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CERRITO DE ELDORADO-MS
RESUMO
De acordo com a Lei, todos os entes públicos têm a responsabilidade de atribuir a
mais alta prioridade política e financeira, aperfeiçoando seus sistemas para que se
tornem aptos a incluírem todos os cidadãos, independentemente de suas diferenças
ou dificuldades individuais. O presente estudo tem por objetivo abordar a questão
das políticas públicas desenvolvidas na Terra Indígena Cerrito de Eldorado em Mato
Grosso do Sul, fenômeno muito difundido no mundo que hoje que busca atuar em
defesa do conceito de igualdade de todos em relação aos direitos culturais e de
reconhecimento na aldeia Cerrito no Município de Eldorado - MS. Trata-se de um
estudo com apresentação e análise de dados quantitativos e qualitativos realizados
a partir da coleta de dados através de acesso ao Sistema de Informação disponíveis
em sites governamentais como também de dados levantados nas principais bases
de dados: Scientific Electronic Library Online (Sciello), artigos científicos
disponibilizados no Google Acadêmico e também através de dados levantados
através de entrevistas realizadas com pessoas que residem na aldeia e da análise e
discussão de documentos comprobatórios relacionados às políticas públicas
implementadas. O fato é que todos somos parte de uma mesma sociedade, e as
políticas públicas visam criar mecanismos para que a participação plena e ativa na
promoção dos direitos sociais seja uma realidade para todos na sociedade brasileira.
ABSTRACT
According to the Law, all public entities have the responsibility to assign the highest
political and financial priority, improving their systems so that they are able to include
all citizens, regardless of their individual differences or difficulties. This study aims to
address the issue of public policies, a widespread phenomenon in the world that
today seeks to act in defense of the concept of equality for all in relation to cultural
rights and recognition in the Cerrito village in the city of Eldorado - MS. This is a
study with quantitative and qualitative data, with data collection through access to the
Information System, interviewing people who live in the village as well as analysis
and discussion of supporting documents related to implemented public policies. The
fact is that we are all of us part of the same society, and public policies aim to create
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Graduando do Curso de Ciências Sociais EaD/UAB/UEMS, Polo de
japorá:joseuilsondasilva115@gmail.com
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Orientador. Doutor em Educação Pela Universidade Católica Dom Bosco – UCDB – Campo Grande
- MS. Professor de Didática e Sociologia da Educação e Coordenador do Curso de Pedagogia da
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, unidade universitária de Dourados e do curso de
Ciências Sociais EaD. rauber@uems.br
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mechanisms so that full and active participation in the promotion of social rights
becomes a reality for everyone in Brazilian society.
1. INTRODUÇÃO
2.DESENVOLVIMENTO
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Os indígenas ainda são vistos pela sociedade dominante, como figuras
estranhas, indefesas, incapazes de comunicar e de ser autônomos. Visões
estereotipadas são generalizadas pela população principalmente quando o assunto
causa grande impacto como é caso do infanticídio praticado por algumas etnias,
com crianças que nascem deficientes e que tem sido denunciado pela mídia
impressa e eletrônica.
Tais informações povoam o imaginário de grande parte da população, que
acredita que todas as etnias indígenas são iguais e sacrificam as crianças que
nascem com alguma deficiência, pois a maioria da população, inclusive muita dos
responsáveis pela educação, desconhece que o Brasil tem mais de duzentas etnias
indígenas, falando mais de 180 línguas e seus territórios estão localizados por todo
o país, e são muitos diferentes na maneira de pensar de viver e organizar – se
social, econômica e politicamente. (LIMA, 1995).
Estas populações que sobreviveram a mais de quinhentos anos de
imposições, ainda hoje continuam travando uma luta constante pela garantia e
reconhecimento de seus direitos. De acordo com o professor indígena Enilton André
da Silva, “apesar das adversidades que condenam de extermínio os povos
indígenas, estes continuam resistindo de formas diferentes, através da multiplicação
de suas organizações, da luta pelo reconhecimento e respeito de seus direitos tanto
no plano nacional quanto internacional” (BRASIL, 2002, p. 28).
A Aldeia Cerrito fica localizada no município de Eldorado-MS, distante 40 km
da cidade, onde residem em torno de 600 indígenas num total de 170 famílias. Na
escola indígena estão matriculados 155 alunos atendimentos por 08 professores. O
Estado do Mato Grosso do Sul (MS) tem a segunda maior população indígena do
país, com cerca de 70 mil índios pertencentes a diferentes etnias, tais como
Guarany3 [Kaiwá e Ñandéva], Kadiwéu, Terena, Guató, Ofayé e Atikum. Esses
indígenas expressam-se em diferentes línguas, tais como Guarani, Guaná, Terena,
entre outras (parafraseando MARTINS, 2002, p. 83-85). Hoje, essa comunidade
indígena está cercada por assentamentos e fazendas cujos proprietários se dedicam
à criação de gado e ao cultivo agrícola de milho, soja, algodão e mandioca. Além
destes, existe o tráfego de carros e caminhões na estrada estadual MS-386, ao lado
da Reserva, que influencia na vida da comunidade. Portanto, a mecanização trouxe
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muito prejuízo a essa comunidade, pois a vegetação foi alterada, com extinção de
caça e coletas que antes eram praticadas. Por isso, os indígenas continuam sendo
mão de obra dos não índios, como constatou Landa (2005).
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neste casso as políticas públicas torna um processo diante do mecanismo social.
Para tanto o indivíduo deve fazer suas partes no sentido de assumir o direito e
obrigação com a sociedade em geral. Que passa ser de interesse individual
podendo ser similar como interesse coletivo e interesse geral entre outros. (FREIRE,
2016).
Considerando a relevância da questão a respeito Analise das Políticas
Públicas Desenvolvida na aldeia Cerrito, sobre as políticas pública e o bem-estar-
social, significa um grande desafio nas mudanças das políticas públicas, para tanto,
o desenvolvimento indígena no Brasil ao longo da história ao que se diz a respeito
às políticas públicas.
3. METODOLOGIA
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4. ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DE DADOS
Gráfico 1: Sexo
Gráfico 3: Idade
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Fonte: Elaboração própria pelo autor, 2021
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Fonte: Elaboração própria pelo autor, 2021
Gráfico 4: Qual a sua opinião sobre o trabalho desenvolvido nas políticas públicas
na comunidade de Cerrito nos anos 2018 a 2020?
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Segundo a maioria dos entrevistados, 56% disseram ser bom o trabalho
desenvolvido políticas públicas na comunidade de Cerrito nos anos 2018 a 2020.
Enquanto 36% disse ser ótimo e 8% regular.
Para entender o papel do Estado na formulação de políticas públicas é
importante pautar o conceito e seu histórico no decorrer dos séculos. Dessa forma,
para os fins dessa seção, foram considerando os estudos de Dallari (2013) como
ponto de partida, uma vez que o autor se dedicou a traduzir, didaticamente, as
várias concepções existentes em relação à época e aos motivos que determinaram
seu surgimento. (DALLARI, 2013).
Quanto à época, explica Dallari (2013), dentre as várias teorias apresentadas,
três são fundamentais: a) sempre houve a existência do Estado e da Sociedade; b) o
Estado constituiu-se para satisfazer as necessidades de grupos sociais; e c) o
conceito de Estado é histórico e concreto, tendo surgido quando da ideia e a prática
da soberania, não podendo ser entendido como geral e válido para todos os tempos.
No que se refere aos motivos, o autor menciona a existência de teorias as quais
afirmam tanto a formação natural, quanto a formação contratual do Estado. Na
perspectiva de Dallari (2013), o Estado é formado por contratos que regulam a
sociedade e origem- nado pela vontade humana, e aspira ao bem geral que lhes é
próprio, ou seja, o bem comum. Assim, o homem realiza pactos e contratos visando
o interesse público surgindo, assim, as ações sociais. (DALLARI, 2013).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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HOWLETT, Michael; RAMESH, M; PERL, Anthony. Política Pública: seus ciclos e
subsistemas: uma abordagem integral. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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ANEXO 1
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