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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

TEORIA DE APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA

Nome: Amado Ucacha Taibo Código: 708226487

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Psicologia de Desenvolvimento

Ano de Frequência: 2º

Cuamba, Setembro de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

TEORIA DE APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA

Nome: Amado Ucacha Taibo Código: 708226487

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Psicologia de Desenvolvimento

Ano de Frequência: 2º

Cuamba, Setembro de 2023


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Classificação
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máxima Tutor
 Capa
 Índice
Estrutura Aspectos  Introdução
organizacionais  Discussão
 Conclusão
 Bibliografia
Introdução 1. Contextualização
(Indicação clara do
problema)
2. Descrição dos objectivos
3. Metodologia adequada ao
objecto do trabalho
Conteúdo 4. Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão, escrita cuidada.
Análise e Coerência/coesão textual)
discussão 5. Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
relevantes na área de
estudo
6. Exploração dos dados

Conclusão 7. Contributos teóricos


práticos
8. Paginação, tipo e tamanho
Aspectos Formatação de letra, parágrafo,
gerais espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª 9. Rigor e coerência das
Referências edição em citações citações/referências
bibliográficas e bibliografia bibliográficas
Observação:

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Docente:

Liana Jonas Akungondo


Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 6

1.1. Objectivos ............................................................................................................................. 7

1.1.1. Geral ............................................................................................................................... 7

1.1.2. Específicos ..................................................................................................................... 7

1.2. Metodologia .......................................................................................................................... 7

2. TEORIA DE APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA ................................................................. 8

2.1. Fundamentos do behaviorismo ............................................................................................. 8

2.2. Contributo dos autores na teoria de aprendizagem behaviorista .......................................... 8

2.2.1. John Broadus Watson (1878-1958) ................................................................................ 8

2.2.2. Edwin R. Guthrie (1886-1959)-Contiguidade ................................................................ 9

2.2.3. Edward Lee Thorndike (1874-1949)-O conexionismo ................................................ 10

2.2.4. Burrhus Frederik Skinner (1904-1990)-O Behaviorismo Radical ............................... 11

2.3. Breve resumo sobre o behaviorismo ................................................................................... 14

3. Conclusão .................................................................................................................................. 15

4. Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 16


1. Introdução

O presente estudo irá de forma preocupada focar-se na teoria de aprendizagem behaviorista,


procurando de igual forma identificar os autores que falam sobre a teoria behaviorista; descrever
o contributo de diferentes autores sobre a teoria behaviorista e resumir a teoria behaviorista sob
ponto de vista pessoal.

Abordar a temática do behaviorismo exige algumas considerações prévias e distinções relevantes


sobre concepções em torno das proposições de uma ciência do comportamento que vieram se
consolidando desde a segunda década do século XX e que deram origem a variadas abordagens
sobre o assunto. Ainda que se encontre entre os behavioristas a concordância quanto à
possibilidade de uma ciência do comportamento, constata-se que há entre os diversos estudiosos
divergências quanto ao que seria tal ciência.

Ao propor-se uma ciência do comportamento esbarra-se em uma série de questões de natureza


metodológica e mesmo éticas. Discutir o que seria o comportamento e seus determinantes coloca
em análise concepções e preconcepções do homem a respeito de si mesmo e de seu papel,
levando-o a questionar convicções pessoais, morais, sociais e até religiosas. O surgimento de um
posicionamento de natureza científica nesta área, evidentemente, não se deu de forma repentina,
sendo necessário para sua compreensão remeter às suas origens filosóficas, históricas e
científicas.

O surgimento do behaviorismo implicou, em certa medida, numa revolução metodológica e


numa nova visão de homem, pois como apontado por Staats (1980) antes do aparecimento do
behaviorismo, o método fundamental para a Psicologia era o da introspecção, sendo que os
psicólogos consideravam tarefa da psicologia investigar os conteúdos, a estrutura e o
funcionamento da mente, realizando o sujeito um auto-exame e relatando a sua experiência, se
interpretando o comportamento animal através de uma extrapolação do conceito de consciência
humana.

Os objectivos abaixo descritos irão conduzir o presente estudo.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Conhecer a teoria de aprendizagem behaviorista sob ponto de vista de diferentes autores.
1.1.2. Específicos
 Identificar os autores que falam sobre a teoria behaviorista;
 Descrever o contributo de diferentes autores sobre a teoria behaviorista;
 Resumir a teoria behaviorista sob onto de vista pessoal.
1.2. Metodologia

Para a materialização do presente trabalho, usou-se o método bibliográfico, que consistiu em


consulta de obras, artigos científicos de onde foram extraídos os conceitos para adequação do
estudo em causa, versando por vários autores.

A pesquisa bibliográfica pode ser definida como aquela que “[...] possibilita um amplo alcance
de informações, além de permitir a utilização de dados dispersos em inúmeras publicações,
auxiliando também na construção, ou na melhor definição do quadro conceitual que envolve o
objecto de estudo proposto (GIL, 1994 apud LIMA; MIOTO, 2007, p.40).

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2. TEORIA DE APRENDIZAGEM BEHAVIORISTA
2.1. Fundamentos do behaviorismo

De acordo com Moreira (1942) uma teoria da aprendizagem é nada mais do que uma tentativa
humana de sistematizar áreas do conhecimento conhecidas como aprendizagem. Para Lefrançois
(2009) as teorias da aprendizagem, ou teorias comportamentais, resultam de tentativas feitas pela
psicologia de organizar, por meio do método científico, todo conhecimento acerca do
comportamento humano. Incialmente essas teorias eram pouco abrangentes mas ainda sim,
foram muito significantes para as teorias contemporâneas.

A visão de mundo dos behavioristas está vinculada aos comportamentos observáveis e


mensuráveis de um sujeito e na resposta que ele pode dar a estímulos externos. Sendo assim,
uma ideia contemporânea sobre o behaviorismo é de que o comportamento é controlado pelas
consequências (MOREIRA, 942).

2.2. Contributo dos autores na teoria de aprendizagem behaviorista


2.2.1. John Broadus Watson (1878-1958)

O termo Behaviorista foi criado por Watson, ele pretendia deixar claro que seu compromisso era
com os aspectos observáveis do comportamento humano, contrariando à psicologia da época que
estudava o que as pessoas pensavam e sentiam. Sendo assim, a maior faceta behaviorista é
abranger as leis que relacionam, estímulo, resposta e consequência (MOREIRA, 1942).

Watson foi influenciado por Pavlov, ele fez experimentos com animais e com seres humanos
admitindo que toda aprendizagem era resultado de condicionamento clássico. O
condicionamento clássico explica a aprendizagem baseada na contiguidade - a simultaneidade
dos estímulos que se tornam associados - em vez do reforçamento. Além disso, ele acreditava no
poder do ambiente para determinar o comportamento das pessoas e usou a introspecção para
tentar entender o comportamento humano (LEFRANÇOIS, 2009). Para as situações em que eram
necessárias novas respostas, Watson acreditava que isso poderia ser feito ao se construir uma
cadeia de reflexos. Dois princípios explicavam certas aprendizagens: frequência e recentidade.

O princípio da frequência diz que, quanto mais frequente associarmos uma dada resposta a um
dado estímulo, mais provavelmente os associaremos outra vez. Ou seja, se um professor de física

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após apresentar um novo conceito, perguntar sobre ele repetidas vezes em um determinado
período o estudante será capaz de dar uma reposta correcta sempre que a aquela situação lhe for
apresentada.

O princípio da recentidade diz que, quanto mais recentemente associamos uma dada resposta a
um dado estímulo, mais provavelmente os associaremos outra vez. Analisando a teoria de
Watson no ensino da Física podemos perceber que se o professor consegue elucidar um
determinado conceito para o estudante, e logo após esta explicação, perguntar sobre o tema, o
estudante pelo princípio da recenticidade deverá ser capaz de dar uma reposta correcta.

As propostas de Watson não foram organizadas em uma teoria, no entanto o Behaviorismo por
ele inventado, descartando o mentalísmo em favor do comportamentalismo é bastante influente
até os dias de hoje.

2.2.2. Edwin R. Guthrie (1886-1959)-Contiguidade

Guthrie também foi influenciado por Pavlov e seus estudos são semelhantes ao de Watson.
Segundo Lefrançois, para Guthrie apenas as condições observáveis sob as quais a aprendizagem
ocorre têm algum valor para uma teoria ou para compreensão da aprendizagem. Dessa forma, se
o indivíduo reage a uma determinada situação de uma maneira, ele reagirá, da mesma forma,
frente a mesma situação, basta que o estímulo e a resposta ocorram juntos.

Para Guthrie a aprendizagem é resultado do primeiro estímulo, ou seja, a explicação que ele dá é
fundamentada na contiguidade. Ou seja, após o primeiro contacto, um vínculo entre o estímulo e
a resposta é fixado. Dessa forma podemos perceber que ele não aceita o princípio da frequência
de Watson. No entanto, Guthrie parece estar mais de acordo com o princípio da recenticidade de
Watson.

Neste sistema, a prática é fundamental pois fixa conexões entre um comportamento e uma
variedade estímulos complexos. O reforçamento será eficaz, similarmente a punição, pois
interrompe a sequência da aprendizagem, obrigando o indivíduo optar (e, por consequência,
aprender) por outra resposta. Seus estudos trouxeram a ideia de que estímulos e respostas
ocorrem em contiguidade temporal.

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Sendo assim, no ensino de Física é importante o educador estar atento a correcção dos conceitos
apresentados, já que para Guthrie esse primeiro contacto é fundamental, além disso sobre o ponto
de vista educacional outra importante ideia, é a forma como ele descreve três modos de quebrar
hábitos:

 Apresentação repetida de um estímulo (método da fadiga);


 apresentação de um estímulo de forma tão suave que ele não chega a eliminar uma
resposta (método do limiar) e;
 apresentação de um estímulo quando a resposta não pode ocorrer (método de estímulos
incompatíveis).

A teoria de Guthrie é conhecida como uma teoria de interferência, ou seja, a extinção de


respostas ocorre por meio da aprendizagem de uma resposta incompatível.

2.2.3. Edward Lee Thorndike (1874-1949)-O conexionismo

A teoria do conexionismo por tentativa e erro de Thorndike, está fundamentada em suas


tentativas de determinar se os animais pensam, de acordo com as concepções humanas. Ou seja,
a aprendizagem para Thorndike está associada a formação de ligações estimulo-respostas
resultado de conexões neurais. Ele sempre se referia a neurônios para mostrar que não estava se
referindo a ideias e sim a impulsos nervosos direitos para acção.

Segundo Lefrançois (2009) contiguidade e reforçamento, são os dois principais esclarecimentos


para a formação das relações entre:

 Estímulos;
 Entre respostas ou;
 Entre estímulos e respostas.

A contiguidade explora que a co-ocorrência dos eventos em questão é razoável; a posição de


reforçamento leva em consideração as consequências do comportamento, Watson e Guthrie eram
teóricos da contiguidade, o reforçamento é a questão central das teorias de Thorndike.

Na teoria de Thorndike a aprendizagem envolve a formação de conexões (conexões) entre


eventos neurais correlativas a estímulos e respostas. Ou seja, a aprendizagem envolve a gravação

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de vínculos e o esquecimento implica no aniquilamento de vínculos. Dessa forma, as conexões
de E-R para Thorndike estão sujeitas a três leis:

 A lei de Efeito considerada sua principal contribuição, ela demonstra que o efeito de uma
resposta é instrumental para determinar se ele vai ser gravado ou apagado, ou seja refere-
se ao fortalecimento ou enfraquecimento de uma conexão como resultado de suas
consequências. Esta é a ideia de reforço positivo ou negativo;
 A lei do exercício considera que o fortalecimento das conexões é resultado da prática e o
seu enfraquecimento ocorre quando a prática sofre um descontinuidade (uso e desuso);
 A lei da prontidão considera uma preparação para acção.

Ainda apreciando Lefrançois, o sistema de Thorndike inclui, certo número de leis subsidiárias.
Entre elas é a mais importante é a Lei das respostas múltiplas, ou reacção variada, quando uma
pessoa que aprende enfrenta um problema ela deve ser capaz de dar respostas variadas até a que
a resposta correcta seja alcançada. Por tentativa e erro o indivíduo vai tentar respostas até que
seja recompensado. Outras leis afirmam que a cultura e a atitude influenciam o comportamento
(predisposição ou atitude), que as pessoas seleccionam suas respostas (preponderância dos
elementos), que o comportamento é generalizável e (resposta por analogia) que é a substituição
de estímulos e transferências que (mudança associativa de elementos) sugere.

Sob o ponto de vista do ensino de Física, Thorndike mostra a importância de se resolver


exercícios e errar, ou seja, o professor deve estimular seus estudantes a tentar fazer os exercícios
mesmo que eles tenham dificuldade e cometam erros, pois isso é necessário para que haja
fortalecimento das conexões como resultado da prática.

Suas contribuições mais importantes são a importância das consequências do comportamento


(recompensa e punição), a popularização do uso de animais na pesquisa psicológica e seu esforço
para aplicar princípios psicológicos em problemas reais na área de educação.

2.2.4. Burrhus Frederik Skinner (1904-1990)-O Behaviorismo Radical

Skinner não é contra as teorias (as quais considera essenciais), mas contra aquele tipo de teoria
que recorre a engenhos mentalísticos e especulativos para elucidar os eventos observáveis. O
behaviorismo radical de Skinner (radical significa raiz, assim chamado por ele busca as raízes do

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comportamento) narra o comportamento humano como sujeito de leis e insiste que para explicá-
lo, a Psicologia deveria contemplar o interno. (LEFRANÇOIS, 2009).

A apreciação experimental do comportamento realizada por Skinner tem por objectivo descobrir
as leis que comandam as interacções entre organismos e ambiente. Ele pesquisa a relação entre
as variáveis independentes (tipos e esquemas de reforçamento) e as variáveis dependentes (taxa
de aquisição, taxa de resposta e taxa de extinção).

Ele também foi muito Influenciado por Pavlov e por Thorndike. Skinner consegue coligar os
dois tipos mais importantes de aprendizagem:

 Aquele que envolve respostas eliciadas por estímulos, explicável pela utilização do
modelo pavloviano (condicionamento clássico) e;
 Aquele que envolve ações instrumentais emitidas, explicáveis devido a suas
consequências (condicionamento operante).

A aprendizagem operante acontece quando há alterações na probabilidade de uma resposta como


função dos eventos que prontamente provocaram contingências de respostas. Os acontecimentos
que alargam a probabilidade de uma resposta são chamados de reforçadores secundários. As
perspectivas de uma situação que segue o reforçamento tornam-se estímulos discriminativos SD,
que servem como reforçadores secundários.

Os reforçadores podem ser:

 Positivos (efetivos por meio de sua apresentação; recompensa) ou;


 Negativos (efetivos por meio de sua remoção; alívio).

Retirar uma punição sugere a remoção de uma consequência agradável (penalidade)


proporcionar uma punição envolve expor uma condição aversiva (castigo) após comportamento.
Os reforçadores primários atendem as necessidades básicas (como o alimento satisfaz a fome);
os reforçadores secundários tornam-se reforçadores por meio da cooptação a um reforçador
primário (por exemplo, uma luz na caixa de Skinner associada a comida torna-se reforçadora por
si mesma).

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Reforçadores generalizados são incitações que foram associados a uma multiplicidade de outros
reforçadores e tornaram-se reforçadores para vários comportamentos. Diagramas de
reforçamento podem ser ininterruptos (toda resposta correcta é reforçada) ou intermitentes
(parciais). Os esquemas intermitentes podem se basear na proporção das respostas (razão) ou no
espaço de tempo (intervalo). Ambos os esquemas, de razão e de intervalo, podem tanto ser fixos
(invariáveis) como aleatórios (variáveis). Os esquemas supersticiosos são esquemas de intervalo
fixo em que o reforçamento ocorre em momentos determinados, não importa o que o organismo
esteja fazendo. (LEFRANÇOIS, 2009)

Os esquemas contínuos resultam na conquista e invalidação rápidas. Os planos intermitentes


resultam em tempos mais longos de extinção, mas são menos eficientes para o treino inicial. A
alíquota de respostas satisfaz, tipicamente, ás expectativas de recompensa que um animal ou uma
pessoa tem probabilidade de desenvolver durante o treinamento. A extinção (um processo rápido,
algumas vezes seguido de recuperação espontânea), é a supressão do comportamento no decorrer
da passagem do tempo.

A Modelagem técnica, empregada para inferir novos comportamentos em animais, envolve o


reforçamento de respostas que caminham na direcção desejada até que a resposta final tenha sido
condicionada. Encadeamento é a transacção de sequência de respostas por potência dos
estímulos discriminativos que estão todos unidos ao mesmo reforçador primário. O
condicionamento verbal envolve reforçar certas condutas verbais, geralmente por meio de sinais
não verbais.

Desvanecimento diz respeito à aprendizagem de discriminação por meio do aumento das


diferenças no treinamento inicial e, então, pela sua redução. Generalização implica transferir
uma resposta para outros estímulos; discriminação é apresentar respostas diferentes para
estímulos muito parecidos.

A influência social por meio do uso do reforçamento positivo é comum e diligente. O controlo
por meios mais aversivos (como reforçamento negativo e punição) também é eficiente e
prevalente. As objecções à punição baseiam-se nas observações de que ela:

a) Não mostra ao transgressor o que fazer, apenas o que não fazer;


b) Quase sempre resulta na supressão e não na eliminação do comportamento;

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c) Pode acarretar alguns efeitos laterais emocionais indesejáveis, e;
d) frequentemente não funciona, ás vezes até resulta em efeitos opostos aos desejados.

Algumas formas de punição (como as reprimendas, o time-out, e o custo da resposta) não estão
sujeitas às mesmas críticas. Algumas técnicas para modificar o comportamento incluem o
reforçamento positivo, extinção e contra-condicionamento. Outra importante aplicação prática
dos princípios skinnerianos é a instrução programada.

Segundo (Moreira, 1999. p. 59.) a instrução programada apresenta os seguintes princípios:

 Pequenas etapas: a informação é apresentada por meio de um grande número de


pequenas e fáceis etapas;
 Resposta ativa: o aluno aprende melhor se participa activamente da aprendizagem;
 Verificação imediata: o aluno aprende melhor quando verifica sua resposta
imediatamente;
 Teste do programa: teste por meio da actuação do aluno.

Na instrução programada, verificamos que existem os passos determinados para o professor


organizar a sua aula e o aluno, só poderá dar a resposta que se enquadra nos textos apresentados
pelo professor.

O preceito de Skinner explica e prevê impecavelmente bem certos comportamentos, é sólido e


claro, e elucubra muito bem alguns fatos.

2.3. Breve resumo sobre o behaviorismo

Particularmente noto ocorrência de distorções ao nível das proposições teóricas behavioristas.


Muitos associam o behaviorismo à ideia da punição e outras formas de controlo aversivo.
Imaginar que deter uma tecnologia leva automaticamente ao abuso de poder é um
posicionamento que pode até se admitir do cidadão médio num primeiro momento, embora
mesmo neste caso mereça correcção, porém no meio das ciências é fundamental que as pessoas
aprendam a controlar os próprios preconceitos e mesmo ao discordar, que assumam um
posicionamento mais adequado, pautado por argumentos e não por distorções ou visões
preconceituosas.

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3. Conclusão

Ao terminarmos o presente estudo entendemos que, o behaviorismo no plano filosófico e


científico acabou por abordar temáticas delicadas, pautado por uma referência objectiva e com o
intuito de desenvolvimento de uma tecnologia do comportamento gerou distorções na
interpretação de seus propósitos, o que se reflecte na posição preconceituosa de muitas pessoas
frente a suas proposições.

O fato do behaviorismo enfatizar o papel das contingências no controle do comportamento, tendo


desenvolvido uma importante tecnologia para aplicação nesta área, gera reacções de pessoas que
sentem tal situação como uma ameaça à liberdade. Cabe frisar, no entanto, que como o próprio
Skinner (2003) lembra, os controles de facto já existem e na maioria das vezes não tem se
mostrado eficazes para os fins que se pretende. A utilização do controle efectivo não seria mais
danosa para a sociedade, assim como reflectiria positivamente na eliminação de subprodutos
inadequados das estratégias de controlo governamentais, religiosos, policiais e educacionais.

O behaviorismo continua desenvolvendo seu corpo de conhecimento e críticas são necessárias


para o enriquecimento científico.

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4. Referências Bibliográficas

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Análise de metodologia baseada no sistema de ensino individualizado de keller aplicada em
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BAUM, W. M (1999). Compreender o Behaviorismo: ciência, comportamento e cultura. Porto


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BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T (2008). Psicologias: uma introdução ao


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BRAGHIROLLI, E. M.; BISI, G. P.; RIZZON, L. A.; NICOLETTO, U (2004). Psicologia


Geral. 24 ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

FREIRE, I. R (2004). Raízes da Psicologia. 8ed. Petrópolis: Vozes.

GIL, A. C (1994). Como elaborar projectos de pesquisa. São Paulo: Atlas.

LEFRANÇOIS, G. R. (2008). Teorias da Aprendizagem. Cengage Learning, São Paulo.

LIMA, T.C.S de; Mioto, R.C.T (2007). Procedimentos metodológicos na construção do


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MOREIRA, M. A. Teorias de aprendizagem (1942)

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