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PIF - DEFINIÇÃO

A produção integrada de frutas é definida pela IOBC, como “o


sistema de produção que gera alimentos e demais produtos de
alta qualidade, mediante a aplicação de recursos naturais, a
regulação de mecanismos para a substituição de insumos
poluentes e a garantia da sustentabilidade da produção agrícola;
enfatiza o enfoque do sistema holístico, envolvendo a totalidade
ambiental como unidade básica; o papel central do
agroecossistema; o equilíbrio do ciclo de nutrientes; a
preservação e o desenvolvimento da fertilidade do solo e a
diversidade ambiental como componentes essenciais; métodos e
técnicas biológicas e químicas cuidadosamente equilibradas,
levando-se em conta a proteção ambiental, o retorno econômico
e os requisitos sociais”
Diferenças fundamentais entre os sistemas de
produção convencional, integrado e
orgânico de frutas.
As principais espécies frutíferas no país possuem
Normas Técnicas Específicas publicadas no diário
oficial pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento – MAPA e são compostas dos
seguintes documentos

• www.ufpel.tche.br/pif e www.agricultura.gov.br/
• G rade de Agroquímicos
• C aderno de Campo
• C aderno de Pós-Colheita
• L ista de Verificação para Auditoria Inicial
• L ista de Verificação para Auditoria de Campo
• L ista de Verificação para Auditoria de Empacotadoras
Benefícios ambientais e resultados com a
produção integrada de
pessegueiro
• Sistematização e diminuição do uso • Orientação na colheita e no
de adubos e agrotóxicos; transporte das frutas para o
• Cultivo mínimo do solo; mercado;
• Implementação de cultivo de • Registro de todas as operações em
cobertura ; caderneta de campo permitindo a
• Utilização da poda verde como rastreabilidade de todas as práticas
prática para melhoria da qualidade realizadas;
das frutas e substituição da poda de • Trabalho integrado com a cadeia
inverno; produtiva;
• Uso de armadilhas para o • Desenvolvimento do processo de
monitoramento da mosca das frutas rastreabilidade para frutas “in
com atrativos alimentares e da natura” e processadas;
Grapholita molesta com feromônio; • Discussão e publicação do Guia
• Orientação para coleta de embalagens para indicação de procedência para
e do uso seguro de agroquímicos; frutas: Pêssego em calda da região
de Pelotas.
RESULTADOS E DESAFIOS
• Com o envolvimento dos produtores no projeto de
rastreabilidade, estabeleceu-se uma relação de confiabilidade
entre fornecedores e as indústrias, onde as frutas destes
produtores tiveram controle rigoroso quanto à qualidade,
rendimento e produtividade, que se refletiu, em alguns casos,
na ampliação dos volumes fornecidos para as indústrias;
• As frutas processadas foram acompanhadas através da análise
química, física e visual;
• O resultado imediato no processo de rastreabilidade nas
conservas da região de Pelotas, foi a melhoria da qualidade da
fruta nas latas de conservas. Isto foi possível devido a melhor
qualidade da fruta colhida, separação de lotes por cultivares e
ponto de maturação adequado e uniformidade de maturação.
RESULTADOS E DESAFIOS
• A organização do produtor para atingir escala de produção,
acesso aos mercados e a criação de infraestrutura de frio,
assistência técnica e capacitação, são condições básicas para a
sustentabilidade do setor;
• Registro de novas moléculas com baixo impacto no ambiente
e rápida decomposição na fruta para fazer frente ao controle
de pragas e doenças, além do uso de métodos biológicos,
físicos e confusão sexual para insetos, entre outros;
• Laboratórios para análise de resíduos de agrotóxicos, visando
atender às especificações de comercialização e obter
confiabilidade no sistema produtivo, garantindo a inocuidade
das frutas;
RESULTADOS E DESAFIOS
• Centrais de recolhimento de embalagens de agrotóxicos
próximas aos centros produtivos, para o devido tratamento e
destinação final das embalagens, minimizando o impacto
ambiental e protegendo a saúde humana;
• Recursos para a continuidade do projeto e marketing para
divulgar a qualidade das frutas produzidas neste sistema de
produção.
NORMAS TÉCNICAS PARA A
PRODUÇÃO INTEGRADA
A Produção Integrada objetiva, principalmente,
estabelecer uma relação de confiança para o consumidor de que
o produto está conforme os requisitos especificados nas Normas
Técnicas Específicas de cada produto agropecuário.
(ANDRIGUETO; KOSOSKI, 2003) As Normas Técnicas Específicas
(NTEs) são normas básicas de Boas Práticas Agrícolas que servem
de base para o sistema produtivo das propriedades cadastradas
ao sistema de certificação em Produção Integrada (TARREGA et
al., 2009). As NTEs a serem seguidas pelos produtores são
construídas em uma parceria entre pesquisa, extensão, ensino e
produtores rurais. (MAPA, 2012)
VANTAGENS DA PRODUÇÃO
INTEGRADA
• Para o produtor: produtos de melhor qualidade; Produto
diferenciado; Competitividade; Permanência nos mercados;
Organização da base produtiva; Diminuição dos custos de
produção; Maximização do lucro.
• Para o consumidor: Garantia de alimentos seguros, de alta
qualidade e saudáveis; Índice de resíduos de acordo com
padrões brasileiros e internacionais; Sustentabilidade dos
processos de produção e de pós-colheita.
• A Produção Integrada constitui uma proposta intermediária
entre a Produção Orgânica e a Produção Convencional, sendo
factível a todas as estruturas de exploração agrícola-familiar,
pequenos, médios ou grandes glomerados, pois só utiliza os
agroquímicos em casos imprescindíveis (TARREGA, 2009).
CERTIFICAÇÃO
Trata-se de um processo de certificação voluntária no
qual o produtor interessado tem um conjunto de normas
técnicas específicas (NTE) a seguir, as quais são auditadas nas
propriedades rurais por certificadoras acreditadas pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).Ao
certificar, os produtores rurais têm a chancela oficial do MAPA e
do Inmetro de que seus produtos estão de acordo com práticas
sustentáveis de produção e consequentemente mais saudáveis
para o consumo, garantindo ainda menor impacto ambiental do
que produtos convencionais e a valorização da mão de obra rural
(MAPA, 2014).
PRODUÇÃO INTEGRADA E A
INDÚSTRIA
• Utilizar linhas de empacotamento distintas daquelas utilizadas para
produtos produzidos em outros sistemas de produção;
• Adquirir produtos agrícolas de produtores credenciados a PI;
• Possuir responsabilidade técnica relativa a sua linha de atuação e
credibilidade junto ao consumidor;
• Apresentar pessoal técnico capacitado e em constante reciclagem em PI no
seu quadro funcional;
• Seguir normas relativas a tratamentos ou manejo pós-colheita associadas a
PI;
• Possuir e disponibilizar, para inspeções e auditorias, um livro de registro de
controle de procedência dos produtos, assim como com informações de
operações e tratamentos realizados, principalmente, nas etapas de
processamento do produto;
• Permitir livre acesso às suas instalações de pessoal qualificado
pertencentes ao governo ou a empresas certificadoras, credenciadas em PI.
PARA COMPLEMENTAR AS
INFORMAÇÕES DA AULA DE HOJE
• PESQUISE AS NORMAS TECNICAS DE
PRODUÇÃO INTEGRADA – PIF, PARA A SUA
CULTURA DO SEMINÁRIO.

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