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FACULDADE BARRETOS

Curso de Psicologia

Análise crítica do documentário:


Laerte-se

Alunas:
CARINA CRISTINA DA SILVA JACINTO
DIANA DE LIMA MALAQUIAS

Barretos
2021
Resumo

Apresenta a trajetória da cartunista e chargista brasileira Laerte, considerada


uma das maiores representante do gênero no Brasil. Tendo vivido parte de sua vida
como homem, ela “assumiu” sua transexualidade aos 57, que experimenta uma jornada
única e pessoal sobre o que é, de fato, ser uma mulher.

De acordo com Nascimento (2019), o preconceito da sociedade em relação ao


idoso que queira vivenciar a sua sexualidade também é evidente quando o assunto se
torna transexualidade. A população LGBTQIA+ como um todo, se depara com uma
onda conservadora, que possui a dificuldade de respeitar a alteridade existente.

Análise crítica

Laerte Coutinho, nasceu em São Paulo, na capital no dia 10/07/1957, foi criado
com seus outros três irmãos, recebeu uma educação mais rígida e tradicional dos seus
pais. Cursou comunicação e hoje é um dos maiores cartunistas brasileiro, seu trabalho é
valorizado e reconhecido em todo país. Com um pouco mais de 60 anos de idade e mais
de 40 anos de carreira, teve grandes experiências ao longo de sua vida, algumas boas e
outras nem tanto, mas que trouxeram e serviram de grande aprendizado para Laerte.
Sua primeira experiência sexual foi, com um homem e por conta de sua criação,
essa relação foi mantida em sigilo. Ao longo de sua vida, Laerte, se casou por três
vezes, dessas relações, teve três filhos e netos.
Um de seus filhos, foi vítima fatal em um acidente automobilístico, o que trouxe muita
dor para ele e toda a família. Laerte sempre se mostrou inseguro, pois a grande maioria
desconhecia sua identidade e conhecia apenas o seu trabalho, diante do seu trauma, pela
perda de seu filho, optou por dar uma pausa em sua vida e em seu trabalho. Quando
retornou, decidiu seguir aquilo que fazia feliz e se assumiu crossdressers: desejo em se
vestir como mulher, mas não é um travesti, e como transgênero: são pessoas que não se
identificam com o gênero que foi determinado no seu nascimento. O documentário
mostra, como foi essencial o fato de se mostrar, de se assumir e traz um grande apelo e
impacto a todos aqueles que assistem.

A sexualidade ainda causa polêmica e é um grande tabu para a sociedade. Já para a


psicologia toda a diversidade deve ser debatida, e as pessoas precisam ser mais
tolerantes com o próximo, mas vemos que cada dia mais pessoas são vítimas do
preconceito, de violência e muitos chegam até a perderem suas vidas pela ignorância e
falta de conhecimento, da grande maioria. Cada ser humano é único, mas ainda no
ventre de nossas mães somos definidos como menina e menino, rosa para menino e azul
para meninos, ou carrinho para meninos e bonecas para meninas e é assim que somos
definidos pelo sexo biológico. Com o passar dos anos vamos nos moldando e é daí que
surge a diversidade. Identidade de gênero é como nós reconhecemos. A psicologia se
posiciona contra todos os tipos de intolerância, de violência, preconceito, entre outras e
por isso é essencial o assunto ser debatido ainda na faculdade, o profissional necessita
ter seu lado crítico explorado. O psicólogo não pode apenas acreditar e enxergar sua
crença, nas suas convicções e no que apenas diz o Conselho Federal de Psicologia.
A sexualidade e a relação homossexuais sempre existiram, mas ao longo dos anos
sempre foi vista como imoral, já foi visto até como doença e malvista na sociedade, por
isso eram considerados como um assunto proibido, diferente da relação heterossexual,
que sempre foi aceita e vista como “correta” aos olhos de todos. Para Castañeda (2007,
p. 23):

A identidade homossexual é um fenômeno relativamente recente. Antes do


século XIX, havia práticas homoeróticas (mais ou menos toleradas em diferentes
sociedades), mas não pessoas homossexuais. Aqueles que tinham práticas
homoeróticas não eram considerados seres á parte, nem por eles mesmos nem
pela sociedade: não se concebia existência de identidade fundamentalmente
diferente. Mudou na era moderna, com a penalização da homossexualidade pelos
estados e sua patologização pelos médicos. Assim apareceu pela primeira vez a
figura do homossexual, cuja identidade essencial está definida pelo seu
comportamento sexual.

Então é fundamental que a identidade de gênero seja compreendida e pesquisada mais


afundo pela psicologia. Pois cada vez mais vão surgindo mais termos e todos
entendemos que vão além de feminino e masculino, as pessoas preferem ser não
rotuladas, mais sim respeitadas, dessa forma a psicologia pode continuar contribuindo
em prol da diversidade.

Referências:
NASCIMENTO, Laryssa Maria de Oliveira Souza. Uma perspectiva psicanalítica sobre:
Corpo e identidade de pessoas transexuais. Pretextos -Revista da Graduação em
Psicologia da PUC Minas v.4, n.7, jan./jun.2019.Disponível:
http://periodicos.pucminas.br/index.php/pretextos/article/view/18709/15051

MAIA, Ana Cláudia Bartolozzi; Marcela Pestana. Sexualidade e diversidade sexual na


formação em psicologia

https://sbrash.emnuvens.com.br/revista_sbrash/article/download/44/46/115

JESUS, Jaqueline Gomes de. Brasília, 2012. Guia técnico sobre pessoas transexuais e
demais transgêneros, para formadores de opinião.

https://www.diversidadesexual.com.br/wp-content/uploads/2013/04/G%C3%8ANERO-
CONCEITOS-E-TERMOS.pdf

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