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Gestão Pública
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Conteudista/s
Denilson Ferreira de Magalhães (Conteudista, 2022).
Fátima Eugênia Silva (Conteudista, 2022)
Enap, 2022
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
Módulo 1 – Potencializando o seu Município para
captar recursos financeiros federais...................................................6
Unidade 1 – O Município como um potencial em captar recursos federais...... 7
1.1 Estratégias para captar recursos federais para a saúde........................................ 9
1.2 Planejamento e captação......................................................................................... 21
1.3Estrutura e organização local.................................................................................... 25
Glossário.............................................................................................125
Referências.........................................................................................127
1
Potencializando o seu Município
para captar recursos financeiros
federais
Apresentação do módulo
A captação de recursos pode ser um tema complexo para muitos, por isso, neste
módulo serão abordadas algumas formas de potencializar o Ente municipal na
captação de recursos financeiros federais, com base nos instrumentos legais
publicados pelo Ministério da Saúde, mas, principalmente, com base em experiências
e práticas implementadas pela própria Gestão municipal.
Vale ressaltar que esse é um tema que desperta muito o interesse dos Entes
federativos, porém, ainda bastante carente de publicações e farto de incertezas.
Esses fatos são desmotivadores e afastam muitos gestores das possibilidades reais
de conquistar novos projetos e investimentos para o seu Município.
Nesse sentido, a seguir são apresentadas algumas medidas gerais para iniciar o
processo de identificação e ampliação da capacidade local de captação de recursos
financeiros de interesse para a gestão municipal.
1
Médico Regulador (MR)
2
Telefonista Auxiliar de Regulação Médica (TARM)
3
Rádio-operador (RO)
*O incentivo financeiro instituído será acrescido de 30% (trinta por cento) para custeio das unidades
móveis localizadas em municípios situados na região da Amazônia Legal.
Tabela 8 – Incentivo financeiro de custeio para manutenção
das unidades móveis implantadas
Fonte: Portaria de Consolidação GM/MS 06/2017.
A adesão aos programas federais da atenção primária à saúde ocorre por meio da
Plataforma e-Gestor AB (atenção básica), que está disponível no endereço: https://
egestorab.saude.gov.br/paginas/login.xhtml. Para acessar é necessário cadastro
(login e senha). Caso ainda não tenha o seu, contate a Secretaria de Atenção
Primária do Ministério da Saúde (SAPS/MS) pelo e-mail: aps@saude.gov.br e
solicite orientações ou acesse http://aps.saudke.gov.br/servicos/servicoscontato.
Subsidie todas as suas decisões nas informações do seu Sistema de Saúde local e
confirme que tem condições de manutenção e sustentabilidade do Programa de
interesse.
Atualmente, essa já é uma prática pouco usual no financiamento federal das ações e
serviços públicos de saúde, porém, ainda observada como requisito para a captação
e a ampliação dos incentivos financeiros na atenção especializada, a exemplo, o
Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar, também
denominado Teto de MAC, e do financiamento de procedimentos não contemplados
na Tabela SUS.
Surgiu ainda com a Norma Operacional Básica do SUS 01/1996 (NOB-SUS 01/1996),
e era composto e transferido aos Entes pela produção mensal de procedimentos
ambulatoriais e hospitalares. O Limite Financeiro de MAC está regulamentado no art.
174 da Portaria de Consolidação GM/MS nº 6/2017, e é destinado ao financiamento
de ações de média e alta complexidade em saúde e de incentivos transferidos
mensalmente aos Entes.
Para os Municípios que possuem apenas Unidades Básicas de Saúde (UBS), vale
ressaltar que existe um rol de procedimentos realizados na atenção primária, porém
de financiamento de média e alta complexidade, conforme exemplos a seguir.
Vale ressaltar que todas as alterações no Teto Financeiro de MAC devem ser pactuadas
na CIB estadual e quando se tratar de procedimento a ser incorporado à Tabela SUS,
também deverá ser pactuado na Comissão Intergestores Tripartite do SUS (CIT).
Você sabia?
2
Execução dos recursos financeiros
federais com segurança técnico-
jurídica
Apresentação do módulo
Em 2021, a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei prorrogando o uso dos
saldos de recursos federais transferidos aos fundos estaduais e municipais de saúde,
estimados em R$ 23,8 bilhões. Uma medida que beneficiou não somente a gestão
estadual e municipal do SUS, mas, principalmente, a população brasileira, que tanto
anseia pelos serviços públicos de saúde.
Porém, essa situação traz reflexões sobre esse volume tão significativo de recursos
financeiros parados nas contas da Saúde: Por que estão parados? São recursos em
excesso? Não podem ser utilizados por algum impedimento legal? As possibilidades
de utilizá-los nas ações e nos serviços de saúde estão claras para os Gestores?
Existem dificuldades para executá-los?
Percebe-se que existe um certo receio dos Gestores quanto à aplicação dos federais
da saúde, e não é para menos, uma vez que os recursos federais em sua maioria são
transferidos com finalidades definidas, e comumente são denominados recursos
carimbados, a exemplo dos recursos extraordinários transferidos nos exercícios de
2020 e 2021 para o enfrento a pandemia de covid-19, que são vinculados ao objeto
definido nas portarias ministeriais, conforme ratificado no Decreto nº 10.579/2020.
O que causa essa insegurança jurídica na execução dos recursos federais é a falta de
clareza dos instrumentos infralegais responsáveis pela transferência dos recursos
financeiros, além da vasta publicação desses instrumentos tornando humanamente
impossível acompanhá-los.
Após essas observações, vale destacar que a Lei Complementar traz detalhes valiosos
quanto às ações consideradas como despesas de saúde, e elucida muitas das dúvidas
a respeito da adequada aplicação dos recursos financeiros. Vejamos (com grifos):
Art. 3º (...)
É importante destacar que essa limitação de prazo para utilização dos recursos
financeiros para o enfrentamento à covid-19, NÃO alcança o exercício 2021,
possibilitando aos gestores municipais a reprogramação e a aplicação dos recursos
em exercícios seguintes até sua total utilização, observando a finalidade/vinculação
do recurso estabelecido no instrumento (portaria) que originou a transferência.
+ Vigilância em Saúde:
• Imunização e Doenças Transmissíveis
• Zoonoses
• Rede de Frio
• Arboviroses
• Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis
• Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde
Pública
• Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde
+ Ciência e Tecnologia:
• Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde
• Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde
+ Saúde Indígena:
• Promoção, Vigilância, Proteção e Recuperação da Saúde Indígena
• Saneamento Básico em Aldeias Indígenas para Prevenção de Doenças e
Agravos
+ Educação em Saúde:
• Política Nacional de Educação Permanente em Saúde – Pneps
• Plano Nacional de Fortalecimento das Residências em Saúde
+ Saúde Digital:
• Implantação e Funcionamento da Saúde Digital e da Telessaúde no SUS
Art. 166-A
(...)
§ 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a
receita do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e
para o cálculo dos limites da despesa com pessoal ativo e inativo, nos termos do
§ 16 do art. 166, e de endividamento do ente federado, vedada, em qualquer
caso, a aplicação dos recursos a que se refere o caput deste artigo no
pagamento de:
I – despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos,
e com pensionistas; e
II – encargos referentes ao serviço da dívida. (BRASIL, 1988)
Art. 166
(...)
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não
serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem
técnica.
(...)
§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá
resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei
de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos nos §§ 11 e 12 deste
artigo poderão ser reduzidos em até a mesma proporção da limitação
incidente sobre o conjunto das demais despesas discricionárias.
Por fim, de acordo com o entendimento do Plenário do TCU, orienta-se que os recursos
financeiros oriundos de quaisquer modalidades de emendas parlamentares, não
sejam utilizados para pagamento de pessoal e encargos de folha, uma vez que
eles são considerados transferências voluntárias da União, possuindo vedação
constitucional expressa para esse tipo de despesa.
Essa é uma alternativa que tem despertado o interesse de muitos Gestores, uma
vez que gera impactos positivos no limite legal de despesas com pessoal, além de
facilitar o processo de manutenção dos serviços terceirizados.
O papel dos órgãos de controle e fiscalização, sem prejuízo das legislações específicas,
estão contemplados na legislação sanitária e são de fundamental importância para
a correta aplicação dos recursos financeiros destinados ao setor Saúde. Vejamos o
que prevê a Lei Complementar 141/2012.
Art. 38. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas,
do sistema de auditoria do SUS, do órgão de controle interno e do Conselho
de Saúde de cada ente da Federação, sem prejuízo do que dispõe esta Lei
Complementar, fiscalizará o cumprimento das normas desta Lei Complementar,
com ênfase no que diz respeito:
I – à elaboração e execução do Plano de Saúde Plurianual;
II – ao cumprimento das metas para a saúde estabelecidas na lei de
diretrizes orçamentárias;
III – à aplicação dos recursos mínimos em ações e serviços públicos de
saúde, observadas as regras previstas nesta Lei Complementar;
IV – às transferências dos recursos aos Fundos de Saúde;
V – à aplicação dos recursos vinculados ao SUS;
VI – à destinação dos recursos obtidos com a alienação de ativos adquiridos
com recursos vinculados à saúde.
Art. 39. Sem prejuízo das atribuições próprias do Poder Legislativo e do Tribunal
de Contas de cada ente da Federação, o Ministério da Saúde manterá
sistema de registro eletrônico centralizado das informações de saúde
referentes aos orçamentos públicos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, incluída sua execução, garantido o acesso público
às informações. (BRASIL, 2012)
Existe uma máxima que afirma que o Município é o Ente mais fiscalizado, porém
esse processo de fiscalização e acompanhamento da execução das ações e dos
serviços públicos de saúde, bem como dos recursos financeiros destinados ao
financiamento do SUS, está previsto na legislação sanitária, e deve ocorrer ao longo
do exercício financeiro e, não somente no seu encerramento. Vejamos o que prevê
a Lei Complementar 141/2012 (com grifos).
Por fim, além do papel de fiscalização, os órgãos de controle também são importantes
na orientação e capacitação dos Gestores e suas equipes técnicas quanto à correta
aplicação dos recursos financeiros destinados à Saúde.
A Gestão deve ter preocupação e cuidado com a prestação de contas dos recursos
federais destinados ao financiamento do setor Saúde, independentemente de ter
ampliado ou não a captação local de recursos financeiros. Existem prazos para
execução e prestação de contas, por isso, é necessário atenção com essa área.
Art. 36.
(…)
§ 1o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão comprovar a
observância do disposto neste artigo mediante o envio de Relatório de Gestão
ao respectivo Conselho de Saúde, até o dia 30 de março do ano seguinte
ao da execução financeira, cabendo ao Conselho emitir parecer conclusivo
sobre o cumprimento ou não das normas estatuídas nesta Lei Complementar,
ao qual será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso
público, sem prejuízo do disposto nos arts. 56 e 57 da Lei Complementar nº 101,
de 4 de maio de 2000.
(…)
Art. 39. Sem prejuízo das atribuições próprias do Poder Legislativo e do Tribunal
de Contas de cada ente da Federação, o Ministério da Saúde manterá sistema
de registro eletrônico centralizado das informações de saúde referentes
aos orçamentos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluída sua execução, garantido o acesso público às informações.
§ 1o O Sistema de Informação sobre Orçamento Público em Saúde (Siops),
ou outro sistema que venha a substituí-lo, será desenvolvido com observância
dos seguintes requisitos mínimos, além de outros estabelecidos pelo Ministério
da Saúde mediante regulamento:
I – obrigatoriedade de registro e atualização permanente dos dados pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios;
(...)
§ 2o Atribui-se ao gestor de saúde declarante dos dados contidos no
sistema especificado no caput a responsabilidade pelo registro dos dados
no Siops nos prazos definidos, assim como pela fidedignidade dos dados
homologados, aos quais se conferirá fé pública para todos os fins previstos nesta
Lei Complementar e na legislação concernente.
(...)
§ 6o O descumprimento do disposto neste artigo implicará a suspensão das
transferências voluntárias entre os entes da Federação, observadas as
normas estatuídas no art. 25 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.
A figura a seguir exemplifica essa vinculação dos recursos financeiros aos grupos
de despesas e blocos de financiamento do Sistema Único de Saúde, e que
necessariamente devem ser demonstrados na prestação de contas ao final do
exercício financeiro em execução. Vale ressaltar que, no decorrer do exercício em
execução, existe a possibilidade de flexibilizar a execução financeira.
É importante observar o que prevê a legislação em relação ao RDQA. Ele não é objeto
de aprovação pelo Conselho de Saúde local, nem pela Câmara de Vereadores. Esses
órgãos devem receber e analisar as informações apresentadas, certamente com
cunho fiscalizatório. As inconsistências identificadas pelo Conselho de Saúde serão
encaminhadas diretamente ao Chefe do Executivo municipal, o Prefeito. Vejamos o
que prevê a Lei Complementar 1414/2012 sobre essa questão (com grifos).
§ 6º-C. (VETADO).
§ 6º-D. (VETADO).
Por fim, foi apresentado, na unidade sobre a execução dos recursos destinados às
ações e aos serviços públicos de saúde de enfrentamento à pandemia, que esses
recursos estão vinculados ao objeto que gerou a transferência, definido em cada
instrumento legal ou infralegal (portaria) que autorizou a transferência.
Apresentação do módulo
Neste primeiro módulo, serão abordados a Inserção das Ações de Assistência Social
no Orçamento Público, os Equipamentos Públicos e a Captação de Recursos para
Política Pública de Assistência Social.
Então vamos refletir uma situação com a qual você pode se deparar: o caso da
população em situação de extrema pobreza, que não possui renda fixa, o chefe da
família vive de fazer trabalhos temporários, que mensalmente vai ao CRAS, em busca
de cesta básica, pois não possuem alimentação suficiente, estando em situação de
vulnerabilidade social. É necessário entender que os beneficiários da política de
Assistência Social, além da insuficiência de renda, incluem os indivíduos e famílias
em situação de vulnerabilidade social (pela idade, deficiências ou outras condições),
situação de violação de direitos (por violência, abandono, trabalho infantil, entre
outros), necessitam da oferta de determinados serviços públicos.
Essa situação nos leva à reflexão sobre o papel da gestão pública municipal no
enfrentamento do caso exposto, como o município pode arrecadar recursos que
venham a contribuir para oferta de ações, serviços e programas aos usuários dos
serviços? Como o município pode desenvolver ações que garantam a continuidade
dos serviços ofertados por nível de proteção social?
Sobre isso, concordamos com Salvador (2012, p. 8) quando afirma que o Orçamento
Público não é simplesmente uma peça técnica, mas um campo de luta política
com as distintas forças sociais que buscam seus interesses. É muito importante
para compreender as tendências das políticas sociais, visto que as prioridades
orçamentárias refletem “a correlação de forças sociais e os interesses envolvidos na
apropriação dos recursos públicos, bem como a definição de quem vai arcar com o
ônus do financiamento dos gastos orçamentários”.
Proteção Social
+ GND 4 –Investimentos:
Definida no Artigo 30 da LOAS, o Plano de Assistência Social tem por objetivo registrar
as prioridades a serem desenvolvidas no município, na Proteção Social Básica e
Especial, no aprimoramento da Gestão e da Rede Socioassistencial, e elaboração
de responsabilidade do órgão gestor da política que o submete à aprovação do
conselho de assistência social.
O PMAS tem sua estrutura determinada pela NOB-SUAS, 2012 devendo conter os
seguintes elementos:
I – diagnóstico socioterritorial;
V – metas estabelecidas;
1º Passo
2º Passo
3º Passo
Conselho
O conselho, conforme a NOB-SUAS, são instâncias de deliberação e controle social
na política pública de Assistência Social. Os Conselhos Municipais de Assistência
Social são importantes na fiscalização dos Fundos da política de Assistência Social.
+ CADSUAS
CADSUAS (Cadastro Nacional do SUAS): instituído pela Portaria nº 430, de 3
de dezembro de 2008, onde são registradas todas as informações cadastrais
de prefeituras, unidades gestoras, fundos, conselhos municipais e a rede
socioassistencial e trabalhadores do SUAS.
+ SIGTV
SIGTV (Sistema de Gestão de Transferências Voluntárias): é um sistema de gestão
de emendas de custeio (incremento temporário) ou investimentos (aquisição de
bens), de Emendas Parlamentares. É gerida pelo Fundo Nacional de Assistência
Social (FNAS), para transferência voluntária no SUAS, na modalidade fundo a
fundo.
+ Plataforma + Brasil
Sistema que opera transferências de recursos da união, na política de Assistência
Social tramitam as emendas para investimentos.
+ SAA
SAA (Sistema de Autenticação e Autorização): sistema responsável pela gestão
do acesso a Rede Suas. Portaria nº 15, de 17 de dezembro de 2010.
+ CNEAS
CNEAS (Cadastro Nacional das Entidades de Assistência Social): O Cadastro
Nacional de Entidades de Assistência Social (CNEAS) é um instrumento que
oferece aos órgãos gestores da política de assistência social informações sobre
as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) em seus territórios.
+ Censo SUAS
Regulamentado pelo Decreto 7.334/210. Realizado anualmente, um dos principais
instrumento para o planejamento e monitoramento da Assistência Social.
+ SAGI
SAGI (Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação): Conforme o Decreto
nº 10.357, de 20 de maio de 2020, tem por função a elaboração de avaliações
e estudos qualificado que apoiam a gestão no aperfeiçoamento das políticas
públicas.
5 Captação de Recursos e
Transferências Voluntárias
Apresentação do módulo
No presente contexto de gestão das políticas públicas e da proteção social na
realidade brasileira, é desafiador potencializar os municípios na captação de recursos
financeiros tanto federais como de outras fontes na política pública de Assistência
Social. É um desafio que vem despertando interesses de gestores(a), e equipes
técnicas, secretários(a) e demais trabalhadores do SUAS, em vista da possibilidade de
maiores investimentos para os municípios, o que reflete na qualidade dos serviços e
das ações direcionadas à população usuária da política de Assistência Social.
Este pode ser seu caso: os recursos financeiros repassados aos pequenos municípios,
não são suficientes para atender a todas as demandas do ente municipal.
Portanto, aos administradores municipais cabe buscar recursos, por meio das
chamadas transferências voluntárias, que são os convênios administrativos
(denominados contrato de repasse, termo de parceria, ...), a fim de aumentar
a receita municipal, e realizar obras, serviços e aquisições que não cabem no
orçamento municipal.
Atenção: A gestão eficaz das Receitas Próprias com base nos preceitos constitucionais
e na otimização da arrecadação, evitando penalidades aos administradores, será
eficiente com o aumento da receita própria, e a diminuição da dependência das
transferências correntes.
a) Impostos.
Convênio
Contrato de Repasse
Termo de Parceria
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) traz no § 1º, do seu art. 25, as exigências
para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de
diretrizes orçamentárias, seja do governo federal ou estadual, como meio de exigir
a regularidade fiscal dos municípios.
Quando o objeto dos repasses visa apenas prover, equipar e modernizar unidades, é
mantida a responsabilidade dos Estados, Municípios e Distrito Federal de executarem
a ação e prestarem contas dos recursos recebidos ao FNAS.
II – emenda parlamentar;
É importante ter atenção, pois as emendas especiais não precisam ser vinculadas a
instrumentos como convênios, contratos de repasses, mas podem ser usadas em
investimentos e em custeios.
Documentação Necessária
A Plataforma +Brasil notifica o beneficiário sobre todos os procedimentos na
modalidade transferência especial.
i
f Para mais informações, consulte o art. 7º da Portaria
Interministerial ME /SEGOV/-PR nº 6.411/2021.
A execução total desses recursos é munida de prazos estabelecidos e que devem ser
cumpridos. É fundamental o acompanhamento sistemático do processo, a atenção
no cadastro da proposta no sistema específico, a atenção às informações prestadas,
à natureza do objeto, assim como, a justificativa, as metas, as etapas e as parcelas.
Impedimento Técnico
O que o município não pode fazer com esse recurso?
Plataforma +Brasil
O Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), conforme o
art. 3º da PI nº 127/2007, surgiu em 2008 como uma iniciativa do Governo Federal
em prol dos processos de transferências voluntárias da União, responsável pelos
convênios, contratos de repasse e termos de parceria, desde a formalização da
proposta até a prestação de contas final. Hoje temos a Plataforma +Brasil, sistema
on-line que opera várias modalidades de transferências de recursos da União, uma
evolução da estrutura do Siconv.
Plataforma +Brasil
6 Captação de Recursos e as
Entidades Privadas
Apresentação do módulo
Como fonte de captação de recursos para os municípios é possível a realização de
parcerias voluntárias entre a administração pública e as Organizações da Sociedade
Civil (OSC), estratégia que vem contribuindo para a efetivação das políticas públicas
na realidade brasileira, e no desenvolvimento da política pública e Assistência Social.
Para iniciar nossos estudos neste módulo, é importante saber que como fonte
de captação de recursos para os municípios é possível a realização de parcerias
Fomento Colaboração
Incentivar e reconhecer
Atuar em colaboração com
ações de interesse
Função organizações da sociedade
público desenvolvidas
administrativa civil para execução de
pelas organizações
políticas públicas.
da sociedade civil.
Organizações da
Concepção Administração Pública.
sociedade civil.
Termo de Colaboração
É o instrumento jurídico a ser firmado nas parcerias estabelecidas pela Administração
Pública com organizações da sociedade civil, para a execução de serviço ou produto
de interesse público proposto pela administração pública com repasse de recursos
financeiros. (Art. 2º VII e Art. 5º e 6º, 16, 24, 29, 35, 35 A, 38, 39 III, 39 §5º, 42 XX; 53 §
2º, 55 § único, 59 § 1º – V, 64 §4º, 66 II – § único II; 72 §2º da Lei 13.019/2014)
Termo de Fomento
É o instrumento jurídico para as parcerias destinadas à consecução de finalidades
de interesse público proposto pela organização da sociedade civil com repasse de
recursos financeiros. (Art. 2º – VIII e Art. 5 e 6, 17, 24, 29, 35, 35 A, 38, 39 III, 39 §5º, 42
XX, 53 § 2º, 55 § único, 59 § 1º – V, 64 §4º, 66 II – § único II; 72 § 2º da Lei 13.019/2014)
Acordo de Cooperação
É o instrumento jurídico por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da sociedade civil para execução de
serviço ou produto de interesse público proposto pela administração pública sem
repasse de recursos financeiros. (Art. 2º – VIII – da Lei 13.019/14)
b) Contribuições sociais;
d) Férias;
e) Décimo-terceiro salário;
f) Salários proporcionais;
g) Verbas rescisórias; e
Leia mais na Lei nº 13.019, de 2014: Arts. 23, 24, 29, 30, 31 e 32.
+ Execução
Na etapa da execução de uma parceria são desenvolvidas as atividades planejadas.
+ Monitoramento e Avaliação:
É o órgão colegiado, destinado a monitorar e avaliar as parcerias celebradas
com as Organizações da Sociedade Civil, com presença obrigatória de um
representante da administração pública responsável pelo monitoramento e pela
avaliação da execução das parcerias. (Art. 2º – XI; Art. 7 – V, Art. 35 – V – h e § 6º;
Art. 59; Art. 66 § único – II da Lei 13.019/14).
+ Comissão de Seleção
É o órgão colegiado destinado a processar e julgar chamamentos públicos,
procedimento administrativo para analisar a execução, instituído por decreto
da autoridade máxima do órgão ou entidade da área responsável pela parceria.
(Art. 2º XIV – Art. 8 – IV; Art. 72 da Lei 13.019/14)
+ Prestação de Contas
A prestação de contas apresentada pelas OSC possibilita a avaliação do
cumprimento das metas e resultados previstos e alcançados. (Lei 13.019/2014:
Arts. 63 a 72)
Leia mais na Lei 13.019/2014: Arts. 2º (inciso I), 33 e 36; Código Civil Art. 44 e ss,
1.093 e ss; e Lei 9.867/1999.
Devem também manter seu Estatuto Social, membros da diretoria e dos eventuais
conselhos registrados em cartório, além dos dados cadastrais atualizados no
CNPJ e demais sistemas públicos de informação.
Para aquisição de bem durável GND4, o município vai seguir a norma vigente,
conforme o jurídico e controle interno, com licitação, adquirir o bem e o termo de
cessão de uso vai ceder o bem para uma entidade.
O CNEAS é gerenciado pelo Ministério das Cidades, sendo os responsáveis por sua
alimentação os órgãos gestores municipais, com o apoio técnico de Conselhos de
Assistência Social municipal e estadual.
A gestão dos fundos e das parcerias estabelecidas pelo Marco Regulatório das
Organizações da Sociedade Civil (MROSC):
• Celebração de parcerias;
Fundo do Idoso
O Fundo do Idoso atende a política que contemple a pessoa idosa.
BRASIL. Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre
as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível
em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 27 dez. 2021.
BRASIL. Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre
as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível
em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 27 dez. 2021.
BRASIL. Lei 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre
a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre
as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde
e dá outras providências. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.
htm. Acesso em: 27 dez. 2021.
BRASIL. Lei nº. 12.435, de 06 de julho de 2011. Lei Orgânica da Assistência Social
– LOAS. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos.
Brasília, 2021.
BRASIL. Manual de Emendas - Orçamento da União para 2022. Edição 2021. Brasília:
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento Federal.
Disponível: www2.camara.leg.br/orcamento-da-uniao. Acesso em: 10 fev. 2022.
BRASIL. Planos de Assistência Social: Diretrizes para sua elaboração. Vol. 3. Brasília:
MDS, 2008.
BRASIL. Portaria 2.601, de 6 de novembro de 2018, do, que dispõe sobre utilização
de recursos transferidos fundo a fundo pelo Ministério do Desenvolvimento
Social – MDS para o incremento temporário e a estruturação da rede no âmbito
do Suas. Disponível em: www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/
content/id/49480067/do1-2018-11-09-portaria-n-2-601-de-6-de-novembro-
de-2018-49479926. Acesso em: 24 jan. 2022.
SERPA, Ana Maria Petronetto. O SUAS ou a Rede de Proteção Social não Contributiva.
Revista da Prefeitura de Vitória. Vitória-ES. Ano I, nº 01, p.15-22, 2010.