Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INDENTIDADE DE GÊNERO:
CONTEXTO HISTORICO
Montes Claros
Página 5 de 19
2019
Página 6 de 19
Montes Claros
2019
RESUMO
Texto:
Página 7 de 19
SUMÁRIO
Introdução......................................................................................................................... 05
Justificativa........................................................................................................................ 06
Objetivos .......................................................................................................................... 07
Metodologia .......................................................................................................................11
Cronograma ....................................................................................................................... 12
Orçamento ......................................................................................................................... 13
Referências ........................................................................................................................ 14
ANEXO ............................................................................................................................. 15
Página 8 de 19
1. INTRODUÇÃO
O projeto visa pontuar as questões referentes a Identidade de Gênero. Esse tema tem se
mostrado cada vez mais hodierno, apesar de ainda haver demasiado preconceito.
Página 9 de 19
2. JUSTIFICATIVA
Página 10 de 19
3. OBJETIVOS
Objetivo geral: Mostrar que ao contrario do que as crenças comuns alegam, quando o
gênero de alguém, não coincide com o seu sexo biológico, trata-se de identidade de gênero
e não de algum transtorno.
Página 11 de 19
4. REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com cartilha, compartilhada pela ONU (2017), a identidade de gênero se refere
à experiência de uma pessoa com o seu próprio gênero. Indivíduos trans possuem uma identidade
de gênero que é diferente do sexo que lhes foi designado no momento de seu nascimento. A
identidade de gênero é diferente de orientação sexual — pessoas trans podem ter qualquer
orientação sexual, incluindo heterossexual, homossexual, bissexual e assexual. O ACNUDH
lembra que pessoas trans enfrentam preconceito e estigma generalizados no acesso à saúde e em
escolas, no mercado de trabalho e na busca por moradia e também ao usar banheiros. A
discriminação com base em identidade de gênero é ilegal de acordo com o direito internacional
dos direitos humanos.
A Livres & Iguais acredita que o público em geral também pode fazer a diferença. Além
de se informar sobre as pautas e questões do público trans, a campanha apela para que ninguém
fique calado diante de estigmas ou formas de violência contra pessoas trans.
Página 12 de 19
Segundo André Cabette Fábio, travestis e transexuais têm como pauta essencial o
direito a exercer a identidade de gênero, ou seja, viverem e serem reconhecidos ou
reconhecidas de acordo com o gênero com o qual se identificam.
Hoje, a única forma de transexuais e travestis alterarem seu registro civil é por meio de
pedidos na Justiça. Juízes, com frequência, fazem exigências como pareceres de psicólogos e
psiquiatras, além de cirurgias de redesignação sexual
Além disso, a transexualidade continua a ser classificada como doença pelo Conselho
Federal de Medicina, assim como acontece na Organização Mundial de Saúde.
De acordo com Regina Facchini, No Brasil, a passagem dos anos 1960 para a década
seguinte é marcada pelo endurecimento da ditadura militar. Um movimento estudantil
questionador começa a ganhar visibilidade, mas seria duramente reprimido pelo regime
durante aproximadamente duas décadas. Enquanto isso, grupos clandestinos de esquerda
combatiam a ditadura. Em meados dos anos 1970, ganha visibilidade o movimento feminista
e, na segunda metade da década, surgem as primeiras organizações do movimento negro
contemporâneo, como o Movimento Negro Unificado, e do movimento homossexual, como
o Somos - Grupo de Afirmação Homossexual, de São Paulo.
Página 13 de 19
De acordo com a literatura, o surgimento do movimento homossexual desempenha um
papel crucial num processo de disputa entre dois modos de perceber a sexualidade no Brasil:
o tradicional - em que os parceiros numa relação homossexual são hierarquizados e
respectivamente relacionados a papéis sociais e sexuais relativos aos dois sexos biológicos
(bicha-bofe, fancha-lady) - e o moderno - em que os parceiros são vistos a partir de uma
lógica igualitária e a orientação do desejo se torna mais importante para nomeá-los dos que
papéis sociais relativos a noções de masculino e feminino ou a atividade e passividade sexual
(homossexual-homossexual, entendido(a)-entendido(a) ou gay-gay).
Página 14 de 19
5. METODOLOGIA
2.3 Amostra
2.7 Procedimentos
A análise de conteúdo foi realizada através de questões abertas, a fim de coletar dados
quantitativos, para a realização de uma pesquisa sobre os indivíduos que são homossexuais.
6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
PERÍODO (ano)
ATIVIDADES Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Revisão da literatura
X X
Elaboração do Pré-
Projeto X
Correção do Pré-
Projeto - Orientador X
Coleta de dados
X
Padronização das
técnicas X
Realização dos
experimentos X
Elaboração do
Relatório Parcial de X
Atividades
Correção e entrega do
Relatório Parcial de X
Atividades
Página 6 de 19
7. ORÇAMENTO
Página 7 de 19
8. REFERÊNCIAS
Página 8 de 19
ANEXO
Questionário de Entrevista
01.Fale um pouco de si: idade, atividade profissional, local de residência, origem geográfica
e origem familiar.
04.A sua família tem ou não conhecimento? Se sim, qual foi a reação da mesma?
Página 9 de 19
ENTREVISTA
Tenho 27 anos, trabalho num supermercado, mas ando á procura de trabalho na minha área-
design de moda. Atualmente moro em Montes Claros, embora seja de Salinas. A minha
família é de classe média ( a minha mãe trabalha como babá e meu pai é professor de rede
publica)
Percebi que era homossexual por volta dos 10 anos de idade, talvez um pouco mais cedo.
Sempre me achei “diferente” do resto dos rapazes, porém, só consegui “dar um nome” a esta
“diferença” por volta dos 12 anos. Ao perceber a minha orientação sexual, senti uma espécie
de confirmação de uma suspeita. Mais tarde, ao perceber-me do impacto social que esta
situação causaria, comecei a ter medo e vergonha. No entanto, nunca reprimi a minha
sexualidade, ou seja, a nível pessoal, aceitei-a muito bem.
Neste momento, não me encontro em nenhuma relação, mas a anterior era “oculta”, uma vez
que o meu companheiro não se assumia como homossexual.
No local de trabalho, falo abertamente com os meus colegas acerca da minha orientação
sexual, no entanto, não me exponho, no sentido em que não falo abertamente com todos
sobre isso, mas apenas com amigos. Infelizmente, já me aconteceu informar um amigo de
que sou gay e este decidir afastar-se de mim… Possuo ligeiros maneirismos não exagerados,
porém, quem olhar para mim dirá que sou um rapaz gestualmente expressivo, nada mais.
04.A sua família tem ou não conhecimento? Se sim, qual foi a reação da mesma?
A minha família mais próxima, isto é, pais e irmãos, sabe e reagiu bem, à exceção do meu
pai, que me pôs fora da sua casa (os meus pais estão divorciados). Não houve qualquer tipo
Página 10 de 19
de violência, física ou verbal, por parte dele, apenas o silêncio e o afastamento (não
comunicamos há já oito anos). Alguns dos meus primos e tios também têm conhecimento da
minha homossexualidade e aceitam plenamente.
Porém, a maioria das famílias dos meus amigos homossexuais tem reações más que, com o
passar do tempo, tendem a melhorar, mas, obviamente, também existem casos em que os
familiares aceitam muito bem. No entanto, uma grande parte dos meus amigos ainda não
contou, sequer, aos pais, na medida em que temem, por vezes, uma possível rejeição por
parte dos mesmos.
A população em geral tolera: apesar de haver muita gente preconceituosa, a maioria não
insulta, até porque muitos indivíduos já sabem que a homossexualidade não é uma opção
sexual nem uma doença. Grande parte da comunidade prefere que os homossexuais não
demonstrem afetos em público, o que, para mim, é injusto, uma vez que um casal
heterossexual evidencia, sem problemas, “carinhos” em público. Assim, simultaneamente, há
e não há tolerância. Efetivamente, muitas pessoas ainda acreditam que, numa relação
homossexual, tem de haver, obrigatoriamente, alguém que desempenhe o papel feminino e
alguém que exerça o papel masculino; que todos os gays são sensíveis e detestam desporto;
que todas as lésbicas são feias e fortes; que os bissexuais são homossexuais não assumidos.
Eu já assisti a insultos destinados a homossexuais, mas estes são lançados tal e qual como
comentários negativos a pessoas baixas, altas, magras, gordas... Tive ainda conhecimento do
caso de um rapaz cujos supostos melhores amigos encontraram perto de um bar “misto” e
agrediram fisicamente. Pelo que soube, este foi atacado apenas pelo simples facto de estar a
falar com um indivíduo assumidamente gay.
Página 11 de 19
01.Fale um pouco de si: idade, atividade profissional, local de residência, origem
geográfica e origem familiar.
Meu nome é Lucas, tenho 25 anos, trabalho num sexy shop, e sou dono da minha própria
empresa. Nos dias atuais moro em Montes Claros. A minha família é de classe baixa ( minha
mãe trabalha com delivery e meu pai trabalha como representante de lojas)
Sempre gostei do lado feminino, devido minha criação não me deixavam brincar com meus
colegas meninos, e então ia para a casa da vizinha que tinha varias meninas e bonecas, então
cresci nesse meio e conforme o tempo ia passando me identificava cada vez mais a ser um
homossexual e por volta dos 17 anos de idade, quando minha mãe de criação morreu, tive
depressão e depois de muito tempo me tornei um homossexual assumido, quando encontrei
um namorado que me deu apoio nos tempos de conflito.
No começo de tudo foi muito escondido e muito difícil, pois havia muito preconceitos na
minha própria família, depois de muito tempo comecei lidar melhor com a situação e
enfrentar de cabeça erguida. Nos dias atuais lido muito bem com minha homossexualidade,
vou em todos os lugares com meu namorado e tenho minha loja onde sempre procuro tratar
bem todas as pessoas que frequentam. Mas ainda existem aqueles olhares maldosos, ou
alguém que passa por mim e fala coisas para me atingir, as vezes fico chateado mas já
aprendi a conviver com tais situações.
04.A sua família tem ou não conhecimento? Se sim, qual foi a reação da mesma?
Minha família toda já tem o conhecimento. Quando me assumi ouve muito preconceito e
briga por partes, meu pai parou de conversar comigo e minha revoltou mas depois de um
tempo soube lidar com a situação, a mesma coisa foi com meu pai, e hoje temos laços
saudáveis.
A população geral nos trata praticamente como lixo, como nada, nos veem na rua e já
começam cochichar como se a gente não tivesse sentimentos como eles. Em muitos lugares
que vamos somos tratados de forma diferente, quando nos devia tratar igual a todo mundo.
Página 12 de 19
Muitas vezes tive noticias de meus amigos serem espancados e mortos por uma simples
escolha sexual que desagradou alguém. E isso não é só com meus amigos, pelo pais inteiro,
todos os dias tem homossexuais sendo xingados, espancados e muita das vezes ate mortos, e
isso é um cenário frequente.
Página 13 de 19