beneficiamento:o tradicio- mentes secar bem, repousando por um pe-
nal (cozimento) e o processo mecanizado. ríodo de 15 – 20 dias, em local específico
(paiol ou galpão limpo, arejado e protegido
Cozimento da chuva) mexendo-as pelo menos uma vez
por dia. O tempo ideal para retirar as semen-
Cozinhe as sementes até amolecer a casca. O tes do repouso é quando a semente é que-
cozimento pode demorar cerca de 1 a 3 horas, brada e apertando a massa, percebe-se a
dependendo da quantidade de sementes. A presença do óleo.
17
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
!
No caso da infestação das sementes por fun-
!
gos, faça a limpeza antes de cortá-las. Pro- Recomendações: A superfície para escorri-
teja o nariz e a boca com máscara ou pano mento do óleo poderá ser de plástico de boa
limpo. qualidade ou aço inox. Utilize cobertura para os
locais de armazenamento da massa (filós, véus
etc.), evitando o contato direto da massa com
Corte as sementes cozidas com uma faca animais e insetos. Para evitar a contaminação
em cima de uma tábua limpa, descartando do produto, restrinja o acesso de pessoas e de
as que apresentarem apodrecimento. animais ao local de beneficiamento.
Retire a massa da amêndoa com auxílio de
uma colher de pau ou pequena escavadeira Em Silves, as mulheres tiram um litro de óleo
de madeira limpa, e coloque-a em uma ba- de Andiroba com três (03) quilos de massa.
cia plástica limpa, amassando bem até que
fique homogênea (de forma igual), como se
fosse massa de pão.
A partir dessa fase recomenda se evitar uten-
sílios de alumínio, zinco ou ferro pois estes
materiais reagem com os nutrientes do óleo
da andiroba produzindo um produto de baixa
qualidade. Melhor são utensílios de aço inox.
Extração do óleo
18
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Após a extração do óleo, coe em filtro de papel Não se esqueça de colocar uma etiqueta no
descartável (pode-se utilizar filtro para coar café) galão para rotular o produto, conforme mo-
ou peneira bem fina. Nunca use filtro de tecido. delo abaixo.
Não misture óleo de diferentes coletas e lo-
Armazenamento do óleo tes (coletados em comunidades diferentes).
! Extração: 01/02/2011
No do Lote: 003/11
Não utilizar vasilhames onde foram guardados
produtos químicos ou combustíveis. Exemplo de ficha para rotulagem
Monitoramento
! Realize o monitoramento da produção de óleo
Não misture o óleo de copaíba com óleo de por coleta e lote. O lote poderá ser definido
cozinha ou óleo diesel. Isso pode gerar um pelo nome da comunidade onde foi realizada
ganho maior imediato, mas estraga e termina a coleta.
qualquer relação comercial.
Rendimento
19
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Processo mecanizado
Lave as sementes logo após a coleta em água
limpa e corrente. Durante a lavagem das semen-
tes faça novamente uma seleção, descartando
as sementes furadas, ocas, germinadas, roídas
e apodrecidas. A parte de cima na esquerda mostra os panos com
A seguir, as sementes são trituradas e colocadas malhas finas, fazendo o processo de filtragem.
Foto: Adriana Pellegrini
para secar em um tendal coberto, por no mínimo
1 – 2 dias para tirar o excesso de água.
Produção de velas
Saída do óleo repelentes com
óleo de Andiroba.
Foto: Juvenal Pereira-
Prensa mecânica da AVIVE. Foto: Adriana Pellegrini WWF-Brasil
20
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
equipamento próprio e em seguida guarda- desde árvores pequenas até árvores de gran-
do em recipientes de vidro, de cor escura des dimensões ocupando o dossel da flores-
(âmbar) e etiquetados, informando todos os ta. Sua característica principal é a liberação de
dados anteriormente citados. resina aromática no tronco formando pelotas.
A árvore libera a resina após a realização de
Uso do óleo um corte no tronco, ou pode ser encontrada
naturalmente em várias regiões do tronco, do
O óleo de Andiroba é muito utilizado na qual é induzida por insetos.
medicina popular Amazônia para tratar
baques, inchaços, reumatismo, cicatrização Legislação
e recuperação da pele. Também pode ser
usado como repelente, além de diminuir as Não há restrições legais referentes o manejo
chances de inflamação em picadas de inse- da espécie.
tos.
Pré Coleta
Breu
do assim um melhor planejamento para reali-
zação dos trabalhos em campo. Informações
como o número de árvores com resinas (árvo-
res produtoras), localização geográfica, época
Protium spp., Tetragastris spp.,
de coleta, dentre outras informações deverão
NOME CIENTÍFICO
Trattinickia spp. estar contidas na ficha de inventário.
FAMÍLIA Burseraceae
Durante o inventário serão registradas breieiros
com a circunferência mínima de 10 cm para
Amazônia Legal , Piauí, Bahia, Minas Gerais,
DISTRIBUIÇÃO Goiás e emoutros países como Suriname,
a produção. Pode se medir também as árvores
Colômbia, Paraguai e Venezuela. menores, pois servirão para futuras coletas.
NOMES Observe a presença de cipós na copa ou tron-
Breuzinho, Breu branco, Almecegueira
POPULARES co e caso isto ocorra, faça uma limpeza. Ob-
serve também se a árvore esta saudável: sem
danificações no tronco e copa, ausência de
Ecologia parasitas, ou se a árvore está morrendo.
Devido a quantidade de diferentes espécies
O breieiro é encontrado facilmente e em gran- de Breu (cerca de 42 espécies, apenas na
de quantidade na floresta. É conhecido pela Amazônia) há uma grande confusão na iden-
sua diversidade e os nomes populares de tificação dos breieiros. Por isso é importante
acordo com cada região. Pode se observar realizar a identificação botânica das árvores
21
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
FRUTO FRUTO FRUTO FLOR FLOR FLOR
escolhidas para o manejo não-madeireiro, Isto permite que a não entre em contato com
para garantir um produto padronizado e de me- sujeiras (terra, insetos, folhas etc.) , evitando
lhor qualidade. também o desperdício.
IDENTIFICAÇÂO BOTÂNICA
Coleta
22
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Colete as pelotas de resinas no tronco, utilizan- rante o verão ou período de seca, para obter
do um terçado ou uma foice. Caso a resina se uma qualidade superior na extração do óleo
encontra acima do alcance, é necessário que essencial. Nesta época do ano o índice de
uma pessoa devidamente capacitada suba na umidade na resina é menor do que durante a
árvore, utilizando rappel (equipamento para época de chuva.
escalação) ou peçonha (método utilizado para Não colete resinas “velhas” (muito escuras
subir em açaizeiro ou bacabeira) e equipamentos e em decomposição) e resinas com muitas
de proteção individual - EPI, tais como capa- impurezas ou encontradas no solo. Também
cete, bota e luva. não devem ser coletadas aquelas com muitas
A coleta pode ser realizada durante o ano in- larvas de insetos. Neste caso, quebre a resi-
teiro, mas é recomendável coletar a resina du- na no meio e verifique se há buracos vazios,
indicando que o inseto não está mais presente
na resina.
Em árvores que estiverem caídas ou mortas,
coleta se toda a resina, evitando casca, folhas,
terra e outras impurezas.
Durante a coleta já deve ser feito a separação
de acordo com o tipo de resina. Por exemplo,
um saco de ráfia (fibra natural ou de nylon)
para breu-comum (coloração branca, cinza
claro e, ou cinza escuro) e outro para breu-
amarelo como é feito nas atividades comunitá-
rias coordenadas pela AVIVE.
23
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
24
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Extração do óleo
25
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
o vidro. Caso isso aconteça deve se repetir o Não misture óleo essencial de diferentes co-
procedimento. Tendo todos os cuidados ficará letas e lotes (coletados em comunidades dife-
no funil apenas o óleo essencial. rentes).
Monitoramento
26
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Resfriamento do condensador
com água fria
Caldeira
Condensador
Destilação: A água dentro da caldeira é fervida
e desenvolve vapor que passa pelo cesto com
as folhas secas ou pela resina. Devido a pres-
são gerada pelo calor, a substância aromática
é extraida do material vegetal e transportada
Frasco Receptor através do condensador onde sai ao seu final, a
água aromática (do vapor ) e o óleo essencial,
Fonte de calor (gás)
pingando lentamente para dentro do frasco
receptor. Foto : Juvenal Pereira, WWF-Brasil
COPAÍBA
frutos são muito apreciados pelos animais
da floresta: arara, tucano, macaco, porquinho–
do-mato, queixada e veado. O óleo de Copaí-
ba, também chamado de óleo-resina e bálsa-
NOME CIENTÍFICO Copaifera multijuga mo, é distribuído no lenho da árvore em canais
FAMÍLIA Caesalpinaceae
verticais bem finos, e se acumula em peque-
nas bolsas em seu tronco. A árvore usa este
Florestas tropicais do Brasil, Colômbia,
DISTRIBUIÇÃO
Venezuela e Peru
óleo como uma defesa contra seus inimigos
naturais, como por exemplo, os cupins.
Ecologia
Densidade
A copaíba é uma árvore com mais de 25 me-
tros de altura, que tem na sua casca, folhas A copaibeira é uma árvore de densidade muito
e galhos, o cheiro característico do óleo. Os baixa (1 a 2 indivíduos por hectare). Mas podem
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
FRUTO FLOR FLOR FRUTO FRUTO
27
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
28
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Encaixe da
mangueira
transparente.
Foto: Juvenal Pereira,
WWF-Brasil
29
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
30
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Monitoramento
Após a coleta do óleo-resina deve ser feito
um monitoramento das árvores, observando e
anotando:
• Ocorrência de vazamentos de óleo, e manu-
tenção para solucionar o vazamento;
• Ocorrência de ataques de insetos, fungos e
outros (estado fitosanitário);
• Realize um monitoramento da regeneração
natural contando e anotando o número de
plântulas de copaíba sob a área da copa nas
suas respectivas matrizes.
• Utilize também uma planilha de controle da
produção do óleo-resina ao longo dos anos
e uma planilha de monitoramento conforme
Plântula de Copaíba.
quadros abaixo. (ver anexos). Foto: Juvenal Pereira, WWF-Brasil
N˚ árvore
CAP Produção Coloração Data de
Propriedade Parcela (mesmo do Espécie
(cm) (litro) do óleo coleta
inventário)
Copaifera amarelo claro
A 01 01 40.5 2 16/06/2011
Multijuga transparente
amarelo
Copaifera
B 01 01 68.7 2,5 escuro 14/07/2011
Multijuga
amarronzado
Copaifera Não
C 01 01 48.4 .... 14/07/2011
Multijuga produziu
31
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Rendimento
Existem árvores que não produzem óleo CUMARU
nenhum e outras que chegam a dar mais de
30 litros. Em média uma árvore produz de 1 – 5
litros. Vale lembrar que de cada quatro árvores NOME CIENTÍFICO Dipteryx odorata
furadas apenas uma fornece óleo. FAMÍLIA Papilionoideae
32
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
FRUTO FRUTO FRUTO FLOR FLOR
Coleta
A coleta dos frutos de cumaru pode ser realizada
durante todo o período de frutificação: final da esta-
ção chuvosa e início da estação seca, geralmente
de Maio a Julho. Este período de frutificação pode
Semente de Cumaru.
Foto: Juvenal Pereira, WWF-Brasil variar conforme regime meteorológico.
Os frutos são coletados do chão, sendo coleta-
Legislação dos todos os que estiverem sob o domínio da
Não há restrições legais referentes o manejo copa da árvore. Para isto se determina um raio
da espécie. de coleta, que será de acordo com o diâmetro
médio da copa, conforme o desenho a seguir:
Pré Coleta
33
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
34
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Monitoramento
Monitore a produção de sementes (saca, lata ou
outra forma de medição, de acordo com a região),
anotando a cada safra o número de árvores produ-
tivas, a quantidade produzida e coletada.
Realize também um monitoramento da rege-
neração natural e da produção de sementes
ao longo do tempo (a cada período de coleta).
Será feita a contagem de plântulas de cumaru
sob a área da copa nas suas respectivas ma-
trizes. Esta regeneração natural será referente
Mulheres selecionando sementes de Cumaru. Foto: Avive
às sementes que já estavam germinando no
momento da coleta.
Extração do óleo e armazenagem
Beneficiamento
O material é colocado na prensa seguindo as
Preparação das sementes
orientações de funcionamento de cada equi-
Cada fruto deve ser quebrado manualmente pamento. O óleo extraído é filtrado em equipa-
para a retirada da semente, o que é um proces- mento próprio e em seguida armazenado em
35
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
PUXURI
produtos químicos ou combustíveis.
!
NOME CIENTÍFICO Licaria puchury major (Mart.)
Não misture o óleo de copaíba com óleo de co- FAMÍLIA Lauraceae
zinha. Isso pode gerar um ganho maior imediato,
DISTRIBUIÇÃO Região do médio e baixo Amazonas
mas estraga e termina qualquer relação comercial.
Realize o monitoramento da produção de óleo por O Puxurizeiro é uma árvore de médio porte que
coleta e lote, que poderá ser definido pelo nome prefere as áreas de várzea dos rios Amazonas,
da comunidade onde foi realizada a coleta. Madeira e Solimões.
36
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
FRUTO FRUTO FRUTO FLOR FLOR
Legislação
Pré Coleta
37
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
10 % da produção total de cada árvore para a fau- que cobre o fruto possa apodrecer e tornar-
na e fins de regeneração natural. Deve se utilizar se mais fácil o processo de limpeza destes.
Equipamento de Proteção Individual – EPI.
Pós Coleta (secagem)
Transporte
38
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Transporte
As sementes secas devem ser transportadas
em sacos limpos de fibra.
Monitoramento
Monitore a produção de sementes (saca, lata
ou outra forma de medição, de acordo com a
região), anotando, a cada safra, a quantidade
produzida e o número de árvores produtivas.
Anote a quantidade coletada durante a coleta.
Realize também um monitoramento da regenera-
ção natural e da produção de sementes ao longo Coleta de folhas de Puxuri. Foto: Marcio João Neves Batista/AVIVE
39
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Armazenagem e Transporte
As folhas coletadas são colocadas em sacos
de fibra, limpos e estes devem ser guardados
em lugar arejado, seco e protegido de chuva.
Valor econômico
Beneficiamento
40
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
41
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
42
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
43
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
44
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
Anexos
SIGLAS
AVIVE – Associação Vida Verde da Amazônia
CAP – Circunferência a altura do peito
CAR – Cadastro Ambiental Rural
CTF – Cadastro Técnico Federal
DOF – Documento de origem florestal
EPI – Equipamentos de proteção individual
FSC – Forest Stewartship Council (Certificação florestal)
IBAMA – Instituto Brasileiro Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
ICEI – Instituto de Cooperação Econômica Internacional
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
IDAM – Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
IPAAM – Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas
ISSC –MAP – Padrão Internacional para a Coleta Silvestre Sustentável de Plantas Medicinais e Aromáticas
ITEAM – Instituto de Terras do Amazonas
MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário
PFNM – Produtos Florestais não-madeireiros
PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
SDS – Secretaria de Estado e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas
SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amazonas
SEFAZ – Secretaria da Fazenda - Governo do Amazonas
UC – Unidade de Conservação
UFAM – Universidade Federal do Amazonas
UICN – União Mundial para a Conservação da Natureza
UPA – Unidade de Produção Anual
WWF – World Wildlife Found/Fundo Mundial para a Preservação da Vida Silvestre
45
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO FLORESTAL DE ESPÉCIES NÃO MADEIREIRAS
BIBLIOGRAFIA
Carvalheiro, K.O.; Treccani, G.D; Ehringhaus, C.; Vieira, P.A. Trilhas da Regularização
Fundiária para Populações nas Florestas Amazônicas. Belém-PA: CIFOR, FASE, 2008.
Clay, J.W; Sampaio, P.T.B.; Clement, C.R. Biodiversidade amazônica: exemplos e estratégias de
utilização. Manaus-AM: INPA, Co-Edição SEBRAE, 1999.
Leite, A.; Alechandre, A.; Rigamonte-Azevedo, C; Campos, C.A.; Oliveira A. Recomenda-
ções para o manejo sustentável do óleo de copaíba. Rio Branco-AC: UFAC/SEFE, 2001.
Mendonça, A. Verificação e avaliação das Sinergias entre as práticas/sistemas locais de coleta e
manejo das espécies selecionadas pela AVIVE e as demandas do Padrão ISSC-MAP. (Relatório da Con-
sultoria) Projeto Salvando Plantas que salvam Vidas e Meios de Vida, Manaus-AM: UICN, AVIVE, 2009.
Não publicado.
Pellegrini, A. Levantamento de estruturas de comercio/mercado e cadeia produtiva no município de
Silves das espécies de plantas medicinais e aromáticas (PMA) selecionadas pela a AVIVE para a implan-
tação do Padrão ISSC-MAP. (Relatório da Consultoria) Projeto Salvando Plantas que salvam Vidas e
Meios de Vida, Manaus-AM: UICN, AVIVE, 2009. Não publicado.
Pinto, A.; Amaral, P.; Gaia, C.; Oliveira, W.de. Boas Práticas para Manejo Florestal e Agroindustrial.
Belém-PA: Imazon, Sebrae, 2010.
PWA. III Reformulação do Plano de Manejo Florestal – item XX, Produtos Florestais não-madeireiros,.
Itacoatiara-AM: Precious Woods Amazon ̸ Mil Madeiras Preciosas Ltda. , 2010. Não publicado.
Shanley, P. Medina, G. Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica. Belém-PA: CIFOR, IMAZON,
2005.
Medeiros, R. Plano Anual de Coleta de Produtos Florestais Não-Madeireiros. Silves-AM, 2009. Não
publicado;
Cartilha Responsabilidade Ambiental na Produção Agrícola. Bunge, MMA
http://www.iteam.am.gov.br ̸ pagina_interna.php ? cod=13; acesso em 28.06.2011
http: // www.sds.am.gov.br/índex.php/noticias/ 41-news/433-cadastro-ambiental-rural-do-amazonas-
tem-aprovacao-total-da-ale.html; acesso em 28.06.2011.
Nas páginas seguintes estão alguns exemplos de fichas usadas para inventariar espécies no tra-
balho de campo:
46
INVENTÁRIO FLORESTAL NÃO-MADEIREIRO - 100 %
Período: 01 a 07 de Setembro de 2009 INFORMAÇÕES DA TABELA:
Comunidade: São João Nº Arv: Corresponde ao número atribuído a árvore no campo e que consta em sua placa de identificação.
X: posição de cada indivíduo inventariado dentro da quadra, distância em metro da picada a esquerda
Proprietário: Sr. José Silva
entrando na quadra.
Ambiente: Terra-firme Y: distância em metros do indivíduo ao longo da quadra, tendo como base a picada no início da quadra.
Parcela: 01 Linha: Eixo de Y, correspondente a picada de orientação ao longo da quadra.
Área Inventariada: 20ha Quadra: parcelas implementadas no campo, possuindo 25m de largura por 800m de comprimento
Técnico Responsável: Marcus Santos Direção: forma de caminhamento dentro da quadra, tomando como base a picada no início da quadra.
Total de espécies inventariadas: 11 Sentido: Tomada de dados do anotador caminhando ao longo do eixo de Y.
Total de indivíduos: 462 CAP: Circunferencia a Altura do Peito (1,30m) em centímetro.
H: Altura em metros de cada indivíduo, tomada da base do tronco até a altura mediana da copa nas
Espécie de maior ocorrência: Breu-vermelho (240)
bifurcações mais grossas.
Espécie de maior interesse: Preciosa (15) CAP(m): Conversão em metros do CAP
Total de indivíduos: 462 DAP: Diâmetro a Altura do Peito (1,30m), obtido pela fórmula DAP= CAP/PI.
“Top: Topografia do terreno, tendo como indicação PL=Plano; DS= Descida Suave; ENC= Encosta; IG=
Igarapé; SS= Subida Suave.”
No Nome Coord. CAP Nº de
Nome científico X Y Linha Quadra Direção Sentido H Top Fert OBS
Arv popular (GPS) (cm) cacho
1 Breu-vermelho Protium rubrum 5 1 0 1 Entrada Direita 72 15 PL sim -
Com
2 Breu-branco Protium nodolosum 8 32 0 1 Entrada Direita 52 18 PL não -
Resina
Com
3 Breu-Amarelo Protium sp. 4 104 0 1 Entrada Direita 85 14 Enc não -
resina
4 Breu-branco Protium nodolosum 1 108 0 1 Entrada Direita 80 12 Enc não -
Com
5 Breu-branco Protium nodolosum 19 112 0 1 Entrada Direita 37 12 Enc não -
resina
6 Buriti Mauritia flexuosa 2 172 0 1 Entrada Direita 110 30 Ig sim 3 Com frutos
7 Buriti Mauritia flexuosa 1 172 0 1 Entrada Direita 100 30 Ig não -
Vestígio
8 Buriti Mauritia flexuosa 1,5 178 0 1 Entrada Direita 102 35 Ig não -
de fauna
9
10
FICHA DE CAMPO Tamanho CAP Hora Hora
Inventário Florestal Não-Madeireiro da área mínimo Início fim
Nome Quantidade
Nº Arv. Quad. Direção Cap (cm) H (m) Ponto GPS Classe Fert. Observação
Popular por Producao
Legenda: Quad. Quadra H: Altura total CAP: Circunferência à Altura do Peito Fert: fertilidade(Sim ou Não)
FICHA DE CAMPO - Monitoramento das árvores - Copaíba
Proprietário: Coletor de dados: Técnico responável:
MONITORAMENTO
Nº Árvore
1 semana 6 meses 12 meses
Coleta Parcela (mesmo do Espécie CAP (cm) Altura (m) Produção
após extração após extração após extração
inventário)
FICHA DE CAMPO - Coleta de óleo-resina de Copaíba
Proprietário: Técnico responável: Coletor de dados:
Nº Árvore (mesmo Espécie CAP (cm) Altura (m) Produção (litro) Coloração do óleo Data de coleta
do inventário)
FICHA DE CAMPO - Coleta de __________________________
Proprietário: Técnico responável: Coletor de dados:
Nº Árvore (mesmo do CAP (cm) Altura (m) Produção (kg) Data de coleta Observação
inventário)
View publication stats