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Organização: Profa. Dra.

Maria Izabel Calil Stamato


belcalil@iron.com.br
 Perigo para ordem pública:
manutenção dos paradigmas menoristas, visão
adultocêntrica

 Salvação da Pátria: libertação absoluta da


infância e adolescência

 Significado real: instrumento de promoção


e proteção dos direitos humanos infanto-
juvenis
 Teórico-doutrinária:
Teórico-doutrinária prevalência dos marcos
conceituais – éticos, históricos, políticos,
econômicos e jurídicos – do paradigma dos
direitos humanos
 Normativa:
Normativa adesão e alinhamento de todo
ordenamento jurídico nacional a esses paradigmas
 Político-institucional:
Político-institucional criação e implementação das
instâncias e políticas públicas necessárias ao
Sistema de Garantia de Direitos
 Sócio-político-estratégica:
Sócio-político-estratégica operacionalização dos
mecanismos de exigibilidade de direitos
 Reconhecimento da criança e do adolescente
como sujeitos históricos e de direitos
 Reconhecimento,
Reconhecimento respeito e potencialização da
identidade geracional - situações de
vulnerabilidade, risco, exclusão e
marginalização como circunstanciais
 Ressignificação da criança e do adolescente
como ser autônomo,
autônomo co-sujeito no processo de
emancipação e potencialização de seu
desenvolvimento
 Necessidades,
Necessidades interesses e desejos vistos
como direitos a serem exigidos e deveres do
Estado e da sociedade
 Articulação e integração das instâncias
públicas governamentais e não
governamentais de operacionalização das
políticas públicas: saúde, educação,
assistência social, trabalho, segurança pública,
planejamento, orçamento, segurança
alimentar, promoção da igualdade e
valorização da diversidade

 Objetivo:
Objetivo promover, defender e controlar a
efetivação dos direitos civis, políticos,
econômicos, sociais, culturais, coletivos e
difusos de todas as crianças e adolescentes,
colocando-as a salvo de qualquer tipo de
ameaça ou violação
 Eixo 1- Promoção de Direitos: política de
atenção integral aos direitos de crianças e
adolescentes, que integre de maneira
transversal e intersetorial todas as políticas
públicas, na perspectiva de que a
satisfação das necessidades básicas é um
direito do cidadão-criança e do cidadão-
adolescente e um dever do Estado, da
família e da sociedade (CMDCA, Poder
Executivo, ONG´s)
 Eixo 2 – Defesa dos Direitos:
Direitos acesso à
justiça - espaços públicos institucionais e
mecanismos jurídicos de proteção legal
dos direitos humanos e das liberdades
fundamentais da infância e adolescência –
para assegurar e exigir a concretização
destes direitos (Varas e Promotorias da
Infância e Juventude, Defensorias
Públicas, Advocacia, Polícias, Conselhos
Tutelares, Ouvidorias)
 Eixo 3- Controle da efetivação dos
direitos:
direitos enfrentamento de todas as
formas de violação de direitos, por meio
de espaços públicos e mecanismos de
acompanhamento, avaliação e
monitoramento – controle social-difuso
(sociedade civil organizada),
institucional (Tribunal de Contas,
Controladorias, Corregedorias) e mistos
(Conselhos de Direitos)
 Novo olhar sobre a criança e o
adolescente:
adolescente reconhecimento e
valorização de potencialidades e
possibilidades, reversão do foco na
insuficiência e no dano

 Concepção holística e sistêmica:


sistêmica
percepção de que todos os elementos se
influenciam mutuamente, com base nos
princípios éticos de proteção integral
 Trabalho em rede:
rede interconexão de agentes,
serviços, organizações governamentais e
não governamentais, movimentos sociais,
comunidades
 Interdisciplinaridade:
Interdisciplinaridade articulação de saberes
científicos e entrelaçamento de disciplinas,
que produz novos conhecimentos numa
perspectiva de síntese
 Intersetorialidade:
Intersetorialidade cooperação e conexão
entre os diferentes setores das políticas
públicas
 Rompimento da fragmentação e
cristalização dos saberes e das práticas
 Superação dos conflitos entre atores
sociais envolvidos – magistrados,
promotores, policiais, psicólogos,
assistentes sociais, médicos, pedagogos,
gestores
 Construção coletiva de saber
interdisciplinar e prática intersetorial
 Construção de Fluxo Sistêmico de
Atendimento:
Atendimento sequência de passos e
de intervenções que integra várias
etapas e diversos atores, através de
diferentes serviços e setores,
funcionando de forma complementar
ou em rede, para que as ações tenham
eficácia, eficiência e efetividade em
relação ao objetivo proposto
 SUS/Sistema Único de Saúde:
Saúde saúde mental de
crianças e adolescentes; dependência química;
DST/AIDS; gravidez precoce
 LDB/Lei de Diretrizes e Bases da Educação:
Educação
acesso, permanência e sucesso escolar; educação
pública de qualidade; igualdade e equidade na
inclusão de crianças e adolescentes com
deficiência
 SUAS/Sistema Único de Assistência Social:
Social
garantia de mínimos sociais ao desenvolvimento
saudável; abrigamento; violência doméstica e
sexual; combate à exploração no trabalho;
medidas sócio-educativas
 Plano Nacional de Enfrentamento à Violência
Sexual contra Crianças e Adolescentes
 Plano Nacional de Prevenção e Erradicação
do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalho
do Adolescente
 Plano Nacional de Promoção, Proteção e
Defesa dos Direitos de Crianças e
Adolescentes à Convivência Familiar e
Comunitária
 Sistema Nacional SocioEducativo / SINASE
 Conselhos de Direitos:
Direitos participação
qualificada dos órgãos governamentais e da
sociedade civil organizada
 Conselhos Tutelares:
Tutelares capacitação continuada
e qualificação dos Conselheiros para o
exercício da função
 Protagonismo Infanto-Juvenil:
Infanto-Juvenil participação
efetiva de crianças e adolescentes na
formulação, execução, acompanhamento e
controle da política de atenção integral aos
direitos infanto-juvenis
 Compromisso profissional com as políticas
públicas e com os direitos humanos
 Construção de práticas comprometidas
com a transformação social em direção a
uma ética voltada para a emancipação
humana
 Fortalecimento de populações em situação
de vulnerabilidade social
 Fortalecimento dos recursos subjetivos
para o enfrentamento das situações e
circunstâncias
 Articular garantia de direitos e
promoção da vida

 Estar atento às potencialidades e


vulnerabilidades instaladas nas
comunidades, nos territórios onde as
famílias estabelecem seus laços mais
significativos (“ir onde o povo está”)
 Analisar as relações, interconexões e
entrecruzamento dos vários determinantes na
constituição da subjetividade da população
atendida, levando em conta as diversidades
sociais e étnico-culturais

 Estabelecer vínculos positivos, por meio do


acolhimento e da utilização do saber acumulado
na compreensão da problemática, evitando
julgamentos baseados em preconceitos
científicos, moralistas ou pessoais
 Refletir criticamente sobre as próprias
experiências, identificando e superando
valores, crenças e mitos

 Compreender que modos de relações


interpessoais são aprendidos e
modificados, a partir da mudança na forma
de olhar e interpretar as experiências

 Romper com a fragmentação entre pensar,


sentir e agir, atividade e consciência, para
resgatar a dialética objetivo-subjetivo
 Desenvolver práticas que integrem conhecimento e
compromisso, respeitando a diversidade dos
indivíduos, promovendo sua conscientização e o
fortalecimento de sua condição de sujeito

 Entender que pessoas constróem imagens idealizadas,


a partir do imaginário coletivo internalizado, e
concretizam uma imagem real nas maneiras específicas
de viver, cristalizadas no cotidiano

 Considerar que a diferença entre imagem internalizada


e imagem real gera sentimentos e emoções,
determinando as visões de mundo
 Estabelecer relações dialógicas com a
população atendida, no sentido de romper a
potência do padecer e fortalecer a potência
de ação

 Fortalecer o protagonismo social, elevando


a auto-estima e estimulando a participação
direta do indivíduo, com seus pensamentos,
sentimentos, emoções e conflitos no
desenvolvimento das políticas públicas
 Utilizar metodologias de trabalho que
levem em conta a complexidade das
questões sociais, a incompletude
institucional e dos saberes, a perspectiva
interdisciplinar, e o trabalho em rede

 Colaborar para a identificação das


demandas sociais e a elaboração de
propostas voltadas à construção de uma
sociedade que garanta igualdade
As práticas psicológicas não devem
categorizar, patologizar e objetificar as
pessoas atendidas, mas buscar
compreender e intervir sobre os
processos e recursos psicossociais,
estudando as particularidades e
circunstâncias em que ocorrem
(SILVIA LANE)
 NOGUEIRA NETO, Wanderlino. O Sistema de Justiça e
as dimensões de sua atuação sistêmica:
Interdisciplinaridade e Intersetorialidade na ambiência de
um sistema de garantia de direitos da criança e do
adolescente. In: Justiça Juvenil sob o marco da
proteção integral. Caderno de Textos. São Paulo:
ABMP/Associação Brasileira de Magistrados, Promotores
de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da
Juventude, 2008. p. 76-112.
 NOGUEIRA NETO, Wanderlino. Avaliando 18 anos de
Vigência de uma Lei de Promoção e Proteção de Direitos
Humanos Geracionais da Infância e Juventude no Brasil:
Tendências e Desafios. In: Cadernos de Direitos da
Criança e do Adolescente – 4. São Paulo:
ABMP/Associação Brasileira de Magistrados, Promotores
de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da
Juventude: CONANDA: UNICEF: Secretaria Especial dos
Direitos Humanos. , 2008. p. 11-22.
 GONÇALVES, Maria da Graça Marchina. A
contribuição da Psicologia Sócio-Histórica para a
elaboração de políticas públicas. IN: BOCK, Ana M.
Bahia (org.). Psicologia e o Compromisso Social.
São Paulo: Cortez, 2003, p. 277-293.
 http://www.mds.gov.br/cnas/viii-conferencia-nacional
 Centro de Referência Técnica em Psicologia e
Políticas Públicas (CREPOP). Referência Técnica
para atuação do(a) psicólogo(a) no
CRAS/SUAS/Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Brasília, CFP, 2007. Disponível em:
www.crepop.org.br (cartilha_crepop_cras_suas.pdf)

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