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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Trabalho de: Técnicas e Metodologias em geografia Humana

Tema: O Inquérito

Nome da Estudante: Amílcar João dos Santos


Código: 708200097
Ano de Frequência: 4º, Turma A.
Dirigido ao Docente: Hélder Nahio

Nampula, Junho de 2023

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Trabalho de: Técnicas e Metodologias em geografia Humana

Tema: O Inquérito

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Geografia. UCM/IED-CRN

Tutor: Hélder Nahio

Nome da Estudante: Amílcar João dos Santos


Código: 708200097
Ano de Frequência: 4º, Turma A.

Nampula, Junho de 2023

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Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtot
máxima Tutor al
Capa 0.5
Índice 0.5
Estrutura Aspectos Introdução 0.5
organizacionais
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (Indicação clara do
problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao objecto do 2.0
Trabalho
Articulação e domínio do discurso
Conteúdo académico (expressão escrita cuidada, 2.0
Analise coerência / coesão textual)
Discurso Revisão bibliográfica nacional e
internacionais relevantes na área de 2.0
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos prático
Conclusão 2.0
Aspectos Paginação, tipo e tamanho de letra,
Gerais Formatação paragrafa, espaçamento entre linhas 1.0

Referência Normas APA Rigor e coerência das citações/referências


s 6ª edição em Bibliográficas
Bibliográfi citações e 4.0
cãs bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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Índice
Introdução.............................................................................................................................. 4

O inquérito por questionário.................................................................................................. 5

Importância de um inquérito ................................................................................................. 5

O inquérito por questionário.................................................................................................. 6

Tipos de questionário............................................................................................................. 6

Etapas para a preparação de um inquérito ............................................................................. 7

Inquérito .............................................................................................................................. 10

Conclusão ............................................................................................................................ 17

Bibliografia.......................................................................................................................... 18
Introdução
É enfático, afirmar que os Inquéritos são uma técnica que a Geografia tem utilizado
bastante para poder obter resultados científicos desejados.
O trabalho tem como objectivo falar do inquérito. De forma sucinta, far-se-á a descricao
duma forma resumida sobre o conceito do inquérito, sua respectiva importância e
acompanhado com um questionário que falara da cultura organizacional de manutenção e
conservação dos bens escolares.
A pesquisa é de grande importância na medida em que faz parte duma técnica que sempre
se coordena com o método de trabalho de campo que antes tivemos a oportunidade de
abordar ainda neste módulo. Esta técnica coloca o pesquisador sempre em contacto com o
inquirido quando os inquéritos forem sempre efectuados na situação em que o pesquisador
está directamente realizando os inquéritos.
Os resultados deste trabalho, o pesquisador julga que de forma directa ou indirecta poderão
contribuir para a concretização dos objectivos traçados no contexto de obter dados
concretos que depois de analisados e sumarizados, contribuirá para formar o meio
geográfico o ambiente total, a influência do próprio homem, ou, Geografia Humana é uma
ciência

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O inquérito por questionário
Segundo Iarossi, (2011), o inquérito pode ser definido como “uma interrogação particular
acerca de uma situação englobando indivíduos, como o objectivo de generalizar” (p.8). Os
mesmos autores referem ainda: “Um questionário, por definição, é um instrumento
rigorosamente estandardizado, tanto no texto das questões como na sua ordem. No sentido
de garantir a comparabilidade das respostas a todos os indivíduos, é indispensável que cada
questão seja colocada a cada pessoa da mesma forma, sem adaptações nem explicações
suplementares resultantes da iniciativa do entrevistador”.

Importância de um inquérito
Segundo Iarossi, (2011), fazer um inquérito é muito mais que construir um questionário. É
um processo com múltiplos passos e em que cada etapa deve estar claramente definida.
Para haver sucesso, é preciso planear antecipadamente todas as etapas e passos pré-
definidos. Se assim for, os dados obtidos serão se boa qualidade e poderemos agir sobre
estes. Para além das questões que se pretende fazer, há que estar consciente do público-
alvo e adaptar a linguagem, esquema visual e tipo de inquérito a essa população.
Também é muito importante calendarizar o tempo que deverá decorrer entre a entrega do
inquérito e a tomada de decisão, ou intervenção no campo. Quem promove um inquérito,
tem como objectivo o conhecimento de características, comportamentos, opiniões, da
população estudada.
Segundo Iarossi, (2011), a nível empresarial, o inquérito é uma forma de obter informação
adicional, criar mais valor, enfrentar a concorrência, identificar oportunidades ou aumentar
o retorno do seu investimento, entre outros. Só através destes exemplos, podemos concluir
que, em empresas, fazer inquéritos aos clientes e empregados é uma forma de
sobrevivência no mercado, cada vez mais competitivo, pois permite o conhecimento dos
envolvidos, facilitando o trabalho de adequação dos meios e serviços aos mesmos.
Para Iarossi, (2011), os inquéritos não são só utilizados por empresas. A outros níveis, os
inquéritos podem medir o grau de satisfação, a identificação de perfis, o conhecimento de
reclamações, a identificação de características e interesses, assim como pode servir para
testar novidades, acompanhar uma determinada acção, estudo do clima social, etc.
Algumas actividades onde frequentemente se recorre a este recurso é no marketing,
sondagens políticas, pesquisa nas ciências sociais, teste de novos medicamentos, projectos
e trabalhos, entre outros.

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O inquérito por questionário
Segundo Henriques, (2012), na medida em que o inquérito por questionário é um
instrumento de recolha de informação sobre uma população, a sua aplicação exige que
se garanta um número de inquiridos que viabilize a análise estatística.
Segundo Henriques, (2012), um questionário é por norma aplicado a um conjunto de
indivíduos (inquiridos), sobre os quais se pretende recolher informações (dados) para
analisar, interpretar e retirar conclusões, tendo em vista responder aos objectivos da
investigação. O conjunto total de inquiridos, cuja definição da natureza e da dimensão
é da responsabilidade do investigador, constitui a população, ou universo, do estudo.
Quando se aplica um questionário espera-se que todos os inquiridos respondam, ou seja,
a situação ideal é aquela em o número de respondentes é igual ao número total de
inquiridos (o universo do estudo). Sempre que o universo é demasiado grande, é admissível
que se inquira apenas uma sua parte, a que se chama amostra (Henriques, 2012).

Hill e Hill (2008) referem um conjunto de métodos que permitem seleccionar uma
amostra da população que agrupam em «duas famílias»:
a) Os métodos de amostragem casuais, são métodos probabilísticos, aplicam-se
quando todos os elementos do universo têm uma probabilidade conhecida e
diferente de zero de vir a integrar a amostra. Para tal, o requisito é a existência de
uma listagem com identificação de todos os elementos do universo;
b) Os métodos de amostragem não-casual, são métodos não-probabilísticos, aplicam-
se quando a probabilidade de todos os elementos do universo virem a integrar a
amostra não é conhecida, ou é igual a zero (por exemplo, quando não se cumpre o
requisito da identificação de todos os elementos do universo).

As principais vantagens das amostras probabilísticas residem no facto de permitirem garantir a


representatividade da amostra e de permitirem medir o erro associado à inferência ou
generalização dos resultados (Kalton, 1983;

Tipos de questionário
De acordo com a tipologia de Hill e Hill (2008) o questionário pode ser de três tipos:
 Aberto;
 Fechado;

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 Misto.

Segundo Hill e Hill (2008), esta tipologia está relacionada com as características das
perguntas. Um questionário aberto é constituído por perguntas abertas, cujas respostas são
construídas e escritas pelo próprio respondente. Um questionário fechado é constituído por
perguntas nas quais o respondente tem que escolher entre um conjunto de opções de
resposta alternativas fornecidas pelo autor do questionário. Um questionário misto
contempla perguntas de resposta aberta e fechada.
Segundo Hill e Hill (2008), um questionário aberto revela-se útil quando se pretende
recolher informação de carácter qualitativo, quando o investigador não tem tempo para
efectuar entrevistas ou ainda quando não há muita literatura ou a que existe não dá
indicação acerca das variáveis mais relevantes. Por sua vez, o questionário fechado revela-
se útil quando o investigador pretende obter informação quantitativa com carácter
extensivo, ou quando pretende criar uma nova variável. Finalmente, o questionário misto é
usado quando o investigador quer obter informação qualitativa para contextualizar e
complementar a informação quantitativa.

Etapas para a preparação de um inquérito


É “muito fácil elaborar um questionário, mas não é fácil elaborar um bom questionário. Por
outras palavras, não é fácil escrever um questionário que forneça dados que permitam
testar adequadamente as hipóteses de investigação” (Hill & Hill, 2008, p. 83).
Na elaboração de um questionário deve ser tido em conta que é na sua planificação que
estará parte do seu sucesso ou fracasso, porquanto “para tomar boas decisões, o
investigador necessita de um plano porque, na elaboração de um bom questionário, a
palavra-chave é planeamento” (Id., ibid.).

Para elaborar o plano de um questionário Hill e Hill (2008) e Foddy (2002) apresentam um
roteiro de procedimentos a seguir pelo investigador. Deste roteiro de procedimentos
destacam-se os seguintes passos:
i. Definição do problema e modelo teórico – a definição de uma questão ou problema
inicial envolve uma complexa rede comunicacional e contextual; a existência de
um modelo teórico permite delimitar o âmbito do assunto, minimizando os
impactos da “construção de sentido” face a fenómenos multidimensionais. Neste

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sentido, a definição rigorosa de tópicos é essencial;
ii. Listar as variáveis da investigação – as variáveis de investigação são, geralmente,
indicadas pelas hipóteses de investigação elaboradas pelo investigador. No plano
do questionário devem constar todas as variáveis, incluindo as características dos
indivíduos que compõe o universo ou a amostra do questionário;
iii. Um terceiro procedimento remete para a especificação do número de perguntas
necessário para medir cada uma das variáveis – um questionário, habitualmente, só
usa uma pergunta para medir cada uma das variáveis. Contudo, por vezes, é
necessário utilizar mais que uma pergunta;
iv. Escrever uma versão inicial para cada pergunta – este procedimento implica que,
ao escrever uma pergunta, ainda que seja na sua versão inicial, é necessário que o
investigador tenha bem presente qual o objectivo pretendido, isto é, que tipo de
informação pretende solicitar;
v. Identificar o tipo de hipótese – Hill e Hill (2008) referem a existência de dois
tipos de hipóteses: as que tratam de diferenças entre grupos de indivíduos e
hipóteses que tratam de relações entre variáveis. Para estes autores, o investigador
deve pensar cuidadosamente na natureza das hipóteses e nas perguntas com elas
associadas;
vi. Outro dos procedimentos pressupõe decidir quais as técnicas estatísticas adequadas
para o tratamento dos dados – consoante o tipo de variáveis e de hipótese, o
investigador vão decidir quais os testes estatísticos mais adequados tendem em
atenção os pressupostos destes testes, nomeadamente os que se referem ao tipo de
escala de medida das respostas. Estes aspetos devem ser considerados logo desde a
elaboração das questões. Hill e Hill (2008) referem a existência de vários tipos de
escala de medida de resposta: escalas de intervalo; escalas nominais; escalas
ordinais; e escalas de rácio;
vii. Um sétimo procedimento a considerar prende-se com a decisão acerca do tipo de
resposta desejável para cada pergunta – a decisão do tipo de resposta desejável
para cada pergunta tem como base os momentos anteriores do design da
investigação;
viii. Escrever as instruções associadas com as perguntas para informar o respondente
como deve responder é outro dos procedimentos – pretende-se que o inquirido, ao
responder às perguntas, não tenha qualquer dúvida em relação ao que lhe está a ser

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solicitado;
ix. Planear as secções do questionário – a palavra secção significa um bloco de
perguntas que têm um tema homogéneo. Se um questionário pretender recolher
factos é possível ter secções formadas por um único bloco de perguntas com tema
homogéneo;
x. Finalmente, perspectivar os inquiridos – importa ter em conta que não se trata de
sujeitos passivos, mas agentes activamente envolvidos (tal como o próprio
investigador) em processos de construção de sentido sobre a realidade.

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Inquérito

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Conclusão
A realização de inquéritos constitui um aspecto particular do trabalho do campo é o que se
relaciona com inquéritos, obrigatórios sempre que a informação a ser coligida se refere a
factos humanos.
Mesmo informações relacionadas com os recursos naturais, é possível obter resultados
positivos por inquérito a observadores locais.
Deste modo os Inquéritos constituem parte de elementos que pesquisa em ciências sociais
de estrema importância de que o pesquisador precisa de ter uma informação precisa e
conhecer os paços que são necessários para a sua realização bem como as técnicas a aplicar
no processo da realização.
Pode dizer-se que os tipos de inquérito possíveis são praticamente infinitos, já que cada
caso requer uma aproximação diferente por parte do investigador, tanto pela sua natureza
como pelos objectivos, a que informação levantada pelo inquérito deverá responder.
Apesar das vantagens óbvias desta individualização, a tendência no campo da realização de
inquérito, é cada vez mais, para uma certa normalização segundo modelo testado em
situação tipo. Esta tendência justifica-se pela necessidade da adopção de tratamentos
estatísticos ou outros, rápidos ou eficazes ou seja, capazes de rentabilizar a informação em
tempo útil. Para tanto, o uso de equipamento informático é hoje, obrigatório dependendo a
eficiência do processo duma certa normalização da análise das situações, ainda que com
alguma perca de individualidade e riqueza de conteúdo.
Para iniciar o trabalho de inquérito é necessário definir o objecto a inquerir.

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Bibliografia
Foddy, W. (2002). Como perguntar: teoria e prática da construção de perguntas em
entrevistas e questionário. Celta Editora.

Henriques, S. (2012a). Amostragem. Recurso Educacional. Universidade Aberta.


http://hdl.handle.net/10400.2/4861

Hill, M. M., & Hill, A. (2008). Investigação por questionário (2.ª ed.). Edições Sílabo.

Iarossi, G. (2011). O Poder da concepção em inquéritos por questionário. Fundação


Calouste Gulbenkian.

Kalton, G. (1983). Introduction to Survey Sampling, Series: Quantitative Aplications in


the Social Sciences. Sage Publications.

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