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DESCOMPLICANDO A

GESTÃO FINANCEIRA
E ORÇAMENTÁRIA DO
SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)
DESCOMPLICANDO A GESTÃO
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
DO SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)
GOVERNO FEDERAL

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL,


BY NC ND
FAMÍLIA E COMBATE À FOME
Todo o conteúdo do curso Descomplicando a gestão financeira e orçamentária
SECRETARIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), da Secretaria Nacional de
Assistência Social, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social,
DEPARTAMENTO DE GESTÃO DO SISTEMA ÚNICO DE Família e Combate à Fome do Governo Federal - 2023, está licenciado sob a
ASSISTÊNCIA SOCIAL Licença Pública Creative Commons Atribuição-Não Comercial-Sem Derivações
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COORDENAÇÃO-GERAL DE GESTÃO DO TRABALHO E
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Siglas
Acessuas Trabalho - Programa Nacional de Promoção do Acesso ao NOB - Norma Operacional Básica
Mundo do Trabalho NOB/SUAS - Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social
BPC - Benefício de Prestação Continuada NOB-RH/SUAS - Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do
CadÚnico - Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal Sistema Único de Assistência Social
CEAS - Conselho Estadual de Assistência Social ONG - Organização Não Governamental
Centro POP - Centro de Referência Especializado para População em PAA - Programa de Aquisição de Alimentos
Situação de Rua PAEFI - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos
CFESS - Conselho Federal de Serviço Social PAIF - Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família
CIB - Comissão Intergestores Bipartite PBF - Programa Bolsa Família
CIT - Comissão Intergestores Tripartite PCF - Programa Criança Feliz
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
CMAS - Conselho Municipal de Assistência Social PNAS - Política Nacional de Assistência Social
CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social PNEP/SUAS - Política Nacional de Educação Permanente do Sistema
CONSEA - Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Único de Assistência Social
CPF - Cadastro de Pessoas Físicas PSB - Proteção Social Básica
CRAS - Centro de Referência de Assistência Social PSC - Prestação de Serviços à Comunidade
CREAS - Centro de Referência Especializado de Assistência Social PSE - Proteção Social Especial
CRESS - Conselho Regional de Serviço Social RG - Registro Geral
IAP - Institutos de Aposentadoria e Pensões RMA - Registro Mensal de Atendimento
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística SAGICAD - Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único
IGD - Índice de Gestão Descentralizada SCFV - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
ILPI - Instituição de Longa Permanência SIS Acessuas - Sistema de Acompanhamento do Programa Acessuas
INSS - Instituto Nacional do Seguro Social SISC - Sistema de Informações do Serviço de Convivência e
LA - Liberdade Assistida Fortalecimento de Vínculos
LBA - Legião Brasileira de Assistência SNAS - Secretaria Nacional de Assistência Social
LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social SUAS - Sistema Único de Assistência Social
NIS - Número de Identificação Social TSF - Trabalho Social com Famílias
Sumário
MÓDULO 1
1. O orçamento público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1 Conceito e função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2 Bases legais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.3 Principais princípios orçamentários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.4 Instrumentos de planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.5 Classificações de receitas e despesas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.6 Despesa pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
MÓDULO 1 O orçamento público
Neste módulo, serão abordados os conceitos fundamentais O orçamento público é a carta/instrumento dos governantes para
relacionados ao sistema e ao processo orçamentários, além dos traduzir seus compromissos com o bem comum na sociedade,
processos de construção do orçamento público brasileiro. Será visando estabelecer o compromisso real e fiel para a execução
possível identificar o lugar da participação dos Poderes Executivo de políticas públicas. Todos os cidadãos podem visualizar as
e Legislativo e da sociedade civil no processo de construção informações detalhadas sobre a realização de uma obra ou o
do orçamento público brasileiro e, por fim, compreender a fornecimento de um serviço, tais como o local, como e quando será
importância da inserção das ações de assistência social no realizado o serviço ou a obra, e também a quantidade de recursos
orçamento público com os papéis dos diversos atores. que será necessária. No orçamento, podemos exemplificar a
prática da execução da assistência social por meio da funcional
programática definida, por exemplo, o bloco da Proteção
Social Básica. Por meio do orçamento, é possível verificar a
operacionalidade de um Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS), desde sua construção e manutenção até a remuneração da
equipe de técnicos, o material de expediente, a limpeza e outros
serviços que garantam o atendimento da população usuária.

Funcional programática
É a combinação da classificação funcional e da classificação programática, visando
compreender a estruturação das despesas, por meio das funções e subfunções, onde
serão aplicadas, qual o programa, a atividade ou a ação a ser realizada, qual recurso a
ser alocado, tendo o objetivo de identificar a finalidade no processo de gerenciamento.

7 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


O orçamento é um olhar planejado para que a vida ocorra nas “[...] conforme previsto em seus principais normativos
cidades e seja preservada até em situações de emergência e (PNAS, NOBSUAS, Lei do SUAS, LOAS). Importa, assim, para os
calamidade pública. Faz-se necessário que essa tradução de esforços profissionais que atuam no Sistema Único de Assistência Social,
seja prevista e detalhada sobre o que será feito e o quanto será gasto, compreender quais são os procedimentos, atores sociais e políticos
sendo essa previsão expressa no texto do orçamento público. De envolvidos na elaboração e aprovação dos instrumentos de
acordo com a Escola Nacional de Administração Pública, planejamento orçamentário, garantindo de forma qualificada a
inserção da política de assistência social em cada instrumento.”
“O orçamento público é o instrumento de gestão de maior relevância (BRASIL, 2013, p. 7).
e provavelmente o mais antigo da administração pública.
É um instrumento que os governos usam para organizar os seus É muito importante entender os conceitos fundamentais de
recursos financeiros. Partindo da intenção inicial de controle, orçamento, porque a peça orçamentária é pré-requisito para a
o orçamento público tem evoluído e vem incorporando novas viabilização do cofinanciamento e do financiamento no âmbito
instrumentalidades.” (ENAP, 2014, p. 5). do SUAS. Todas as ações que envolvam recursos na esfera
pública, o que inclui todas as ações do SUAS, obrigatoriamente
têm que constar no orçamento. É proibido gastar o que não
está previamente orçado.

1.1 Conceito e função


De acordo com a ENAP (2014), no Brasil, o orçamento
reveste-se de diversas formalidades legais. Sua existência está
prevista constitucionalmente, sendo materializada anualmente
numa lei específica que “[...] estima a receita e fixa despesa”
para um determinado exercício. Por causa dessa característica,
Foto: © [NicoElNino] / Shutterstock. as despesas só poderão ser realizadas se forem previstas ou
incorporadas ao orçamento.
Todos os governantes brasileiros, desde a esfera federal até a
municipal, conforme veremos em nosso percurso formativo,
precisam incluir as políticas públicas para a área de assistência
social nos instrumentos de planejamento público,

8 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


É importante observar o citado no art. 2º da Lei nº 4.320, de 17 de 1.2 Bases legais
março de 1964: As principais bases legais do orçamento público são a
Constituição Federal de 1988, a Lei nº 4.320/1964 e a Lei
“Art. 2º. A Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita Complementar nº 101/2000.
e despesa de forma a evidenciar a política econômica, financeira
e programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de
unidade, universalidade e anualidade.” (BRASIL, 1964).

Funções do orçamento
O orçamento público é um instrumento com diversas funções, as
quais, por sua vez, devem espelhar as necessidades e anseios da
sociedade por políticas públicas afirmativas e qualitativas.
As principais funções do orçamento público são:

1 Função alocativa: o governo define onde ele vai aplicar os


recursos para geração de bens e serviços à população.

Foto: © [Andrey_Popov] / Shutterstock.

2
Função distributiva ou redistributiva: o governo deve ajustar e
equilibrar a distribuição de recursos levando em consideração fatores como
A Constituição Federal de 1988 delineou o modelo atual de ciclo
disparidades regionais e socais, e fatores semiárido e amazônico, visando o orçamentário, instituindo três leis cuja iniciativa para proposição
desenvolvimento igualitário do país. é exclusiva do Poder Executivo: o Plano Plurianual (PPA), a Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual

3
(LOA). Essas três peças importantes vamos detalhar mais à frente
Função estabilizadora: essa função estabelece que o governo faça os ajustes
necessários para garantir equilíbrio na balança, na geração de emprego e renda, em nosso curso.
estabilidade de preços, entre outras ações, visando atender o crescimento
econômico com sustentabilidade.
Lei nº 4.320/1964: estatui normas gerais de direito financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos
estados, dos municípios e do Distrito Federal.

9 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


Mesmo sendo uma lei de 1964, é uma lei válida, que estabelece Mesmo reconhecendo a importância dos princípios orçamentários
regramentos para o direito financeiro no setor público, na formulação dos orçamentos, não há uma aprovação absoluta e
instrumentaliza elementos no campo da elaboração do unânime destes. Segundo Silva (1962, p. 5), “[...] esses princípios
orçamento, seu monitoramento no orçamento e não têm caráter absoluto ou dogmático, mas constituem
avaliação desses instrumentos públicos. categorias históricas e, como tais, estão sujeitos a transformações e
modificações em seu conceito e significação”.
Lei Complementar nº 101/2000: estabelece normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá Os princípios orçamentários mais importantes são:
outras providências. A chamada Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF) traça métricas para estabelecer equilíbrio nas contas Universalidade: resguardado pela Lei 4.320/1964, o princípio
públicas, fortalecendo a eficiência dentro das práticas públicas. da universalidade busca estabelecer a relação entre despesas
e receitas, e essas informações devem estar claras na Lei
1.3 Principais princípios orçamentários Orçamentária Anual, não deixando margem para omissão.
De acordo com a ENAP (2014), podemos dizer que os princípios Ex.: todas as despesas/investimentos e custeios que forem
orçamentários são aquelas regras fundamentais que funcionam executados no CRAS devem estar vinculados à receita que
como norteadoras da prática orçamentária. São um conjunto garantirá a plena entrega de serviços/bens.
de premissas que devem ser observadas durante cada etapa da
elaboração orçamentária. Anualidade: o artigo 34 da Lei nº 4.320/1964 e a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) deixam claro que o orçamento tem
Um sentido mais rigoroso para esse conceito prazo para ser executado, há um início e um fim, sua vigência
foi expresso por Sanches: reforça a necessidade de suas obrigações serem cumpridas
dentro do prazo estabelecido. Ex.: LOA 2023 (início no dia 1º
“É um conjunto de proposições orientadoras que balizam os de janeiro de 2023 e término no dia 31 de dezembro de 2023)
processos e as práticas orçamentárias, com vistas a dar-lhe – atender as demandas do bloco da Proteção Social Especial,
estabilidade e consistência, sobretudo ao que se refere a sua visando a continuidade dos serviços no acolhimento de crianças e
transparência e ao seu controle pelo Poder Legislativo e demais adolescentes, garantindo o custeio do equipamento para o período.
instituições da sociedade [...].” (1997 apud ENAP, 2014, p. 14).

10 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


Exclusividade: de acordo com a ENAP (2014), no princípio da 1.4 Instrumentos de planejamento
exclusividade, verifica-se que a lei orçamentária não poderá O orçamento público é composto pelos seguintes instrumentos
conter matéria estranha à fixação das despesas e à previsão de planejamento previstos na Constituição Federal de 1988: Plano
das receitas. Esse princípio está previsto no art. 165, § 8º da Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei
Constituição, incluindo, ainda, sua exceção, haja vista que Orçamentária Anual (LOA).
a LOA poderá conter autorizações para abertura de créditos
suplementares e a contratação de operações de crédito, inclusive Comparação entre planejamento e orçamento
por antecipação de receita orçamentária. Ex.: O orçamento
do SUAS tem uma finalidade, e esta deve ser respeitada, não
havendo margem para incluir ações programáticas que não sejam
de acordo com as leis e normativas vigentes.

Orçamento bruto: esse princípio deve determinar que todas LOA (Operacional)
as receitas e despesas devem constar na peça orçamentária com
seus valores brutos. Esse princípio também está previsto na
Lei nº 4.320, de 1964, em seu art. 6º, que veda qualquer dedução
dos valores de receitas e despesas que constem nos orçamentos
(ENAP, 2014). LDO (Tático)

PPA (Estratégico)

11 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


Segundo a ENAP (2017), o PPA, a LDO e a LOA dão suporte à PPA e mandato do chefe do Poder Executivo
elaboração e execução orçamentária brasileira. Esses instrumentos
regem o ciclo orçamentário no Brasil e estão estritamente
relacionados entre si, formando um sistema integrado de
planejamento e orçamento que deve ser adotado pelos entes da 1º ANO DE MANDATO
Federação (municípios, estados, distrito federal e União). Além O chefe do Poder Executivo
disso, esses instrumentos representam uma verdadeira “pirâmide governa com o PPA do seu
orçamentária”, em cuja base está o PPA, no meio está a LDO e, no antecessor e elabora o seu PPA
para os próximos quatro anos.
topo, a LOA, conforme demonstrado na figura acima, que apresenta
uma comparação entre o orçamento e o planejamento. 2º ANO DE MANDATO
O chefe do Poder Executivo
1.4.1 Plano Plurianual (PPA) trabalha com seu PPA aprovado
pelo Poder Legislativo. É o 1º ano de
O PPA é o instrumento que garante o planejamento de longo prática de seu planejamento.
prazo (quando se trata do tempo dos demais instrumentos) 3º ANO DE MANDATO
na gestão pública. Nele desenham-se as metas e os objetivos
que as gestões precisam alcançar visando garantir o pleno
2 º ano de execução de seu PPA.
desenvolvimento e funcionamento da máquina pública. É o
primeiro instrumento do processo do orçamento público,
e nele não é preciso estabelecer quantificação física ou financeira, 4º ANO DE MANDATO
apenas as metas. O infográfico a seguir apresenta o fluxo simples
do ciclo do PPA, desde o primeiro ano de mandato até o seu
3 º ano de execução de seu PPA.
último ano de gestão.

12 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


1.4.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Segundo a ENAP, esse planejamento precisa ser ajustado a cada
A LDO é um instrumento de curto prazo que visa operacionalizar ano, de acordo com as necessidades e metas do governo para o ano
as diretrizes para que as metas apontadas no PPA sejam seguinte. É a LDO que diz quais são as despesas mais importantes
concretizadas de acordo com o planejamento. que o Poder Executivo deve fazer a cada ano. Em outras palavras,
é a LDO que faz a ligação entre o plano estratégico de médio
Conforme o art. 165, § 2º, da Constituição Federal de 1988: prazo, estabelecido no PPA, e o plano operacional de curto prazo,
representado pelo orçamento anual (Lei Orçamentária Anual).
“A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a QR CODE
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações Aponte a câmera do seu dispositivo móvel (smartphone ou
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das tablet) no QR Code ao lado para assistir a animação sobre
agências financeiras oficiais de fomento.” a renda familiar de uma família brasileira, a fim de melhor
compreender a LDO ou acesse o link:
https://youtu.be/wp_Av7riWRc
A ENAP (2017, p. 14), em seus estudos, propõe um exemplo prático
de uma família brasileira para compreendermos melhor a LDO.
1.4.3 Lei Orçamentária Anual (LOA)
Considere uma família brasileira cuja renda familiar é fruto do A LOA é um instrumento de curto prazo assim como a LDO.
salário mensal do pai e da mãe. Há tempos eles vêm planejando Ela traduz as necessidades reais do dia a dia e executa aquilo que foi
e economizando recursos para uma viagem de carro em várias planejado no PPA. Ela é o orçamento público propriamente dito.
cidades brasileiras, com o objetivo de que todos conheçam como o É discutida e aprovada anualmente e contém a programação
Brasil é grande e como é diversa e rica a cultura brasileira. dos gastos governamentais em cada área, e também a previsão
Mas nem sempre as coisas saem como planejado. Um pouco antes das receitas para custear esses gastos. Para entendermos a
da viagem, ocorreu um acidente com o carro. O prejuízo financeiro importância da LOA, vamos recorrer ao exemplo do
foi enorme, e eles sabem que agora a prioridade é consertar o carro. orçamento doméstico (ENAP, 2017).
Logo, a tão sonhada viagem deverá esperar um pouco mais.

13 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


Agora, suponha que, no referido exemplo da família
brasileira, a situação financeira esteja sob controle, uma
vez que conseguiu prever todo o dinheiro que receberá
no próximo ano e programar as despesas domésticas para
atender às suas necessidades e pagar os gastos relacionados
ao acidente. Em função disso, essa família poderá realizar
aquela viagem que havia planejado, pois conseguiu manter
o equilíbrio entre as receitas e as despesas (ENAP, 2017).

Esse é um exemplo de planejamento orçamentário. É preciso


prever as receitas e despesas que estimamos; todavia, esse
planejamento não precisa ser rígido, porque o valor estimado
das receitas pode não ser atingido, bem como podem ocorrer 1.5 Classificações de receitas e despesas
despesas imprevistas (ENAP, 2017). As classificações orçamentárias de receitas e despesas têm papel
fundamental na elaboração do orçamento público, inclusive
Os gastos governamentais são separados na LOA “[...] por assunto para facilitar a transparência das operações constantes em um
ou por áreas de governo, como saúde, educação, transporte e orçamento. Toda a informação orçamentária é organizada
segurança” (ENAP, 2017, p. 16). Cada área, por sua vez, segundo um tipo de classificação.

“[...] possui seus programas e ações orçamentárias. Por exemplo, 1.5.1 Receita pública
na área de educação, podemos ter um programa de melhoria na São utilizados diversos aspectos para a classificação das receitas
qualidade do ensino, ou então um programa voltado ao uso eficiente públicas. Podemos observar, no quadro a seguir, que “[...] a
dos gastos em educação.” (ENAP, 2017, p. 16). classificação da natureza da receita está composta por seis níveis,
oito dígitos e busca identificar a origem do recurso conforme seu
fato gerador” (BRASIL, 2013, p. 17).

14 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


Código Descrição Cabe ressaltar que os níveis antecedentes são agregações das receitas
dos níveis subsequentes, como se observa no exemplo a seguir.
1.0.0.0.00.0.0 Receitas Correntes
Imposto sobre a exportação
1.1.0.0.00.0.0 Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
Código
1.1.1.1.02.00
1.1.1.0.00.0.0 Impostos

1.1.1.1.00.0.0 Impostos sobre o Comércio Exterior

1.1.1.2.00.0.0 Impostos sobre o Patrimônio


alínea subalínea
1.1.1.3.00.0.0 Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza categoria rubrica referem-se a
econômica origem
Imposto sobre a
... CONTINUIDADE Exportação
espécie identifica o
referem-se ao
Imposto sobre
Fonte: Adaptado do “Caderno de Gestão Financeira e Orçamentária do SUAS” refere-se às refere-se à detalhamento
Comércio
(BRASIL, 2013). Receitas Receita do bem
Exterior
Correntes Tributária refere-se a exportado (seu
Impostos preenchimento
é facultativo)

Fonte: Adaptado de Caderno de Gestão Financeira e Orçamentária do SUAS


(Brasil, 2013).

15 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


Estrutura da codificação MTO 1.5.2 Classificação econômica
O artigo 11 da Lei nº 4.320/1964 estabelece que a receita será
(Manual Técnico do Orçamento) 2023
classificada em duas categorias econômicas: receitas correntes e
receita de capital. Com a Portaria Interministerial STN/SOF n° 338,
de 26 de abril de 2006, essas categorias foram detalhadas em receitas
DÍGITO: 1º 2º 3º 4º a 7º 8º correntes intraorçamentárias e receitas de capital intraorçamentárias.
Não se trata, porém, de novas categorias econômicas de receita, mas
Desdobramentos de especificações das categorias econômicas corrente e de capital, que
Categoria para identificação
SIGNIFICADO:
Econômica
Origem Espécie
de peculiaridades Tipo possuem os seguintes códigos:
da receita

7. Receitas Correntes Intraorçamentárias


Confira, a seguir, um exemplo do SUAS. 8. Receitas de Capital Intraorçamentárias

Transferências de Recursos do Fundo Nacional 1.5.3 Classificação por fonte


de Assistência Social (FNAS) Segundo o Manual Técnico do Orçamento (MTO), a origem da
fonte “[...] é o detalhamento das categorias econômicas ‘Receitas
Código Correntes’ e ‘Receitas de Capital’, com vistas a identificar a

1.7.1.6.00.0.0 procedência das receitas no momento em que ingressam nos cofres


públicos” (BRASIL, 2022, não paginado).

Detalhamento da Ainda de acordo com o MTO (BRASIL, 2022), as receitas são


Receitas Receita
Fonte da arrecadadas de forma concatenada e sequencial no tempo,
Correntes Transferências Receita
visto que há arrecadações que se inter-relacionam e dependem
Assistência
de um fato gerador inicial a partir do qual, por decurso de
Social
prazo sem pagamento, surgem outros, na ordem lógica dos
Transferências
Federais acontecimentos jurídicos:

“1) primeiro, o fato gerador da Receita Orçamentária Propriamente


Fonte: Adaptado de Manual Técnico do Orçamento 2023 (BRASIL, 2022). Dita, que ocorre quando da subsunção do fato, no mundo real,
à norma jurídica;

16 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


2) segundo, a obrigação de recolher multas e juros incidentes sobre Códigos da origem para as receitas correntes e de capital
a Receita Orçamentária Propriamente Dita, cujo fato gerador é o
Categoria Econômica (1º Dígito) Origem (2º Dígito)
decurso do prazo estipulado por lei para pagamento, sem que isso tenha
ocorrido. (Esse fato gerador depende, nos primórdios – na origem –, 1. Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
2. Contribuições
da existência da Receita Orçamentária Propriamente Dita); e
3. Receita Patrimonial
1. Receitas Correntes 4. Receita Agropecuária
3) terceiro, a obrigação de pagar a dívida ativa referente à Receita 7. Receitas Correntes Intraorçamentárias 5. Receita Industrial
6. Receita de Serviços
Orçamentária Propriamente Dita e às multas e aos juros dessa 7. Transferências Correntes
receita, cujo fato gerador é a inscrição em dívida ativa, que decorre 9. Outras Receitas Correntes
do transcurso de novo prazo e da permanência do não pagamento da 1. Operações de Crédito
receita e das multas e juros que lhe são afetos. (Novamente, 2. Alienação de Bens
2. Receitas de Capital
3. Amortização de Empréstimos
ao remetermos para o início do processo – a origem – há dependência 8. Receitas de Capital Intraorçamentárias
4. Transferências de Capital
da existência do fato gerador primeiro, inicial: a existência 9. Outras Receitas de Capital
da Receita Orçamentária Propriamente Dita);
Fonte: Adaptado de MTO (BRASIL, 2022).
4) quarto, a obrigação de recolher multas e juros incidentes sobre a
dívida ativa da Receita Orçamentária Propriamente Dita, cujo fato 1.6 Despesa pública
gerador é o decurso do prazo estipulado por lei para pagamento da Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), despesa pública
dívida ativa, sem que o pagamento tenha ocorrido. (Ao se buscar o é a aplicação do dinheiro arrecadado por meio de impostos
marco inicial dessa obrigação, conclui-se, novamente, que, ou outras fontes para custear os serviços públicos prestados à
na origem, há dependência da existência da Receita Orçamentária sociedade ou para a realização de investimentos.
Propriamente Dita).” (BRASIL, 2022, não paginado).
De acordo com o “Caderno de Gestão Financeira e Orçamentária
Cabe destacar que a origem de todo o processo orçamentário é a do SUAS” (BRASIL, 2013), as classificações relacionadas à
existência de receita e das demais arrecadações que se originam despesa “[...] respondem às principais perguntas que surgem em
do “[...] não pagamento de tributos e impostos, em uma sequência relação ao gasto orçamentário. A cada uma dessas indagações,
temporal dos acontecimentos: multas e juros de receita, dívida de corresponde um tipo de classificação” (BRASIL, 2013, p. 8).
receita, multas e juros da dívida ativa” (BRASIL, 2022).

17 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


Pergunta Tipo de Classificação

Para que serão gastos os recursos alocados? Programática 55000


Quem é o responsável pela
Institucional (órgão e unidade orçamentária)
programação a ser realizada?

Em que serão gastos os recursos? Funcional


0 - Legislativo
O que será adquirido ou pago? Por elemento de despesa

Qual o efeito econômico da


Por categoria econômica
realização da despesa?

Qual é a origem dos recursos? Por fonte de recursos 1 - Judiciário

Fonte: Adaptado de Brasil (2013).

1.6.1 Classificação institucional 2,3,4 e 5 - Executivo


A classificação institucional possibilita identificar o programa
de trabalho do governo segundo os Poderes, órgãos e Unidades
Orçamentárias (UO). A ideia principal desse classificador é
identificar a instituição que é responsável pelo gasto. Essa 7 - Encargos
classificação está presente nos documentos orçamentários e nos
atos relativos à execução da despesa. É expressa por um código
numérico de cinco dígitos de fácil interpretação. Considere o
seguinte exemplo de classificação institucional: 55000. 9 - Reserva
O primeiro dígito determina o Poder. Dessa forma, o número 5
representa uma instituição que se relaciona ao Poder Executivo.
A seguir, você pode conferir o que cada número significa quando
está no primeiro dígito (BRASIL, 2013). Fonte: Adaptado de Brasil (2013).

18 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


O dígito seguinte (55000) evidencia o órgão em questão. Voltando ao exemplo, 55000 é a Unidade Orçamentária designada
Conforme a tabela contida no Manual Técnico de Orçamento como Ministério da Cidadania. Outros exemplos do Ministério:
(MTO), 5 é o código representativo do Ministério do
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Os três últimos dígitos (000) designam a Unidade Orçamentária 55101 – Ministério do Desenvolvimento e Assistência
(UO) que é a responsável pelas ações orçamentárias em seu nível Social, Família e Combate à Fome – Administração Direta
mais detalhado. No orçamento da União, está convencionado que
o primeiro dos três últimos dígitos (000) designa a natureza da 50901 – Fundo Nacional de Assistência Social
UO, conforme descrição a seguir:

Cabe observar que uma UO não corresponde, necessariamente, a


uma estrutura administrativa. Como exemplo, podemos citar as
seguintes classificações:

0 e 1 - Administração direta
02901 - Fundo Especial do Senado Federal

74101 - Recursos sob Supervisão da Secretaria do Tesouro


Nacional – Ministério da Economia
2, 3 e 4 - Administração indireta

90000 - Reserva de Contingência

9 - Fundo
1.6.2 Classificação funcional programática
O modelo de classificação funcional atual foi introduzido também
pela reforma gerencial do orçamento em 2000. Seu principal
objetivo é identificar as áreas nas quais ocorrem as despesas, por
exemplo, saúde, educação ou indústria (BRASIL, 2013).

19 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


“Há uma matricialidade em sua lógica, ou seja, as subfunções podem Confira o fluxograma a seguir, com exemplificação
ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam das funções e subfunções.
vinculadas [...].

Classificação funcional
A classificação funcional (por funções e subfunções) serve
como um agregador dos gastos do governo, evidenciando
a programação a partir de grandes áreas de atuação
governamental. Por ser de uso comum e obrigatório para todas
as esferas de governo, esse classificador permite a consolidação
Função
08 – Assistência social
nacional dos gastos do setor público. A partir desse classificador,
é possível saber qual o nível de gastos com a função assistência
social, por exemplo, ou o nível de gastos com a subfunção
assistência comunitária (244), ou a assistência ao idoso (241).
Também é possível levantar essas informações associadas a
um determinado espaço administrativo (região, estado ou
município), de modo a se obterem dados relevantes, como o nível
242 – Assistência ao 243 – Assistência à 244 – Assistência
de gastos com a subfunção assistência à criança e ao adolescente 241 – Assistência ao idoso
portador de deficiência criança e ao adolescente comunitária

(243) na Região Nordeste, por exemplo.” (BRASIL, 2022, p. 12).

Subfunções

20 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


O fato de haver uma independência de conceitos entre função e De acordo com a Portaria Interministerial nº 163, de 4 de maio
subfunção gera uma dinâmica interessante nessa classificação de 2001, que dispõe sobre as normas gerais de consolidação das
(BRASIL, 2013). Vejamos o seguinte caso como exemplo: contas públicas no âmbito da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios (atualizada pela Portaria Conjunta
STN/SOF nº 3, de 15 de outubro de 2008), a classificação por
A atividade do Serviço de Proteção e Atendimento Integral natureza da despesa é composta por:
à Família (PAIF), realizada no município X,
é classificada na subfunção 244 (assistência comunitária) e ■ Categoria econômica
na função 08 (assistência social). ■ Grupo de Natureza da Despesa
■ Modalidade de aplicação
■ Elemento de despesa
Em termos numéricos, esse exemplo seria representado ■ Subelemento de despesa
da seguinte forma:
Segundo a Portaria Interministerial nº 163, de 4 de maio de 2001,

“Categoria econômica é composta por despesas correntes e


Função Subfunção
08 244 de capital. Por seu turno, os Grupos de Natureza da Despesa
representam a agregação de elementos de despesa que apresentam
as mesmas características quanto ao objeto de gasto. Em relação ao
elemento de despesa, este tem por finalidade identificar os objetos
1.6.3 Classificação por natureza da despesa de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias,
Essa classificação permite que informações macroeconômicas sobre material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer
os efeitos dos gastos do setor público na economia sejam obtidas, forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos
e também facilita o controle contábil do gasto (BRASIL, 2013). e material permanente, auxílios, amortização e outros de que a
administração pública se serve para a consecução de seus fins.”
“Este tipo de classificação pode proporcionar informações relevantes (apud ENAP, 2014, p. 12).
sobre a contribuição do governo à renda nacional e se essa contribuição
está aumentando ou diminuindo.” (BRASIL, 2013, p. 13).

21 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


O esquema a seguir ilustra as classificações quanto à natureza 1.6.3.1 Categoria econômica
da despesa. É o efeito econômico da realização da despesa e tem estas
características:

Código da classificação
constituído por seis algarismos Propicia elementos para avaliar o efeito econômico
das transações do setor público.

Enfatiza o efeito dos gastos sobre a economia.


Categoria Econômica de Despesa Classificação
Econômica
Grupo de Natureza da Despesa - GND da Despesa

Modalidade de Aplicação É formada por dois tipos: despesas correntes e de capital


(código 3 e 4).
Elemento de Despesas - objeto do gasto

4.4.90.52.XX Subelemento de Despesa

Equipamento e Material Permanente

Aplicação Direta

Investimento
Despesas de Capital

Fonte: Adaptado de Brasil (2013).

22 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


1.6.3.2 Grupo de Natureza da Despesa (GND) 1.6.3.3 Modalidade de aplicação
Refere-se à classe de gastos na qual será realizada a despesa. A modalidade de aplicação responde à pergunta: como serão
aplicados os recursos?

1 Pessoal e encargos sociais


A resposta indica se os recursos serão aplicados diretamente
pela unidade detentora do crédito orçamentário ou transferidos
– ainda que na forma de descentralização – a outras esferas de
governo, órgãos ou entidades.

Juros e encargos da dívida


2 É importante conhecer as seguintes modalidades de aplicação:

CÓDIGO
3 Outras despesas correntes 41 – Transferência a municípios (modalidade na qual o
FNAS classifica as despesas com as transferências regulares
e automáticas, fundo a fundo, aos municípios).

Investimentos
4 31 – Transferência a estados (modalidade na qual o FNAS
classifica as despesas com as transferências regulares e
automáticas, fundo a fundo, aos estados).

5 Inversões financeiras
40 – Transferência a municípios (são assim classificadas pelo
FNAS as despesas com repasses a municípios realizadas por
meio de convênios ou contratos de repasse).

Amortização da dívida
6
23 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO
30 – Transferência a estados (são classificadas nesta 33 – Passagens e despesas com locomoção
modalidade pelo FNAS, as despesas com repasses a estados
realizadas por meio de convênios ou contratos de repasse). 52 – Equipamento e material permanente

50 – Transferência a instituições privadas sem fins lucrativos. 92 – Despesas de exercícios anteriores

90 – Aplicação direta (nesta modalidade os municípios


ou estados classificam as despesas que são executadas
diretamente, como pagamento a fornecedores, tarifas de SAIBA MAIS
água, luz, telefone, contratos de aluguel etc.). Vale a pena visitar o Manual Técnico do Orçamento e conhecer
todos os elementos de despesas válidos para aplicação nos
orçamentos públicos. Acesse o material disponível em: https://
1.6.3.4 Elemento de despesa www1.siop.planejamento.gov.br/mto/doku.php/mto2023.
O elemento de despesa responde à pergunta: o que será
adquirido? Dois pontos importantes merecem ser destacados:

■ Os elementos de despesa não constam na LOA.


■ São utilizados apenas na execução do orçamento e como
informação complementar da sua elaboração.

Há mais de 80 elementos de despesas diferentes. Para um estudo


rápido, vamos citar alguns exemplos:

CÓDIGO
30 – Material de consumo

35 – Serviços de consultoria

24 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


1.6.3.5 Classificação por fontes de recursos 1.6.3.6 Esfera orçamentária
Esta classificação é usada nos demonstrativos da despesa para Esta classificação possibilita identificar a qual dos orçamentos
indicar a espécie de recursos que a financiam. A fonte é indicada definidos na CF/88 uma determinada programação está associada:
por um código de três dígitos, formado pela combinação do grupo
e da especificação da fonte. Conforme o MTO 2023,
o primeiro dígito determina o grupo de fonte de recursos, CÓDIGO
e os dois dígitos seguintes, sua especificação. 10 – Orçamento Fiscal

Os grupos de fontes de recursos são: 20 – Orçamento da Seguridade Social

30 – Orçamento de Investimento
CÓDIGO
1 – Recursos arrecadados no exercício corrente. Exemplo:
atividades-fim da seguridade social.

3 – Recursos arrecadados em exercícios anteriores.


Exemplo: recursos próprios livres.

7 – Recursos de operações de crédito ressalvadas pela Lei


de Crédito Adicional da Regra de Ouro. Exemplo: créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.

9 – Recursos condicionados. Exemplo: benefícios do regime


geral de previdência social.

25 MÓDULO 1 - O ORÇAMENTO PÚBLICO


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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA DESIGN GRÁFICO CONTEUDISTA DO CURSO
CATARINA Supervisão: Sonia Trois José Arimateia de Oliveira
Airton Jordani Jardim Filho
Equipe de desenvolvimento e produção dos cursos Lais dos Santos da Silva SECRETARIA
originais FORMAÇÃO BÁSICA NO SUAS PARA FUNÇÕES Laura Schefer Magnus Murilo Cesar Ramos
DE NÍVEL SUPERIOR: Márcio Luz Scheibel Waldoir Valentim Gomes Junior
Nicole Alves Guglielmetti
COORDENAÇÃO GERAL Vinicius Costa Pauli NARRAÇÃO/APRESENTAÇÃO
Luciano Patrício Souza de Castro Vinicius Leão da Silva Áureo Mafra de Moraes

FINANCEIRO REVISÃO TEXTUAL AUDIODESCRIÇÃO


Fernando Machado Wolf Supervisão: Cleusa Iracema Pereira Raimundo Vanessa Tavares Wilke
Guilherme Ribeiro Colaço Mäder Vivian Ferreira Dias
CONSULTORIA TÉCNICA EAD
Giovana Schuelter PROGRAMAÇÃO NARRAÇÃO/AUDIODESCRIÇÃO
Supervisão: Alexandre Dal Fabbro Milene Silva de Castro
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Bruno Fuhrmann Kehrig Silva
Cristina Spengler Azambuja Luiz Eduardo Pizzinatto INTÉRPRETE LIBRAS
Vitória Cristina Amancio
COORDENAÇÃO DE AVEA AUDIOVISUAL
Andreia Mara Fiala Supervisão: Rafael Poletto Dutra SUPERVISÃO TUTORIA
Andrei Krepsky de Melo Amanda Herzmann Vieira
DESIGN INSTRUCIONAL Dilney Carvalho da Silva Diogo Félix de Oliveira
Supervisão: Milene Silva de Castro Daniele de Castro João Batista de Oliveira Junior
Christian Jean Abes Iván Alexis Bustingorri Thaynara Gilli Tonolli
Larissa Usanovich de Menezes Jeremias Adrian Bustingorri
Laura Tuyama Monica Stein
Rodrigo Humaita Witte
Equipe de ajuste (modelo EaD autoinstrucional) do COORDENAÇÃO DE AVEA AUDIOVISUAL
curso DESCOMPLICANDO A GESTÃO FINANCEIRA E Wilton José Pimentel Filho Supervisão: Dilney Carvalho da Silva
ORÇAMENTÁRIA DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA Isaías Scalabrin Bianchi Italo Coelho Zaccaron
SOCIAL (SUAS) Maycon Douglas da Silva
DESIGN INSTRUCIONAL
COORDENAÇÃO GERAL Supervisão: Joyce Regina Borges SECRETARIA
Susan Aparecida de Oliveira Samuel Girardi Murilo Cesar Ramos

FINANCEIRO DESIGN GRÁFICO NARRAÇÃO/APRESENTAÇÃO


Rafael Pereira Ocampo Moré Supervisão: Sonia Trois Áureo Mafra de Moraes
Vinicius Costa Pauli
CONSULTORIA TÉCNICA EAD Vinicius Leão da Silva INTÉRPRETE LIBRAS
Giovana Schuelter Vitória Cristina Amancio
REVISÃO TEXTUAL
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Supervisão: Fábio Bianchini Mattos CONTEUDISTAS DE AJUSTES
Waldoir Valentim Gomes Junior Ana Paula Campos Braga Franco
PROGRAMAÇÃO Daniele Cima Cardoso
CONTROLE DE QUALIDADE Supervisão: Bruno Fuhrmann Kehrig Silva Gissele Carraro
Luciano Patrício Souza de Castro Cleberton de Souza Oliveira Luziele Maria de Souza Tapajós
Luan da Silva Moraes Marcilio Marquesini Ferrari
DESCOMPLICANDO A
GESTÃO FINANCEIRA
E ORÇAMENTÁRIA DO
SISTEMA ÚNICO DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)

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