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FACULDADES SANTO AGOSTINHO DE MONTES CLAROS MG

Curso de Graduação em Psicologia


Amanda Natividade Fonseca
Darah Rahner Fernandes

INDENTIDADE DE GÊNERO:
CONTEXTO HISTORICO

Montes Claros
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2019

AMANDA NATIVIDADE FONSECA


DARAH RAHNER FERNANDES

INDENTIDADE DE GÊNERO: CONTEXTO HISTORICO

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de


Psicologia das Faculdades Santo Agostinho,
como requisito básico para aprovação na
disciplina Pesquisa em Psicologia.

Orientador(a): Prof. Ms. Danillo Lisboa

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Montes Claros
2019
RESUMO

NATIVIDADE, A. N. F. ; RAHNER, D. R. F. “Identidade de Gênero: Contexto histórico”


Graduação em Psicologia, Faculdades Santo Agostinho, Montes Claros, MG, 2019.

Texto:

Este artigo aborda o histórico da Identidade de Gênero, como e quando as primeiras


manifestações aconteceram e o que levam as pessoas mudarem o seu jeito de ser e como isso
acarreta á preconceitos em suas vidas. O objetivo foi investigar os homossexuais, quando
começaram as primeiras manifestações de mudança de personalidade e como isso mudou seus
comportamentos e jeito de ser externamente e internamente. Os homossexuais foram entrevistados
em ambientes abertos sendo apropriado e confortável a eles. Os resultados sugerem que mesmo no
século XXI com todos os avanços, ainda existe preconceitos, tanto da parte da sociedade quanto
da própria família.

Palavras-chave: Gênero, identidade sexual, sexo, preconceito, sexos.

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SUMÁRIO

Introdução......................................................................................................................... 05

Justificativa........................................................................................................................ 06

Objetivos .......................................................................................................................... 07

Referencial Teórico ........................................................................................................... 08

Metodologia .......................................................................................................................11

Cronograma ....................................................................................................................... 12

Orçamento ......................................................................................................................... 13

Referências ........................................................................................................................ 14

ANEXO ............................................................................................................................. 15

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1. INTRODUÇÃO

O projeto visa pontuar as questões referentes a Identidade de Gênero. Esse tema tem se
mostrado cada vez mais hodierno, apesar de ainda haver demasiado preconceito.

Em parte do meio científico e social, o sexo é biológico, ou seja, é definido por


cromossomos e é através deles que as pessoas são estipulados entre homens e mulheres, visto que
a sociedade domina a crença de que a mulher e o homem são definidos como tal, à partir de seus
órgãos genitais. A partir dessa deliberação, é esperado comportamentos diferentes. Mas, algumas
pessoas não se reconhecem com o sexo que nascem e começam a apresentar um comportamento
diferente do esperado, em razão de que a auto-identificação como homem e mulher é social, e não
biológico. As noções de mulher e homem podem exorbitar, uma vez que, a experiência do gênero
não condiz com o sexo biológico, podendo se apresentar de maneira não binária.

Já orientação sexual, fará com que a pessoa busque relacionamentos afetivos-sexuais,


com pessoas do mesmo sexo (homossexual) ou pessoas do sexo oposto (heterossexual) ou ambos
(bissexual).” Quando o homem atribuía um sexo a todas as coisas, não via nisso um jogo, mas
acreditava ampliar seu entendimento: - só muito mais tarde descobriu, e nem mesmo inteiramente
ainda hoje, a enormidade desse erro. De igual modo o homem atribuiu a tudo o que existe uma
relação moral, jogando sobre os ombros do mundo o manto de uma significação ética. Um dia,
tudo isso não terá nem mais nem menos valor do que possui hoje a crença no sexo masculino ou
feminino do Sol.” Friedrich Nietzsche. Aurora, p. 27 (São Paulo: Escala, 2008).

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2. JUSTIFICATIVA

A execução desse trabalho é fundamental para ampliar o conhecimento, pois, apesar de


ter se tornado um assunto bastante comum, ainda há muito preconceito. Tem importância
fundamental para todos os tipos de leitores, que não possuem conhecimento aprofundado sobre o
assunto.

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3. OBJETIVOS

O objetivo do trabalho é apresentar as diversidades relacionadas à orientação sexual e


identidade de gênero, apresentando suas diferenças e mostrar que, por mais comum que seja,
ainda é um assunto pouco discutido.

 Objetivo geral: Mostrar que ao contrario do que as crenças comuns alegam, quando o
gênero de alguém, não coincide com o seu sexo biológico, trata-se de identidade de gênero
e não de algum transtorno.

 Objetivos específicos: Expor fatores que mostram a falta de conhecimento em relação ao


assunto.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1. Citação ONU sobre Identidade de Gênero

De acordo com cartilha, compartilhada pela ONU (2017), a identidade de gênero se refere
à experiência de uma pessoa com o seu próprio gênero. Indivíduos trans possuem uma identidade
de gênero que é diferente do sexo que lhes foi designado no momento de seu nascimento. A
identidade de gênero é diferente de orientação sexual — pessoas trans podem ter qualquer
orientação sexual, incluindo heterossexual, homossexual, bissexual e assexual. O ACNUDH
lembra que pessoas trans enfrentam preconceito e estigma generalizados no acesso à saúde e em
escolas, no mercado de trabalho e na busca por moradia e também ao usar banheiros. A
discriminação com base em identidade de gênero é ilegal de acordo com o direito internacional
dos direitos humanos.

O escritório da ONU recomenda que Estados reconheçam legalmente a identidade de


gênero de pessoas trans em documentos oficiais por meio de processos administrativos simples e
fundamentados na auto identificação. Outro passo importante é a adoção de leis e políticas
antidiscriminação abrangentes.

Aos meios de comunicação, o organismo internacional aconselha a inclusão das vozes de


pessoas trans em programas e publicações. Também alerta para os riscos de propagação de
estereótipos negativos ou prejudiciais sobre essa população. Outra orientação é referir-se aos
indivíduos transgênero usando os seus termos, pronomes, gêneros e nomes de preferência. Esta
última sugestão vale também para qualquer pessoa.

A Livres & Iguais acredita que o público em geral também pode fazer a diferença. Além
de se informar sobre as pautas e questões do público trans, a campanha apela para que ninguém
fique calado diante de estigmas ou formas de violência contra pessoas trans.

4.2 Citação sobre Direitos de Travestis e Transexuais 

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Segundo André Cabette Fábio, travestis e transexuais têm como pauta essencial o
direito a exercer a identidade de gênero, ou seja, viverem e serem reconhecidos ou
reconhecidas de acordo com o gênero com o qual se identificam.

Hoje, a única forma de transexuais e travestis alterarem seu registro civil é por meio de
pedidos na Justiça. Juízes, com frequência, fazem exigências como pareceres de psicólogos e
psiquiatras, além de cirurgias de redesignação sexual

Há um projeto de lei de 2013 apresentado pelos deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ) e


Érica Kokay (PT-DF) que prevê esse direito de forma explícita. A mudança ocorreria em um
processo em cartório e não precisaria ser pleiteada na Justiça, mas o histórico de rechaço do
Congresso às pautas LGBT indica que sua aprovação é improvável. A expectativa recai sobre
decisões do Judiciário.

Além disso, a transexualidade continua a ser classificada como doença pelo Conselho
Federal de Medicina, assim como acontece na Organização Mundial de Saúde.

4.3. Citação Primeiras Manifestações LGBT no Brasil

De acordo com Regina Facchini, No Brasil, a passagem dos anos 1960 para a década
seguinte é marcada pelo endurecimento da ditadura militar. Um movimento estudantil
questionador começa a ganhar visibilidade, mas seria duramente reprimido pelo regime
durante aproximadamente duas décadas. Enquanto isso, grupos clandestinos de esquerda
combatiam a ditadura. Em meados dos anos 1970, ganha visibilidade o movimento feminista
e, na segunda metade da década, surgem as primeiras organizações do movimento negro
contemporâneo, como o Movimento Negro Unificado, e do movimento homossexual, como
o Somos - Grupo de Afirmação Homossexual, de São Paulo.

O nascimento do movimento homossexual no Brasil é marcado pela afirmação de um


projeto de politização da questão da homossexualidade em contraste às alternativas presentes
no "gueto" e em algumas associações existentes no período anterior ao seu surgimento. Essas
associações, apesar de reunir homossexuais, possuíam uma atuação qualificada pelos
militantes como "não- -politizada", por estar exclusivamente voltada para a "sociabilidade".
Entre essas primeiras formas de associação de homossexuais, figuravam iniciativas como
pequenos jornais distribuídos em bares, fãclubes de artistas e bailes de carnaval onde
homossexuais se encontravam. 

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De acordo com a literatura, o surgimento do movimento homossexual desempenha um
papel crucial num processo de disputa entre dois modos de perceber a sexualidade no Brasil:
o tradicional - em que os parceiros numa relação homossexual são hierarquizados e
respectivamente relacionados a papéis sociais e sexuais relativos aos dois sexos biológicos
(bicha-bofe, fancha-lady) - e o moderno - em que os parceiros são vistos a partir de uma
lógica igualitária e a orientação do desejo se torna mais importante para nomeá-los dos que
papéis sociais relativos a noções de masculino e feminino ou a atividade e passividade sexual
(homossexual-homossexual, entendido(a)-entendido(a) ou gay-gay).

O surgimento do movimento homossexual indica a aspiração a reivindicar direitos


universais e civis plenos, por meio de ações políticas que não se restringiam ao "gueto", mas
que se voltavam para a sociedade de modo mais amplo. Com antecedentes em mobilizações
acontecidas em outros países desde fins da década de 1960, e a partir de redes de
sociabilidade estabelecidas nas grandes cidades7, os primeiros grupos militantes
homossexuais surgiram no Brasil no final dos anos 1970, no contexto da "abertura" política
que anunciava o final da ditadura militar. Costumo dividir a trajetória do movimento
homossexual brasileiro em três ondas: uma primeira, que vai de 1978 a aproximadamente
1983; uma segunda, que vai de 1984 a 1992, e uma terceira, de 1992 aos dias de hoje.

 
 

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5. METODOLOGIA

2.1 Caracterização do estudo

Estudo descritivo, transversal e quantitativo

2.2 População do Estudo

Homossexuais na cidade de Montes Claros - MG

2.3 Amostra

A amostra do presente estudo foi constituída por 2 indivíduos homossexuais, do sexo


masculino, maiores de 18 anos e que residem na cidade de Montes Claros – MG.

2.4 Critérios de Inclusão

• Foram incluídos no estudo homossexuais que aceitaram participar da pesquisa, assinando o


Termo de Consentimento Livre e Espontâneo;

• A pesquisa foi realizada na casa dos indivíduos entrevistados.

2.5 Critérios de exclusão

• Foram excluídos da pesquisa, indivíduos que não aceitaram participar

2.6 Instrumento de coleta de Dados

•Foi utilizado para a coleta de dados um questionário objetivo, formulado pelos


pesquisadores, composto por questões que discorrem sobre sua identidade de gênero.

2.7 Procedimentos

• Cada um dos pesquisadores escolheu um indivíduos, próximo, para entrevistar. Os indivíduos


foram questionados assim que assinaram o termo de consentimento.

2.8 Tratamento de Dados

A análise de conteúdo foi realizada através de questões abertas, a fim de coletar dados
quantitativos, para a realização de uma pesquisa sobre os indivíduos que são homossexuais.

2.9 Cuidados Éticos

Para atender os critérios éticos, Foram seguidas as recomendações da resolução do Conselho


Nacional de Saúde (CNS) 466/12, para pesquisa com seres humanos.
O termo de consentimento Livre e esclarecido (TCLE) Foi apresentado ao usuário para obter
sua concordância em participar da pesquisa. Ou usuário assinou o termo em duas vias após ter
sido orientado e esclarecido sobre os objetivos da pesquisa.

6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

PERÍODO (ano)
ATIVIDADES Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Revisão da literatura
X X

Elaboração do Pré-
Projeto X

Correção do Pré-
Projeto - Orientador X

Entrega do Pré- Projeto X

Coleta de dados
X

Padronização das
técnicas X

Realização dos
experimentos X

Elaboração do
Relatório Parcial de X
Atividades
Correção e entrega do
Relatório Parcial de X
Atividades

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7. ORÇAMENTO

Itens Qtde Unid Valor unitário Valor total


Papel chamex 100 1 3,99 3,99
Impressão 10 0,50 0,50
Transporte 2 10,00 10,00

Valor total................................................................................................. R$ 14,50

Fonte: Carlinhos Supermercado; Balão Magico Claros, MG

Fonte de recursos: Recurso próprio.

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8. REFERÊNCIAS

ONU, disponível em >(https://nacoesunidas.org/voce-sabe-o-que-e-identidade-de-


genero/)< acesso em: 18/11/2019 às 19 horas e 32 minutos.
 
André Cabette Fábio, disponível em
>https://www.nexojornal.com.br/explicado/2017/06/17/A-trajet%C3%B3ria-e-as-
conquistas-do-movimento-LGBT-brasileiro< acesso em: 18/11/2019 às 20 horas e 01
minuto.
Regina Facchini , disponível em
>http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cadernos_tematicos/11/frames/
fr_historico.aspx< acesso em: 18/11/2019 às 20 horas e 46 minutos.

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ANEXO

Questionário de Entrevista
01.Fale um pouco de si: idade, atividade profissional, local de residência, origem geográfica
e origem familiar.

02.Quando é que percebeu que a sua orientação sexual era esta ?

03.Como lida com a sua homossexualidade no dia-a-dia (assumido ou não, perante


quem/relação estável ou não, escondida ou aberta/situação no trabalho)?

04.A sua família tem ou não conhecimento? Se sim, qual foi a reação da mesma?

05.Na sua opinião, como é atualmente encarada a homossexualidade pela população em


geral?

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ENTREVISTA

01.Fale um pouco de si: idade, atividade profissional, local de residência, origem


geográfica e origem familiar.

Tenho 27 anos, trabalho num supermercado, mas ando á procura de trabalho na minha área-
design de moda. Atualmente moro em Montes Claros, embora seja de Salinas. A minha
família é de classe média ( a minha mãe trabalha como babá e meu pai é professor de rede
publica)

02.Quando é que percebeu que a sua orientação sexual era esta ?

Percebi que era homossexual por volta dos 10 anos de idade, talvez um pouco mais cedo.
Sempre me achei “diferente” do resto dos rapazes, porém, só consegui “dar um nome” a esta
“diferença” por volta dos 12 anos. Ao perceber a minha orientação sexual, senti uma espécie
de confirmação de uma suspeita. Mais tarde, ao perceber-me do impacto social que esta
situação causaria, comecei a ter medo e vergonha. No entanto, nunca reprimi a minha
sexualidade, ou seja, a nível pessoal, aceitei-a muito bem. 

03.Como lida com a sua homossexualidade no dia-a-dia (assumido ou não, perante


quem/relação estável ou não, escondida ou aberta/situação no trabalho)?

Eu sou um homossexual assumido para com os familiares, os amigos e os colegas de


trabalho. Assim, não tento esconder a minha homossexualidade, porém, não a demonstro, na
medida em que sou contra exibicionismos gratuitos.

Neste momento, não me encontro em nenhuma relação, mas a anterior era “oculta”, uma vez
que o meu companheiro não se assumia como homossexual.

No local de trabalho, falo abertamente com os meus colegas acerca da minha orientação
sexual, no entanto, não me exponho, no sentido em que não falo abertamente com todos
sobre isso, mas apenas com amigos. Infelizmente, já me aconteceu informar um amigo de
que sou gay e este decidir afastar-se de mim… Possuo ligeiros maneirismos não exagerados,
porém, quem olhar para mim dirá que sou um rapaz gestualmente expressivo, nada mais.

04.A sua família tem ou não conhecimento? Se sim, qual foi a reação da mesma?

A minha família mais próxima, isto é, pais e irmãos, sabe e reagiu bem, à exceção do meu
pai, que me pôs fora da sua casa (os meus pais estão divorciados). Não houve qualquer tipo

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de violência, física ou verbal, por parte dele, apenas o silêncio e o afastamento (não
comunicamos há já oito anos). Alguns dos meus primos e tios também têm conhecimento da
minha homossexualidade e aceitam plenamente.

Porém, a maioria das famílias dos meus amigos homossexuais tem reações más que, com o
passar do tempo, tendem a melhorar, mas, obviamente, também existem casos em que os
familiares aceitam muito bem. No entanto, uma grande parte dos meus amigos ainda não
contou, sequer, aos pais, na medida em que temem, por vezes, uma possível rejeição por
parte dos mesmos.

05.Na sua opinião, como é atualmente encarada a homossexualidade pela população em


geral?

A população em geral tolera: apesar de haver muita gente preconceituosa, a maioria não
insulta, até porque muitos indivíduos já sabem que a homossexualidade não é uma opção
sexual nem uma doença. Grande parte da comunidade prefere que os homossexuais não
demonstrem afetos em público, o que, para mim, é injusto, uma vez que um casal
heterossexual evidencia, sem problemas, “carinhos” em público. Assim, simultaneamente, há
e não há tolerância. Efetivamente, muitas pessoas ainda acreditam que, numa relação
homossexual, tem de haver, obrigatoriamente, alguém que desempenhe o papel feminino e
alguém que exerça o papel masculino; que todos os gays são sensíveis e detestam desporto;
que todas as lésbicas são feias e fortes; que os bissexuais são homossexuais não assumidos.

Eu já assisti a insultos destinados a homossexuais, mas estes são lançados tal e qual como
comentários negativos a pessoas baixas, altas, magras, gordas... Tive ainda conhecimento do
caso de um rapaz cujos supostos melhores amigos encontraram perto de um bar “misto” e
agrediram fisicamente. Pelo que soube, este foi atacado apenas pelo simples facto de estar a
falar com um indivíduo assumidamente gay.

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01.Fale um pouco de si: idade, atividade profissional, local de residência, origem
geográfica e origem familiar.

Meu nome é Lucas, tenho 25 anos, trabalho num sexy shop, e sou dono da minha própria
empresa. Nos dias atuais moro em Montes Claros. A minha família é de classe baixa ( minha
mãe trabalha com delivery e meu pai trabalha como representante de lojas)

02.Quando é que percebeu que a sua orientação sexual era esta ?

Sempre gostei do lado feminino, devido minha criação não me deixavam brincar com meus
colegas meninos, e então ia para a casa da vizinha que tinha varias meninas e bonecas, então
cresci nesse meio e conforme o tempo ia passando me identificava cada vez mais a ser um
homossexual e por volta dos 17 anos de idade, quando minha mãe de criação morreu, tive
depressão e depois de muito tempo me tornei um homossexual assumido, quando encontrei
um namorado que me deu apoio nos tempos de conflito.

03.Como lida com a sua homossexualidade no dia-a-dia (assumido ou não, perante


quem/relação estável ou não, escondida ou aberta/situação no trabalho)?

No começo de tudo foi muito escondido e muito difícil, pois havia muito preconceitos na
minha própria família, depois de muito tempo comecei lidar melhor com a situação e
enfrentar de cabeça erguida. Nos dias atuais lido muito bem com minha homossexualidade,
vou em todos os lugares com meu namorado e tenho minha loja onde sempre procuro tratar
bem todas as pessoas que frequentam. Mas ainda existem aqueles olhares maldosos, ou
alguém que passa por mim e fala coisas para me atingir, as vezes fico chateado mas já
aprendi a conviver com tais situações.

04.A sua família tem ou não conhecimento? Se sim, qual foi a reação da mesma?

Minha família toda já tem o conhecimento. Quando me assumi ouve muito preconceito e
briga por partes, meu pai parou de conversar comigo e minha revoltou mas depois de um
tempo soube lidar com a situação, a mesma coisa foi com meu pai, e hoje temos laços
saudáveis.

05.Na sua opinião, como é atualmente encarada a homossexualidade pela população em


geral?

 A população geral nos trata praticamente como lixo, como nada, nos veem na rua e já
começam cochichar como se a gente não tivesse sentimentos como eles. Em muitos lugares
que vamos somos tratados de forma diferente, quando nos devia tratar igual a todo mundo.

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Muitas vezes tive noticias de meus amigos serem espancados e mortos por uma simples
escolha sexual que desagradou alguém. E isso não é só com meus amigos, pelo pais inteiro,
todos os dias tem homossexuais sendo xingados, espancados e muita das vezes ate mortos, e
isso é um cenário frequente.

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