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INTRODUÇÃO
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ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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diplomacia e de postura e comportamento pautados na ética, na reflexão
coerente sobre a ação humana, porque o que majoritariamente se avista,
infelizmente, são movimentações que possuem como gatilho e motivação: a
maledicência, a falsidade, a prepotência, entre outros atributos distantes da rara,
porém, almejada universalmente, “ética na administração pessoal e pública”.
A administração pública deve garantir a realização e a execução dos atos
normativos e dos acordos explícitos de caráter obrigatório estabelecidos entre
pessoas de um grupo para garantir justiça mínima, ou direitos humanos mínimos.
Assim, as leis devem favorecer o bom senso (TONO, 2009).
Com isso, quando uma atitude de uma pessoa, em plena atividade
profissional ou não, não agride o outro, física e moralmente, tudo bem, é
aceitável, é moral, é legal, no sentido prático dos acordos e costumes, num
determinado período histórico.
Mas, a ética possui um aspecto teórico e racional, pois requer uma atitude
reflexiva para dela extrair o conjunto excelente de ações, seguindo princípios
morais da veracidade, fidelidade, bondade, empatia, respeito, temperança e
confiabilidade: “quando eu me apercebo no outro”.
Com base em todos estes preceitos, primeiro uma autorreflexão e
posteriormente uma reflexão do outro, é que está sendo consolidado o
fortalecimento da política de proteção integral da criança e do adolescente no
Estado do Paraná, por meio da Força-tarefa Infância Segura, com evidente
presença e atuação de profissionais com mentalidade e comportamento voltados
ao senso de justiça e ao bem-estar comum.
Declaro aqui a minha satisfação, como servidora pública há mais de 29
anos, por estar presenciando, desde 2019, a tão esperada revolução na área da
infância e da adolescência no Estado do Paraná, enquanto política pública,
sempre buscando combater o bom combate a favor da garantia dos direitos
desse público indefeso.
Há muito, ainda, o que fazer na caminhada árdua para proteção às
crianças e aos adolescentes, mas temos a esperança de que, se unirmos
esforços, avançaremos dia a dia. Por isso, que o próximo tópico apresenta em
linhas gerais o resgate histórico e a estrutura traçada da REDE FORTIS
PARANÁ.
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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA FORTIS-PR
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Destaca-se que várias das 201 (vinte) ações que, atualmente, compõem
o Pacto Infância Segura, possuem Coordenação própria, definidas de acordo
com adequação do órgão ou instituição para a sua instrumentalização. A título
de exemplo, a “Ação 7 – Serviço Integrado de Recebimento e Monitoramento de
Denúncias” está sob a coordenação e participação ativa da Secretaria de Estado
da Segurança Pública (SESP). Ainda, essa Ação vem sendo desenvolvida com
a participação da FORTIS-PR junto ao “Comitê Interinstitucional de Ações
Protetivas Destinadas à população infanto-juvenil em situação de acolhimento e
vítimas de violência, principalmente no período de pandemia da Covid-19”,
instituído pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, como Coordenação do
Grupo de Trabalho voltado às vítimas de violência.
Entre as atividades intersetoriais desenvolvidas pela FORTIS, de forma
inovadora, pode-se mencionar o “Curso da Força-tarefa Infância Segura” cuja
primeira edição foi realizada no biênio 2019-2020 e a segunda está se
desenvolvendo no biênio 2020-2021, na modalidade de Educação à Distância
(EaD), com mais de 150 horas de formação. Tem como público-alvo os
profissionais do SGD do Paraná – da rede estadual e municipal e aborda
variados temas, de forma interdisciplinar, por Juízes de Direito, Promotores de
Justiça, Defensores Públicos, Enfermeiros, Pediatras, Advogados, Conselheiros
Tutelares, Peritos da Polícia Científica, Delegados de Polícia, Professores,
Assistentes Sociais, Policiais Militares, entre outros.
Não se pode deixar de mencionar que desde 2019, a FORTIS vem
formulando e implementando inúmeros programas, projetos e atividades com
caráter intersetorial e interinstitucional como jamais visto nas políticas de
proteção às crianças e aos adolescentes no Paraná, sob a égide da ética da
prevenção de todos os tipos de violências contra crianças e adolescentes,
contando – inclusive – com instituições que foram se agregando na sua
caminhada, entre elas: a Sociedade Brasileira e Paranaense de Pediatria; o
Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos; Instituições de Ensino
Superior, num contexto interdisciplinar, incrementando as áreas da saúde, da
educação, do direito, da justiça, da segurança, da cultura, do esporte, da
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Status outubro de 2021.
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assistência social e do lazer. Como exemplo de reconhecimento do trabalho
desenvolvido, a publicação “#Sem Abuso #Mais Saúde” da Sociedade Brasileira
de Pediatria, em 06 de abril de 2021, aponta a FORTIS (p. 9) como modelo
nacional de estratégia intersetorial de proteção às crianças e aos adolescentes
(SBP, 2021).
Assim, para que os direitos da criança e do adolescente sejam garantidos,
a política de proteção integral deve agregar todas as instâncias que a sustentam,
por meio de intervenções sociais efetivas que levem ao declínio as estatísticas
que envolvem crianças e adolescentes paranaenses nos sistemas de informação
na área da segurança pública.
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social, educação, saúde, esporte, cultura, entre outros. Destaca-se que a
FORTIS possui, em sua essência, as ferramentas da gestão do conhecimento,
quais sejam, a valorização do conhecimento tácito e explícito, a inteligência
coletiva, a comunidade de prática e de aprendizagem e a memória
organizacional com vistas ao fortalecimento do SGD – como referido acima –,
inclusive, para o aprimoramento do atendimento e da assistência da criança e
do adolescente com direitos violados.
Também, para que as ações sejam dotadas de efetividade, requer-se o
trabalho articulado da gestão pública estadual com as esferas municipais no
âmbito do Estado do Paraná para o planejamento, a execução e a avaliação
dessa política com base na ética na administração pública, às vistas da
educação em direitos humanos de todos os que compõem o tecido da gestão
em todas as suas dimensões: estratégica, tática e operacional.
Assim, há de se afirmar que o projeto Político-Pedagógico da Força-tarefa
Infância Segura está pautado nos elementos que plenamente contribuem para o
bem-estar comum da rede de proteção às crianças e aos adolescentes,
anunciados por Gadotti (2001): mudança de mentalidade, atitude/ousadia,
comunicação/troca, participação (adesão voluntária) e autonomia.
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
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PARANÁ. Pacto Infância Segura: assinado em 21 de fev. 2019. Tribunal de
Justiça do Paraná. Acesso em: http://www.infanciasegura.pr.gov.br/sites/crianca-
segura/arquivos_restritos/files/documento/2020-
10/pacto_infancia_segura_15_out_2020_v_final.pdf