Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Turma: B, Sala São Mateus

TEMA:
Os Elementos de Plano de Lição de Língua Portuguesa

Estudante:
Lezito Hortêncio Armando
Código: 708206782

Curso: Português
Disciplina: Didáctica do Português
Tutor: Jacinto Cuche João
Ano de Frequência: 4º

Quelimane, Abril de 2023


Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
Máxima
Tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
Organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5

Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
Discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
Gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Índice
1. Introdução ......................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos ...................................................................................................................... 3
1.1.1. Geral ........................................................................................................................... 3
1.1.2. Específicos .................................................................................................................. 3
1.2. Metodologia da Pesquisa ................................................................................................ 3
1.3. Estrutura da Pesquisa ...................................................................................................... 3
2. Conceito de Planificação ................................................................................................... 4
2.1. Plano de Aula ................................................................................................................. 4
2.2. Elementos de Plano de Aula ........................................................................................... 4
2.2.1. Cabeçalho e Identificação ............................................................................................ 4
2.2.2. Objectivos ................................................................................................................... 5
2.2.3. Conteúdos ................................................................................................................... 5
2.2.4. Estratégias ................................................................................................................... 6
2.2.5. Recursos Didácticos .................................................................................................... 7
2.2.6. Avaliação .................................................................................................................... 7
2.3. Níveis de Planificação no Processo de Ensino e Aprendizagem ...................................... 8
2.4. Importância da Planificação no Processo de Ensino e Aprendizagem .............................. 8
2.5. Requisito para a Planificação no Processo de Ensino e Aprendizagem ............................ 9
2.6. Componentes de Planificação do Processo de Ensino e Aprendizagem ......................... 10
2.7. Exemplo de Plano de Aula da 12ª Classe ...................................................................... 10
3. Conclusão ....................................................................................................................... 14
4. Bibliografia ..................................................................................................................... 15
1. Introdução
O ensino é uma actividade que tem como uma das suas principais características
o facto de ter carácter planificado. Isso faz com que a prática do professor se oriente por
uma adequada planificação, englobando os aspectos fulcrais do plano, tais como, os
conteúdos, os objectivos/competências a desenvolver, os meios de ensino-
aprendizagem, etc.
Para o efeito, o presente capítulo, ao abordar sobre a planificação do PEA, o seu
estudo deverá permitir conceptualizar a planificação e permitir que o formando tenha
oportunidade de reconhecer a importância, os níveis, os requisitos e os tipos de
planificação; os objectivos de ensino.
Deve basear-se neste saber para planificar seu ensino, centrando-o sobre os
aprendentes, lhe facultará as oportunidades para se dar conta sobre os métodos de
ensino-aprendizagem e as suas técnicas, usadas com frequência quando, por exemplo,
pretendemos desenvolver um ensino baseado no uso de práticas participativas em sala
de aula.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Conhecer os elementos de planificação no processo de ensino e aprendizagem
1.1.2. Específicos
 Identificar os requisitos para a planificação no processo de ensino e aprendizagem;
 Descrevera importância de planificação no processo de ensino e aprendizagem;
 Apontar o conceito de planificação.
1.2. Metodologia da Pesquisa
O presente trabalho de pesquisa aponta os seguintes métodos: consulta de fontes
bibliográficas que serviram no potenciamento do mesmo em toda seu conteúdo.
1.3. Estrutura da Pesquisa
A pesquisa em alusão apresenta a seguinte estrutura a saber: capa, feedback,
índice, introdução, conteúdos do tema, conclusão e bibliografia.

3
2. Conceito de Planificação
Na perspectiva de Evangelista (s.d), a planificação é um processo de
racionalização, organização e coordenação da acção docente, articulando a actividade
escolar e a problemática do contexto social. Isto equivale, dizer que, na escola, os
professores e os alunos pertencem todos a uma determinada sociedade e a um
determinado contexto de relações sociais, onde prevalecem certas regras e normas de
conduta.
A planificação escolar é uma tarefa que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas, no que diz respeito à sua organização e coordenação mediante os objectivos
propostos, como a sua revisão e adequação ao longo do processo de ensino.
Planificar significa fazer a previsão das actividades que o professor irá
desenvolver na sala de aula. Definir os objectivos específicos, seleccionar os métodos e
meios de ensino a serem utilizados, definir as actividades do professor e dos alunos em
cada uma das funções didácticas, (Evangelista, s.d),
2.1. Plano de Aula
O plano de aula pode ser definido como a previsão dos conteúdos e actividades
de uma ou de várias aulas que compõem uma disciplina ou unidade de estudo. É a
sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia lectivo. Nele devem ser
estabelecidas de forma sistemática as actividades de tudo que será desenvolvido na sala
de aula em uma determinada disciplina e tempo, ou seja, as directrizes e os meios de
realização do trabalho do professor, (Zabala, 1998).
Um bom plano de aula deve prever diversas situações. Pensar no que acontecerá
dentro de sala de aula é fundamental para criar um ambiente adequado para a construção
do conhecimento junto aos alunos, além de trazer maior segurança e domínio ao
professor naquilo que será desenvolvido. Assim, a identificação do plano de aula é um
elemento fundamental para este planeamento.
2.2. Elementos de Plano de Aula
Nessa perspectiva, em um modelo prático (mas, não único!), estruturalmente o
Plano de Aula é constituído por: Identificação, Objectivos, Conteúdos, Metodologias,
Recursos e Avaliação, (Zabala, 1998).
2.2.1. Cabeçalho e Identificação
 Escola, Turma, Disciplina, Professor(a), Data, Horário, Duração e Tema.

4
2.2.2. Objectivos
Se o homem age, ele o faz em função de um propósito a ser alcançado. A acção
para um fim é definidora do objectivo. Portanto o objectivo "é a descrição clara do que
se pretende alcançar como resultado da nossa actividade". Só não podemos nos
esquecer, que os objectivos são voltados para aquilo que os alunos devem alcançar.
Zabala (1998), os objectivos educacionais podem ser expressos no planeamento
dos níveis:
 Objectivos Gerais: são aqueles previstos para uma determinada área de estudos, e
que se relacionam aos propósitos mais amplos e abrangentes relativo à execução de
conteúdos procedimentais, actitudinais e conceituais;
 Objectivos Específicos: são aqueles definidos especificamente para uma disciplina,
uma unidade de ensino ou uma aula. Consistem no desdobramento e na
operacionalização dos objectivos gerais. Por isso, fornecem uma orientação concreta
o estabelecimento das actividades/aula.
2.2.3. Conteúdos
A selecção dos conteúdos a serem trabalhados na aula deve responder a questão:
Para alcançar os objectivos delineados quais conteúdos devem ser trabalhados?
Considere também os critérios abaixo:
 Vinculação aos objectivos;
 Validade (aplicável à vida real);
 Significância (relação com experiências pessoais dos sujeitos);
 Utilidade para os sujeitos (atender as necessidades e interesses dos estudantes);
 Adequado à diversidade dos sujeitos;
 Adequado ao tempo da acção, (Zabala, 1998).
Para facilitar o delineamento dos conteúdos e selecção das estratégias de ensino,
Zabala (1998) propõe a tipologia dos conteúdos de aprendizagem:
 Factuais: referem-se ao conhecimento de fatos, acontecimentos, situações, dados e
fenómenos concretos e singulares. Envolve memorização e repetição;
 Conceituais: relacionam-se com conceitos propriamente ditos e referem-se ao
conjunto de fatos, objectos ou símbolos que possuem características comuns. São
mais abstractos e envolvem compreensão, reflexão, análise e comparação. Envolve
compreensão e utilização dos conhecimentos;
 Procedimentais: Referem-se ao aprender a fazer, envolvem regras, técnicas,
métodos, estratégias e habilidades. Como exemplos, temos: ler, desenhar, observar,
5
classificar e traduzir. A aprendizagem envolve a realização de acções, ou seja, para
aprender é preciso fazer e aplicar o conhecimento em diferentes contextos;
 Atitudinais: envolvem valores, atitudes e normas. Incluem-se nesses conteúdos, a
cooperação, a solidariedade, o trabalho em grupo, o respeito, a ética e o trabalho
com a diversidade. A aprendizagem desses conteúdos envolve a reflexão, tomada de
posição e avaliação, o que pode ser facilitado por meio de estudos de casos,
situações-problemas, júri simulado, etc.
2.2.4. Estratégias
Corresponde aos caminhos/meios para atingir os objectivos. Para a selecção das
estratégias de ensino é preciso responder a questão: Que situações de aprendizagem
devo organizar para que o estudante atinja os objectivos delineados? Alguns critérios
devem ser considerados na selecção das estratégias:
 Concepção pedagógica adoptada;
 Domínios dos objectivos;
 Tipologia dos conteúdos;
 Características dos estudantes;
 Características da estratégia;
 Características do professor;
 Características do assunto abordado;
 Tempo para desenvolvimento da acção;
 Recursos disponíveis: materiais, físicos, humanos e financeiros, (Zabala, 1998).
Na selecção das estratégias o alcance dos objectivos se torna mais fácil quando
estas:
 Permitem resgatar o conhecimento prévio dos estudantes;
 Promovem a participação activa dos estudantes;
 Valorizam os saberes dos estudantes, ainda que estes sejam do senso comum.
Alguns exemplos de estratégias de ensino: Jogos, dramatização, dinâmica de
grupo, roda de conversa, oficina pedagógica, palestra, projectos, resolução de
problemas, blogs, seminários, estudos de caso e outros.
Das ideias deixadas pelo autor acima, chega-se a concluir que o objectivo "é a
descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa actividade". Só não
podemos nos esquecer, que os objectivos são voltados para aquilo que os alunos devem
alcançar.

6
2.2.5. Recursos Didácticos
São os meios necessários à concretização da estratégia. Estão relacionados aos
métodos de ensino e estratégias a serem utilizadas. Devem ser previstos os recursos
materiais, físicos, humanos e financeiros, (Zabala, 1998).
Os recursos variam desde quadro branco, pincel e apagador, projector de slides,
filmes, mapas, cartazes, a aplicativos e softwares de última geração. É importante
contemplar ainda manifestações artísticas na formação, tais como poesias, músicas,
esculturas, pinturas, fotografias para aprimorar a inserção cultural dos estudantes.
Considerando o perfil actual dos estudantes, os nativos digitais, torna-se vital a inclusão
das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) em actividades dinâmicas
como jogos, simulações, aulas virtuais, etc., (Zabala, 1998).
O autor acima traz a tona em terno dos recursos didácticos quando nos faz
perceber que os estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o conteúdo
mais agradável com vistas a facilitar a compreensão e o aprendizado. Considere que a
eleição de determinados recursos e estratégias metodológicas expressam as concepções
pedagógicas adoptadas pelo docente e pela escola, bem como as intencionalidades
subliminarmente identificadas no processo educativo.
2.2.6. Avaliação
Zabala (1998), trata da verificação do alcance dos objectivos e compreende: o
processo de avaliação, os critérios e os instrumentos necessários a esse propósito.
Vamos trabalhar com quatro questões fundamentais:
 Por que avaliar?: Trata-se da verificação do alcance dos objetivos e compreende
verificar se:
 Os objectivos foram alcançados?;
 O que deu certo?;
 O que pode ser mudado/melhorado?
 O que avaliar?: A aprendizagem dos estudantes; O grau de satisfação dos
estudantes e do professor com a aula; O planeamento da aula; A participação e
envolvimento dos estudantes nas actividades desenvolvidas; O impacto da aula no
dia-a-dia dos estudantes.
 Como avaliar: Elaborar os critérios de avaliação; Construir os instrumentos de
avaliação; Apresentar e discutir os critérios de avaliação com os estudantes no início
da disciplina/aula;

7
 Quando avaliar?: Início do processo: verificar os conhecimentos prévios – Função
Diagnóstica; Durante o processo: acompanhar a aprendizagem e redireccionar o
planeamento – Função Formativa; Final do processo: decisão acerca da
progressão/certificação do estudante) – Função Somativa.
É desejável que a avaliação tenha carácter contínuo e processual, considerando-
se a participação do estudante nas actividades desenvolvidas, a evolução na trajectória
escolar e na formação das competências. Os métodos de avaliação devem ser alinhados
com as estratégias de ensino, os objectivos e os resultados a serem alcançados. Seja qual
for o método ou sistema de avaliação, considere que o momento de avaliação é também
um momento de aprendizado. Requer coerência, respeito, ética e estética, (Zabala,
1998).
2.3. Níveis de Planificação no Processo de Ensino e Aprendizagem
Na perspectiva de Libâneo (2001), a planificação pode ser feita em três níveis,
nomeadamente:
 Central: Este nível consiste em prever acções relacionadas com o processo de
Ensino-Aprendizagem numa perspectiva Nacional e é da responsabilidade do
Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano;
 Provincial: Conforme a designação, este nível consiste em programar actividades
educacionais a nível da província, tendo em conta as suas características e
necessidades específicas. Esta subordina-se à planificação central;
 Local: Para tornar cada vez mais especifica e adequada ao contexto da escola e aos
alunos, surge a necessidade de uma planificação local que contempla a previsão das
actividades a nível Distrital e Escolar, à luz dos anteriores níveis. Aluno recebe
serviços de educação especial em instituições, (Libâneo, 2001).
A planificação na escola deve partir pelo conhecimento do plano curricular,
Programas de ensino (planos temáticos) para além das políticas, planos estratégicos da
educação e legislação. Depois, cabe aos professores de forma individual, mas sobretudo,
em equipa, prepararem os planos analíticos e os planos de aulas das respectivas
disciplinas como parte da operacionalização dos planos precedentes, tendo em conta o
calendário escolar, diversos tipos dos regulamentos e as Orientações e Tarefas Escolares
Obrigatórias, (Libâneo, 2001).
2.4. Importância da Planificação no Processo de Ensino e Aprendizagem
Na óptica de Malua, (2014), no processo de ensino-aprendizagem, a planificação
do PEA é importante devido ao facto de que:

8
 Assegura a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo
que a previsão das acções docentes possibilite ao professor a realização de um
ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina;
 Permite a previsão dos objectivos, dos conteúdos e dos métodos, a partir da
consideração das exigências postas pela realidade social, do nível de preparação e
das condições socioculturais e individuais dos alunos;
 Assegura a unidade e coerência do trabalho docente, ou seja, inter-relacionar os
elementos que compõem o processo de ensino: os objectivos (o que ensinar); os
alunos e suas possibilidades (a quem ensinar); os métodos e técnicas (como ensinar);
e a avaliação, o que permite verificar em que medida as actividades inicialmente
propostas estão a ser bem-sucedidas ou não, (Malua, 2014).
 Facilita a preparação das aulas, através da selecção do material didáctico em tempo
útil; saber que tarefas o professor e os alunos devem executar; replanificar o
trabalho perante novas situações que aparecem no decorrer do Processo de Ensino-
Aprendizagem (PEA), em geral e, das aulas, em particular;
 Contribui para a realização dos objectivos visados;
 Promove a eficiência do ensino e;
 Garante maior segurança na direcção do ensino e também na economia do tempo e
energia, (Malua, 2014).
2.5. Requisito para a Planificação no Processo de Ensino e Aprendizagem
 Objectivos e tarefas da escola democrática: A primeira condição para a
planificação são as convicções seguras sobre a direcção que queremos dar ao
processo educativo na nossa sociedade, ou seja, o papel destacado pela escola para a
formação dos alunos. Os objectivos e as tarefas da escola democrática estão ligados
às necessidades de desenvolvimento cultural do povo, de modo a preparar as
crianças e jovens para a vida e para o trabalho, (Alvarenga, 2011).
 Exigência dos planos e programas oficiais: Os planos e programas oficiais de
ensino constituem outro requisito prévio para a planificação. A escola e os
professores, porém, devem ter em conta que estes planos e programas oficiais de
ensino são directrizes gerais, são documentos de referência, a partir dos quais são
elaborados planos didácticos específicos. Cabe à escola e aos professores elaborar os
seus próprios planos, seleccionar os conteúdos, os métodos e meios de organização
do ensino, em face das particularidades de cada região, de cada escola, das

9
particularidades e condições de aproveitamento escolar dos alunos, inclusive dos
alunos com Necessidades Educativas Especiais, (Idem).
 Condição Prévias paraAprendizagem: A planificação escolar está intimamente
condicionada ao nível de preparação em que os alunos se encontram, em relação às
tarefas de aprendizagem. Os conteúdos de ensino são mediados para que os alunos
assimilem activamente e os transformem em instrumentos teóricos e práticos para a
vida prática e;
 Princípios e Condições de Assimilação Activa: Este requisito diz respeito ao
domínio dos meios e condições de orientação do processo de assimilação activa nas
aulas. A planificação das unidades didácticas e das aulas deve estar em
correspondência com as formas de desenvolvimento do trabalho na sala de aula.
Uma parte importante do plano de ensino é a descrição de situações docentes
específicas, com a indicação do que os alunos farão para aprender, e do que o
professor fará para criar condições adequadas para a aprendizagem; e para dirigir a
actividade cognitiva dos alunos na sala de aula, (Alvarenga, 2011).
2.6. Componentes de Planificação do Processo de Ensino e Aprendizagem
Em toda a planificação do PEA, nos diversos níveis, se definem:
 Os objectivos;
 Seleccionam-se conteúdos a privilegiar;
 Identificam-se estratégias;
 Estabelecem-se tempos de realização e;
 Se prevêem actividades de avaliação, (Nivagara, s.d).
2.7. Exemplo de Plano de Aula da 12ª Classe
Plano de Aula
Escola Secundária Geral de Megaza - Morrumbala
Data: 10/04/2023
Classe: 12ª, Turma: C, Disciplina: Português
Unidade Temática: V – Textos Literários
Nome do Professor: Lesito Hortêncio Armando
Tema: Texto Narrativo
Tipo de aula: Aula de continuação
Objectivos Comportamentais (o aluno):
 Identificar a estrutura do texto narrativo;

10
 Distinguir as categorias da narrativa;
 Distinguir a narração da discrição;
Métodos de Ensino: Elaboração conjunta e expositiva.
Material de Ensino: O texto “Malidza”, da página 54-55 do livro do aluno (9ª classe).
Duração da Aula: 45’
Tempo Realização da Aula
5’ 1. O aluno responde a chamada.
2. Correcção do TPC
2.1. O texto narrativo é aquele que o narrador conta uma história no tempo
e no espaço;
2.2. As categorias da narrativa são: Narrador, Personagens, Acções,
Tempo e Espaço.
3. O aluno responde a um questionário oral.
15’ 3.1. O que é texto narrativo?
R: É aquele que relata acontecimentos situados no tempo e no espaço.
3.2. Quais são os elementos ou categorias da narrativa?
R: Narrador, Personagens, Espaço, Tempo e Acção.
3.3. Que tipo de narrativa, quanto ao desenlace tu conheces?
R: Narrativa Aberta e Fechada.
3.4. A que género narrativo pertence o texto?
R: O género textual da narrativa é Lenda.
20’ 4. Sistematização da aula.
Texto Narrativo
É um texto em que um narrador conta uma história, relatando uma sequência
de acontecimentos (a acção) vividos pelas personagens, num
determinado tempo e num determinado lugar (espaço).
A narrativa quanto a desenlace
Fechada – quando a história é totalmente solucionada;
Aberta – quando não é revelado o destino final das personagens ou se há
consequências directas da acção principal que não são “solucionadas”.
Estrutura do Texto Narrativo
1. Introdução – apresentam-se as personagens, refere-se à situação inicial,
geralmente calma e equilibrada. Por vezes, localiza-se a história no tempo

11
e no espaço;
2. Desenvolvimento – conjunto dos acontecimentos narrados. Inicia-se com
a primeira acção da personagem que vai provocar o “arranque” da história
propriamente dita. Sucedem-se, então as peripécias em que a personagem
se vê envolvida e que conduzem a uma situação final, em que tudo se
resolve;
3. Conclusão – é o final da história, onde tudo se estabiliza e se refere o
destino das personagens.
Modos de apresentação (ou formas de expressão)
1. Narração (momento de avanço) é o relato dos acontecimentos
necessários ao desenvolvimento da acção.
2. Descrição (momento de pausa) é o processo pelo qual são fornecidas
informações sobre as personagens, objectivo, espaço e sobre o tempo.
Categorias da Narrativa
1. O espaço – onde se passa a história.
1.1.Espaço físico é constituído por todos os elementos que servem de cenário
ao desenrolar da acção e a movimentação das personagens;
1.2.Espaço social é composto pelas camadas ou grupos sociais, também se
inclui o espaço cultural;
1.3.Espaço psicológico é a zona interior das personagens.
2. O tempo – quando se passa a história.
2.1.Tempo psicológico é o tempo filtrado pela vivencia subjectiva das
personagens.
2.2.Tempo histórico é revelado pelos acontecimentos de um certo período da
história de uma sociedade.
2.3.Tempo cronológico é objectivo e representa os diferentes momentos em
que ordenadamente se vão situando os acontecimentos.
Personagens
Seres que agem, provocando o desenvolvimento da acção:
1. Personagem principal /protagonista – destaca-se das outras
personagens porque é o centro da acção e toda a história se desenvolve à
volta dela.
2. Personagens secundárias / antagonista – são as personagens cujo papel

12
é de menor relevo na história.
3. Figurantes – são personagens apenas referidas, não tendo intervenção
directa na história.
Caracterização das Personagens
1. Directa – consiste na discrição das características das personagens feita
pelo narrador, por outra personagem.
2. Indirecta – pode ter de ser o leitor a tirar as suas conclusões
3. Auto-caracterização – é uma forma de caracterização directa em que a
personagem se pode caracterizar a si própria.
Acção
É o conjunto de acontecimentos interrelacionado em que as personagens se
envolvem.
Narrador
A quem cabe o papel de anunciar o discurso, isto é, de contar a história.
1. Participante / auto-diegético – se participa na história como personagem;
2. Não participante / heterodiegético – se apenas conta a história sem fazer
parte das personagens.
5’ 5. Sumário
______________________________________________________________
_____________________________________________________
Observações:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Professor: Pedagógico
__________________________ ______________________________
Lezito Hortêncio Armando Professor David António

13
3. Conclusão
A prática do ensino do ensino mostra que o que acontece na escola como
experiências da aprendizagem faz parte do currículo previsto para esse nível, classe ou
tipo de ensino. O professor, na sua planificação, desempenha, nesse sentido, o papel de
quem operacionaliza e concretiza no terreno uma planificação anteriormente feita à
níveis acima dele.
Isto, em parte orienta o professor, mas ao mesmo tempo, como vimos
anteriormente, nenhum plano do PEA pode considerar-se uma proposição rígida,
acabada, o que faz com que, da sua parte, o professor planifique, à sua maneira, as suas
aulas. O processo de ensino e aprendizagem é uma actividade intencional e, nesta
condição, requer uma planificação, a começar pelo nível central, da escola e da aula.
Neste sentido, a planificação do ensino-aprendizagem assume carácter de
obrigatoriedade para o professor: o plano de ensino determina os objectivos a que se
pretende chegar e o conteúdo a mediar e, ademais, algumas características fundamentais
da estruturação didáctico-metodológica e organização do ensino. É essencialmente uma
concepção de direcção didáctica do ensino.

14
4. Bibliografia
Alvarenga I. J. A. (2011). A Planificação Docente e o Sucesso do Processo Ensino
Aprendizagem Praia.
Evangelista, I. A. S. (s.d). Panejamento Educacional; Concepções e Fundamentos.
Libâneo, J. C. (2001). Organização e Gestão Escolar: Teoria e Prática. 4ª Ed. Goiânia:
Editora alternativa.
Malua, R.C, (2014). Importância da Planificação no Ensino de Geografia.
Nivagara, D. (s.d). Didáctica Geral: Aprender a Ensinar. Módulo de Ensino à
Distância, Universidade Pedagógica.
Zabala A. (1998). A prática Educativa: como Ensinar. Porto Alegre: Editora Artes
Médicas Sul Ltda.

15

Você também pode gostar