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Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)
Classificação
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Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................. 6
2.5.1. A Leis-Quadro das Áreas Protegidas, na versão actual do (Decreto-Lei nº5-A, 2011)16
3. Conclusão ............................................................................................................................ 18
4. Bibliografia ......................................................................................................................... 19
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1. Introdução
A biodiversidade inclui, desta forma, essas variações desde a sua origem e nos seus processos
evolutivos, nas suas dimensões espaciais e temporais. Conceitos como resiliência, dinâmica
populacional, competição interespecífica, depredação, entre outros, são sua parte integrante e
indissociável. Em consequência, a diversidade biológica é parte integrante da ecologia
quantitativa.
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1.1. Objectivos
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
1.2. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho baseou-se nas seguintes linhas Metodológicas: Consultas
Bibliográficas; Leitura de páginas de internet; Análise dos conteúdos e a sua respectiva
selecção; Compilação dos dados; e o trabalho esta estruturado da seguinte maneira:
Introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia
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2. Biodiversidade e Diversidade Biológica
Constituindo-se, indubitavelmente, como o cerne e própria matéria-prima da presente
dissertação, o termo biodiversidade é um neologismo de origem anglo-saxónica (embora
estruturalmente de origem latina), resultado da contracção da expressão "diversidade
biológica"3. Num contexto literal e amplo, a diversidade biológica denomina, portanto, a
variedade que existe no mundo vivo, ou seja, dos indivíduos e entre eles. Porém, a partir desta
definição geral, várias definições específicas foram surgindo, reflectindo os diversos aspectos,
processos e organização biológica.
O denominador comum à maioria é a inclusão dos quatro níveis que a diversidade biológica
tradicionalmente comporta: diversidade molecular, genética, específica e ecos sistémica
(RAVEN, 1994).
Por seu turno, a Convenção da Diversidade Biológica (CDB, 20104) define diversidade
biológica como a variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens, incluindo, inter
alia, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos dos quais fazem parte; compreende a diversidade em de cada espécie, entre as
espécies e os ecossistemas.
É uma definição em tudo semelhante à adoptada em 2007 pelo Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (PNUMA), em que a biodiversidade é definida como a totalidade da
diversidade e variabilidade dos seres vivos e dos sistemas dos quais estes fazem parte, em
níveis que vão desde as biorregiões aos habitats particulares, em qualquer nível de
organização, incluindo os níveis infra-específicos, abarcando também o conjunto de relações
estruturais e funcionais dentro desses níveis de organização e entre eles, incluindo a acção
antrópica.
A biodiversidade inclui, desta forma, essas variações desde a sua origem e nos seus processos
evolutivos, nas suas dimensões espaciais e temporais. Conceitos como resiliência, dinâmica
populacional, competição interespecífica, depredação, entre outros, são sua parte integrante e
indissociável. Em consequência, a diversidade biológica é parte integrante da ecologia
quantitativa.
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Numa outra perspectiva, segundo Schulze & Mooney (1993) e Heywood & Baste (1995), a
biodiversidade pode ser considerada a partir de três pontos de vista:
i) Composição;
ii) Estrutura; e
iii) Função.
i) Diversidade de organismos;
ii) Genética e
iii) Ecológica - cujo elemento comum é a população.
Porém, o seu emprego nestes diversos contextos está longe de ser consensual (HEYWOOD &
BASTE, 1995; NOSS, 1990; GASTON, 1996; GHILAROV, 1996; TAKACS, 1996;
STEINBERG, 1998), o que acarreta erros conceptuais nos modelos, más interpretações de
objetivos ao nível dos planos de intervenção, entropia na análise de resultados e perceções
públicas erróneas. Os principais pontos de crítica focam-se na própria epistemologia do
termo, argumentando que é de carácter genérico, vago, dificilmente quantificável e que, por
isso, se predispõe estritamente na dependência de contextos e grupos de interesse (e.g. VAN
DER MAAREL, 1997; DOBBERTIN, 1998; SWINGLAND, 2001; SARKAR &
MARGULES, 2002). Segundo WEESIE & VAN ANDEL (2003), de entre as ambiguidades
mais impactastes sobressaem:
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i) O termo é usado tanto para descrever a variedade entre todos os níveis
organizacionais, como para os níveis singulares (e.g. da variedade de vida num
continente até à riqueza botânica de um habitat;
ii) É usado em diferentes escalas espaciais (e.g. desde uma porção milimétrica, até à
"vida na Terra");
iii) Não só é usado para descrever a variedade de um conjunto de objectos biológicos,
mas também para os objectos em si; e
iv) Não inclui apenas a componente biótica, abarcando, frequentemente, a diversidade
ecossistémica (com a componente abiótica obviamente associada).
Com sede na cidade de Montepuez, este distrito tem limite, a Norte com o Distrito de Mueda,
a Oeste com os distritos de Marrupa e Mecula da Província de Niassa, a Sul com os distritos
de Balama, Chiúre e Namuno, e a Leste com os distritos de Ancuabe e Meluco (Figura 1).
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Figura 1 - Mapa de Localização do Distrito de Montepuez (Adaptado pelo Autor)
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Do ponto de vista biológico, a justificação de preservar é multifocal mas, em última análise,
todas as razões podem ser reduzidas a duas: a diversidade é única e irrepetível e é o pilar do
equilíbrio ecológico, onde cada indivíduo é o resultado único do processo evolutivo; e que a
diversidade actual representa um equilíbrio entre as partes, sendo um sistema em que cada
componente desempenha o seu papel e a perda de um deles afeta o conjunto, ainda que possa
ser de forma praticamente incipiente.
Sob o ponto de vista histórico, embora os esforços para proteger a biodiversidade global
sejam um fenómeno recente (VAN DYKE, 2008), a conservação dos recursos naturais é
indissociável da própria consciência finita desses mesmos recursos, prévia ao conceito
moderno de serviços ecossistémicos (surgido nos finais do século XIX). De facto, esta ética24
dos recursos cresceu pela necessidade humana da sua relação com o elemento natural25. É
precisamente este princípio que está subjacente à conservação, no sentido de salvaguarda do
bem comum, por forma a não hipotecar a própria sobrevivência. Existem inúmeros exemplos
na história em que as culturas seguiram as regras, rituais e práticas organizadas em matéria de
gestão comum de recursos naturais (cf. Wilcox et al., 1980; Wilson, 2002; Primack, 2006).
Como se terá oportunidade de desenvolver na Parte III, em Moçambique este facto é de grane
importância para a elaboração de um PLGB.
Note-se na relevância dos trabalhos de Alexander Von Humboldt, Lyell E Darwin no âmbito
da Biogeografia no início do século e no seu epílogo ou de LORD MONBODDO que
descreve tacitamente a importância da preservação da natureza (Cloyd, 1972). O termo
conservação entrou em uso no final do século XIX (mormente na Europa Ocidental - Império
Britânico), referindo-se à gestão, principalmente por razões económicas, de recursos naturais
(e.g. madeira, peixe, caça, solo, pastagens e recursos minerais), integrando também o léxico
neste contexto expressões como preservação de florestas, da fauna e bacias hidrográficas.
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2.3. Conservação
Conservação é um conjunto de intervenções viradas à protecção, manutenção, reabilitação,
restauração, valorização, maneio e utilização sustentável dos recursos naturais de modo a
garantir a sua qualidade e valor, protegendo a sua essência material e assegurando a sua
integridade (da Cruz & Sola 2017).
Por sua vez (Silva, 2005), define conservação como sendo o conjunto de práticas destinadas à
protecção da diversidade biológica. Visa a manutenção da diversidade genética, dos processos
ecológicos e dos sistemas vitais essenciais, bem como o aproveitamento perene das espécies e
dos ecossistemas
E, quanto as diferenças, (Cruz & Sola, 2017), apresenta os objectivos pelos quais se volta a
prática da conservação, como protecção, manutenção, reabilitação, restauração, valorização,
maneio e utilização sustentável dos recursos naturais; ao passo que (Silva, 2005) não
apresenta estes detalhes cingindo-se em definir como é o conjunto de práticas destinadas à
protecção da diversidade biológica, ou seja, esta definição é resumo daquilo que foi proposto
por (Cruz & Sola, 2017).
As Áreas de conservação (AC) são um tipo especial de área protegida, ou seja, espaços
territoriais (incluindo seus recursos ambientais e as águas jurisdicionais) com características
naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objectivos de conservação
e de limites definidos, sob regime especial de administração, às quais se aplicam garantias
adequadas de protecção (Manetta, Barroso, Lipiani, de Azevedo, Arrais & Nunes, 2015).
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Enquanto para da Cruz e Sola (2017), Áreas de Conservação são áreas naturais demarcadas e
criadas pelo Poder Público com a finalidade de proteger e conservar a biodiversidade, as
características culturais das populações tradicionais oriundas desses locais e seus patrimónios
históricos e culturais.
As definições acima apresentadas, ambos autores são unânimes em afirmar que as Áreas de
Conservação são áreas naturais criadas pelo poder público com o objectivo de proteger e
conservar a biodiversidade biológica no planeta.
Entretanto, para o presente trabalho a definição apresentada por Cruz e Sola (2017) descreve
de uma forma mais abrangente na medida em que não só menciona o aspecto proteger a
biodiversidade, como também as características culturais das populações tradicionais oriundas
desses locais e seus patrimónios históricos e culturais.
A concepção actual das áreas de conservação põe em evidência um dos seus principais
objectivos - a conservação in situ da biodiversidade (WATKINS & KIRBY, 1998;
BOWMAN, 2002; MCNEILL, 2003). Porém, com idêntica importância surgem funções
como:
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x) Garantir que qualquer utilização de recursos biológicos esteja de acordo com os
critérios anteriores.
De facto, a maioria das organizações e agências que lidam com a conservação de recursos
naturais já utiliza modelos sistemáticos de conservação, executando métodos para identificar
redes de interconetividade entre reservas (e.g. ANDELMAN et al., 1999; MALAKOFF 2002;
NOSS et al., 2002; AIRAME et al., 2003; COWLING, 2003). Esta planificação envolve a
sistematização dos dados existentes e a elaboração de mapas de grande escala, que pretendem
eleger locais que constituirão redes de reservas ideais (e.g. GROVES, 2003). Trata-se de um
processo moroso, economicamente dispendioso, politicamente complexo e tecnicamente
intrincado, dada a variedade de análises necessária (analógica e cartográfica). Ou seja, não só
reconhece a validade dos fundamentos da Ecologia da Paisagem, como se incorporaram os
planos de gestão que certamente incluem a conservação de espécies e respectivos habitats.
Para além da escala, os objectivos derivam também de uma complexa mistura de pontos de
vista ecológicos, sociais, financeiros, históricos e filosóficos (cf. Egan & Howell, 2001;
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Hobbs, 2004 & 2007). As implicações da não formulação adequada dos objectivos
constituem-se como uma ação crítica do projecto, colocando em risco toda a cadeia
processual a jusante (cf. Miller & Hobbs, 2007) e, por retroacção, a montante.
O objectivo desta Lei é definir a legalidade dos dispositivos ambientais para melhor controle
dos seus componentes, a fim de reduzir as consequências da propriedades no que tange a
qualidade e capacidade da produtividade dos seus recursos naturais, conforme art. 2º. Com
base nos dispositivo desta Lei são definidos os factores ambientais (Guiné-Bissau, 2011, art.
3º).
Dita a Lei que todos seres humanos têm direito a um ambiente ecológico e equilibrado, a fim
de promover a qualidade nos meios da toda comunidade em virtude da melhoria de vida e do
bem-estar em geral, conforme art. 4º, inciso I. O mesmo artigo, inciso II, dispõe que deve ser
utilizada política adequada para um ambiente saudável e para garantir a continuação e
produção dos recursos para um desenvolvimento sustentável com base de qualidade e
duradoura (Guiné-Bissau, 2011).
Além disso, deve-se seguir os requisitos dos princípios referentes ao meio ambiente
específicos dos países ou organizações internacionais, a fim de resolver possíveis problemas
ambientais na gestão dos recursos naturais (Guiné-Bissau, 2011, art. 5º).
Artigo 1º
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Conforme art. 1º, o objectivo desta lei é de salvaguardar os ecossistemas, as populações
animais e vegetais que nele se habitam o sua própria diversidade biológica, assim como
promover a utilização social e económico durável, que pode incluir partes do território
nacional, os cursos de água, os lagos e o mar a ser classificados pelo decreto como parque
naturais ou nacionais, salvo dispositivo nos art. 37º e 38º como reservas naturais de meio
ambiente sensível, santuário ecológicos ou florestas sagradas (Borgb, 1997 ).
Diz o art. 2º que, conforme decreto, cabe ao Ministério do Turismo, Ambiente e Artesanato
propor acção por próprio sua iniciativa, ou seja, por iniciativa de uma das organizações
ligadas às áreas ambientais, a criação e gestão das áreas protegidas e assegurar a sua
coordenação em geral (BORGB, 1997).
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3. Conclusão
A actual crise da biodiversidade é evidente pelo declínio de espécies, em nível regional e
global, e, principalmente, pela perda acelerada de hábitats, ameaçando a manutenção de
biomas inteiros. Conservar a biodiversidade é uma necessidade, tendo em vista a sua
importância para o fornecimento de serviços ecossistêmicos e para o desenvolvimento
económico, social e cultural da humanidade. Trata-se também de um imperativo ético cada
vez mais reconhecido.
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4. Bibliografia
CRUZ, C. A., & SOLA. F. (2017). As unidades de conservação na perspectiva da educação
ambiental: Revista de Educação Ambiental Programa de Pós-Graduação em Educação
Ambiental Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Brasil.
DASHMAN, R.F. (1968). Environmental Conservation. New York, NY: John Wiley and
Sons:55-76.
SCHULZE, E.D. & MOONEY, H.A. (1993). Biodiversity and Ecosystem Function. Berlin,
New York, Springer-Verlag, 525p.
SOULÉ, M.E. & SANJAYAN, M.A. (1998). Conservation Targets. Science 279: 2060-2061.
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