Você está na página 1de 12

A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO APLICADA AO POLICIAMENTO

COMUNITÁRIO ESCOLAR

CARLOS ALMEIDA SILVINO

FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS SILVA

FRANCISCO JOSÉ SANTOS TAVARES

HEDMAR LUIZ DE BRITO

MARIA VALDELICE DA CRUZ BARBOZA

MÔNICA BEZERRA VITAL

O professor não é o único "maestro" na educação moderna! O agente de


segurança pública que trabalha no Policiamento Comunitário Escolar (PCE) é um dos
vários atores sociais envolvidos nesta questão. Por outro lado, criar um ambiente com
tantas especificação envolve aquisição e aplicação de conhecimento especializado.
Além das diretrizes para o policiamento e outros campos de conhecimento, esse
conhecimento é principalmente dirigido à Psicologia da Educação. Portanto, o objetivo
desta pesquisa é apresentar uma perspectiva interorganizacional sobre a importância da
psicologia educacional no policiamento escolar para que os operadores possam fornecer
à sociedade, especialmente aos jovens em desenvolvimento, um atendimento
humanitário, fundamentado, democrático e digno de uma perspectiva de "preparação
para a vida".Palavras-chave: transversalidade, policiamento escolar, cidadania e
psicologia educacional.
Um dos trabalhos mais belos da habilidade humano é a arte de ensinar. A visão
obsoleta do passado atribuía à escola apenas o de "enformar" os alunos. Hoje, no
entanto, a dinâmica social permite que a educação se expanda para além da cognição e
alcance os aspectos sociais, políticos, culturais e históricos do ser humano, perpetuando
a ideia de preparação para a vida. Portanto, a educação é essencial para a natureza
humana.
O termo "educar" agora não se limita à escola. Todas as pessoas que ajudam a
formar cidadão de alguma forma também educam, e os profissionais de segurança
pública estão especialmente envolvidos nessa tarefa.
A polícia e a escola são complementares, não opostos. Habilitar uma polícia
escolar apenas agrega esforços no atendimento infanto-juvenil e não se confunde com o
trabalho dos professores. Portanto, o agente de policiamento comunitário escolar (PCE),
como denominado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública - SENASP, é mais do
que um representante do Estado; é um cidadão que orienta cidadãos, aos quais são
necessários conhecimentos especializados em Psicologia Educacional. O objetivo desta
pesquisa é descobrir como a psicologia da educação pode melhorar o processo de
desenvolvimento da aprendizagem (PCE) com base nas necessidades dos alunos.
Portanto, é desenvolvido um método inédito, baseado na filosofia do
policiamento comunitário brasileiro e na importância da epistemologia na psicologia
educacional, com o objetivo de identificar as deficiências do PCE atual e mostrar como
os policiais podem engajar. O artigo aborda dois capítulos. A primeira aborda o
policiamento proximal na esfera escolar e a segunda discute a psicologia educacional
instrumental neste domínio.
A Psicologia Educacional é crucial para a PCE porque ajuda a criar um ambiente
favorável ao pleno desenvolvimento do cidadão. Ele também ajuda a desenvolver
métodos para prevenir e lidar com a violência escolar, evitar a terceirização de
responsabilidades e evitar a judicialização desnecessária das relações escolares. É
razoável supor que a reengenharia das culturas inteorganizacionais exige a incorporação
da Psicologia Educacional na PCE.
As pessoas costumam dizer: "A escola é a nossa segunda casa". Além disso, é
razoável, pois promove uma socialização em trânsito que leva o indivíduo a desenvolver
sua formação "para a vida", como resultado da transformação sociopolítica descrita pela
pedagogia progressista. As escolas são locais para educação, conscientização,
integração, tolerância, respeito às diferenças, humanização e exercício da cidadania.
Reforçando o impacto significativo que a família e a escola têm sobre uma pessoa. A
escola desempenha um papel crucial na construção da cidadania neste contexto de
educação ao longo da vida. Além disso, outras partes da sociedade estão envolvidas
nessa tarefa: a família, que é o principal agente de socialização do indivíduo; as
conexões comunitárias em geral (políticas, religiosas, sociais, etc.); os meios de
comunicação de massa; organizadores de eventos culturais e esportivos; instituições de
proteção integral para crianças e adolescentes; e todos aqueles que olham para o futuro
com olhos de criança. Portanto, um local tão único requer toda a proteção possível,
incluindo a segurança. Para "servir e proteger" melhor a comunidade escolar, a polícia
desta seara está sob o controle da polícia proximal.
A Segurança Pública, um direito inalienável dos cidadãos e confiado ao conjunto
da nação, não apenas aos policiais, é construída por meio do marco do Estado
Democrático de Direito. "A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio [...]", diz o artigo 144 da Constituição
brasileira (BRASIL, 1988). Portanto, caracterizar um estado de segurança coletiva
requer todo um aparato de integração, interposição de conhecimentos e ferramentas para
prevenir, educar, garantir a justiça, proteger os direitos, garantias e liberdades, a saúde,
o bem-estar e a paz social.
De acordo com esse ponto de vista, estudos recentes têm demonstrado uma
tendência para a segurança pública moderna, que consiste em um sistema em que o
Estado, as políticas públicas, o sistema de justiça, a polícia e a sociedade são
componentes de um imenso aparelho em que se opera o processo evolutivo da
segurança nos aspectos sociais, históricos, culturais, ambientais, organizacionais,
científicos, tecnológicos, econômicos, políticos e criminais.
"Adaptar-se à mudança social" significa seguir a evolução natural humana
usando técnicas que suplantem as necessidades reais da população. Portanto, é
importante lembrar o pensamento do sociólogo polonês Zygmunt Bauman (2007) em
"Tempos Líquidos", que afirma que os fatos e as ideias mudam tão rapidamente que
"tudo parece escorrer por entre nossos dedos". É uma resposta às demandas sociais
contemporâneas que exigem o policiamento escolar, pois a aprendizagem pode ser
comprometida por ações ou omissões que impedem o desenvolvimento completo dos
alunos. Assim, a polícia começou a colaborar com a escola de uma maneira mais
comunitária, sem ignorar os papéis dos personagens principais. O corpo docente e
funcional, pais, comunidade, Conselho Tutelar, Vara da Infância e da Juventude,
Ministério Público, Forças de Segurança, Secretaria de Educação, prefeituras,
administrações regionais, Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEGs), entre
outros, participam da rotina escolar.
No Brasil, a ideia de uma polícia mais cidadã foi proposta pelo Coronel Carlos
Magno de Nazareth Cerqueira (Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro – PMERJ)
nos anos 90, baseada nas crenças comunitárias globais. E a partir do conflito entre o
modelo tradicional versus o novo protótipo, surge uma espécie de Methodenstreit, termo
alemão da macroeconomia para “batalha de métodos”, entre a polícia tradicional e a
proximal.
É comum que as pessoas confundam a polícia comunitária com o policiamento
comunitário, por exemplo, porque este formato é o mais popular para compor ambientes
relacionados à segurança pública, incluindo escolas. Isso ocorre porque o termo mais
curto é mais confortável do ponto de vista fonético. Por outro lado, conforme descrito
por Bondaruk e Souza, tal distinção fonológica deve ser evidente para o policial
especializado: A atividade de Polícia Comunitária é um conceito mais amplo que
abrange todas as atividades voltadas para a solução dos problemas que afetam a
segurança de uma determinada comunidade, que devam ser praticadas por órgão
governamental ou não. A Polícia Comunitária envolve a participação das seis grandes
forças da sociedade, frequentemente chamadas de “os seis grandes”. São eles a polícia,
a comunidade, autoridades civis eleitas, a comunidade de negócios, outras instituições e
a mídia. Já o Policiamento Comunitário é uma atividade específica da polícia,
compreendendo todas as ações policiais decorrentes desta estratégia.
Portanto, embora os termos sejam parônimos, a polícia comunitária é uma
combinação de vários atores sociais e policiamento comunitário, a ação da polícia
considerando o impacto na comunidade. Na prática da polícia do circuito escolar, o
policial é apenas um representante social que serve para representar o Estado na
comunidade. No entanto, não há impedimento para que ele seja também a polícia
comunitária, trabalhando em conjunto com outros órgãos de segurança pública e
proteção à criança e ao adolescente, bem como outros líderes sociais que se fizerem
necessários.
Além disso, é importante que o operador caracterize suas intervenções para
evitar entrar na esfera pedagógica ou judicializar as relações escolares. A linha entre
ação policial legítima e desvio de finalidade é muito tênue. Se o agente tiver
conhecimento de psicologia educacional, dificilmente estará na berlinda porque saberá a
seara (pedagógica, policial, assistência social, tutelar, dentre outras) em que cada tipo de
comportamento se enquadra.
Os mecanismos legais atuais, o projeto político-pedagógico e o regimento
escolar são fatores que influenciam a atividade escolar. Isso significa que você tem a
responsabilidade de criar um ambiente saudável para que os alunos possam atingir seus
níveis máximos de desenvolvimento físico, intelectual, afetivo e social, em uma cultura
de harmonia e desenvolvimento cidadão.
A Psicologia Educacional leva em consideração o nível de desenvolvimento real
e potencial de cada pessoa para o intermédio pedagógico. A zona de desenvolvimento
proximal (ZDP) é onde o suporte e a intervenção podem ser aplicados ao indivíduo.
Oliveira, M. K, cita que Vygotsky define o nível de desenvolvimento real como "a
capacidade da criança de realizar tarefas de forma independente", que "são resultados de
processos de desenvolvimento já consolidados". Segundo Vygotsky, também é
importante considerar o nível de desenvolvimento potencial, que é "sua capacidade de
desempenhar tarefas com a ajuda de adulto.
Enfim, a intervenção escolar ocorre em casos como indisciplina, discussões,
intimidação, conflitos leves, violência verbal, psicológica, simbólica e descumprimento
de normas internas, bem como atos gerais entre crianças e adultos. O registro em ata
escolar, aplicação de medidas disciplinares ou encaminhamento ao Conselho Tutelar ou
outras instâncias pertinentes são as opções mais comuns (adaptado da SENASP, 2012).
A escola reflete tudo, mas nem tudo é para ela resolver. Ela se ampara em outros
protagonistas quando os limites pedagógicos são ultrapassados. Para aqueles que se
aventuram por estes "mares já dantes navegados", é importante lembrar o trabalho
excepcional de Paulo Freire, que foi o Patrono da Educação Brasileira e afirmou: "[...]
como experiência especificamente humana, a educação é uma forma de intervenção no
mundo [...]". Como resultado, todos os educadores estão sujeitos a assumir o papel de
interventor, mediador, orientador, facilitador ou transformador!
Alguns estudiosos incorporam a abordagem da construção mediada do
conhecimento, de Reuven Feuerstein, às teorias que enfatizam a influência do meio
social no desenvolvimento humano. É importante enfatizar a introdução de Gomes:
Através de sua rica experiência com crianças vítimas do holocausto e imigrantes em
geral, Feuerstein consolidou o paradigma de que a interação humana promove a
inteligência e a torna plástica.
Como resultado, a arte de mediar é uma realização de habilidades específicas
apoiadas nos mecanismos morais, legais, sociais, culturais, políticos, técnicos,
científicos e empíricos da profissão. No processo de conversão de energia (PCE) existe
uma carga significativa de prevenção inerente, mas toda prevenção também é feita com
coercitividade. A ação policial direta é causada, entre outras coisas, por condutas que
são características de um ato infracional, crime ou contravenção penal. No entanto, as
escolas ainda temem informar a polícia sobre atos que podem causar conflitos que
podem ser resolvidos pela polícia. Isso se deve ao costume de ignorar os
comportamentos e práticas desviantes, bem como à política de "deixa quieto", que
exclui a vítima, a comunidade, a família ou o próprio agente de segurança.
Há muito espaço para discussão e abrangência científica futura sobre o
policiamento escolar. O que é conhecido como "judicialização desnecessária das
relações escolares" é um bom exemplo disso: uma cultura de judicializar rotinas
escolares comuns, transferindo ocorrências para a polícia que deveriam ser resolvidas
no âmbito familiar e institucional. Uma cultura que pode ser encontrada na escola, na
comunidade ou até mesmo na própria polícia é frequentemente motivada pela
terceirização de responsabilidades, o que significa que um ator social passa seus deveres
para outro e assim por diante. Embora seja um assunto complicado, merece atenção.
Idealmente, o corpo escolar pode solicitar que os policiais "conversem, em
particular, com o aluno "fulano de tal" do primeiro ano fundamental, porque ele não
quer ir à aula, pois fardados falando impõem mais respeito". No entanto, uma proposta
desse tipo se desvia da proporcionalidade, da legalidade e de outros princípios e
dispositivos, cuja violação pode resultar em consequências cíveis, administrativas e/ou
penais. É importante ter em mente que esse tipo de atividade deve ser moderado em
ambientes familiares, educacionais e/ou tutelares. No entanto, a Psicologia Educacional
pode ajudar a evitar traumas na primeira infância. Portanto, a sugestão é que a turma
inteira participe de um diálogo informal e não formal sobre cidadania com foco no
prazer e na necessidade de estudar.
Este trabalho usa a judicialização das rotinas escolares como um alerta para que
o policiamento não seja prejudicado por posturas impregnadas devido à falta de
preparação para lidar com certas situações. Portanto, reitera-se que a Psicologia
Educacional, juntamente com toda a doutrina do policiamento no circuito escolar,
desempenha um papel significativo na prevenção dessa judicialização do operador!
Pode parecer que o policiamento da escola consiste apenas em estacionar uma
viatura no portão e permanecer ali para qualquer tipo de violência. No entanto, há um
detalhe importante: em um ambiente tão variado, a polícia precisa planejar e avaliar a
atividade. Isso envolve vários campos da ciência, como pedagogia, psicologia da
educação, sociologia da violência, criminologia, deontologia, axiologia, bioética,
legislação aplicada à filosofia do próprio policiamento orientada à atuação escolar, etc.
No entanto, o agente de PCE precisa ter um mínimo de conhecimento em Psicologia
Educacional antes de entrar em contato com a rotina escolar e interagir com os outros.
Isso se deve ao fato de que trabalhará com jovens de diferentes faixas etárias desde a
educação infantil até o ensino médio. Portanto, ele precisará entender o que acontece em
cada fase da vida dos alunos para criar melhores estratégias de atuação.
O policiamento comunitário é uma filosofia da polícia integradora que pode
reunir vários atores da sociedade para promover a edificação da cidadania e a qualidade
dos serviços prestados. O SENASP prevê que os primeiros passos para o PCE devem
identificar as vulnerabilidades físicas do recinto para eliminar os pontos vulneráveis
para manter uma escola segura. Além disso, diz que é necessário: conhecer bem o local
e as características da escola para identificar possíveis focos de ocorrências; realizar
policiamento dentro e fora da escola; promover a segurança do trânsito e a fluidez nas
imediações da escola; monitorar o transporte escolar; gerenciar a faixa de pedestres
próxima à escola; ser um mediador de conflitos no ambiente escolar; e possuir os
equipamentos básicos necessários para (material bélico, de comunicações, de apoio,
dentre outros).
De acordo com outras diretrizes do órgão, quando se trata da rotina do
policiamento escolar, é necessário tomar as medidas necessárias em qualquer situação
para evitar complicações. que as medidas administrativas escolares não são excluídas
pelas ações policiais. Que eventos específicos também precisam ser registrados na
Secretaria de Educação. que devem ser enviados à Delegacia de Proteção à Criança e o
Adolescente apenas nos casos em que os menores são vítimas e não os autores do crime.
Nos outros casos, a delegacia comum é o destinatário. que, no caso de operações,
apenas as operações de varredura precisam ser autorizadas pela direção escolar por meio
do Termo de Aquiescência. Como o Ministério Público é obrigado a participar de todas
as etapas que envolvem crianças e adolescentes, principalmente para ser acionado em
casos de omissão ou embaraço de autoridades ou órgãos, o representante do Ministério
Público deve ter livre acesso a qualquer local onde se encontre a criança ou adolescente.
Além disso, é imperativo que o operador esteja familiarizado com todas as facetas éticas
e legais, incluindo os mecanismos de proteção do público a nível nacional e
internacional. Atualizado pela SENASP, 2012).
Portanto, embora haja uma variedade de procedimentos que devem ser
observados no processo de conversão de energia (PCE), a empiria pode revelar fatores
não listados para os quais a ação deve ser proativa, preditiva e integradora. A dinâmica
de ser um policial de excelência também reflete como o agente lida com as dificuldades.
Além disso, é reiterado que a Psicologia Educacional é, sem dúvida, um fator
importante na diferença atual.
No entanto, é imperativo mencionar a lógica simplista e limitadora que emerge
da realidade do policiamento escolar no Brasil. Essa lógica pode ser traduzida naquilo
que as pessoas podem esperar como resultado da urgência do policiamento ostensivo
nas ruas. Embora respostas simples não sejam suficientes para resolver problemas
complexos, a rotina dos operadores frequentemente se baseia em um "mantra" de
respostas prontas, que se espalha pelas rotinas, ignorando as idiossincrasias e as
necessidades reais da comunidade. Logo, as ações policiais, infelizmente, acabam por
tornar limitada por meio da realização de tarefas restritas, planejadas e centradas.
Precisamos libertar os policiais escolares de uma visão simplista porque a
atuação não se baseia em achismos. A atuação requer planejamento estratégico, tático,
operacional e perfil gnosiológico, antropológico, sociológico, deontológico, preditivo,
proficiente, intersetorial e transdisciplinar. Isso permite que os agentes atuem
considerando as vulnerabilidades, potencialidades, influências, necessidades e
vicissitudes humanas, o que exige equidade.
Por outro lado, destacam o conflito dos números em torno dos erros,
manipulações e uso político dos dados estatísticos. Portanto, o policiamento
comunitária, mas o distanciamento e as perspectivas maniqueístas impedem a prática.
Esse distanciamento e o resultado da influência do militarismo.
A primeira coisa a fazer é olhar para a Segurança Pública de uma perspectiva
ampla. Assim, é necessário examinar uma seleção de literatura internacional sobre o
assunto. "Durante um ano letivo, cerca de metade das escolas públicas de ensino
fundamental e médio relataram pelo menos um incidente de ataques físicos, lutas (sem
arma), roubo, furto ou vandalismo".
O bullying é a face comum dessa violência, independentemente de ser causada
pela escola ou por indivíduos que a sofrem. No Brasil, uma lei contra o bullying (Lei n.
13.185, 2015) foi criada para combater o problema em toda a sociedade. No entanto, é
fundamental desenvolver pesquisas em áreas como psicologia, psicopedagogia,
psicomotricidade, vitimologia, neurociência, neurolinguística, ciências sociais,
antropologia e outros campos relacionados.
Embora o bullying seja apenas um dos vários problemas que ocorrem na escola,
é o ponto de partida para muitos outros. Assim, todos os que trabalham diretamente na
escola devem se preparar para lidar com o fenômeno. O problema é que o costume de
tratar o fenômeno como uma "brincadeira de criança" acaba comprometendo a
prevenção e o combate. Para começar a mudar esse jogo, as escolas precisam
reconhecer o bullying (em suas várias formas) e entender os efeitos negativos que ele
pode ter sobre o desenvolvimento socioeducacional e a estruturação da personalidade de
seus alunos. A violência doméstica é um fato e não pode ser ocultada.
A fim de promover a paz nas escolas, as ações policiais devem se concentrar
principalmente em educar os jovens sobre os paradoxos do país. Mesmo quando os
legisladores priorizam a proteção dos direitos dos indivíduos, quando se trata de
direitos, liberdades e garantias, a realidade mostra o contrário, a ideia de Legalidade
Libertária, que significa que todos são iguais perante a lei, mas na vida real há claras
desigualdades!
A psicologia é uma ciência muito ampla e complexa que estuda a mente, o
comportamento, a alma, as emoções, as relações interpessoais, as funções mentais, a
fenomenologia e outros assuntos. No entanto, é uma epistemologia essencial para quem
quer acompanhar a evolução social. Quem pensaria, por exemplo, na possibilidade da
Psicologia Animal há décadas?!
As questões surgem à medida que o homem evolui e as coisas se aceleram. O
ponto "x" da questão é como resolver esses problemas de uma perspectiva
biopsicossocial, ambiental e econômica. Neste sentido, a psicologia é útil porque
permite a escolha das melhores técnicas de intervenção. Hilton Japiassu (1983)
defendeu a ideia de que “os problemas [...] não são feitos para os métodos; os métodos
são feitos para os problemas”.
Além disso, isso não poderia ser diferente no ambiente escolar. Como a escola
está assumindo novas posturas e assumindo novas responsabilidades e vulnerabilidades,
é imperativo utilizar epistemologias que sejam adequadas às suas necessidades reais. É
importante observar que, embora a escola desempenhe um papel importante no
desenvolvimento humano, a socialização do ensino médio, mesmo com todas as
ferramentas educacionais disponíveis, não atende a todos os requisitos para ser
considerada "ideal", que, embora a escola não seja ainda o lugar ideal para nossos
filhos, continua sendo o único lugar onde as pessoas dedicam suas vidas, à formação
das novas gerações.
Além disso, é a dedicação aos outros que torna o ambiente escolar tão atraente.
Segundo ele, o caminho evolutivo começa com uma compreensão de como as
necessidades da comunidade escolar são tratadas antes de criar um novo layout. Esse
novo modelo é composto de todos os conhecimentos necessários para a prática
pedagógica, mas principalmente na área da psicologia que mais pode ser útil para você.
Além disso, embora não haja uma definição específica, pode-se supor que o objetivo da
psicologia da educação no contexto da educação para o desenvolvimento (PCE) seja
melhorar a eficiência do trabalho policial por meio de uma abordagem que se baseia nos
elementos biopsicossociais do desenvolvimento humano.
De fato, esta área da psicologia deve ser amplamente aplicada, entre outras
coisas, na formação de educadores e outros profissionais, bem como na prática docente
em todo o processo de ensino-aprendizagem, sob uma perspectiva da escola como
microssociedade.
Como afirmado por Zagury “a escola é uma minissociedade, feita não para servir
a um apenas, mas a todos os que a frequentam, baseada nos princípios da igualdade de
direitos e oportunidades, da justiça e da solidariedade”. A Psicologia Educacional pode
encontrar uma base sólida para aumentar e direcionar os esforços para o
desenvolvimento completo dos alunos neste ambiente escolar democrático, onde todos
têm os mesmos direitos, a mesma liberdade e as garantias constitucionais protegidas.
Portanto, por que não aplicar essa epistemologia ao profissional que supervisiona a
policia escolar – principalmente, considerando o matiz do "pedagogo da cidadania".
A psicologia contribuiu significativamente para uma variedade de áreas da
atividade humana. Ela pode ser usada para fins acadêmicos e terapêuticos, bem como
para fins jurídicos, forenses, laborativos, saudáveis, organizacionais e educacionais,
entre outras coisas. De forma geral, o objetivo é melhorar a qualidade de vida das
pessoas, seja por meio da resolução de problemas ou da prevenção de
desconformidades.
Trazendo essa ideia para o campo da segurança pública, a polícia proximal atual
não é apenas aquela que está sempre pronta para ajudar os cidadãos a defender seus
direitos, liberdades e garantias, mas também é preditiva, estudando e aplicando toda a
informação disponível para, principalmente, acautelar os eventos e ajustar-se às
tendências sociais. Além disso, a psicologia está profundamente enraizada no trabalho
policial, tanto no desempenho quanto na proteção da inteligência emocional dos
policiais afetados pela carga alheia. Por exemplo, ela pode ser usada para mediar
conflitos, controlar distúrbios, gerenciar crises, ler a linguagem corporal de pessoas que
podem ser ameaçadas e usar a psicologia das massas, mesmo sem saber.
Allan e Barbara Pease, destacam o quanto a diminuição do espaço pessoal à
medida que uma população distinta se aglomera influencia o grau de hostilidade. Eles
citam um estudo intrigante (em data não especificada) sobre os efeitos da privação de
território pessoal sobre a população de servos na Ilha James, nos Estados Unidos. Nesse
local, os animais morreram com altas taxas de mortalidade, apesar de todas as condições
de sobrevivência, como alimentação abundante, poucos predadores e ausência de
infecções. Em resumo, a superpopulação levou à morte dos animais como resultado de
uma reação fisiológica à sobrecarga das glândulas que produzem adrenalina. Eles
chegam à seguinte conclusão relacionando os dados com humanos: “[...] É por isso que
os locais com alta densidade populacional também têm altos índices de criminalidade e
violência.” Será que estudos sobre densidade populacional e outros fatores foram
incorporados às abordagens policiais para reduzir a criminalidade e a violência urbana?
Dizer que a psicologia sela o fazer policial já é banal. Por causa disso, aqueles
que patrulham as escolas precisam adquirir um saber distinto para lidar com pessoas em
desenvolvimento, o que lhes permitirá "transitar" por cada etapa da vida humana. O
papel da epistemologia na psicologia educacional é reiterado, embora apenas de forma
instrumental. No entanto, o assunto não é desprezar a realidade de suas ações ou o senso
comum. Em vez disso, ele está sugerindo uma maneira de melhorar a vida da sociedade,
criando uma cultura interorganizacional baseada neste conhecimento para controlar esse
ambiente único.
Os operadores de segurança pública escolar devem participar de uma
transposição didática para contribuir para a construção de uma sociedade melhor, se os
erros do passado servirem de parâmetro para o que deve ser feito no futuro. Essa
transposição deve começar com o meio docente e o aluno, abordando a escola como um
espaço de partilha. Na relação professor-aluno, essa transposição não é uma
metodologia de ensino, em vez disso, é uma forma de obter conhecimento e transformá-
lo em algo significativo para os alunos. Assim, de uma perspectiva macro, todas as
pessoas que participam da escola, além do professor, precisam estar didaticamente
transpostas. O responsável pelo PCE deve se adaptar às necessidades dos alunos. A
psicologia educacional ajudará você a identificar o que acontece em cada faixa etária e
aplicar a teoria.
A polícia neste campo não compete com a pedagogia das escolas ou com os
psicólogos escolares. Em vez disso, é apenas mais um passo em direção à excelência no
atendimento infantojuvenil para fornecer um policiamento democrático, humanitário e
baseado na cidadania à sociedade em desenvolvimento. Além disso, a Psicologia
Educacional ajuda os operadores a evitar a terceirização de suas responsabilidades,
enquanto a escola também não permite que isso ocorra. garante que nem a escola nem o
agente judicializem as rotinas escolares comuns e também terá um impacto positivo na
capacidade do responsável pelo PCE de desenvolver estratégias e programas para
prevenir e enfrentar a violência escolar de acordo com a evolução social.
O operador terá uma variedade de conhecimentos para o desempenho transversal
de sua função maior, que é a preservação da vida, quando o conhecimento em
Psicologia da Educação for construído de forma instrumental. Atualmente, é evidente
que um policiamento comunitário escolar sem conhecimento da área psicológica da
educação é praticamente impossível de operar, principalmente em relação à prevenção
da violência escolar.
Os jovens brasileiros então vulnerável e que toda a sociedade deve se unir para
combater a violência e a criminalidade, que estão se tornando cada vez mais comuns
hoje em dia e compõem a paisagem do ambiente escolar. Isso se deve à complexidade e
à falta de políticas públicas relacionadas.
O aumento e a disseminação de várias formas de violência nas escolas parecem
estar relacionados a fatores tanto externos às próprias escolas quanto externos às
próprias unidades escolares. Para estes autores, as causas econômicas são os fatores
externos mais importantes, e há uma associação entre os fatores internos e "certas
deficiências na relação profissionais da educação/alunos/comunidade".
Uma das coisas mais importantes para evitar a violência escolar é aprender sobre
esses elementos do ambiente escolar, tanto interno quanto externo. A Psicologia
Educacional indica ao policial escolar para onde veio. Ela não apenas tem a capacidade
de aproximar o policial da comunidade escolar, mas também pode atender a várias de
suas necessidades. No entanto, embora estejamos seguros de que o PCE pode resolver
todos os problemas da esfera escolar, não é utopia acreditar que ele resolverá todos os
problemas da esfera escolar ao equilibrar a manutenção da ordem pública e a
preservação dos direitos, garantias e liberdades dos jovens cidadãos. Ele é apenas um
matiz que compõe a sociedade, pois outros atores sociais precisam tomar a frente, como
o poder público, que estabelece políticas públicas de segurança, redução das
desigualdades, atenção à saúde, inclusão social, lazer e desporto, igualdade de gênero,
sustentabilidade, etc. e o eixo familiar, que se relaciona com a escola porque a família é
o primeiro lugar de socialização.
Pode-se falar muito sobre o quão importante é usar a Psicologia Educacional
Instrumental para ajudar os operadores a proteger o espaço escolar. No entanto, a
reengenharia do policiamento comunitário escolar já é uma necessidade urgente. Muitas
instituições, como as guardas municipais em todo o Brasil, não têm um setor de
Psicologia que possa ajudá-los nessa tarefa. Portanto, talvez seja necessário ampliar essa
discussão. Além disso, a responsabilidade do gestor de segurança pública é buscar
capacitação e fornecer assessoria aos seus: Se a prefeitura não tiver um setor de
psicologia ou assistência social, é possível fazer um acordo com uma instituição de
ensino superior para que os operadores de PCE possam acessar a epistemologia e
aplicá-la na prática, avaliando os feedbacks e, de alguma forma, receber orientação e
supervisão dos profissionais de psicologia escolar.
Augusto Cury fala sobre O código da inteligência e diz que as quatro armadilhas
da mente que todos têm "impedem o desenvolvimento da excelência psíquica, afetiva,
social e profissional". Essas armadilhas incluem conformismo, coitadismo, medo de
cometer erros e medo de correr riscos. Como somos gregários, essas características
individuais têm um impacto na coletividade. Na área da segurança pública, é evidente
que as instituições com fortes laços com o conservadorismo têm dificuldade em romper
com os estereótipos que as rodeiam e, consequentemente, evitar a adoção de inovações
abrangentes. Além disso, um ponto importante é o fato de que as relações hierárquicas
organizacionais envolvem obstáculos ocultos que impedem os operadores com
epistemologia estabelecida de realizar trabalhos de alta qualidade para evitar se
sobrepor à hierarquia. No entanto, os avanços ocorrem quando a terra é fértil! No
período das Grandes navegações, "navegar era preciso", mas na era moderna, onde até
os enigmas do espaço estão sendo desvendados, a expansão humana ocorre no campo
das ideias. Hoje, inovar é necessário! É imperativo que a segurança pública escolar não
permita que aqueles que não apresentam inovação sejam excluídos.
A escola moderna tem sido frequentemente palco de várias manifestações de
violência em todo o Brasil, incluindo casos extremos de: atentados, homicídios,
suicídios (no próprio ambiente escolar ou como consequência dele), recentes
acontecimentos, em diversos locais do país, envolvendo diretamente jovens e
adolescentes em atos de extrema violência e criminalidade, têm despertado a atenção e a
preocupação não só dos que fazem a opinião pública, mas também de autoridades e de
outros setores variados da sociedade.
O PCE é chamado de comunitário porque envolve ações que integram outros
setores da sociedade. O papel do operador de policiamento escolar contemporâneo é
inquestionável. Ele não é mais aquela figura repressiva e autoritária que costumava ser.
Em vez disso, ele agora representa uma dinâmica mais próxima, buscando alternativas
para entender melhor o que está acontecendo com aquele jovem e fazer cumprir a
legalidade de uma perspectiva cidadã, ciente de que aquele jovem pode ter outras
necessidades que precisam ser atendidas por outros profissionais. Como resultado, os
policiais ou guardas civis municipais contemporâneos não aceitam mais a mentalidade
de "não é problema meu!" Ele deve promover o desenvolvimento da autoestima entre os
infantojuvenil, entre outras coisas. Além disso, as crianças estão indo para a escola com
maior antecedência devido aos novos hábitos familiares. Imagine se os adultos já
precisam manter sua autoestima em dia, imaginem os adolescentes e crianças!
O operador do PCE deve estar ciente de que o incentivo da autoestima é
essencial para melhorar as habilidades cognitivas dos jovens cidadãos. Também é vital
para prevenir a drogadição, o autoextermínio, o bullying e outras formas de abuso. Será
que, por exemplo, os programas de resistências às drogas atuais atraem os jovens? Ou
se concentram apenas nos efeitos das drogas no corpo e nas chances de prisão? Quem
apoiará os jovens se a segurança pública não atender às suas demandas reais? Por
exemplo, o lado errado pode manipulá-los e seduzi-los atrelando o amor próprio à vida
fácil, à "adrenalina na veia", à certeza da impunidade, à vida fácil e à "revolução" social
através de crimes e comportamentos antissociais na deep web, nas redes sociais, nos
jogos e assim por diante.
O trabalho de desmistificar o policiamento da PCE é realmente difícil, pois,
assim como o policiamento comum, a PCE já é associada a uma série de estigmas
profundos. As crianças são "programadas" para temer a polícia desde cedo, o que
dificulta achar um policial como um amigo e alguém a quem recorrer no futuro. A frase
comum que os pais dizem a seus filhos quando veem a polícia: "Não faça isso, senão a
polícia vai te pegar", não é apenas inofensiva, mas também tem um impacto na
atmosfera de proximidade. Não obstante, empregar uma abordagem baseada na
Psicologia Educacional pode ajudar a diminuir esses preconceitos.
A Psicologia Educacional é necessária em todas as etapas da educação, desde a
Educação Infantil até o Ensino Fundamental (anos iniciais e finais), Ensino Médio e até
a Educação para Jovens e Adultos. Isso se deve ao fato de que os policiais e guardas
civis municipais escolares mais frequentemente trabalham na mediação e resolução de
conflitos.
Além disso, eles estão lotados na escola! Por exemplo, não julgar o fato de uma
criança de quatro anos tomar o lápis do coleguinha até identificar possíveis vítimas de
pedofilia, maus-tratos, violência doméstica e familiar. Além disso, esta epistemologia
tem feito um grande trabalho na criação de estratégias de combate à violência escolar
baseadas nos processos de desenvolvimento estudantil, bem como nas maneiras de
ganhar a confiança dos jovens devido aos meios socializadores externos e à abundância
de tecnologias a que eles têm acesso hoje. Para Paulo Freire (1989), "a leitura do mundo
precede a leitura da palavra", ou seja, uma pessoa já lê "a palavra mundo" antes de
aprender a decodificar palavras. Isso significa que as crianças já têm uma compreensão
básica da socialização que vem do seio familiar. Em outras palavras, antes de aprender a
ler e a escrever, as crianças já se identificam com o ambiente em que vivem, criando
suas próprias percepções do mundo. Este é o único sentido em que a psicologia
educacional pode ajudar os policiais a entender a escola construtivista contemporânea.
O termo Construtivismo, tão conhecido e difundido atualmente entre pais e educadores,
trouxe a ideia de que a criança não é um adulto em miniatura, tem especificidades de
acordo com a faixa etária. Se a presença policial no circuito escolar se mostrar
necessária, ela deve seguir as tendências inerentes a cada período do desenvolvimento
dos jovens!
De vez em quando, o operador de PCE terá que lidar com conflitos que vêm de
outras áreas, como familiares ou externas, mas que se refletem na escola. "O problema
fora da escola se resolve fora dela" terminou. Por exemplo, seria permitido que um
policial de proximidade encaminhasse à esfera especializada uma adolescente que
mudara bruscamente de comportamento na escola, passando a se calar e apresentando
comportamentos característicos de enfermidade mental? Além disso, deixaria o combate
sistemático à intimidação para a escola? Em ocorrências mediadas no âmbito da
segurança pública, determinadas condutas perigosas de jovens se dissimulassem muito
além de sua idade, deixaria por conta de outrem a percepção de adjacências? Por
exemplo, deixaria de investigar casos de suspeita de pedofilia apenas porque a polícia
não estava na escola e o fato teria ocorrido fora dela? Seria incapaz de prestar atenção e
orientação a um aluno simplesmente porque sua demanda seria em outra área que não a
de segurança?
A preparação específica é necessária para trabalhar com pessoas em
desenvolvimento, especialmente em trabalhos continuados. Além disso, faz parte da
rotina dos operadores de PCE criar programas para jovens que trabalham com temas de
segurança pública e cidadania, como resistência a drogas, combate à intimidação
sistemática, prevenção do autoextermínio e muitos outros em que a visão
interinstitucional deve ser ampla e inventiva. Assim, desde o planejamento até a
execução e o feedback dos resultados, a psicologia educacional também será importante
para você. No entanto, existem métodos científicos que podem orientar as ações. Não
existe uma fórmula que garanta resultados. Segundo Davis e Oliveira, lidar com a
educação de crianças é uma tarefa complexa, pois não há crianças típicas, nem receitas
precisas”. No entanto, a Psicologia Educacional mostrará ao agente que métodos
didáticos mais lúdicos serão mais eficazes para se aproximar das crianças até seis anos
de idade. Isso significa que o agente não precisa se preocupar em apostar no mundo
fantástico, contar histórias para eles e não se surpreender quando eles dizem "a flor está
triste" ou "o sol foi dormir".
Além disso, com a ajuda da Psicologia da Educação, você será capaz de lidar
com situações de trabalho em que os operadores trabalham com menores de seis a onze
anos, quando o mundo fantástico já não será a melhor opção de trabalho para eles.
Como afirmado por Davis e Oliveira, "o pensamento lógico e objetivo ganha
importância nesta fase [...] a criança tem a capacidade de desenvolver um conhecimento
mais consistente com o mundo que a cerca." Sua percepção não mais misturará o real
com o fantástico. Considerando o alto tônus vital destas crianças, os jogos são uma
ótima maneira de liberar suas energias. Eles podem ser usados juntamente com teatro,
marionetes e outras atividades para desenvolver a empatia e a tolerância.
Os estudiosos concordam que o trabalho com adolescentes acima dos doze anos
é a fase mais controversa, decisiva e intrigante, pois os alunos já não são crianças ou
adultos. E onde isso será revelado? Na instituição educacional, sem dúvida! Além disso,
vários comportamentos, esperados ou não, podem afetar a segurança escolar. O
operador deve estar ciente de que esta clientela tem uma necessidade de inserção em
grupos e uma cultura única. Como resultado, eles também estão expostos a modinhas,
drogas, ditadura da beleza, cultuação de apegos nocivos e outros comportamentos
perigosos. O teatro, os esportes, a música, a dança, as redes sociais, o cinema e outras
áreas estão mais relacionadas ao trabalho. No entanto, se for uma palestra tradicional,
como uma palestra antidrogas, é bom incluir algo que os faça se sentirem identificados,
como um depoimento ao vivo de alguém que já passou por algo ruim e se recuperou.

Você também pode gostar