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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas

Faculdade de Direito

Emanuelly Helena Silva de Souza (120184011), Natalia Pires da Costa (120124728),


Vitória Fernanda de Queiroz de Sousa (121049222)

Trabalho Antropologia Jurídica: Análise etnográfica das relações de famílias e


medicalização nas experiências de crianças trans.

Rio de Janeiro - RJ
2023
1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho, estudaremos o texto “Mãe, Maria nunca existiu! Me chama de João?”,
que se volta às experiências de famílias de crianças que vivem conflitos identitários com as
normas de gênero, analisando o caso etnográfico de uma família das camadas médias de
Pernambuco no curso de processos de medicalização em torno do diagnóstico de Disforia de
Gênero na Infância.

Preliminarmente, será discutido acerca dos conceitos de sexo e gênero, perpassando


sobre o contexto histórico dos intersexuais com as contribuições dos autores Foucault e
Preciado, bem como analisaremos as contribuições de Margaret Mead, no que diz respeito a
imposição não natural das convenções de bipolaridade de gênero às crianças.

Após essa contextualização prévia, adentraremos no debate acerca da medicalização de


crianças trans, como um procedimento necessário e fundamental para a saúde psicológica das
crianças, inclusive como um meio de preservar suas vidas, usando o caso de Penélope e seu
filho Lucas, além de dados de pesquisas científicas. Por fim, analisaremos o debate sobre o
arrependimento e destransicionamento, assim como verificar, por intermédio da análise dos
dados de estudos científicos.

Assim, o objetivo deste trabalho é refletir sobre as condições sociais e culturais em que
gênero se tornou binário e como esse binarismo é prejudicial para a vida de pessoas que
vivem fora dele principalmente em grupos sociais mais vulneráveis como crianças e
adolescentes, e trazer explicações e práticas das ciências médico-psi como uma possibilidade
de intervenção.

2. O SEXO NÃO É BINARIO

Para entendermos o conceito de gênero, precisamos primeiramente falar sobre sexo, e


como ele tambem é um conceito construido socialmente. A esse respeito, segundo o Manual
de Educação LGBTI+, realizado pelas organizações Aliança nacional LGBTI+ e Gay Latino
“O sexo biológico / sexo designado ao nascimento diz respeito às características biológicas
que a pessoa tem ao nascer. Podem incluir cromossomos, genitália, composição hormonal,
entre outros.” Dessa forma, sexo pode ser definido como uma coleção de características
biológicas dimórficas associadas à masculinidade e à feminilidade, incluindo cromossomos,
capacidade reprodutiva, hormônios, anatomia e estruturas cerebrais. Essas características são
distribuídas ao longo de um espectro, com pessoas intersexuais sendo a área de incidência.

Tradicionalmente (e de maneira simplista) categorizamos o sexo binariamente, assim


como o gênero. Porém, essa não é a realidade. Embora a maioria dos seres humanos
apresentem harmonia entre sua anatomia gonadal e genital, existem variações genéticas e
mórficas da sexualidade humana e, essa visão rígida e dicotômica não permite nem explica
todo o espectro de variações ainda incompletamente compreendidas na diferenciação sexual e
na biologia molecular do sexo. A incidência de nascimentos intersexuais é estimada de 1 em
4500 indivíduos, cujo tratamento social e histórico tem sido de opressão e apagamento, e de
importante conhecimento, pois foi com esse grupo social que nasceu a ideia de gênero no
mundo médico moderno

Gênero, por sua vez, representa os papéis e expectativas atribuídos socialmente aos
indivíduos com base no sexo que foi atribuído a esse individuo quando ele nasceu. Nesse viés,
a UNICEF (Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância), define
gênero como o relacionamento da pessoa com o seu próprio corpo, salientando que tem
pessoas que não se identificam com o gênero atribuído na infância, o que gera um conflito
interno.

Por ser algo socialmente construído, um gênero específico não é algo inerente à nenhum
sexo, e sim algo inato de cada indivíduo. Portanto, o gênero imposto socialmente a um
indivíduo pode não corresponder ao sexo biológico. Nesse raciocínio, de acordo com a
ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) define gênero como “Profunda e
sentida experiência interna e individual do gênero de cada pessoa, que pode ou não
corresponder ao sexo atribuído no nascimento”. De acordo com eles, essa não
correspondência pode ser dada por senso pessoal do corpo e outras expressões de gênero,
como vestimenta, modo de falar e maneirismos.

2.1 A NÃO-BINARIEDADE DO SEXO PELO HISTORIA

Ao longo da história, as pessoas intersexuais enfrentaram a categoria jurídica e


extrajurídica da "morte civil", tratadas como "Homo sacer", sujeitos em uma exceção às leis
humanas e divinas, pois não eram consideradas nem homens nem mulheres, e executados. .
No século XVIII, houve uma mudança gradual na percepção, embora ainda rotulados como
monstros, eles começam a ser vistos como portadores de má formações com um sexo
verdadeiro "escondido" atrás de um "defeito genético" (FOCAULT, 1977)

Nos anos 1950, ocorreu uma crise na lógica da diferença sexual. Surgiu a chamada
farmacopornografia (PRECIADO , 2014), que envolveu a interseção entre farmacologia e
sexualidade. A partir desse período, o biopoder tomou outras proporções e o corpo passou a
ser regulado em níveis microcelulares, e órgãos sexuais e fluidos passaram a ser gerenciados.
Isso significava que as questões de identidade de gênero e sexualidade estavam cada vez mais
sujeitas a medicalização e regulação estatal.

Nesse contexto surgiu John Money, um medico neozelandês-estadunidense, que


desempenhou um papel significativo nas décadas de 1950 ao introduzir a ideia de que a
identidade de gênero é distinta do sexo biológico. Ele defendia a realização de cirurgias de
redesignação sexual em crianças intersexuais ou com deformidades genitais, seguidas de
socialização de acordo com o gênero designado. Embora suas abordagens cirúrgicas sejam
criticadas atualmente, Money foi pioneiro na conceitualização de gênero e levantou questões
importantes sobre identidade de gênero. Ele levantou questões importantes sobre a
complexidade da identidade de gênero e destacou os perigos de intervenções médicas
irreversíveis em pessoas intersexuais sem seu consentimento informado.

Nos últimos 70 anos, houve avanços significativos na compreensão das questões de


gênero e sexo. A visão binária da sexualidade humana está desatualizada, com a biologia
molecular mostrando que a variabilidade genética e identidade de gênero está em um
continuum com ampla variação. Indivíduos que não se encaixam na visão dicotômica de
masculino ou feminino não devem mais ser considerados anômalos a serem rejeitados ou
corrigidos, seja psicologicamente ou anatomicamente, e sim compreendidos como uma das
diversas variações possíveis ao invés de tentar encaixá-los em um sistema binário inventado.

3. GÊNERO NÃO É NATURAL

Após Money introduzir a ideia de que a identidade de gênero é separada do sexo


biológico, o movimento feminista se apropriou to termo para questionar a agenda patriarcal
do que significava ser mulher. Uma das pensadoras de gênero como construção social foi
Margaret Mead, renomada antropóloga que desafiou as noções convencionais sobre gênero e
identidade em diferentes culturas. Seu trabalho pioneiro nos estudos antropológicos com
crianças revelou como as culturas desempenham um papel fundamental na formação dos
chamados "temperamentos" e identidades de gênero das crianças. (MEAD, 1977)

Uma das contribuições mais notáveis de Mead foi sua observação de que as diferenças
de gênero e os papéis sociais atribuídos a meninos e meninas não são inerentes ou naturais,
mas sim produtos da cultura. Ela observou que meninas que são esperadas desde muito nova a
deixar a infância de lado e assumir papéis no ambiente doméstico resistem a essa transição, se
rebelando contra as tarefas domésticas e as expectativas culturais que lhes são impostas nesse
processo de socialização. Para Mead, isso comprova que as diferenças de gênero não são
determinadas biologicamente, mas são construções sociais moldadas pelas normas e valores
culturais.

Em essência, Margaret Mead desafiou a ideia de que as diferenças de gênero são


universais e imutáveis destacando que a produção da diferença de identificações e papéis
sociais entre meninos e meninas não é um processo natural, mas sim um constrangimento
cultural que pode ser moldado e transformado ao longo do tempo e em diferentes contextos
culturais. Seu trabalho contribuiu para a compreensão crítica da construção social do gênero e
da identidade.

4. A TRANSIÇÃO DE GÊNERO NA INFÂNCIA

O texto “Mãe, Maria nunca existiu! Me chama de João?” inicia com a observação de
que o debate sobre "crianças trans" gera disputas entre diferentes agentes sociais com
interesses variados na sociedade. A análise se concentra nas relações entre médicos, famílias e
crianças que estão passando por transições de gênero. O autor destaca desigualdades de poder
nessas relações, mas também ressalta que as crianças não são meramente passivas e que se
expressam de várias maneiras.

O caso de Lucas e sua mãe Penélope mostra essa não passividade. Lucas, anteriormente
conhecido como Maria, começou a questionar sua identidade de gênero aos 4 anos, expressou
o desejo de ser um menino, pedindo para ser chamado de por nomes masculinos. Ela resistiu
aos apelos por um tempo, achando que tudo fosse apenas uma fantasia infantil, e que se ela o
cercasse de brinquedos e atividades “femininas” ele iria mudar de ideia, porém ele rejeitava
tudo e estava se tornando tornar uma criança retraída, solitária e agressiva, que não tinha
amigos na escola e chegava em casa machucado de brigar com outros meninos. Parecia
perigosamente próximo de um quadro clínico de depressão.

Penélope enfrentou desafios emocionais e sociais, mas gradualmente permitiu que


Lucas expressasse sua identidade de gênero, apoiando-o na transição. A mãe enfrentou
acusações e denúncias por maus-tratos e teve que reorganizar sua vida pessoal e profissional
para apoiar seu filho. O relato destaca os desafios enfrentados pelas famílias ao lidar com a
identidade de gênero de seus filhos e a importância do apoio e compreensão nesse processo.

Conforme a própria Penélope disse após adotar o procedimento de medicalização


experimental para o seu filho, após o mesmo afirmas cogitava o suicídio tendo em vista a dor
que sentia ao não reconhecer-se em seu próprio corpo: “Eu queria que o meu filho
continuasse vivo e o prognóstico de espera não era bom.” Estudos recentes revelam uma
alarmante realidade para a comunidade transgênero, com 82% das pessoas trans relatando ter
considerado o suicídio, e 40% delas tendo tentado o ato. Essa preocupante estatística atinge
seu ápice entre os jovens trans, que representam a maioria das hospitalizações devido a
tentativas de suicídio, chegando a 66% dos casos. Além disso, crianças trans enfrentam um
risco três vezes maior de lidar com problemas de saúde mental, destacando a necessidade
urgente de oferecer apoio e compreensão a essa comunidade

A acessibilidade à transição de gênero na infância é um tema que deve ser abordado


com base em evidências científicas sólidas e um compromisso com o bem-estar e respeito
pelas necessidades das crianças transgênero. Primeiramente, vale ressaltar que desde 1980,
manuais e documentos internacionais norteadores da prática médica trazem categorias para
situar conflitos identitários com as normas de gênero entre crianças, utilizando do termo
“Disforia de Gênero na Infância” para tratar do sofrimento psíquico causado pela vontade de
transicionar entre gêneros ao invés de ver esse comportamento desviante como um problema
a ser tratado.

Recentemente, com o crescimento na aceitação da população trans, o número de


crianças que se identificam como transgênero vem aumentando significativamente, e com
isso, houve também aumento nas pesquisas sobre gênero e transsexualidade. Esses estudos
demonstram de forma inequívoca que os benefícios para a saúde mental das crianças
transgênero que recebem tratamento de afirmação de gênero são positivos. Isso significa que
essas crianças experimentam melhorias significativas em sua saúde mental quando têm acesso
a esses cuidados.

Um estudo publicado na revista Pediatrics em 2022 revelou que o acesso ao cuidado de


afirmação de gênero, incluindo bloqueadores da puberdade e hormônios de afirmação de
gênero, foi associado a uma redução impressionante de 73% na taxa de suicidialidade entre
jovens transgênero. Outros estudos demonstram que o acesso a bloqueadores da puberdade e
hormônios de afirmação de gênero na adolescência está associado a uma redução significativa
de 40-70% na suicidalidade. Além disso, o acesso a esses tratamentos na adolescência
também resultou em uma redução de 30% na suicidalidade em comparação com aqueles que
tiveram que esperar até a idade adulta para acessá-los. O estudo mencionado que crianças que
fazem uma transição social relatam níveis de depressão e ansiedade semelhantes aos de
crianças cisgênero. Isso enfatiza a importância de permitir que as crianças vivam de acordo
com sua identidade de gênero desde cedo.

Portanto, com base nessas evidências sólidas, é fundamental apoiar a acessibilidade à


transição de gênero na infância, garantindo que as crianças transgênero tenham a
oportunidade de viver de acordo com sua identidade de gênero desde cedo. Isso não apenas
melhora sua saúde mental, mas também pode salvar vidas, reduzindo drasticamente a taxa de
suicidialidade. É uma questão de respeito pelos direitos e bem-estar das crianças transgênero e
de garantir que elas tenham as mesmas oportunidades e cuidados que seus colegas cisgênero.

4.2 DESTRANSICIONAMENTO E ARREPENDIMENTO

Quando discutimos a transição de gêneros na infância, um dos principais fatores


discutidos é a possibilidade de arrependimento da criança e eventual destransicionamente que
geraria resultados negativos em sua psique. Esse tópico é muito importante , e é essencial
considerar as evidências científicas disponíveis para compreender melhor esses fenômenos.

De acordo com a pesquisa realizada em 2015, apenas 8% dos entrevistados relataram ter
passado por um processo de destransicionamento em algum momento de suas vidas. Destes, a
maioria (62%) considerou essa experiência temporária e estava vivendo em tempo integral
como um gênero diferente daquele atribuído ao nascimento. Um estudo mais recente
publicado na revista Pediatrics em 2022 examinou a trajetória de crianças trans que
realizaram a transição social. Os resultados mostram que, após 5 anos, 94% das crianças ainda
se identificam como transgênero, 3.5% se identificavam como não-binárias e apenas 2.5%
haviam destransicionado.

As razões para o destransicionamento variam, com a pesquisa destacando várias causas


significativas, como pressão dos pais (36%), pressão de outros membros da família (26%) e
parceiros (18%), dificuldades durante o processo de transição (33%), enfrentar discriminação
e assédio após a transição (31%), e dificuldades na obtenção de emprego (29%). Apenas 5%
das pessoas que destransicionaram citaram "não era certo para mim" como uma das razões.
Esses resultados sugerem que a destransição não é comum e que as decisões de
transição social e médica são geralmente duradouras e consistentes com a identidade de
gênero da pessoa. No entanto, é fundamental reconhecer que cada indivíduo é único, e o
acompanhamento médico e psicológico adequado deve ser fornecido a todas as pessoas
transgênero para garantir que suas decisões sejam bem informadas e que recebam o apoio
necessário em sua jornada de afirmação de gênero.

5. CONCLUSÃO
Preliminarmente, foram articulados os conceitos de sexo e gênero, sendo o primeiro
definido pelas características estritamente biológicas desde o nascimento, enquanto o segundo
refere-se uma construção social imposta a um indivíduo com determinadas características
físicas. Ocorre que o gênero não pode ser considerado binário, eis que a imposição do
“masculino” e “feminino” é uma “convenção” que não corresponde à realidade. Porém, é
certo que a insistência desse molde criado causa muito sofrimento e exclusão dos que não se
enquadram, sendo certo a necessidade de repensar o binarismo de gênero.

Para aprofundar o debate no que tange ao entendimento bipolar do sexo, estudamos o


contexto histórico dos intersexo - conforme expôem os pensadores Foucault e Preciado -
sujeitos que antes eram desumanizados por não serem nem homem nem mulher, que com o
pionerismo do médico John Money, que entendia por não ser o sexo determinante para o
gênero e realizou inúmeras cirurgias redesignação sexual em crianças intersexuais.
Referenciamos ainda o pensamento da autora Margaret Mead, a qual constatou não ser o
gênero natural, mas sim uma produção cultural, na medida que percebe-se a resistência das
crianças aos padrões que são expostas, como por exemplo meninas que se rebelam ao serem
obrigadas a suportarem as responsabilidades de casa apenas por “terem nascidas mulheres”.

Amparados por todo esse arcabouço teórico, adentramos na história do menino Lucas,
uma criança trans que aos 4 anos manifestou para a sua mãe Penélope o seu desejo de ser um
menino. Mesmo com todo o medo, oriundo do estigma em torno do assunto, além de sentir a
dor de seu filho e perceber que o mesmo já tinha ideias suicidas, procurou tratamento e
amparo médico-psicológico, quando pôde proporcionar à sua criança um tratamento
experimental hormonal. Todavia o caminho foi árduo, tendo a Penélope sido denunciada por
maus tratos. Vale salientar que estamos tratando de uma família classe média, isto é, as
dificuldades enfrentadas podem ser muito maiores se tratarmos de famílias pobres, porém não
foi objeto de estudo do autor do texto estudado.

Por fim, urge ressaltar que a possibilidade de arrependimento é muito pequena,


conforme os estudos e estatísticas sólidas já apresentadas, não podendo mais esse argumento
servir como um entrave à implementação de políticas públicas para pessoas transexuais,
inclusive desde a infância. Infere-se portanto, que deverá ser incentivado pesquisas
científicas, políticas públicas, cotas, amparo social, tudo em prol do amparo e melhoria de
vida de pessoas trans, sobretudo para as crianças. Dessa forma, será atendida a demanda de
saúde pública, além de ser promovida a preservação de vidas com a diminuição dos suicídios.
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