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Universidade Católica de Moçambique
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Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 3
Conclusão ................................................................................................................................. 12
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1. Introdução
Objectivo Geral
Objectivos específicos
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2. O processo do ensino de Biologia
Na óptica de Krasilchik (1995), no que se refere ao ensino de Biologia, do ponto de vista
epistemológico, por um lado, geralmente se espera do aluno uma ampla capacidade de
abstracção com relação a conceitos, teorias, princípios, formulações de hipóteses e pressupostos
para o entendimento das relações entre os seres vivos. Por outro lado, também é notável, por
parte do professor, a dificuldade em explicar fenómenos a partir de processos que não são
visíveis ao olho humano, configurando-se na falta de entusiasmo para o estudo dos fenómenos
celulares e moleculares.
Para Muller et al., (2011), o conhecimento prévio trazido pelo aluno, pode ser visto como
elemento norteador para a interpretação de informações recebidas, assim como também
contribui para seleccionar e organizar os diversos significados, relacionados, que o aluno passa
a estabelecer, frente a um novo conteúdo a ser apresentado, para que ele aprenda.
Outro aspecto que merece destaque, no âmbito do processo de ensino de Biologia é com relação
à capacidade do aluno perceber e reflectir sobre seu próprio processo de ensino-aprendizagem.
É possível ajudar os alunos, nesse processo reflexivo, por meio de um ensino que adopta
diversas estratégias na sua prática pedagógica. A essa nova dimensão de ensino abrem-se
perspectivas para potencialização de aprendizagem, permitindo ao aluno ultrapassar barreiras
pessoais e ambientais (Campos et al., 2014).
Salientam ainda as autoras que as áreas de práticas educacionais, didáctica das ciências,
apontam a necessidade de se repensar as formas de abordagens do conteúdo, proporcionando o
aluno utilizar-se de suas diversas estratégias de aprendizagem ampliando assim sua rede de
significado, consequentemente percebendo seu próprio desenvolvimento intelectual –
metacognitivo.
Krasilchik (1995) “destaca a necessidade de adoptar uma estrutura curricular que contemple a
formulação de uma síntese bio-social do conteúdo a ser ensinado, envolvendo o
estabelecimento de objectivos, a escolha e a organização de conteúdo, métodos e recursos, além
do planeamento de processos de avaliação” (p. 17).
Nessa perspectiva, entende-se que não basta o domínio de conhecimentos específicos da área
da Biologia. É necessários que os professores se empenhem em superar a preponderância de
um ensino conteudista, informativo, memorístico, levando em conta a abrangência, a sequência
e, sobretudo, a integração dos conteúdos organizados, para outras dimensões que,
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conjuntamente, promovam a melhoria da qualidade de vida. Tais dimensões dizem respeito ao
ambiente, à saúde, à ética, além do aspecto histórico da disciplina (Idem).
Para Krasilchik (op. cit.), o grande desafio actual do ensino de Biologia é abandonar a ideia de
que essa ciência se constitui apenas como um conjunto de informações que precisam ser
memorizadas. Abandonar, também, uma visão equivocada de que a maioria das soluções para
minimizar os malefícios sociais deva ser assumida pelas disciplinas científicas, sobretudo a
Biologia, a qual adquire, portanto, a responsabilidade na busca de soluções para melhoria da
qualidade de vida. Estas visões, por sua vez, devem ser substituídas por uma visão mais ampla,
decorrente dos debates e pesquisas actuais.
Para além das aulas práticas, Diniz & Zuanon (2004), advogam que é necessário à valorização
do trabalho cooperativo, para a construção de conhecimentos. Sugerem os autores a envolver o
aluno directamente no processo ensino-aprendizagem, pois poderia desenvolver nos mesmos a
responsabilidade partilhada e a motivação.
Nessa perspectiva, de acordo com Campos et al., (2014), torna-se necessário reflectir e
modificar as acções educativas dos professores, diversificar formas de trabalhar conteúdos, pois
são tarefas desafiadoras para o docente que defende um ensino formativo que contribua mais
para a autonomia do que para o sucesso do indivíduo enquanto inserido no contexto da escola.
Os alunos são receptivos quando a eles são oferecidas oportunidades para exporem seus
conhecimentos construídos, enquanto sujeitos aprendizes.
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central, tem grande valor no aspecto de compartilhar o resultado de sua tarefa. Isso o
engrandece, consequentemente entusiasma o aluno, contribuindo para uma reflexão
acerca do verdadeiro significado que tem, fazer algo na sala de aula, ou mesmo fora
dela. Pode-se pensar que, provavelmente, esse conjunto de elementos incrementa sua
própria competência “(Araújo & Santos, S.d, p. 45).
Para Araújo & Santos, (S.d) o fato de determinada estratégia de ensino propiciar a
descentralização de opiniões implica também no desenvolvimento potencial e expressão das
emoções. Disso resulta que uma proposta metodológica, que têm como eixo central, possibilitar
aos alunos a organização e a direcção de situações de aprendizagem, pode efectiva e
eficazmente contribuir para uma formação integral do indivíduo. A oportunidade garantida aos
alunos para actuar, juntamente com o professor, pode contribuir, em muito, para que os alunos
experimentem novas estratégias de aprendizagem, assim como poderá servir de parâmetro para
viabilizar futuras actividades educativas desses alunos.
De acordo com a proposta de Laburú, Arruda e Nardi (2003 cit. em Castro & Goldschmidt
2016), o pluralismo no uso de recursos e metodologias é a melhor escolha porque respeita
diversidade de habilidades, gostos e tendências que existem em uma turma. Destacam que a
diversificação de actividades e de recursos didácticos possibilita a motivação dos alunos, factor
primordial para a aprendizagem (p. 129). O pluralismo de estratégias assegura mais
oportunidades para a construção do conhecimento, outorgando subsídios para que os alunos
compreendam melhor o tema que estão estudando.
Outro aspecto de relevância que não se pode omitir no ensino de Biologia diz respeito ao
carácter da sociabilização que se pode despertar nos alunos. Tal sociabilização capacita-os a
trabalhar a desenvoltura, a descentralização de opiniões, o respeito às ideias dos outros e o
esforço colectivo. Pode-se pensar que o aluno tem abertura, interesse, motivação e
predisposição para as inovações. O trabalho em grupo, a partir do confronto e do diálogo entre
os pares, possibilita construção da individualidade. Tal procedimento resulta na reflexão,
gerada pela influência e divergência de posturas e de ideias que permeiam todo o percurso
(Diniz & Zuanon, 2004).
Assim, se pretende ajudar o aluno a desconstruir a certeza de um conhecimento pautado no
senso comum, assim como romper com visões estáticas e distorcidas acerca da natureza e da
aplicabilidade do conhecimento científico. O ensino pautado nessas dimensões, além de
contribuir para transformar o conhecimento de senso comum em um conhecimento mais
elaborado, crítico, analítico, e reflexivo, abre perspectivas para a progressão da aprendizagem,
possibilitando o aluno a ultrapassar barreiras pessoais e ambientais.
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Actualmente, na didáctica existe um amplo campo de recursos e estratégias que podem auxiliar
o professor na utilização de diferentes modalidades didácticas. O professor dispõe na internet
de experimentos, equipamentos didácticos, revistas científicas que oferecem actualização sobre
os diversos temas científicos, entre outras oportunidades (Castro & Goldschmidt, 2016, p. 129).
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Método – são determinados pela relação objetivo-conteúdo, referem-se aos meios para alcançar
objetivos, ou seja, ao “como” do processo de ensino, englobando as ações a serem realizadas
pelo professor e alunos para atingir os objetivos.
2.2.Métodos de ensino
Não há método único de ensino, mas uma variedade de métodos cuja escolha depende dos
conteúdos da disciplina, das situações didáticas específicas e das características socioculturais
e de desenvolvimento mental dos alunos.
O ensino de Biologia ainda é um desafio para muitos professores e alunos. Em geral, verifica-
se que a insatisfação dos alunos ocorre por acharem que a Biologia é uma disciplina difícil,
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visto que exige uma grande capacidade de memorização, pelos inúmeros conteúdos teóricos
abordados no dia-a-dia escolar. o melhor método é variar os métodos.
Infelizmente, apesar das inúmeras críticas, o ensino de Biologia ainda se caracteriza muito, pela
memorização do “ensino tradicional”, exigindo ao aluno que decore diferentes conceitos e
pratique listas com enorme quantidade de exercícios (mecanização). A insistência exagerada
deste tipo de actividade, como se mais nada contasse, impede muitos alunos de adquiriram
outras competências e consequentemente acaba afectando a sua participação na aula.
Dewey (Cit. em Castro & Goldschmidt, 2016) criticava a educação pela instrução e propunha
a educação pela acção; criticava severamente a educação tradicional, principalmente no que se
refere à ênfase dada ao intelectualismo e à memorização. Defendia uma educação com a
finalidade de propiciar à criança condições para que resolvesse por si própria, os seus problemas
(p. 131).
Oliveira (2006), também questionou as tarefas escolares repetitivas e cansativas, opostas aos
jogos, actividades lúdicas e agradáveis, apontando como essa dualidade, presente na escola,
reproduz a dicotomia entre a aprendizagem e o prazer. Salienta ainda o autor que o modelo
tradicional de ensino, que se desenvolveu ao longo do século XIX, e que subsiste em muitas
organizações escolares, é baseado em metodologias expositivas, na fixação e memorização,
pouca aplicabilidade do conteúdo na realidade e na vivência do aluno. É um ensino basicamente
livresco, com baixo nível de interacção do sujeito com o objecto de conhecimento.
Os alunos acumulam saberes, são bem avaliados em suas provas periódicas, mas não
conseguem transferir o que aprenderam para situações reais de suas vidas. O sistema de
avaliação mede a quantidade de informação absorvida e enfatiza a memorização, a reprodução
do conteúdo por meio de exercícios, privilegia a preparação para o vestibular desde o início da
vida escolar.
Castro & Goldschmidt (2016) acrescentam que “como fruto de um ensino memorístico e sem
relação com o dia-a-dia, acaba se verificando falta de interesse dos alunos nas aulas. Esta falta
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de interesse associado a falta de motivação da turma acarreta em aulas stressantes para os alunos
e para os professores” (p. 123).
Perrenoud (2000) apud Diniz & Zuanon (2004), advogam que existe uma certa padronização
dos conteúdos e a diversificação das actividades permanece excepção. Deste modo, as
actividades que não tem nenhum componente escolhido pelo aluno, tem muito poucas
oportunidades de envolvê-lo. As aulas expositivas, apesar de importantes, contribuem para a
passividade do aluno, não desenvolvendo o espírito crítico e participativo, importantes para o
exercício da profissão.
Os autores propõem a nos posicionarmos como um sujeito educador que enfrenta os deveres e
os dilemas éticos da profissão, portanto, superando aquele sujeito que apenas transmite
informações, propondo possibilitar ao aluno a enfrentar os desafios e deveres escolares.
Pereira et al., (2013), descrevem a aula expositiva como sendo uma modalidade
didáctica importante para introduzir um assunto, reforçando uma comunicação
fundamental na sala de aula. Esse tipo de metodologia de ensino exige muita
concentração dos alunos durante a aula, sendo bastante criticado por existir pouca
interacção professor/aluno. Cabe salientar, que para que ocorra o processo de ensino-
aprendizagem, é fundamental a participação contínua dos alunos, provocando
mobilização, e criando condições para a construção e a elaboração da síntese do objecto
de estudo. Muitas vezes, a aula expositiva não favorece o diálogo, podendo para alguns
professores, as interrupções, questionamentos, observações, intervenções dos alunos,
atrapalharem o desenvolvimento do assunto, fazendo com que o professor perca o
controlo do processo.
Krasilchik (2000), reafirma o facto alegando que muitos dos alunos memorizam informações,
às vezes sem compreender a conexão de um fato ao outro, apenas para atender as exigências
escolares, e quando respondem às perguntas que lhes são feitas imitam modelos previamente
conhecidos, sem adequar as estratégias de raciocínio às novas questões.
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Conclusão
Terminado o trabalho foi possível concluir que, no âmbito do processo de ensino de bilogia, do ponto
de vista epistemológico, por um lado, geralmente se espera do aluno uma ampla capacidade de
abstracção com relação a conceitos, teorias, princípios, formulações de hipóteses e pressupostos para o
entendimento das relações entre os seres vivos. Por outro lado, também é notável, por parte do professor,
a dificuldade em explicar fenómenos a partir de processos que não são visíveis ao olho humano,
configurando-se na falta de entusiasmo para o estudo dos fenómenos celulares e moleculares. Concluiu-
se ainda que as áreas de práticas educacionais, didáctica das ciências, apontam a necessidade de
se repensar as formas de abordagens do conteúdo, proporcionando o aluno utilizar-se de suas
diversas estratégias de aprendizagem ampliando assim sua rede de significado,
consequentemente percebendo seu próprio desenvolvimento intelectual – metacognitivo.
Concluiu-se ainda que metodologia é o conjunto de procedimentos lógicos de acordo com uma
concepção de ensino que possibilita a articulação coerente dos diferentes elementos didáticos:
conteúdos, objetivos, métodos/técnicas, recursos didáticos e processos avaliativos. E finalmente
chegou-se a conclusão de que Não há método único de ensino, mas uma variedade de métodos
cuja escolha depende dos conteúdos da disciplina, das situações didáticas específicas e das
características socioculturais e de desenvolvimento mental dos alunos.
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Referencias bibliográficas
Araújo, Arali Aparecida da Costa & Santos, Sandro Prado (S.d). Olhares para o ensino em
Biologia: concepções de estudantes do ensino médio. Minas Gerais, FEIT/UEMG.
Campos et al., Luciana Maria Lunardi (2014). A motivação para aprender Biologia: o que
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Castro, Tamiris Franco de e Goldschmidt, Andréa Inês (2016). Aulas práticas em ciências:
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Diniz, Renato Eugênio da Silva & Zuanon, Átima Clemente Alves (2004). Aulas de Biologia e
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Ferreira et al., M. S (2009). Tradições Curriculares no Ensino de Biologia. In: _______. Ensino
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Krasilchik, Myriam (1995). Biologia para o século XXI. São Paulo.
Pereira, M. et al. (2012). Modalidades didácticas utilizadas no Ensino de Biologia na educação
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