Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
29 | 2016
Número 29
Impactos socioambientais da
certificação fairtrade nas
cooperativas de produtores
familiares de café e manga no
Brasil
Impacts sociaux et environnementaux de la certification fairtrade sur les coopératives de producteurs familiaux de
café et de mangue au Brésil
Socioenvironmental impacts of fairtrade certification on family farmers’ coffee and mango cooperatives in Brazil
Resumos
Português Français English
A inclusão dos pequenos produtores agrícolas nos nichos de mercado de produtos
sustentáveis e solidários pode contribuir para a agregação de valor e ampliação das
alternativas de comercialização da produção familiar. Dentre as opções disponíveis para
acessar estes mercados está a certificação Fairtrade ou de comércio justo, direcionada
exclusivamente para associações e cooperativas com predominância de agricultores
familiares em países em desenvolvimento. Para exibir o selo Fairtrade e se beneficiar das
melhores condições de comercialização deste mercado, as organizações de produtores
precisam cumprir com os critérios do padrão Fairtrade que incluem aspectos
organizacionais, sociais, trabalhistas e ambientais, bem como cobrir os custos de
certificação. O presente artigo busca identificar e discutir os impactos sociais e ambientais
da certificação de cooperativas de produtores familiares no Brasil. Para tanto, foram
analisadas organizações certificadas de café nas regiões das Matas de Minas e Montanhas
do Espírito Santo e de manga no Polo Frutícola Petrolina-Juazeiro. Estas regiões foram
escolhidas por sua localização periférica, alta dependência socioeconômica na atividade
agrícola, relevância da produção familiar e baixos índices de renda per capita e de
desenvolvimento humano. A análise qualitativa se baseia em entrevistas com gerentes e
técnicos das cooperativas, órgãos governamentais, associações de produtores rurais,
sindicato de produtores e trabalhadores rurais, consultora regional da FLO e visitas a
produtores membros e unidades de beneficiamento das cooperativas.
L´inclusion des petits producteurs agricoles dans les "niches" du marché des produits
durables et solidaires peut contribuer à une meilleure valeur ajoutée, ainsi qu´à une
augmentation des options de commercialisation de la production familiale. Parmi ces
alternatives disponibles pour accéder à ces marchés, existe la certification Fairtrade ou
commerce équitable qui vise exclusivement les associations et coopératives avec
prédominance de producteurs agricoles familiaux dans les pays en voie de
développement. Pour exhiber le label Fairtrade et se bénéficier des meilleures conditions
de commercialisation de ce marché, les organisations de producteurs doivent respecter
les critères d´exigence Fairtrade qui comprennent les aspects liés à l´organisation, les
aspects sociaux et environnementaux, et honorer les frais de certification. Le présent
article cherche à identifier et débattre les impacts sociaux et environnementaux de la
certification des coopératives de producteurs familiaux au Brésil. Pour cela, nous avons
analysé les coopératives certifiées de café dans les Régions Matas de Minas et les
montagnes de l´Espírito Santo et de mangue dans la région agricole de Juazeiro –
Petrolina. Ces régions ont été choisies en raison de leur situation périphérique, de leur
grande dépendance socio-économique vis-à-vis de l´activité agricole, de leur importance
dans la production familiale et de leur bas niveau de rente par tête et développement
humain. L´analyse qualitative se base sur des entretiens avec des gérants et techniciens
des coopératives, organismes gouvernementaux, associations de producteurs ruraux,
syndicats de producteurs et travailleurs ruraux, bureau régional de la FLO et visites à des
producteurs membres et des unités.
The inclusion of small-scale farmers in Market niches for sustainable and solidary
products can contribute to add value and wide trade alternatives for family farming
production. Within the range of possibilities to access these market niches, Fairtrade
certification is directed to associations and cooperatives mainly composed of small-scale
farmers in developing countries. In order to stamp Fairtrade label and benefit from
Fairtrade market conditions, producers organizations must comply with criteria set by
Fairtrade Labelling Organization International (FLO) that include organizational, social
and environmental aspects, as the payment of the certification costs. The present article
aims to investigate and evaluate the social and environmental impacts of Fairtrade
certification of small farmers’ cooperatives in Brazil. Therefore, this study examines
mango cooperatives in the Fruit Polo Petrolina/Juazeiro and coffee cooperatives located in
the Region of Matas de Minas and Mountains of Espírito Santo. These regions were chosen
due to its peripheral localization, high socioeconomic dependence on agricultural
activities, regional relevance of family farming and low income per capita and human
development indexes. The qualitative analysis is based on interviews conducted with
experts, cooperatives managers, technical assistants, producers and rural worker
syndicates, FLO regional consultant and visits to producers and cooperatives’ facilities.
Entradas no índice
Index de mots-clés : Fairtrade , Impacts sociaux environnementaux, coopératives,
agriculture familiale
Index by keywords: Fairtrade, social environmental impacts, cooperatives, family farming
Índice geográfico: Matas de Minas (MG), Montanhas do Espírito Santo (ES), Petrolina (PE)
Índice de palavras-chaves: Fairtrade, Impactos socioambientais, cooperativas, agricultura
família
Texto integral
Visualizar a imagem
Créditos: Hervé Théry
1 A crescente conscientização dos consumidores em relação as práticas de
produção e comercialização agrícola proporcionou uma transformação no
comércio mundial de alimentos. Os produtores que visam o mercado externo
tem que se adequar não só às normas dos países importadores que visam
assegurar a qualidade e salubridade dos produtos, mas também às exigências
dos consumidores preocupados com os impactos sociais e ambientais da
produção. Para satisfazer estas novas demandas, foram criados nichos de
mercado que oferecem alternativas mais éticas e sustentáveis para a produção
de alimentos, 'destacando-se, dentre outros, os orgânicos, agroecológicos e os
solidários (WENZEL; KIRIG; RAUCH, 2010) (POOTS et al., 2007).
2 Dado que existe uma distância enorme entre produtores e consumidores no
mercado moderno e que certos critérios de qualidade não podem ser
confirmados no fim da cadeia de produção, foram criadas organizações privadas
e públicas que buscam atestar a veracidade das informações fornecidas através
de sistemas de certificação. Apesar de aumentar a credibilidade destas
iniciativas, as certificações de terceira parte implicam maiores custos e se
apresentam como barreiras de entrada para pequenos produtores (SIDWELL,
2008).
3 Dentre as alternativas disponíveis, a certificação Fairtrade ou de comércio
justo é direcionada as cooperativas onde predominam pequenos produtores e
que possuam instalações em países em desenvolvimento, seguindo a
recomendação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para o suporte e
promoção deste tipo de empreendimento (MASCARENHAS, 2007).
4 Esta forma de organização de produção tem o objetivo de incentivar a lógica
cooperativista, uma vez que não realiza certificação individual, mas sim da
empresa como um todo. Além de possibilitar a diluição dos custos de certificação
e o cumprimento gradual do padrão Fairtrade de boas práticas agrícolas, as
cooperativas certificadas podem ofertar sua produção em um mercado
alternativo com condições especiais (MURRAY; RAYNOLDS; TAYLOR, 2006).
5 A Fairtrade Labelling Organization International (FLO) é uma organização
guarda-chuva que engloba muitas iniciativas nacionais de comércio justo com
sede em Bönn, na Alemanha. Essas organizações trabalham para conscientizar os
consumidores em seus países acerca das dificuldades enfrentadas pelos
produtores familiares de países em desenvolvimento e do potencial das cadeias
de comercialização solidárias para melhoria de suas condições de vida.
6 O padrão Fairtrade para os pequenos produtores inclui aspectos
organizacionais, bem como um conjunto de práticas agrícolas que visam garantir
a salubridade dos produtos, relações de trabalho mais justas e proteção dos
recursos naturais e ecossistemas. Os critérios são definidos como obrigatórios e
de desenvolvimento, acrescidos do tempo hábil para a adequação em relação ao
primeiro ano de certificação (FLO, 2011).
7 Além de cumprir as normas da Fairtrade, as organizações, incluindo todos os
membros, têm que cobrir os custos anuais da vistoria realizada pela FLOCERT,
que é um braço independente da FLO responsável pelas auditorias. Estas
também devem arcar com os custos internos para o gerenciamento e fiscalização
dos membros e os custos individuais de adequação em toda a propriedade (FLO,
2011).
8 Este artigo busca identificar e discutir as influências sociais e ambientais da
certificação Fairtrade no Brasil. Para tanto, foram examinadas cooperativas
produtoras de manga no polo frutícola Petrolina/Juazeiro e cooperativas de café
na transição entre as regiões Matas de Minas e as Montanhas do Espírito Santo.
Estas áreas foram escolhidas por se situarem em locais periféricos, também por
apresentarem dependência socioeconômica na atividade agrícola, pela grande
quantidade da produção familiar e pelos baixos índices de renda per capita e de
desenvolvimento humano (IDH).
9 A análise qualitativa utilizada neste trabalho se baseia em entrevistas com
gerentes e técnicos das cooperativas, órgãos governamentais, associações de
produtores rurais, sindicato de produtores e trabalhadores rurais, consultora
regional da FLO e visitas às unidades de beneficiamento das cooperativas e
propriedades de produtores membros.
Contextualização do debate
10 Nos anos 50, o Governo Brasileiro iniciou o planejamento sistemático da sua
economia, onde a indústria deveria estar à frente do processo de
desenvolvimento através da substituição das importações e a agricultura
assumiria o papel de gerar as divisas necessárias para tais investimentos
(ANDRADE, 1983).
11 Não foram desenvolvidas políticas de investimento na reforma agrária porque
se acreditava que este modelo andava na contramão da modernização
(GRAZIANO DA SILVA, 2003), dessa forma, a maioria dos agricultores excluídos
das políticas de desenvolvimento rural não foi capaz de superar as contradições
do mercado, reforçando o processo de marginalização (GUANZIROLI et al., 2001),
(MAGALHAES, 2012).
12 Os problemas de acesso aos insumos agrícolas e ao mercado consumidor
consolidou-se como um dos maiores desafios para os pequenos produtores,
principalmente no período pós Revolução Verde, quando a detenção destes
passou a ser fundamental para melhor inserção no mercado global (GLAESER,
1987).
13 A ideia do fair trade ou comércio justo surgiu a partir dos anos 50 nos países do
Norte como uma alternativa para os pequenos produtores frente as implicações
do mercado convencional, com o objetivo de amenizar as desigualdades
existente no âmbito das relações comerciais com os países do Sul
(MASCARENHAS, 2007). Organizações buscaram estabelecer uma forma de
comércio que incentivasse o desenvolvimento social, com investimentos em
diversas áreas, inclusive na formação de recursos humanos qualificados, como a
criação de escolas (ARAÚJO, 2011).
14 O modelo do fair trade é muito presente principalmente no âmbito dos países
do Norte e vem se fortalecendo desde os últimos 20 anos, redesenhado as formas
do comércio mundial (KISTER, 2015), bem como o perfil de consumidores, que se
dispõem a contribuir para que pequenos produtores tenham seu retorno
financeiro justo na dinâmica do comércio global (WENZEL; KIRIG; RAUCH, 2010).
15 De acordo com Levi e Linton (2003) fair trade é parte de um movimento de
consumo ético que utiliza o poder de compra dos consumidores para promover
transformações nas práticas comerciais. Segundo Raynolds (2002) este é um
movimento que atua para redução da pobreza. Um dos seus maiores desafios é
transformar a relação desigual entre os comércio dos países do Norte e do Sul.
16 A Fairtrade Labelling Organization International (FLO) é uma das dezenas que
atuam no segmento do comércio justo, a FLOCERT é seu órgão de certificação
independente. A organização também é composta por redes de produtores e 25
outras organizações de comércio justo. Tida como uma organização guarda-
chuva, já está presente em mais de 60 países ao redor do mundo somando um
número de 1,2 milhões de produtores envolvidos no sistema (FAIRTRADE, 2015).
17 O padrão Fairtrade de qualidade e boas práticas agrícolas para organizações de
pequenos produtores (SPO) contêm quatro capítulos: requisitos gerais, comércio,
produção (meio ambiente e condições de trabalho) e desenvolvimento do negócio
(FLO, 2011). Alguns critérios estão direcionados unicamente para melhoria das
condições de trabalho, principalmente em casos onde o processo de produção é
intensivo (OPITZ; POOTS; WUNDERLICH, 2007).
18 A maior diferenciação do padrão Fairtrade em relação as outras certificações
para o mercado convencional, reside no capítulo desenvolvimento do negócio,
que inclui critérios organizacionais de transparência, decisões democráticas e
participativas, prestação de contas e distribuição justa dos benefícios adquiridos
entre membros, trabalhadores e comunidades (FLO, 2011).
19 Além da Fairtrade, que possui um protocolo para certificação de
aproximadamente 11 produtos alimentícios e outros tipos de bens, existem
outras organizações com a mesma filosofia, por exemplo, a EZA 3 Welt, com sede
na Áustria, que certifica café, chá, chocolate e temperos, também as empresas,
CONTIGO fairtrade, GEPA, a dwp, El Puente, entre outros grupos, que possuem
protocolos para diversos produtos como artesanato, vestuário etc.
20 O mercado internacional dos produtos fair trade representa uma ínfima fatia
do comércio global, no entanto é registrado um crescimento rápido. Em 2002
circulavam cerca de 400 milhões de dólares com os produtos (RAYNOLDS, 2002).
Em 2010, os consumidores gastaram aproximadamente quatro bilhões de dólares
somente no segmento do comércio justo. Entre 2009 e 2010 foi registrado um
crescimento em torno de 27% (FAIRTRADE, 2011).
21 De acordo com Wenzel, Kirig, Rauch (2010) os Estados Unidos, Reino Unido,
França, Suíça e Alemanha são os países onde registra-se uma maior taxa de
crescimento anual da comercialização de produtos do comércio justo. Após estes,
destaca-se também Canadá, Áustria, Holanda, Itália, Suécia e Japão com um
mercado voltado para o comércio justo consolidado. Quatro dos primeiros
apresentaram um crescimento anual superior a 40% até o ano de 2006. Com
relação ao número de organizações atuantes neste nicho, em 2001 registravam-se
202, alcançando no ano de 2005 o número de 608 empresas.
Conclusão
74 O objetivo inicial das cooperativas quando buscam a certificação Fairtrade é,
fundamentalmente, aumentar as alternativas e condições de comercialização no
mercado exterior. Contudo, a adequação dos produtores e organizações
contribuiu para aumentar a proteção da saúde dos produtores e trabalhadores,
para melhoria das práticas produtivas, redução dos riscos de contaminação da
água e solo e maior proteção dos recursos naturais.
75 O valor do prêmio recebido pelas cooperativas é fundamental para o
financiamento das atividades de treinamento de assistência técnica, melhoria da
estrutura das cooperativas, aperfeiçoamento da qualidade do produto e das
condições de vida dos produtores. Entretanto, o destino destes recursos para
adoção de práticas agrícolas sustentáveis depende do real engajamento das
cooperativas e membros na busca pela sustentabilidade.
76 Mesmo promovendo uma alternativa para os pequenos produtores atingirem o
mercado internacional e contribuindo com a redução dos impactos ambientais
da produção agrícola, a certificação Fairtrade enfrenta diversos desafios para
fazer jus ao nome. Os altos custos de adesão à certificação excluem produtores
desprovidos dos recursos financeiros mínimos para cumprir com as exigências,
além de haver casos onde grandes produtores competem deslealmente com os
pequenos.
77 Nos últimos dois anos, houve uma redução do número de organizações de
produtores Fairtrade certificadas, caindo de 50 para 39. Isto se explica devido as
dificuldades destas em comercializar seus produtos através do mercado
Fairtrade e o custo anual de certificação. Algumas destas organizações tiveram
graves problemas financeiros, em parte devido ao aumento de sua estrutura e
investimentos realizados. Estes foram influenciados pelo sucesso inicial com as
vendas pelo mercado Fairtrade, principalmente durante os anos 2008 a 2011,
período em que foi conduzido o programa de compras responsáveis apoiado pela
Fairtrade USA e Wal-Mart.
78 No ano de 2010 as organizações de produtores certificados no Brasil lançaram
a Fairtrade Brasil (BR FAIR), oficialmente inaugurada em 2012, tendo por objetivo
representar o grupo de cooperativas certificadas de maneira democrática e
participativa. A fundação da organização no Brasil ocorreu visto a necessidade
de assegurar o mercado consumidor e inibir mudanças que prejudicassem as
associações certificadas, além de pleitear modificações no sistema de acordo com
os interesses das cooperativas.
79 No ano de 2015, foi aberto o mercado interno para os produtos Fairtrade,
reduzindo assim a dependência das organizações certificadas em relação aos
exportadores e a demanda externa para a comercialização de seus produtos com
o selo. Esta medida será importante para o fortalecimento das cooperativas
certificadas e para a continuidade das transformações socioeconômicas e
ambientais nas áreas produtoras.
80 Diante do exposto, nota-se que a certificação Fairtrade, mesmo com alguns
desafios, tem alcançando um maior nível de organização no Brasil, assegurando
sua função de servir como uma alternativa ao mercado convencional. Além de
identificar os benefícios da certificação Fairtrade, apoiando pequenos produtores
no escoamento de sua produção, deve-se, contudo, reconhecer as limitações do
programa, como as barreiras para a inclusão dos produtores mais vulneráveis e
de regiões periféricas.
81 Agradecimentos à Coordenação de Apoio ao Pessoal de Nível Superior (CAPES)
e a Vice-Reitoria de Pesquisa da Universidade de Innsbruck pelo financiamento
da pesquisa.
Bibliografia
ANDRADE, M. C. de. Tradição e Mudança: A organização do espaço rural e urbano na área
de irrigação do submédio São Francisco. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.
ARAÚJO, G. J. F. Análise das certificações agrícolas no Polo Frutícola Petrolina (PE) /
Juazeiro (BA) – Brasil. Recife, 2011. Dissertação de mestrado (Mestrado em
Desenvolvimento e Meio Ambiente) – Departamento de Ciências Geográficas,
Universidade Federal de Pernambuco.
BRASIL, Ministério da Integração Nacional. CODEVASF. Manga Brasil. Mar. 2007. <
http://www.codevasf.gov.br/noticias/2007/manga-brasil/ >. Acesso em: 29 set. 2014.
CAVALCANTE, F. R. C. et al. O mecanismo de fair trade como alternativa para o
desenvolvimento sustentável de regiões com alto grau de preservação ambiental: o caso
de Guajará-Mirim. In: IV Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental. Instituto Brasileiro de
Estudos Ambientais e de Saneamento. Salvador, 2013. <http://www.
ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2013/VI-081.pdf>. Acesso em 03 de fev. 2014.
CINTRA, R.F; VITTI, A; BOTEON, M. Análise dos impactos da certificação das frutas
brasileiras para o mercado externo. < www .cepea.esalq.usp.br/pdf/certificacao.pdf >
Acesso em: 20 abr. 2010.
FAIRTRADE. FAIRTRADE by the numbers. Fairtrade Labelling Organizations International
e.V. Bönn, 2015. < http://fairtrade.se/wp-content/uploads/2012/09/150211-Fairtrade-By-The-
Numbers-2015-final.pdf>. Acesso em 30 jul. 2016.
___________________________. FAIRTRADE by the numbers. Fairtrade Labelling Organizations
International e.V. Bönn, 2011.
<http://www.fairtrade.net/fileadmin/user_upload/content/2009/resources/2012-
02_Fairtrade_ByTheNumbers_2009-11.pdf>. Acesso 30 jul. 2016.
FLO. Fairtrade Standard for Small Producer Organizations (SPO). Fairtrade Labelling
Organizations International e.V. Bönn, 2011.
GLAESER, B. Agriculture between the Green Revolution and ecodevelopment: which way
to go? In: ________. (Org). The Green Revolution Revisited: critique and alternatives.
London: Allen & Unwin, 1987.
GRAZIANO DA SILVA, J. Tecnologia e agricultura familiar. 2 ed. Porto Alegre: Editora da
UFGRS, 2003.
GUANZIROLI, C. et al. Agricultura familiar e reforma agrária no século XXI. Rio de Janeiro,
Garamond, 2001.
KISTER, J. Fair trade and value chain integration of small scale farmers in Nicaragua. In:
Fourth Global Conference on Economic Geography “Mapping Economies in
Transformation”. University of Oxford. Oxford, 2015.
<http://www.gceg2015.org/uploads/2/6/9/5/26954337/gceg2015abstracts.pdf>. Acesso em 24
de jul. 2016.
LEVI, M., LINTON, A. Fair Trade: a cup at a time? In: Politics e Society. vol. 31. N. 3.
Setembro, 2003. p. 407-432. < http://fsi.stanford.edu/sites/default/files/Levi.pdf >. Acesso em
24 de jul. 2016.
DOI : 10.1177/0032329203254862
MAGALHAES, D. O conceito de sustentabilidade nas políticas territoriais no Brasil.
Uberlândia, 2012. Dissertação de Mestrado, (Mestrado em Economia) – Instituto de
Economia, Universidade Federal de Uberlândia.
MASCARENHAS, G. C. C. O movimento do comércio justo e solidário no Brasil: entre a
solidariedade e o mercado. Rio de Janeiro, 2007. Tese (doutorado em ciências em
Desenvolvimento, agricultura e Sociedade). Departamento de Ciências Geográficas,
Universidade Federal Rural de Rio de Janeiro.
MURRAY, D. L., RAYNOLDS, L. T., TAYLOR, P. L. The future of Fair Trade coffee: dilemmas
facing Latin America’s small-scale producers. Development in Practice, Volume 16,
Number 2, April 2006. <http://cfat.colostate.edu/wp-content/uploads/2009/06/Murray-
Raynolds-and-Taylor-2006.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2014.
DOI : 10.1080/09614520600562397
OPITZ, M., POOTS, J., WUNDERLICH, C. Closing the Gaps in GAPS: A Preliminary Appraisal
of the Measures and Costs Associated with Adopting Commonly Recognised “Good
Agricultural Practices” in Three Coffee Growing Regions. Appendices. International
Institute for Sustainable Development (iisd) and Sustainable Coffee Partnership,
Winnipeg, Canada, 2007. <http://www.iisd.org/pdf/2008/closing_gap_appendices.pdf>.
Acesso em 20 jun. 2015
RAYNOLDS, L. T. Poverty Alleviation through participation in fair trade coffee networks:
existing research and critical issues. Community and resource development program. The
Ford Fundation. 2002. < http://cfat.colostate.edu/wp-content/uploads/2009/09/Background-
paper.pdf.> Acesso em: 22 de jul. 2016.
SANHUEZA, R. M. V. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Embrapa Uva e
Vinho. História da Produção Integrada de Frutas no Brasil. Brasília, s.d.
<http://www.cnpuv.embrapa.br/tecnologias/pin/historia.html>. Acesso em: 20 jul. 2014.
SEBRAE. Berço no Rio São Francisco: A primeira indicação geográfica de frutas in natura
marca o percurso de reconhecimento nacional e novas outorgas no setor. In: Conhecer
Fruticultura. Sebrae. Brasília. n. 7. out, 2009.
SIDWELL, M. Unfair trade. Adam Smith Institute. ASI: London, 2008.
<http://www.adamsmith.org/sites/default/files/images/pdf/unfair_trade.pdf>. Acesso em 01
abril 2015.
WEBER, J. Fair Trade Coffee Enthusiasts Should Confront Reality, Cato Journal, Cato
Journal, Cato Institute, vol. 27(1), pages 109-117, Winter, 2007.
WENZEL, E., KIRIG, A., RAUCH, C. Wie der grüne Lifestyle Märkte und Konsumenten
verändert. München: Redline wirtschaft, 2010.
Notas
1 Três outras cooperativas de café da região possuíam a certificação Fairtrade. A COCAES
encerrou suas atividades em 2013. A COOFACI decidiu não renovar a certificação pois não
conseguia realizar vendas através do mercado Fairtrade desde o ano de 2011 e a
PRONOVA, até então um modelo de cooperativa que havia feito grandes avanços em
termos de qualidade da produção, foi adquirida neste ano devido a problemas
financeiros.
2 São galpões onde é realizada uma série de procedimentos na fruta para se enquadrar no
padrão de exportação.
3 Termo em alemão que significa lojas do mundo. Estes empreendimentos formam uma
rede comercial especializada somente em produtos de origem do comércio justo.
URL http://journals.openedition.org/confins/docannexe/image/11401/img-
1.jpg
Ficheiro image/jpeg, 348k
Direitos de autor
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/