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CAPÍTULO I

1.1.1)

As três maiores preocupações para o setor agroalimentar: a qualidade, a segurança alimentar e a


sustentabilidade. As cadeias alimentares passaram a centrar-se no consumidor e em satisfazer as
suas exigências e necessidades. Por sua vez, os consumidores procuram, cada vez mais, uma
Olarga gama de produtos variados, alimentos de conveniência e produtos alimentares saudáveis,
seguros e respeitadores do ambiente.

Aos fornecedores/produtores é cada vez mais exigido o cumprimento de determinados requisitos,


a qualidade e segurança, dos seus produtos permitem vender para mercados específicos,
nacionais e internacionais. A crescente competitividade do mercado, consequência da crescente
exigência do consumidor, é a principal motivação para as
empresas aderirem voluntariamente a regimes e referenciais normativos que para além
de garantirem a conformidade com requisitos legais e regulamentares.

Os sistemas de certificação são de adesão voluntária, fazem uso de logótipos ou rótulos


próprios e têm associado regras de rotulagem e/ou menções específicas. A qualidade diferenciada
de um produto pode ter associado um regime de certificação. Os regimes de qualidade são
regimes de certificação da qualidade diferenciada de produtos agrícolas e géneros alimentícios,
ou de modos de produção particulares, e baseiam-se em normas de carácter público (nacionais,
comunitárias ou internacionais) ou carácter privado.

Fonte: Valorização do produto agrícola.


Análise comparativa e proposta de metodologia para tomada de decisão sobre as certificações a adotar em
Agricultura Convencional e em Agricultura Biológica; de Raquel Cristina Azevedo da Cunha Vieira; Coimbra- 2020; disponível em
:https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/39889/1/RelatorioEstagio_MAB_21729002_RaquelVieira.pdf

A DOP (Denominação de Origem Protegida) designa géneros alimentícios inteiramente


produzidos numa região determinada, graças a um saber reconhecido e com ingredientes da
região, e cujas características estão ligadas à sua origem geográfica.

• A IGP (Indicação Geográfica Protegida) designa géneros alimentícios cuja qualidade ou


reputação está ligada a uma região, na qual se efetua, pelo menos, uma fase de produção.

A Especialidade Tradicional Garantida é o rótulo de qualidade europeu para os alimentos


produzidos segundo uma receita tradicional,

AGRICULTURA BIOLÓGICA. Existe um logótipo europeu específico para a agricultura biológica


que garante o respeito das normas europeias de produção em matéria de agricultura biológica.

Outras formas de cooperação que conferem aos agricultores maior peso no mercado e aumentam
as margens de lucro e a competitividade são os tipos especializados de produção, como a
agricultura biológica, o estabelecimento de relações contratuais em toda a cadeia alimentar, a
criação de fundos mutualistas e de seguros que permitam aos agricultores responder melhor a
situações de instabilidade do mercado ou de queda brusca dos preços. Os instrumentos de gestão
do risco e de comercialização também podem melhorar a situação dos agricultores na cadeia
alimentar. A reforma de 2013 concede apoio financeiro aos agricultores que pretendam utilizar
esses instrumentos.
Fonte:Comissão europeia, COMPREENDER
AS POLÍTICAS UNIÃO EUROPEIA, setembro de 2016, disponível em:
https://drive.google.com/file/d/1caPjwojuqBZy_H3qz_c_6qcTRTjOpjoZ/view?usp=drive_web

1.1.2)

As certificações representam para os pequenos produtores em Portugal mais do que simples


garantias de conformidade, são investimentos estratégicos e pessoais que conferem ao
consumidor autenticidade e qualidade aos seus produtos. Ao optar por certificações como
orgânicas, DOP ou IGP, esses produtores diferenciam-se no mercado global, onde a valorização
da procedência e sustentabilidade é crescente.

Essas certificações não só proporcionam uma vantagem competitiva, mas também abrem portas
para oportunidades internacionais, facilitando parcerias comerciais com grandes redes de
mercados. Além disso, garantem a segurança alimentar, atendendo a padrões rigorosos e
fortalecendo a confiança dos consumidores.

A busca por certificações é um compromisso com a sustentabilidade e a preservação das


tradições agrícolas portuguesas. Ao adotar práticas certificadas, os produtores contribuem para
uma imagem positiva da produção nacional, impulsionando a economia, a competitividade global
e a autenticidade de seus produtos.

Em suma, na nossa opinião as certificações são investimentos pessoais e estratégicos que


elevam a posição dos pequenos produtores portugueses quanto aos produtos tradicionais como
queijos, vinhos, produtos biológicos, iogurtes, licores, e etc.

1.2)

A relação entre o apoio às certificações e a Nova Política Agrícola Comum (PAC) da União
Europeia desempenha um papel fundamental no fortalecimento dos pequenos agricultores,
especialmente em Portugal. A PAC, é essencial para o desenvolvimento sustentável da
agricultura, influencia positivamente os produtores de diversas formas.

Primeiramente, a PAC oferece incentivos financeiros para promover práticas agrícolas


sustentáveis e a conformidade com padrões de qualidade. Isso inclui subsídios específicos
destinados à manutenção de certificações, desta forma, encoraja os agricultores a adotarem
práticas que atendam aos rigorosos requisitos de certificação.

Além disso, a PAC tem recursos para programas de desenvolvimento rural que apoiam a
implementação de práticas certificadas. Esses programas propõe melhorar a eficiência produtiva,
promover a sustentabilidade ambiental e garantir a qualidade dos produtos agrícolas. Os
agricultores veem esses programas como uma forma de investir no futuro de suas atividades
agrícolas, alinhando-se com os valores de qualidade e sustentabilidade ambiental.

Em suma, o apoio da PAC e a busca por certificações representa uma grande estratégia que
fortalece a competitividade e a sustentabilidade dos pequenos agricultores. Ao juntar os objetivos
da PAC com os padrões de certificação, os agricultores podem não apenas garantir os
regulamentos, mas também acessar recursos que impulsionam o crescimento econômico no setor
agrícola português, desta forma, a relação se torna cada vez mais importante.

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