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Mariana Cantoni
2023
SOBRE A
AUTORA
Mariana Cantoni, é Engenheira
Agrônoma, formada pela
Universidade Federal de Viçosa e
mestre em Gestão de Recursos
Agroambientais pelo Instituto
Agronômico de Campinas.
Trabalhou em pesquisas nas áreas
de Recuperação de Áreas
Degradadas e Poluição do Solo. As
questões ambientais sempre
foram o foco dos seus estudos e
experimentos acadêmicos.
SOLO p.09
Tipos de solo
Teste rápido para determinar a textura do solo
PLANTIO p.26
Época de plantio
Espaçamento de plantio
IDENTIFICAÇÃO VISUAL DE
DEFICIÊNCIAS E DESEQUIL´ÍBRIOS p.74
NUTRICIONAIS
Nutrição vegetal
Chave de identificação para plantas em geral
Infestações de pragas e doenças apontam
desequilíbrios nutricionais
GRAMADOS p.84
Adubação de plantio
Adubação de manutenção
PRODUÇÃO DE
ALIMENTO DE QUALIDADE
As hortaliças são fonte de fibras, sais minerais, vitaminas,
antioxidantes e água. Compõem um grupo de alimentos
saudáveis que auxiliam na prevenção de doenças. Entretanto,
segundo a organização mundial de saúde (OMS), o consumo
ainda é baixo no Brasil comparado aos valores internacionais.
01
A irrigação com água contaminada contendo coliformes fecais
e vermes, é uma das principais fontes de contaminação
humana.
LIVRE DE RICO EM
PATÓGENOS NUTRIENTES
02
Para o consumidor final que não acompanhou a produção, a
garantia da qualidade é ainda mais duvidosa, por isso foram
criados sistemas de produção. Um deles é o sistema orgânico
de produção.
AGRICULTURA ORGÂNICA
É um sistema de manejo regulamentado pela lei nº 10.831, de
23 de dezembro de 2003, que a define como um sistema
sustentável da unidade de produção com enfoque sistêmico
que privilegia a preservação ambiental, a agrobiodiversidade,
os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem.
03
FORMAS DE COMERCIALIZAR PRODUTOS ORGÂNICOS
Existem três formas de comercializar um produto orgânico, são elas:
1
Sendo certificado por um órgão credenciador (OAC).
Quem é certificado passa por auditorias e pode vender
seus produtos a terceiros, em feiras, em supermercados e
exportar. Esse é o modo que demanda mais
investimento, pois precisa de uma certificadora externa
que faça auditoria e emita um selo de garantia. Mas
amplia o leque de locais para comercialização.
2
Por meio de um Sistema Participativo de Garantia- SPG,
que deverá estar sob certificação de um Organismo
Participativo de Avaliação da Qualidade Orgânica – OPAC.
Esse modo, assim como o anterior, tem uma empresa
externa que irá fazer auditoria na produção. O produto
terá um selo, poderá ser comercializado em mercados ou
exportado. O custo poderá ser rateado entre mais de um
produtor, ficando mais viável econômica mente.
3
diretamente ao consumidor final. A venda pode ser
realizada pelo produtor ou membro da família que
participe do processo de produção. Esse último é o modo
mais acessível, de mais baixo custo, não exige
contratação de empresa externa de auditoria. O controle
é feito por todos que compõe a organização, técnicos,
produtores e consumidores. São feitas visitas periódicas
nas propriedades para conferir o modo de produção e
assim garantir a qualidade. Entretanto, a comercialização
é mais limitada. Os produtores que integram OCS, não
podem vender para mercados ou fazer exportação,
somente poderão comercializar os produtos em feiras ou
diretamente ao consumidor.
04
Um produto pode ser vendido como orgânico, quando é
certificado ou o produtor participa de uma OCS.
Fonte:
Sebrae
05
PRINCIPAIS DESAFIOS
O alto custo de produção, devido à maior demanda de
mão de obra, comparado ao sistema convencional.
006
PLANTA:
Contém uma carga genética, um
potencial intrínseco produtivo e
necessidades que variam entre cada tipo
de planta.
SOLO:
É o que vai dar suporte a vida vegetal e
fornecer nutrientes e água. Uma planta
saudável precisa de um solo saudável.
AMBIENTE:
Vai fornecer a luz, água, temperatura.
Porém nele, também estão as pragas e as
doenças.
SER HUMANO:
Vai tentar controlar os fatores, meio
ambiente, planta e solo para conseguir
desenvolver todo potencial de produção.
07
Um dos princípios básicos, se
não o principal para garantir ENTÃO, VAMOS
uma boa produção e de
maneira saudável é o cuidado APRENDER A CURAR
como solo. Um solo saudável
gera frutos saudáveis.
E A CUIDAR DO SOLO?
08
SOLO
SOLO
O solo é um sistema composto por água,
ar, partículas minerais e partículas
orgânicas. As partículas minerais são
provenientes da degradação das rochas.
09
Isso porque, a grande maioria dos solos brasileiros é pobre em
nutrientes e necessita de adubação para uma produção
adequada. Em geral, os solos de regiões tropicais e subtropicais
são mais intemperizados, ou se¡a, mais velhos e desgastados.
10
TIPOS DE SOLO
11
Imagem: Guilherme Lourençon e Mariana Cantoni
Um teste rápido pode ser feito para definir o tipo de solo. Isso
será importante para definir a irrigação e a adubação a serem
feitas. O teste é simples e feito tem duas etapas.
12
DETERMINAÇÃO DA TEXTURA:
ETAPA 1 - PLASTICIDADE
1- Pegue um pouco do solo onde será implantada a horta,
coloque na palma das mãos e adicione um pouco de água. Vá
pondo aos poucos para não encharcar.
1 2 2
4 5
13
RESULTADO DA ETAPA 1 - PLASTICIDADE
Observando Classificação
14
DETERMINAÇÃO DA TEXTURA:
ETAPA 2 - PEGAJOSIDADE
1- Pegue um pouco do solo onde será implantada a horta,
coloque na palma das mãos e adicione um pouco de água. Vá
pondo aos poucos para não encharcar.
15
RESULTADO DA ETAPA 2 - PEGAJOSIDADE
Observando Classificação
16
Se, o resultado da textura der arenoso, significa que as
adubações e a irrigação devem ser feitas em parcelas. E, a
adição de matéria orgânica nesse tipo de solo, é fundamental
para melhorar a capacidade de retenção de água e nutrientes.
Os solos arenosos exigem um cuidado extra também com os
nematoides de solo, que se dão melhor nesse tipo de textura.
Entretanto, por ter boa drenagem a incidência de doenças é
menor.
17
FONTES DE
NUTRIENTES
FONTES DE NUTRIENTES
Imagem: Gilmar
Lourençon
TIPO DE CALCÁRIO:
Os calcários são classificados por seu poder de neutralização
total (PRNT) e pelo teor de Mg presente.
18
Essas informações são importantes para que possa avaliar o
custo-benefício do calcário. Além disso, algumas culturas,
como tomate, são mais exigentes em Mg, então, o uso dos
calcários magnesiano ou dolomítico pode ser interessante.
Teores de Mg
Calcítico Menos que 5% Mg
Magnesiano 5 a 12 % Mg
Dolomítico Mais que 12% Mg
PRNT
Grupo A 45 a 60%
Grupo B 60,1 a 75%
Grupo C 75,1 a 90%
Grupo D Maior que 90%
19
QUANDO APLICA CALCÁRIO
O calcário é um material de baixa solubilidade, de reação lenta,
precisa ser aplicado de dois a três meses antes do plantio, para
receber água e dar tempo de reagir. Entretanto, esse tempo
pode diminuir para 15 dias se houver abundância em água,
como irrigação e revolvimento do solo.
20
CASCA DE OVO E FARINHA DE CONCHA
Na ausência do calcário pode ser utilizada a casca de ovo e a
farinha de concha. Porém, quanto a capacidade de
neutralização ou correção de pH do solo, a casca de ovo é
menos eficiente em solos ricos em matéria orgânica quando
comparado ao calcário.
FÓSFORO (P)
A maioria dos solos brasileiros é deficientes em fósforo.
Portanto, deve ser feita a adubação para suprir esse nutriente
que é essencial e exigido em maiores quantidades pelas
plantas. A fonte de P que usamos como fertilizante é o fosfato
(P2 O5 ). Existem dois tipos de fosfato, orgânico e inorgânico. O
orgânico é a farinha de osso, o inorgânico é proveniente de
rocha que pode ou não receber algum tratamento.
TIPOS DO FOSFATOS
Farinha de osso
Fosfato de rocha Fontes aceitas pela
Hiperfosfato agricultura orgânica
Termofosfato
21
Os fosfatos de rocha, são chamados de fosfatos naturais,
podendo citar as rochas como apatitas e as fosforitas moídas,
de procedência nacional.
22
O osmocote é uma mistura granulada, onde cada grânulo
contém N-P-K, além disso, é de liberação lenta, baixas
solubilidade proporcionando um fornecimento de nutrientes
para as plantas durante um período de até 14 meses.
ADUBOS ORGÂNICOS
Adubos orgânicos simples são constituídos de uma única
fonte. Esterco animal, torta de filtro (subproduto da indústria),
farinha de osso, vinhaça (subproduto da indústria
sucroalcooleira), torta de mamona (subproduto da indústria),
casca de café, casca de arroz, casca de pinus, cinza de madeira
e palha de milho. Adubos orgânicos composto são produtos
de processo bioquímico, por exemplo, a compostagem e a
adubação verde.
23
Composição química dos principais fertilizantes
24
Se, a relação C/N for menor que 25, a maior parte do N é
liberada no primeiro ano, ou seja, mais nutrientes
disponíveis para as plantas.
25
PLANTIO
ÉPOCA DE PLANTIO
As informações sobre o clima de cada região e as necessidades
de cada cultura fundamentam a tabela a seguir de
recomendação de plantio.
Região Início da
Centro- Colheita
Sul Sudeste Nordeste Norte
Hortaliças Oeste após
plantio
Período Recomendado para Plantio (dias)
Abobrinha Set/Mai Ago/Mai Mar/Out Ano Todo Abr/Ago 45-60
Abóboras Out/Fev Set/Mar Mar/Out Ano Todo Abr/Ago 90-120
Acelga Fev/Jul Fev/Jul NR NR Abr/Jun 60-70
Agrião
(água e terra) Fev/Out Fev/Jul Mar/Set Mar/Jul Abr/Jul 60-70
Alface Ano Todo Ano Todo Ano Todo Ano Todo Ano Todo 50-70
Batata Doce Out/Dez Out/Dez Ano Todo Out/Dez Ano todo 120-150
Berinjela Ago/Jan Ago/Mar Ano Todo Ago/Fev Abr/Ago 100-120
Beterraba Ano Todo Ano Todo Abr/Ago Abr/Ago NR 60-70
Brócolis
(Cultivar de Fev/Set Fev/Jul NR Fev/Mai NR 90-100
Inverno)
Cenoura
(Cultivar de Jul/Set Jul/Set Out/Fev Out/Jan Abr/Jul 80-100
Verão)
Cará Jul/Ago Jul/Set Dez/Jan Jul/Ago Jul/Set 150-180
Cebola Jul/Ago Fev/Mai Fev/Abr Fev/Mai Fev/Mai 120-180
Cebolinha Ano Todo Ano Todo Mar/Jul Abr/Ago Abr/Ago 80-100
Cenoura
(Cultivar de Fev/Ago Mar/Jul NR Abr/Jul NR 90-110
Inverno)
Cenoura
(Cultivar de Nov/Jan Out/Mar Out/Mar Out/Mar Out/Mar 85-100
Verão)
26
Região Início da
Centro- Colheita
Sul Sudeste Nordeste Norte
Hortaliças Oeste após
plantio
Período Recomendado para Plantio (dias)
Chicória Fev/Jul Fev/Jul Fev/Ago Abr/Jun Mar/Ago 60-70
Chuchu Set/Out Set/Out Ano Todo Set/Out Abr/Jul 100-120
Coentro Set/Jan Ago/Fev Ano Todo Ago/Abr Abr/Out 50/60
Couve-de-
Fev/Jul Fev/Jul Abr/Ago Fev/Jul Abr/Jul 80-90
Folha
Couve-Flor
(cultivar de Fev/Jul Fev/Abr Fev/Jul Fev/Jul NR 100-110
inverno)
Couve-Flor
(cultivar de Dez/Jan Out/Fev Nov/Dez Out/Jan NOV/FEV 90-100
verão)
Ervilha de Abr/Mai Abr/Mai NR Abr/Mai NR 60-70
Vagem
Jiló Set/Fev Ago/Mar Mar/Set Abr/Ago Abr/Ago 90-100
Mandioca Out/Dez Out/Dez Mar/Maio Out/Dez Mar/Maio 300-600
Melância Set/Jan Ago/Mar Mar/Set Set/Dez Abr/Ago 85-90
Melão NR Set/Fev Mar/Set Set/Dez Abr/Ago 80-120
Morango Mar/Abr Mar/Abr NR Fev/Mar NR 70-80
Pepino Set/Fev Set/Fev Ano Todo Jul/Nov Abr/Set 45-60
Pimenta Set/Fev Ago/Mar Ano Todo Ago/Dez Jul/Dez 90-120
Pimentão Set/Fev Ago/Mar Ano Todo Ago/Set Abr/Jul 100-120
Quiabo Out/Dez Ago/Mar Ano Todo Ago/Set Ano Todo 70-80
Repolho
(cultivar de Fev/Set Fev/Jul Fev/Jul Fev/Jul NR 90-110
inverno)
Repolho
(cultivar de Nov/Jan Out/Fev Ano Todo Out/Fev Mar/Set 90-110
verão)
Rúcula Mar/Ago Mar/Ago Mar/Jul Mar/Jul NR 40-60
Tomate Set/Fev Ano Todo Ano Todo Ano Todo Mar/Jul 100-120
Catálogo de hortaliças da Embrapa (2010)
27
TABELA DE ESPAÇAMENTO E FORMA DE PLANTIO
ESPAÇAMENTO (m) FORMA DE PLANTIO
Semeadura em
bandeja com
Entre Entre Semeadura no
Hortaliças posterior
Linhas Plantas Local e Plantio transplantio para
local definitivo
Abobrinha Sim Sim
1,0-1,5 0,7-1,0
Italiana
Abobrinha
2,0 2,0 Sim Sim
Brasileira
Abobrinha e Sim Sim
3,0 2,0
Morangas
Sim, com
Acelga 0,4-0,5 0,5 necessidade Sim
de raleio
Agrião
0,2 0,3 Não recomendado Sim
(água e terra)
Aipo (salsão) 0,9 0,4 Não recomendado Sim
Alface 0,25 0,3 Não recomendado Sim
Bulbilhos
(dentes de alho Não
Alho 0,25 0,10 que receberam recomendado
frio)
Alho Poró 0,40 0,20 Não recomendado Sim
Sim, com
0,25 0,25 necessidade Sim
Almeirão
de raleio
Batata doce 0,90 0,30 A batata ou rama Não
Batata doce 1,0 0,80 Não recomendado Sim
Sim, com
Beterraba 0,10 necessidade Sim
0,25
de raleio
Sim, com
Brócolis 0,80 0,50 necessidade Sim
de raleio
Cará (Inhame) 0,80 0,40 O próprio cará
Sim, com
necessidade de
Cebola 0,25 0,10 raleio ou bulbilhos Sim
de 1 a 3 cm de
diâametro
28
ESPAÇAMENTO (m) FORMA DE PLANTIO
Semeadura em
bandeja com
Entre Entre Semeadura no
Hortaliças posterior
Linhas Plantas Local e Plantio transplantio para
local definitivo
Sim, com
Cenoura 0,25 0,10 necessidade Não
de raleio
Chicória 0,30 0,30 Sim Sim
O chuchu com
Chuchu 5 5 brotação de Não
15-20cm
A planta produz
Morango 0,35 0,35 estolões que Sim
formam novas
mudas
Pepino 1,0 0,5 Sim Sim
Sim, mas não é a
Pimenta 1,0 0,5 Sim
melhor opção
29
RECOMENDAÇÕES AGRONÔMICAS
RECOMENDAÇÃO
DE ADUBAÇÃO
RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO ORGANO15
A recomendação organo15 foi pensada e desenvolvida para
escala doméstica, não precisa de análise de fertilidade do solo.
E nutre a planta com os 13 nutrientes que são essenciais para
as plantas, mais 2 benéficos, usando adubos orgânicos e
rochas.
5- Pulverização de biofertilizante
quinzenalmente para todos as
hortaliças.
30
ADUBAÇÃO MÉDIA PARA HORTALIÇAS EM GERAL
PARA CANTEIROS - ADUBAÇÃO POR M² DE CANTEIRO
31
PARA PLANTIO EM LINHA
ADUBAÇÃO POR METRO DE LINHA DE CULTIVO
32
ADUBAÇÃO ESPECÍFICA POR GRUPOS DE HORTALIÇAS
ABÓBORAS , MORANGAS, MELÃO E MELANCIA
33
ALFACE, ALMEIRÃO, CHICÓRIA, ESCAROLA, RÚCULA E AGRIÃO
Plantio - Em canteiro
34
ALHO PORÓ E CEBOLINHA
Plantio - Em canteiro
3- Adubação orgânica :
Aplicar 4 kg de esterco bovino curtido ou composto orgânico,
ou 1,0 Kg de esterco de galinha curtido ou bokashi, ou 400g
de farelo de mamona, por m² de canteiro.
Reaplicar a cada novo plantio.
4- Adubação cobertura:
35
ALHO E CEBOLA
Plantio - Em canteiro
36
BERINJELA, JILÓ, PIMENTA, PIMENTÃO, FEIJÃO DE VAGEM,
FEIJÃO DE FAVA, E ERVILHAS
Plantio - Em linha
37
BETERRABA, CENOURA, NABO, RABANETE, SALSA E COENTRO
Plantio - Em canteiro.
38
BRÓCOLIS, COUVE-FLOR, REPOLHO E COUVE DE FOLHA,
ABOBRINHA ITALIANA, QUIABO, MENTA, HORTELÃ
Plantio - Em linha
39
CHUCHU
40
MANDIOCA
41
MORANGO
Plantio - Em canteiro.
42
TOMATE E PEPINO
Plantio - Em linha
42
ADUBAÇÃO FOLIAR -
PULVERIZAÇÃO COM BIOFERTILIZANTE
A adubação foliar com biofertilizante ou caldas ajudam a
completar a nutrição vegetal fornecendo principalmente
micronutrientes que não foram oferecidos na adubação de
plantio. Além disso, protege e previne as plantas de ataques de
pragas e doenças.
44
5- Modo de Aplicação - Preparar a calda no dia
da aplicação.
IMPORTANTE!
O termofosfato é um tipo de fosfato aceito pela agricultura
orgânica. Os principais produtos comerciais são Yoorin e Biorin,
entretanto, o Yoorin master é o produto recomendado nessa
adubação, pois além de fosfato, possui alguns micronutrientes
em sua composição.
45
RECOMENDAÇÃO PARA
VASOS
TAMANHO DE VASO
O volume de solo explorado pelas raízes varia com o tipo de
hortaliça. Quanto maior o porte, maior o tamanho de raízes e
volume de solo explorado. Quando plantamos direto no solo, as
raízes não tem limites, podem explorar a área que
conseguirem, tendo acesso a um reservatório de água e
nutrientes maior. Mas quando limitamos o local de
crescimento como vasos e floreiras, ocorre o impedimento
físico, uma barreira, as raízes ficam confinadas num
determinado reservatório.
e rco
1 MUDA MORANGO 6 UNIDADES: t
RABANETE
Es N
de re
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p ob
1 UNIDADE DE: ALHO PORÓ OU CEBOLINHAria l
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1 UNIDADE DE : SALSA OU COENTRO 6 UNIDADES: CENOURA
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1 MUDA: HORTELÃ OU MENTA 3 MUDAS: BETERRABA
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1 UNIDADE DE: TOMILHO OU ORÉGANO
46
TAMANHO DE VASO
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1 UNIDADE: BATATA-DOCE OU BATATA
de INGLESAre
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m N
1 UNIDADE: ABÓBORAS OU ABOBRINHAS
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1 UNIDADE DE: CHUCHU d lp
o
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ate
m N
em
47
SUBSTRATO
Substrato é o material que irá preencher o volume do vaso, ou
recipiente que for utilizar.
48
CONDICIONADORES DE SOLO
A classificação segue F, então, na hora de comprar, procure a
indicação da classe na embalagem e dê preferência a
substratos de CLASSE A.
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Est
de ob
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p
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ate
m N
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49
RECOMENDAÇÃO DE SUSBTRATO
Solo + Areia
50
FERTILIZANTE ORGÂNICO
Os substratos para plantas e os condicionadores de solos não
são fertilizantes, ou seja, podem até ter nutrientes, mas não
tem teores mínimos garantidos para serem classificados como
fertilizantes orgânicos, ou adubo orgânico.
51
RECOMENDAÇÃO DE FERTILIZANTE
ORGÂNICO
A grande diversidade de produtos oferecidos em lojas de
jardinagem, gera dúvidas na hora de escolher. E muitas vezes,
os atendente não sabem as diferenças e não conseguem
instruir adequadamente.
MINERAIS ESSENCIAIS
Além do substrato e do adubo orgânico, também será
necessário o fosfato, o calcário e um biofertilizante, para
completar os 15 nutrientes essenciais e benéficos.
52
MOTAGEM DO VASO
1
Caso tenha escolhido usar algum substrato que
necessite misturar com areia, prepare a mistura. A
proporção é de 4 parte do solo ou condicionador para 1
parte de areia.
3
Junte o substrato, o adubo orgânico, o calcário e o
termofosfato, nas proporções recomendadas abaixo, de
acordo com o tipo de adubo orgânico.
1 litros de substrato
1 litro de esterco bovino ou composto orgânico
4 gramas de calcário dolomítico
20 gramas de termofosfato
53
MOTAGEM DO VASO
Usando esterco galinha ou bokashi
3 litros de substrato
1 litro de esterco galinha curtido ou bokashi
8 gramas de calcário dolomítico
40 gramas de termofosfato
9 litros de substrato
1 litro de farelo de mamona
20 gramas de calcário dolomítico
100 gramas de termofosfato
54
MOTAGEM DO VASO
4
O fundo do vaso ou recipiente deve ser furando para
drenar o excesso de água. Além disso, forre o fundo com
manta geotêxtil ou bidin, para não perder solo pelos
furos.
5
Coloque a mistura no vaso e está pronto para receber a
muda ou a semente. Observe a recomendação de
volume de vaso para cada tipo de hortaliça.
55
APROVEITANDO O QUE JÁ TEM
Caso tenha vasos com terra, use essa terra contida neles como
substrato. Se precisar, faça os ajustes de textura, usando areia.
Feito isso, adicione adubo orgânico, calcário e termofosfato.
56
PREPARANDO O PRÓPRIO
ADUBO ORGÂNICO
LEIRA TRAPÉZIO MONTE
A montagem, é a parte mais importante. Ela é feita
intercalando material pobre em nitrogênio (N) com material
rico em N. A proporção correta, ou balanceamento, desses
materiais é fundamental para o desenvolvimento dos
microrganismos.
Pobre em N Palha
Geralmente material Folhas secas
de cor marrom Galhos
57
A altura máxima, deve ser de 1,20 m. E a última camada deve
ser de palha para proteger e manter a umidade por mais
tempo.
RECEITAS DE BALANCEAMENTO
A seguir, recomendações de balanceamento entre materiais
para formar as camadas do composto. A escolha depende dos
materiais disponíveis no local e do custo. Cada camada deve
ter 30 cm de altura e conter os materiais pobre e rico em N
balanceados, ou seja, na medida certa.
COMPOSTO DE ESTERCO
A proporção quando utilizado somente esterco como material
rico em N é de: 70% de material pobre em N e 30% de esterco.
Ou seja, na montagem das camadas colocar, 20 cm de material
pobre em N e 10 cm de esterco, molhando entre as camadas,
até uma altura máxima de 1,20 m.
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Camada de 30 cm m
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58
COMPOSTO DE ESTERCO + RESTOS DE ALIMENTO
A proporção quando utilizado esterco e restos de alimento
como material rico em N é de: 70% de material pobre em N,
20% de esterco e 10% de restos de alimento.
Ca
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Camada de 30 cm m cm sd
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59
COMPOSTO DE RESTO DE ALIMENTO
A proporção quando utilizado somente restos de alimento
como material rico em N é de: 70% de material pobre em N e
30% de resto de alimento
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60
COMPOSTO DE PODA DE GRAMA + RESTO DE ALIMENTO
A proporção quando utilizado poda de grama e resto de
alimento como material rico em N é de: 70% de material pobre
em N, 20% de poda de grama e 10% resto de alimento
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61
COMPOSTO USANDO SOMENTE A PODA DE GRAMA
A poda de grama é rica em N. Caso tenha somente esse material
disponível, monte a composteira molhando entre as camadas
30cm.
Camada de 30 cm
CC
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Molhar rarm
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Camada de 30 cm da a d
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62
ADITIVOS E ACELERADORES
FOSFATO
O fosfato, pode ser adicionado ao composto, na quantidade de
3L para cada m³ de composteira.
CINZA DE MADEIRA
As cinzas provenientes da queima da madeira é uma
excelente fonte de potássio (K), e pode ser adicionado até 10L
por m³.
CARVÃO
O carvão moído melhora as condições físicas do solo, não é
fonte de nutrientes, somente facilitará a proliferação de
microganismos benéficos no solo.
MICROGANISMOS ACELERADORES OU
MICRORGANISMOS EFICIÊNTES (EM)
Alguns microsganismos aceleram o processo de
compostagem, existem produtos comerciais, como o Embiotic,
da empresa Korin; o Bio Compost, da empresa Braspec
biotecnologia, entre outros. Mas é possível fazer a captura e
propagação de microrganismos nativos e produzir seu próprio
acelerador.
63
CONDUÇÃO DA COMPOSTAGEM
Depois da montagem, a composteira deve ter oxigênio e
temperatura em níveis adequados para o crescimento dos
microrganismos que farão a decomposição dos resíduos. Para
isso a temperatura e a umidade devem ser monitoradas.
MONITORAMENTO DA TEMPERATURA
Um pedaço, de aproximadamente 1,20m, de vergalhão de aço
10 mm, deve ser introduzido no centro da composteira e
deixado para consulta de temperatura periódica. A inspeção
segue da seguinte forma:
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MONITORAMENTO DA UMIDADE
O excesso de umidade retira oxigênio do interior da
composteira, portanto deve ser mantida úmida, mas sem
excesso. Um teste rápido pode ser feito para avaliar a umidade.
Em uma amostra retirada do interior da composteira, colocar
nas mãos e apertar contra os dedos:
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COMPOSTEIRA PARA ÁREAS MENORES
As composteiras para áreas menores são chamadas de
composteiras domésticas.
figura:EMBRAPA
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BOKASHI
O bokashi é um tipo de composto feito com resíduo vegetal ou
animal e ativado por microrganismos eficientes (EM). Existem
diferentes receitas de bokashi, pode ser feito com diferentes
materiais. A receita a seguir utiliza uma mistura de materiais
secos, melaço ou açúcar mascavo e microrganismos eficientes
(EM).
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MODO DE PREPARO
Os materiais devem ser pesados misturados em um local de
piso liso, ou num recipiente, como por exemplo, uma masseira
de pedreiro e deve ser protegido da chuva. A pilha não deve ter
mais de 30 cm de altura. Diluir em 1L de água o melaço e o EM.
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SUPERMAGRO - BIOFERTILIZANTE
O supermagro é um biofertilizante usado como adubo foliar. É
um fermentado rico em macro e micronutrientes. Esse
biofertilizante é muito usado no sistema orgânico e pode ser
feito na propriedade.
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MODO DE PREPARO
Passo 1 - 1° dia
No primeiro dia, colocar no vasilhame:
2,5 kg de esterco fresco
50 mL de leite ou soro
50 mL de melaço ou 25 g de açúcar mascavo
Passo 2 - 4° dia
No quarto dia, colocar no vasilhame:
100 g de sulfato de zinco diluído em água
50 mL de leite ou soro
50 mL de melaço ou 25 g de açúcar mascavo
Passo 3 - 9º dia
No nono dia, colocar no vasilhame:
100 g de cloreto de cálcio diluído em água
50 mL de melaço ou 25 g de açúcar mascavo
10 g de farinha de osso
Obs: nessa etapa não vai leite
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MODO DE PREPARO
Passo 5 - 19° dia
No décimo nono dia, colocar no vasilhame:
15 g sulfato de manganês diluído em água
50 mL de melaço ou 25 g de açúcar mascavo
50 mL de leite ou soro
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MODO DE PREPARO
Passo 9 - 59° dia
No quinquagésimo nono dia, colocar no vasilhame:
75 g de cal hidratada
completar com água e misturar bem
Fim do processo
MANUTENÇÃO DO BIOFERTILIZANTE
Depois de pronto e coado, o biofertilizante deve ser
mantido em recipiente escuro, fechado, longe do sol e deve
ser agitado frequentemente. Caso comece a ter cheiro
ruim, aumente a frequência de agitação. Se não melhorar o
odor, o mesmo deve ser descartado.
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CUIDADO
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IDENTIFICAÇÃO VISUAL DE
DEFICIÊNCIAS E DESEQUILÍBRIOS
NUTRICIONAIS EM HORTALIÇAS
NUTRIÇÃO VEGETAL
As plantas precisam de água, luz, gás carbônico (CO₂), e
nutrientes para se desenvolverem. Alguns nutrientes são
essenciais, ou seja, a ausência deles impede que a planta
complete seu ciclo.
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Depois de absorvidos, os nutrientes são transportados por
vasos condutores. O xilema é o vaso que faz esse transporte da
raiz até as folhas, onde ocorre o processo de fotossíntese e
produção dos açúcares. Esses açúcares são translocados para
toda a planta, por meio do vaso chamado floema. O açúcar, no
interior das células vegetais, é transformado em energia
necessária para formar novas folhas, raízes, galhos e frutos.
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Se o nutriente estiver em deficiência no solo a planta fará uma
redistribuição interna do nutriente, priorizando as folhas mais
novas. A capacidade da planta redistribuir internamente o
nutriente faltante varia com a mobilidade de cada nutriente.
Tipos de mobilidade
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Portanto, essa característica de mobilidade de cada nutriente,
somados as funções específicas que cada nutriente exerce na
fisiologia da planta, criam um padrão nos sintomas que
permite fazer um diagnósticos visual das deficiências. E, esse
padrão auxilia a diferenciar a injúria causada por pragas e
doenças da deficiência de nutrientes.
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DIAGNOSE VISUAL DE DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL
A injúria, o problema, apresenta um padrão?
Sim Não
Amarelecimento
uniforme
Falta S Falta N
Amarelecimento
entre nervuras
Falta Mn e/ou Fe Falta Mg
Arroxeados
Falta P
Amarelecimento
das bordas
seguido de
necrose em V Falta K
Exceções:
Rúcula, Falta N
arroxeamento
em nervura
Sintomas do fruto:
Fundo preto do
tomate, falta Ca e
Rachadura, falta B
Falta Ca Falta B
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INFESTAÇÃO DE PRAGAS E DOENÇAS
APONTAM DESEQUILÍBRIOS
NUTRICIONAIS
Além das medidas de controle de pragas e doenças que são
paleativas. Precisa entender a mensagem que a planta está
mandando. Quando ocorre alguma infestação de praga ou
doença é um sinal que a planta está em desequilíbrio, sofrendo
algum tipo de estresse.
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MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS
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ADUBAÇÃO ORGÂNICA DE
FRUTÍFERAS
ADUBAÇÃO DE PLANTIO
2
Faça a calagem com 200g de calcário por cova. Se o solo
for argiloso colocar 250g de calcário. Misturar na terra
retirada da cova e esperar reagir.
3
No dia do plantio adicionar, 1Kg de fosfato por cova. De
preferência usar o Yoorin master como fonte de fosfato.
Misturar a terra retirada da cova.
4
Por fim, adicione uma fonte de adubo orgânico. As doses
variam com o adubo escolhido. Se utilizar esterco bovino
ou composto orgânico, a dose é de 20L por cova. Se
utilizar esterco de galinha, 5L. Se, bokashi, 3L.
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NC: não é necessário.
Escolher um dos adubos orgânicos sugeridos, esterco de galinha, ou esterco bovino ou composto orgânico, ou bokashi.
A adubação deve ser parcelada de acordo com o cronograma.
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NC: não é necessário.
Escolher um dos adubos orgânicos sugeridos, esterco de galinha, ou esterco bovino ou composto orgânico, ou bokashi.
A adubação deve ser parcelada de acordo com o cronograma.
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GRAMADO: ADUBAÇÃO
DE PLANTIO E
MANUTENÇÃO
ADUBAÇÃO DE PLANTIO
2
Na área que vai plantar, espalhe uma camada entre 1 a 2
cm de uma mistura de areia e condicionador de solo.
Essa mistura deve ter 1/3 de areia para 2/3 de
condicionador.
4
orgânico.
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ADUBAÇÃO DE COBERTURA ANUAL
3
Fazer uma mistura de areia lavada com condicionador de
solo, na proporção de 1/3 de areia para 2/3 de
condicionador, em área total.
4
Adicione a essa mistura, para cada saco de 25Kg de
condicionador de solo:
1Kg esterco bovino curtido, ou 250g , se for esterco de
galinha.
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