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RESUMO
Este artigo teve como objetivo principal analisar o atendimento do projeto “Inclusão pelo
Esporte”, promovido pela Associação Comunitária Desportiva União Marabá, que é voltada
para jovens em situação de vulnerabilidade social, a partir dos relatos e vivência dos
universitários e cidadãos que atuam como voluntários no referido Projeto, bem como dos
registros em documentos oficiais deste. Contextualizou-se que nas últimas décadas ampliou-se
o debate sobre as políticas sociais, no contexto das lutas pela democratização do Estado e da
sociedade brasileira, e que os Projetos Sociais subveniados pelas Políticas Públicas e práticas
extensionistas, se apresentam como alternativa para uma atuação mais localizada no âmbito
dos jovens em situação de exclusão social. A metodologia utilizada será a qualitativo descritivo,
tendo como instrumentos de coleta documentos do projeto Inclusão pelo Esporte e entrevistas
semiestruturadas aplicadas com instrutores do Projeto, também terá um caráter bibliográfico
com fundamentação teórica feita através de artigos e outros estudos da área. Os avanços no
projeto analisado são muito recentes e estão associados aos atendimentos para além das
quadras esportivas, envolvendo as famílias e as escolas dos jovens. Assim, propostas nas
aulas são de uma ideia em que prevalecem a cooperação e o trabalho em equipe; um fato
importante para qualquer projeto social por meio do esporte é que deve tomar cuidado para
que não se fixe somente dentro da quadra ou do campo, mas que se preocupe com os
indivíduos nos ambientes externos ao do projeto.
1
Acadêmico de Educação Física da Universidade Tiradentes.
2
Acadêmico de Educação Física da Universidade Tiradentes. E-mail:
glaucio_guimarães@hotmail.com
2
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL DE LITERATURA
deles participam dos perigos das ruas, das drogas, más companhias, enfim, da
marginalidade.
A prática esportiva tem se consolidado como instrumento de projetos
humanitários e que procuram o desenvolvimento social dos grupos
beneficiários, por meio da promoção da paz, igualdade racial, de gênero e
social além de contribuir para habilidades individuais. Assim também ocorre
com o futebol – esporte mais praticado no mundo –, no qual a prática coletiva é
valorizada, a inclusão de grupos estigmatizados ou marginalizados se torna
mais fácil.
O componente esportivo com ênfase no futebol foi incluído por
reconhecer que, fazendo parte da cultura, esse esporte tem um grande
potencial mobilizador de adultos, crianças, homens e mulheres e que, portanto,
poderia vir a ser uma ótima oportunidade para criarmos discussões importantes
sobre educação e relações baseadas na não–violência, direitos e saúde.
O futebol também pode ser capaz de elevar o nível de informação e
conhecimento entre as pessoas envolvidas. As reflexões suscitadas nas
quadras extrapolam “as quatro linhas”, estimulando a reflexão e as discussões
sobre os temas que podem ir parar no pátio da escola, nas associações ou
grupos de jovens, enfim, nos ambientes de encontro da comunidade.
O esporte também pode aparecer como um impulsionador de criação de
identidade coletiva entre jovens, independentemente de sexo, raça, orientação
sexual, assim como pode propiciar a formação de grupos com interesses em
comum. Por outro lado, por meio da prática esportiva os participantes podem
aprender a resolver conflitos sem uso da violência, aprendendo a respeitar as
divergências, buscando solucioná-las por meio do diálogo. Por fim, o futebol dá
as/aos jovens a oportunidade de aprenderem a lidar com situações de
‘sucesso’ e ‘fracasso’.
e desenvolvam o seu lado afetivo através do futsal. Questões estas que devem
ser trabalhadas nas escolas por serem imprescindíveis para tornar-se um ser
capaz de viver harmoniosamente em sociedade.
Já Senabio (2018), relata a contribuição de um projeto social realizado
na cidade de Florianópolis (Gol e Vida) para o desenvolvimento positivo das
crianças participantes. Participaram deste estudo 10 alunos-atletas da
categoria sub-12, nascidos entre os anos de 2006 e 2007, regularmente
frequentes nas aulas do projeto desenvolvidas durante o primeiro semestre de
2018.
3 METODOLOGIA
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
São projetos e iniciativas como essa que colaboram para que vidas não
sejam perdidas e para que crianças tenham dignidade e o mínimo para viverem
suas infâncias. Acredita-se no poder do esporte e como ele fortalece o mental,
transforma ideias, ensina sobre perdas e vitórias e cria laços de amizade. Não
é uma fórmula mágica, é saber olhar a sociedade que vivemos, é investimento
na qualidade de vida, é imaginar o futuro de tantas crianças e jovens, é dar
oportunidade, é incluir, é entender que ter acesso à educação, cultura e
esporte é direito de todos e todas. De fato, se as políticas públicas e afirmativas
estivessem acontecendo no país, teríamos mais talentos revelados nesse meio
e menos crianças nas ruas.
A Inclusão social através do futebol surge da necessidade de se criar
respostas que promovam a ocupação salutar de tempos livres de jovens a par
com a promoção de hábitos de vida saudável. Esta abordagem constitui-se
também como uma tentativa de criar ferramentas que, de uma forma natural,
ajustada e inovadora lide com as questões da exclusão social de jovens.
Ressaltando que esta exclusão se caracteriza por inúmeros fatores.
Finalmente, a família ainda é um fator-chave para garantir o sucesso
desses programas. Identificar as condições socioeconômicas das famílias,
calibrar as expectativas entre uma academia de futebol tradicional e um
programa independente para fomentar habilidades para a vida e identificar
espaços para vincular os pais com as atividades são apenas alguns dos
aspectos que podem impactar positivamente na eficácia dessas iniciativas.
Finalmente, ressaltamos que a temática não se esgota com este
trabalho, pois a nossa proposição foi subsidiar os membros envolvidos direta e
indiretamente com projetos sociais esportivos, buscando refletir e analisar
pontos importantes deste trabalho. Assim, esperamos que este estudo possa
servir de estímulo às novas pesquisas e aos projetos comprometidos com a
emancipação e a justiça social.
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REFERÊNCIAS
BRETÃS, Angela. Onde mora o perigo? Discutindo uma suposta relação entre
ociosidade, pobreza e criminalidade. Educação, esporte e lazer. Boletim 09,
junho 2007.
GIL, A. C. Como elaborar projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.