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Transfobia

Ética e Ciência
“Ideologia de gênero”
Para os opositores da chamada “Ideologia de Gênero”, uma
identidade de gênero diferente do sexo não tem respaldo
biológico. Na natureza, haveria apenas o homem e a mulher;
qualquer alternativa seria anticientífica. Esse argumento,
também propagado por segmentos radicais do feminismo, que
erra ao não diferenciar claramente sexo e gênero.
Enquanto um se refere à condição sexual, na qual a distinção
entre macho e fêmea é válida, o segundo se refere à condição
social. Em outras palavras, ser do sexo masculino é ter
cromossomos XY; por outro lado, ser do gênero masculino é se
identificar com este gênero.Embora o sexo e o gênero tenham
uma forte correlação, nem sempre eles são coincidentes.
pesquisadores holandeses fizeram exames de ressonância magnética
para analisar a reação de adolescentes transgêneros a um esteróide
conhecido por gerar reações diversas em cérebros de homens e
mulheres. Os cérebros dos adolescentes respondiam de forma mais
semelhante com o do gênero com que se identificavam do que com o
do sexo biológico com o qual nasceram.O que essas evidências
mostram é que os transexuais, de fato, têm cérebros em desacordo
com seus corpos de nascimento. Outros estudos semelhantes
confirmam esses achados.
o gênero é uma construção social,
mas a biologia é fundamental tanto
para sua construção, quanto para sua
identidade. A evidência disponível
mostra que não há nada anti-biológico
em ter identidade de gênero distinta do
sexo de nascimento.
● No Brasil, o debate sobre o assunto, de fato, tem muita ideologia e pouca
ciência e o discurso conservador é parte do problema, afinal, ideologia
de gênero não existe!

Negar a transexualidade é anticientífico. Afirmar que


professores podem influenciar a identidade de gênero e a
sexualidade das crianças exige evidências ainda não
disponíveis. Negar influências genéticas sobre o
comportamento dos gêneros ou sobre a sexualidade é
igualmente anticientífico.
As dificuldades
A grande maioria de travestis e
transexuais, por volta dos 14 aos 17
anos, quando se identifica como uma
pessoa trans e começa a externalizar a
sua identidade de gênero, é
“convidada” a se retirar de seus lares,
a se retirar das suas famílias. Essa é
uma das grandes causas de morte de
travestis e transexuais no Brasil, o
país que mais assassina pessoa trans
no mundo, onde a expectativa de vida
é de 27 anos.
Existe uma grande dificuldade em debater
com as famílias que têm entre suas/seus
integrantes uma pessoa trans, pois há um
desconhecimento do que seria uma pessoa
com gênero diferente daquele designado
no nascimento. São existentes ainda na
sociedade brasileira, e mundial, as
características societárias de uma pessoa
trans, ainda são vistas prostitutas,
traficantes, usuárias de drogas ilícitas,
vistas como objeto sexual.
As dificuldades no setor profissional
ainda são muitas, que vão desde o
recrutamento atéMaterials
um ambiente
totalmente inclusivo. É por este
motivo que, segundo dados da
Associação Nacional de Travestis e
Transsexuais (ANTRA), 90% de
pessoas trans estão em situação de
rua e de prostituição.A exclusão do
mercado de trabalho, torna a
prostituição de rua a única opção de
sobrevivência.
a transição social, com a alteração de
nome e registro civil em documentos.
Materials
Por uma decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) de 2018,
pessoas trans podem solicitar a
mudança independentemente de
terem se submetido ou não à cirurgia
de redesignação sexual.
O que EU posso fazer?
respeite a identidade da pessoa e use os mesmos termos e
pronomes que ela usa para descrever a si mesma. Além disso,
trate qualquer indivíduo transgênero da mesma forma que trata a
todos: respeite sua privacidade, não faça perguntas pessoais
demais, e peça desculpas quando cometer gafes.

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