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Secretaria Especial de Desenvolvimento Social – SEDS

Secretaria Nacional de Atenção à Primeira Infância – SNAPI


Departamento de Atenção a Primeira Infância – DAPI

Primeira Infância no SUAS:


Fortalecimento de Vínculos Familiares e Comunitários

Brasília, 09 de novembro de 2021


Por que Investir na 1ª Infância?

• Um dos principais motivos que justificam esse


investimento está no grande desenvolvimento cerebral
que ocorre nesse período, que vai do 0 aos 6 anos
de idade.

• O período intrauterino e os primeiros anos de vida são


essenciais para o desenvolvimento físico, emocional e
cognitivo das crianças. Durante a gestação e os primeiros
anos de vida (especialmente nos primeiros mil dias),
ocorre um rápido desenvolvimento do cérebro, e é
nessa etapa que os circuitos neurais são formados
e fortalecidos por meio do estímulo e das relações
de vínculo.
Por que Investir na 1ª Infância?
• A saúde física e emocional, as habilidades sociais e
as capacidades cognitivo-linguísticas que emergem nos
primeiros anos de vida são pré-requisitos importantes para o
sucesso na escola e, mais tarde, no ambiente de trabalho e
na comunidade.

• Uma das formas de ampliar as possibilidades


de desenvolvimento na primeira infância que tem ganhado
força em várias partes do mundo são as iniciativas de suporte à
família. Mais especificamente, os programas de parentalidade,
em que profissionais especializados buscam orientar os
cuidadores de referência na adoção de práticas positivas.
Relevância e estudos acerca da Primeira Infância
• Um estudo publicado em 2015 revelou que 250 milhões de crianças
de até 5 anos de idade (43% população mundial nessa faixa etária)
estão em risco;
• A neurociência comprova que a subnutrição crônica, a pobreza
extrema e a ausência de estímulos na primeira infância geram um
déficit na renda média anual na vida adulta de
aproximadamente 20%;
• A ausência de investimentos na primeira infância geram impacto de
3X a 6X no sistema de saúde.
• Ou seja, a ausência de um cuidado integral e integrado na primeira
infância pode trazer consequências para a criança hoje e no futuro.
Estudos de longo prazo revelam que os problemas de crescimento
desde a concepção até os 3 anos de vida têm um grande impacto
sobre a saúde do adulto e o capital humano, incluindo baixos níveis
educacionais e incidência de doenças crônicas
Fonte: Revista The Lancet, 2016.
Criança - Prioridade Absoluta
• Após aprovação do Estatuto da Criança e do
Adolescente (1990), os esforços e organização
dos serviços de atendimento voltaram-se
à fortalecer direitos, agora registrados em
normativas legais.

• O ECA estrutura o atendimento integral e


integrado pelas instituições públicas e da
sociedade civil, que serve de base para o
desenho do Sistema de Garantia de Direitos
(SGD) instituído pelo CONANDA em 2006, e
conta com 03 eixos de atuação:

Controle Foto: Emir Bemerguy Filho


Promoção Prevenção
Social
Criança - Prioridade Absoluta
• O Brasil possui uma importante trajetória para o atendimento às
crianças e adolescentes e, em 2007, avançou ainda mais com a
instituição da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI). A mesma
conta com a participação de instituições governamentais e não-
governamentais e coordenou a elaboração do Plano Nacional pela
Primeira Infância, em 2010.
• O Brasil possui uma importante trajetória para o atendimento às
crianças e adolescentes e, em 2007, avançou ainda mais com a
instituição da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI). A mesma
conta com a participação de instituições governamentais e não-
governamentais e coordenou a elaboração do Plano Nacional pela
Primeira Infância, em 2010.
• O 1º Plano tem vigência até o ano de 2022, no entanto a partir
do segundo semestre de 2019, a RNPI iniciou a revisão deste
documento e, no dia 22/10/2020, lançou a nova versão do
Plano Nacional pela Primeira Infância com vigência de 2022 a
2030.
Criança - Prioridade Absoluta

2010 Plano Nacional Primeira


Infância

2016 Marco Legal da Primeira


Infância - Lei nº 13.257

2016 Programa Criança Feliz -


Decreto nº 8.869

2018 Decreto nº 9.579 - Consolida


o Decreto nº 8.869
E como podemos fortalecer os
Vínculos Familiares e Comunitários?
Nos serviços, programas e benefícios da
Assistência Social, devem ser viabilizadas as
seguranças de:

• ACOLHIDA – RENDA – CONVIVÊNCIA


FAMILIAR, COMUNITÁRIA e SOCIAL –
Estratégias de DESENVOLVIMENTO DE AUTONOMIA
Atuação
• A Tipificação Nacional de Serviços
Socioassistenciais (Resolução do CNAS
nº 109/2009) padroniza a oferta dos
serviços, a fim de qualificar o
atendimento dos usuários do SUAS,
entre os quais as crianças na primeira
infância.
• Os participantes escrevem, no chat, palavras
relacionadas as ações de fortalecimento de vínculos
Chuva de Ideias familiares e comunitários.

Brainstorming
• Intervalo de 10 minutos e retomada com as
respostas.
Primeira Infância no SUAS
• A Atenção à Criança na Primeira Infância,
considerando, necessariamente, sua
família e seu contexto de vida.
• Antes de abordarmos as estratégias, o que
entendemos por Vínculo Familiar?
• No SUAS, família é
"Um conjunto de pessoas que se acham
unidas por laços consanguíneos, afetivos
e/ou, de solidariedade"
(BRASIL, Política Nacional de Assistência Social, 2004, p. 41.)
Primeira Infância no SUAS

Vínculo

• É o resultado dos processos de convivência e é


construído nas relações de cuidado do
adulto com a criança.

Cuidado

• É parte constituinte do aprendizado das famílias


e deve ser compreendido no contexto das
sutilezas das interações humanas
E Vínculo Comunitário?
• O Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária usa a
expressão de TAKASHIMA (2004) - “rede social de apoio”, que é
definida da seguinte forma:
“A família recebe apoio em situações de crise, como
morte, incêndio ou doenças; práticas informais
organizadas: a comunidade compartilha com os pais
ou responsáveis a função de cuidado com a criança e
com o adolescente, bem como denuncia situações de
violação de direitos, dentre outras; e práticas
formalmente organizadas: a comunidade organiza
projetos e cooperativas para a geração de emprego e
renda, por exemplo”
(MDS, 2006, p.32)
Importante!
“Quando se pensa na atuação orientada para vínculos
familiares e comunitários, é necessário reconhecer que
são coisas diferentes e indicam eixos programáticos
distintos. O primeiro pressupõe uma dimensão
psicossocial, que pode também incluir uma
intervenção terapêutica. Já para os vínculos sociais e
comunitários, a metodologia é mais coletiva e menos
intrafamiliar. Assim, a conotação e os objetivos do
trabalho seriam distintos.”
(Bronzo, Carla. 2012 – Concepção de Convivência e Fortalecimento de Vínculos,
2017)
No SUAS, como podemos promover esse vínculo familiar
e comunitário?
• Há Programas, Serviços e Benefícios que contribuem para a promoção do Vínculo
Familiar e Comunitário:
Programa Primeira Infância no SUAS/Programa Criança Feliz e o
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.

• O Programa Criança Feliz (PCF) é um


programa do governo federal que tem por finalidade a
promoção do desenvolvimento integral de crianças na
primeira infância, considerando sua família e seu
contexto de vida.

• Foi instituído pelo Decreto nº 8.869, de 5 de


outubro de 2016, e consolidado pelo Decreto nº 9.579,
de 22 de novembro de 2018.

• O Programa possui dois pilares:


Visitas Domiciliares e Intersetorialidade.
O Serviço de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos - SCFV

• O SCFV é um serviço da Proteção Social Básica


do SUAS, regulamentado pela Tipificação
Nacional de Serviços Socioassistenciais
(Resolução CNAS nº 109/2009). O Serviço
realiza atendimentos para grupos constituídos
a partir do ciclo de vida das/os usuárias/os,
sendo ofertado de forma complementar ao
trabalho social com famílias realizado pelo
Serviço de Proteção e Atendimento Integral às
Famílias (PAIF) e pelo Serviço de Proteção e
Atendimento Especializado às Famílias e
Indivíduos (PAEFI).
• Caderno de Orientações Técnicas do SCFV para Crianças de 0
a 06 anos.
Primeira Infância no SUAS
• Os encontros do SCFV para crianças de 0 a 6 anos
são ocasiões para fortalecer os seus vínculos com os
familiares responsáveis, por meio de atividades
guiadas e orientadas pelo orientador social,
alinhadas aos eixos e objetivos do Serviço. Além
disso, é um momento para a criança brincar e
interagir com outras crianças, fortalecendo os seus
laços sociais e comunitários, também contribui com
o seu desenvolvimento cognitivo.

• Por sua vez, a parentalidade é a provisão de


cuidados, segurança e afetividade do adulto para a
criança, o que reforça o vínculo entre eles e promove
o seu desenvolvimento integral.
Como utilizar os Serviços, Programas
e Benefícios na promoção da
parentalidade?
• O Ponto de partida ocorre através do trabalho
atento e qualificado das equipes que compõem
os Centros de Referência de Assistência Social –
CRAS.
• O CRAS tem um papel fundamental, pois é a
unidade de referência nos territórios para o
referenciamento das VISITAS DOMICILIARES e de
demais ações que integram o trabalho social com
as famílias.
Conhecer o que o outro faz

que o outro existe e é


Reconhecer
importante

O trabalho em Colaborar
prestar ajuda quando
necessário
rede é:
compartilhar saberes,
Cooperar
ações e poderes

compartilhar objetivos e
Associar-se
projetos
Diante do que conversamos,
quais são as experiências que
podem ser compartilhadas
para apoio às ações nos
territórios?

• Três experiências, por ondem de


inscrição, que represente o trabalho de
fortalecimento de vínculo com menção
ao que foi apresentado.
• Até 5 minutos para cada relato.
Vamos discutir as nossas partilhas?
Momento de trocas e aprendizados
MUITO OBRIGADA!

Katiuska Lopes dos Santos


Assessora Técnica
Coordenação Geral de Formação e Disseminação da Informação - CGFDI
Departamento de Atenção à Primeira Infância – DAPI
Secretaria Nacional de Atenção à Primeira Infância – SNAPI

criancafeliz@cidadania.gov.br
(61) 2030-1200

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