Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE ROVUMA

CAMPUS DE NAPIPINE 12 valores


jaime tapu

DEPARTAMENTO DE FORMACAO DE PROFESSORES


4.9.21

CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO E GESTAO DE EDUCACAO

2º Grupo: GESTÃO
FÍSICA DE STOCK

Autores: 1.Nilza Gito Jaime


2. Julia Hilario
3.Ossufo Amade
4.Fernando Joao Chave
5.Acanjo Antonio
6.Ali Muitepa Suluho
7.Dalva Basilio Uecha
8.Florencio Henrique Celestino
9. Zito Afonso
10. Carlos Bernardo Lemela
11.Farida Simoes de Oliveira

O Tutor: MA. Jaime Mamane Tapu


Introdução

A gestão de stocks é um aspecto essencial para gerir uma empresa de


modo eficiente. Perceber os produtos que há, em que quantidades e
em que lugares e a altura em que estes entram e saem simplifica
algumas tarefas dentro da empresa e ajuda a evitar problemas, como
falta e/ou excesso de stock.
A gestão de stocks tem em conta muitas variáveis e é altamente
personalizável de acordo com a dimensão, a área e a estratégia de
cada negócio. Contudo, apesar destas diferenças, é importante que as
empresas invistam na diminuição do erro humano na gestão de
stocks através da adopção de ferramentas tecnológicas, mas também
de metodologias que optimizem todas as fases do processo.
Qualquer que seja a ferramenta escolhida, estas estratégias vão ajudá-
lo a optimizar a gestão dos seus stocks e a tornar o seu negócio mais
rentável.
Gestão Física de stock

Definição de stock
Genericamente, stock é a existência de qualquer artigo ou recurso utilizado
numa organização. Um sistema de stocks é o conjunto de políticas e
controlos que fiscalizam os níveis de stocks e determinam que níveis
devem ser mantidos, quando se deve reabastecer o stock e qual deve ser a
dimensão das encomendas (Chase, 1995).
Consoante a natureza do negócio de uma organização, nela poderemos
encontrar diferentes tipos de stocks:
 Stocks necessários para a fabricação, incluindo matérias-primas, matérias
subsidiárias, embalagens e materiais de embalagem;
 Stocks de conservação os quais respeitam às peças sobresselentes
necessárias para as máquinas, ferramentas e matérias consumíveis;
 Stocks em curso de fabrico, que correspondem a produtos não concluídos e
que já implicaram o consumo de recursos;
 Stocks de produtos acabados;
Cont.

Os stocks têm naturezas diferentes. Alguns constituem os chamados


stocks “involuntários”, enquanto outros são “necessários”, por serem
essenciais à normal cadência da produção. Esta classificação deriva, em
boa medida, das principais razões que motivam a existência de stocks
(CENCAL, 2004):
Diferentes ritmos dos fluxos de entrada e saída de inputs e outputs;
Erros de previsão da procura;
Prazos de fornecimento e pouca habilidade na negociação dos prazos
acordados;
Deficiências de qualidade;
Produção antecipada para reduzir o tempo de resposta aos clientes;
Produção antecipada para regular as oscilações da procura e para
compensar irregularidades da fabricação (avarias, paragens, etc.);
Mudanças de fabrico.
Os efeitos mais importantes que resultam da existência de stocks são os
custos que acarretam e as ineficiências que ocultam. Para reduzir o nível de
stocks é necessário combater alguns dos motivos que os justificam. Nesse
sentido, terá de ser aumentada a fiabilidade dos equipamentos, eliminadas
ou reduzidas as causas de não conformidade e encurtados os tempos de
mudança de séries. Assim, as filosofias de gestão que se traduzem em
reduzidos níveis de stock (como é o caso do JIT) pressupõem a aposta na
Cont.

Objectivos da gestão física de stocks


Na generalidade dos casos, os stocks são mantidos para satisfazer as seguintes
necessidades (Chase, 1995):
 Criar segurança contra atrasos na entrega de matérias ou produtos por parte dos
fornecedores;
 Aumentar a segurança perante grandes variações na procura;
 Obter vantagem da dimensão económica de uma ordem de compra.
Custos da gestão física de stocks
Ao tomar qualquer decisão que afecte o nível de stocks, é necessário ter em
consideração os custos que lhe são inerentes e que geralmente se classificam
em (CENCAL, 2004): custos de aprovisionamento, custos de posse, custos de
ruptura e custos de informação.
Os custos de aprovisionamento, que, no caso das matérias, correspondem ao custo
de encomenda, e compreendem as remunerações e encargos com os agentes,
estudos de mercado, despesas com negociações, controlo de prazos, transporte
do produto, controlo das entregas e conferência das facturas.
Quanto aos custos de posse (ou de manutenção), estes incluem os custos das
instalações de armazenamento, manuseamento, seguros, impostos,
obsolescência, perdas por deterioração e roubos. Assim, custos elevados desta
categoria tendem a favorecer níveis de stocks baixos e frequentes reposições.
Cont.
Os custos de ruptura podem surgir na face de fabricação – pela inexistência de
materiais para dar continuidade ao processo produtivo – ou na face de

manutenção - na falta de uma peça que origina paragem de fabrico e cuja

produção não pode ser recuperada. Por outro lado, podem ainda existir custos de
ruptura quando a organização não consegue fazer face a encomendas de

clientes. Existem dois tipos de ruptura, no caso de esta ocorrer na face de


fabricação:

 Ruptura potencial – detectada antes do lançamento em fabricação, o que origina

custos comerciais na empresa;

 Ruptura real – detectada só após o lançamento em fabricação, o que obriga a um

custo de posse de stock de produtos em curso e um custo do não cumprimento


de prazos, levando à perda de vendas do produto. Por fim, os custos de
informação estão associados à obtenção de informação para a tomada de

decisões, incluindo custos de utilização de um sistema informático e a realização


Cont.
A gestão física de stocks
preocupa-se, por um lado, com a organização do espaço físico ocupado em
armazém e por outro com a conservação e movimentações necessárias desde a
recepção dos materiais, até à sua entrega aos utilizadores internos ou clientes
externos.

Estes custos surgem quando não há material disponível para fazer face ao(s)
pedido(s) do(s) cliente(s). Com isso, não só são gastas mais horas e trabalho na
elaboração de novos pedidos, como em casos extremos poderá levar à perda do(s)
cliente(s).

Embora estes sejam considerados os três principais custos associados à gestão


de stocks, Plossl, refere ainda um quarto grupo, designado por custo associado à
capacidade, que são os custos relacionados com questões laborais como horas
extraordinárias, subcontratações, despedimentos, formações e períodos de
inactividade por parte do trabalhador.
Modelos de classificação abc
Modelos de gestão que contribuem para a eficácia e eficiência na
organização de stocks
Este é o grupo de artigos com maior valor de consumo anual, embora seja
representado por um pequeno número de artigos: 15 a 20% do total de
artigos correspondem a 75 a 80% do valor do consumo anual total. Este
grupo de artigos possui o menor valor de consumo anual, embora represente
um elevado número de referências: 60 a 65% do número total de artigos
correspondem a 5 a 10% do valor do consumo anual de todos os artigos.
Modelos de classificação abc
Como não é possível nem aconselhável tratar todos os artigos da mesma
forma, a análise abc e uma ferramenta de gestão muito simples, mas com
grande eficácia na classificação correcta dos stocks, criando três níveis de
prioridade distintos na gestão dos mesmos. Assim, este método classifica
os stocks em três grandes grupos, a, b ou c, de acordo com a percentagem
dos consumos anuais que cada grupo representa.
Classe b
Este e um grupo intermédio:20 a 25% do total de artigos representam 10 a
15% do valor do consumo anual de todos os artigos.
Gestão de stocks (português europeu) ou Administração de
estoques (português brasileiro) é uma área da administração das empresas,
pois o desempenho nesta área tem reflexos imediatos nos resultados
comerciais e financeiros da empresa. (Francischini et al., 2002)
O indicador económico stock out, mede quantas vezes ou quantos dias um
dado produto em stock, atinge o saldo zero.
O objectivo da gestão de stocks envolve a determinação de três decisões principais:
• Quanto encomendar;
 Quando encomendar;
 Quantidade de stock de segurança que se deve manter para que cada artigo
assegure um nível de serviço satisfatório para o cliente.
Era constante e que levou a que se dessem, de uma forma mais ou
menos secreta, os primeiros passos na gestão de stocks. Se teoricamente, a
gestão de stocks é a área das operações organizacionais mais desenvolvida,
a prática mostra precisamente o contrário. Fazer com que um produto
em Estas decisões assumem uma dinâmica repetitiva ao longo do tempo, e
tornam-se complexas devido ao enorme leque de factores envolvidos na
tomada das mesmas. Para resolver este problema utiliza procedimentos
matemáticos e estatísticos entre eles:
 Classificação dos itens estocados, em destaque a classificação ABC (Análise
de Pareto) (Francischini et al., 2002, p. 97-102).
 Estimativas de demandas, classificadas em dependente e independente;
 Estimativas de parâmetros como Stock Máximo, Stock De Segurança
(Francischini et al., 2002,p. 152-157), Ponto De Encomenda (Francischini et
al., 2002, p. 159).
cont.

Todas as organizações, seja qual for o sector de actividade em que operem, partilham a
seguinte dificuldade: como efectuar a manutenção e controle do stock. Este problema
não reside apenas nas empresas mas também em instituição grossistas, retalhistas,
mas também em escolas, igrejas, prisões e em todo o tipo de estabelecimentos
comerciais.
Apesar deste problema existir desde sempre, apenas no século XX se começaram
a estudar e a desenvolver técnicas no sentido de lidar com esta questão, que se
tornou mais relevante depois da Segunda Guerra Mundial, onde
a incerteza stock esteja constantemente pronto a dar resposta a uma encomenda de
um cliente será uma boa definição para gestão de stocks. A sua boa gestão passa por
satisfazer a exigência, satisfazendo também a componente económica

Classificação de stocks

Classes preconizadas por Plossl:


 Matéria-prima - são diversos tipos de materiais usados no processo de fabrico e que servirão
para a obtenção do produto final;
 Componentes - subconjuntos que irão constituir o conjunto final do produto;
 Produtos em via de fabrico - componentes ou materiais que estão em espera no processo
produtivo;
 Produtos acabados - são os produtos finais que se encontram para venda,
para distribuição ou armazenagem.
Cont.
Baseado na sua utilidade, os stocks podem ainda ser colocados numa destas categorias.
 Stock em lotes - constitui o stock adquirido no sentido de antecipar as exigências, nesse
sentido, é feita uma encomenda em lotes numa quantidade maior do que o necessário;
 Stock de segurança - é o stock destinado a fazer face a incertezas tanto do ponto de vista do
fornecimento como das vendas;
 Stock sazonal - trata-se do stock constituído para afrontar picos de procura sazonais, ou
rupturas na capacidade produtiva.
 Stock em trânsito - são artigos armazenados com vista a entrarem no processo produtivo;
 Stock de desacoplamento - trata-se do stock acumulado entre actividade da produção ou em
fases dependentes.
É ainda referido por Silver et al. outra categoria:
Stock parado ou congestionado - este é designado desta forma visto os artigos terem uma
produção limitada, entrando por isso numa espécie de competição. Visto os diferentes artigos
partilharem o mesmo equipamento de produção e os tempos de instalação, os produtos
tendem a acumular enquanto esperam que o equipamento fique disponível.
Decisões na gestão física de stocks
Classificação de algumas decisões a tomar na gestão de stocks , por
categorias e sub-categorias
 Periodicidade: Encomenda única; Mais de uma encomenda
 Origem: Exterior ao fornecedor; Do fornecedor
 Procura: Procura constante; Procura variável; Procura independente;
Procura dependente
 Lead time ou tempo de aprovisionamento: Lead time constante; Lead
time variável
 Sistemas de gestão de stocks: Revisão contínua; Revisão periódica;
Quantidade óptima de encomenda.
Conclusão

Gerir a gestão física do stock é minimizar os custos e investimento financeiro


envolvido ao mesmo tempo que evita rupturas de stock que não permitam
responder em tempo útil às solicitações do cliente.
Bibliografia

ACCIOLY, Felipe et alii - Gestão de Estoques. 1a ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2008.
ISBN
BUXEY, Geoff - Reconstructing inventory management theory. International Journal of
Operations & Production Management
FRANCISCHINI, Paulino G.; GURGEL, Floriano do Amaral - Administração de materiais
e do patrimônio. São Paulo: Thomson Pioneira, 2002. ISBN 978-85-221-0261-7
GREENE, James H. - Production and Inventory Control Handbook [Em linha]. Nova
Iorque: McGraw-Hill, 1997. [Consult. 13 Mai. 2008].
ACCIOLY, Felipe et alii - Gestão de Estoques. 1a ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2008.
ISBN
BENCHKOVSKY, Nachman - A decision model for inventory management. The Journal
of Finance [Em linha]. 19:4 (1964) 689-690.
PLOSSL, George W. - Production and inventory control: principles and techniques.
Englewwod, NJ: Prentice-Hall, 1985. ISBN 978-0-13-725144-5
SILVER, Edward A.; PYKE, David F.; PETERSON, Rein - Inventory management and
production planning and sheduling. Nova Iorque: John Wiley & Sons, 1998. ISBN
978-0-471-11947-0
TERSINE, Richard J. - Principles of inventory and materials management. Nova Iorque

Você também pode gostar