Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Artur /
Dayane Cordeiro
Giuliana Britto Ferreira Coimbra / 705887
Rui Reis
Yuri Matos
Belo Horizonte - MG
05/05/2021
• Introdução
De acordo com o dicionário, transexualidade é a condição do indivíduo cuja
identidade de gênero difere daquela designada no nascimento. Essa característica é
intrínseca do ser e deve ser respeitada por toda a sociedade. Entretanto, o tema
transexualidade foi tratado como tabu durante muito tempo, enraizando uma visão
distorcida do tema, gerando um enorme preconceito social que se faz presente em
todas as áreas da vida do cidadão, inclusive na profissional.
Nos dias atuais, o debate acerca de questões de gênero vem ganhando
evidência e destaque nos ambientes empregatícios em todo o mundo. Essas
discussões tem como objetivo dar visibilidade às dificuldades enfrentadas pelas
pessoas transsexuais, retratar o preconceito estrutural que a sociedade lhes impõe,
além de buscar soluções aos problemas enfrentados no mercado de trabalho.
• Histórico
Texto
• Atualidade
Segundo a ONG Transgender Europe (TGEU), o Brasil é o país que mais mata
transexuais no mundo. De acordo com o relatório anual da Associação Nacional de
travestis e transexuais do Brasil (Antra), só em 2020 foram registrados 175
assassinatos, o equivalente a uma morte a cada dois dias. Todas as vítimas eram
mulheres trans/travestis, em sua maioria negras, pobres e trabalhavam como
prostitutas na rua. Esses casos são contabilizados a partir de reportagens e relatos de
organizações LGBTQIA+, ou seja, não existem dados oficiais, podendo ser ainda
maior. Outra estatística mostra que a expectativa dessa população é baixíssima.
Segundo a União Nacional LGBT, homens e mulheres trans vivem apenas 35 anos,
enquanto a expectativa de vida da população em geral, segundo o IBGE, é mais que o
dobro desse valor: 75,5 anos.
Além do descaso da segurança pública, essa população precisa lidar com outras
graves violações de direitos humanos, como falta de acesso a serviços básicos de
saúde e educação, devido ao preconceito, discriminação e desinformação sobre a
realidade dessa parcela da sociedade. Outro direito negado a homens e mulheres
trans é o acesso ao mercado de trabalho. Como, então, as pessoas trans no Brasil
conseguem se sustentar e sobreviver? Existem iniciativas que ajudam nesse
processo?
Segunda estimativa feita pela Antra, 90% das pessoas trans do Brasil estão em
situação de prostituição por falta de oportunidade de trabalho. No entanto, esse
problema social não acontece apenas no Brasil, em 2018, um estudo feito pela
HYPERLINK "https://www.indy100.com/article/transgender-workers-employers-less-
likely-hire-lgbt-workplace-report-8401021"Crossland HYPERLINK
"https://www.indy100.com/article/transgender-workers-employers-less-likely-hire-lgbt-
workplace-report-8401021" HYPERLINK
"https://www.indy100.com/article/transgender-workers-employers-less-likely-hire-lgbt-
workplace-report-8401021"Employment HYPERLINK
"https://www.indy100.com/article/transgender-workers-employers-less-likely-hire-lgbt-
workplace-report-8401021" HYPERLINK
"https://www.indy100.com/article/transgender-workers-employers-less-likely-hire-lgbt-
workplace-report-8401021"Solicitors, nos Estados Unidos, com 1.000 entrevistados
demonstrou que 1 em cada 3 empregadores admitiu que seria “menos provável”
contratar um(a) candidato(a) transgênero. Outros 47% admitiram que não teriam
certeza sobre a contratação de um potencial empregado trans. E 88% declararam
que não têm política de inclusão no local de trabalho. Ou seja, seja no Brasil ou em
outros países, transgêneros, hoje, são diariamente excluídos do mercado de
trabalho.
Embora não existam estatísticas específicas sobre a taxa de desemprego entre
homens e mulheres trans, relatos de pessoas da própria comunidade e de
pesquisadores que estudam o tema mostram que a maioria delas não têm nem
mesmo a oportunidade de participar de uma entrevista de emprego devido à
transfobia. Mesmo as pessoas trans que conseguem passar da etapa de entrevistas
e garantem uma vaga de emprego enfrentam, muitas vezes, o preconceito dentro do
ambiente de trabalho, o que faz com que não permaneçam na vaga.
Além disso, como a maioria das pessoas transexuais passam por muitas
dificuldades para serem aceitas socialmente, muitas delas preferem mudar de vida,
abandonar a escola e se isolar para conseguir evitar o constrangimento e
humilhação. Dessa forma, devido à falta de estudos, a comunidade trans tem que
recorrer a empregos que não exigem nenhuma formação ou qualificação maior,
tendo menos escolhas e oportunidades.
• Futuro
Conforme o estudo realizado através do artigo e da entrevista, foi possível
identificar os conceitos relacionados às definições de gênero, trazendo à tona que
esse termo representa o modo que um indivíduo se percebe através de sua
construção cultural e psicológica. Além disso, foi possível focalizar o tópico relativo à
transexualidade e o mercado de trabalho, mostrando a realidade e os principais
problemas enfrentados.
As opiniões coletadas no artigo e a opinião do entrevistado para este trabalho
trouxeram diferentes pontos de vista a respeito deste tema. Mostrando quais são os
principais pontos de dificuldade e os pontos que podem e devem ser melhorados
principalmente no Brasil que é um país com altas taxas de mortalidade de pessoas
LGBT.
Analisando a narrativa atual e tentando identificar um futuro relacionado a essa
temática. É difícil prever uma melhoria ideal, porém não pode-se também descartar o
que tem sido feito. Infelizmente a realidade é um tanto contrastante em vários
aspectos incluindo as políticas públicas. O que espera-se para o futuro nesse sentido,
é que sejam criadas leis específicas para criminalizar os atos de homofobia e assédio
moral partindo da identidade de gênero e orientação sexual tanto no trabalho quanto
na vida social. Ainda neste tópico, um dos pontos mais abordados pelos entrevistados
foi a burocracia em ter direito à adotar um nome social. No Brasil existem
determinações que dificultam drasticamente a conquista desse direito e verifica-se
necessário uma mudança urgente para que possam ser evitadas ocasiões de
humilhação e constrangimento.
Outro tópico importante citado no artigo, refere-se à falta de acesso à educação.
Pessoas trans costumam sofrer preconceito desde cedo, principalmente nos
ambientes familiares e escolares. Isso gera uma grande chance de esses indivíduos
não terminarem seus estudos e ainda seguirem um caminho de prostituição uma vez
que não conseguem se capacitar para o mercado de trabalho. Os que conseguem
emprego, alegam na maioria das vezes que não podem escolher qual carreira seguir e
são forçados a fazer trabalhos subvalorizados para sobreviver. É necessário que o
futuro inclua mais visibilidade a essas pessoas, que medidas sejam adotadas como
nos Estados Unidos onde é fortalecida a ideia de que todos estadunidenses são
cidadãos iguais e merecem os mesmos direitos.
Por fim, nota-se necessário que as pessoas sejam educadas nesse tema. Que
seja disseminada a ideia de que a identidade de cada um deve ser preservada como
é. De que todos têm o direito de se expressar em sua essência desde que não firam
uns aos outros. É indispensável nutrir nas pessoas o entendimento de que tratar ao
outro como ele se identifica é respeitar e acolher. Assim como alguns filósofos e
estudiosos mencionam, tirar a voz de alguém é matar essa pessoa. Então para que
um ideal seja alcançado, é necessário vivificar não apenas os transexuais, mas todas
as minorias.
• Entrevista
Entrevistado: Lucca Guilherme, supervisor na hamburgueria onde trabalha.
• Você se sente mais acolhido pela empresa em que você trabalha ou pelos seus
clientes?
Todo mundo da empresa lida muito bem comigo e me aceita muito bem, os clientes
confundem o termo principalmente porque agora a barba fica oculta pela máscara,
mas tratam bem sim.
• Como você acha que é o mercado para pessoas trans na sua área?
Eu acredito que para homem trans é mais fácil do que para mulher trans e para mim
acho que o mercado vai me receber bem, por ser no meio da arte e da diversidade
que é o meu meio. Espero que seja OK.
• Conclusão
Texto
• Referências
• Mercado de trabalho impõem barreiras à população trans. UFMG, Belo Horizonte,
31 de janeiro de 2020. Disponível em: < https://ufmg.br/comunicacao/noticias/quais-
sao-as-chances-da-populacao-trans-no-mercado-de-trabalho >. Acesso em: 02 de
maio de 2021.