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Arlete Pedro Machava

Goliate Joel Manjaze


Hortência Marcos Langa
Justino Sevenhane Guambe
Lúcia Arnaldo Macamo
Mércia Isaias Marrengula
Sérgia Vicente Macuacua

Gestão de Stock

Trabalho de Pesquisa a ser entre no Departamento


de Ciências de Educação e Psicologia, na cadeira
de Aprovisionamento da Educação, para fins
avaliativos.

Sob orientação do:

Dr. José Domingos Cuna

Universidade Pedagógica

Gaza

2019
Índice
1.0. Introdução.................................................................................................................................3

1.1. Objectivos.................................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo Geral......................................................................................................................4

1.1.2. Objectivos Específicos...........................................................................................................4

1.2. Metodologia..............................................................................................................................4

2.0. Desenvolvimento......................................................................................................................5

2.1. Conceitos..................................................................................................................................5

2.2. Gestão de Stock........................................................................................................................6

2.2.1. Modelos de Gestão de stock...............................................................................................7

2.2.2. Actividades Relacionadas ao Stock...................................................................................8

2.2.3. Operacionalização do stock.............................................................................................10

2.2.4. Políticas de stock..............................................................................................................12

3.0. Conclusão...............................................................................................................................13

4.0. Referências.............................................................................................................................14
1.0. Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Aprovisionamento da Educação, do 4º
ano no curso de licenciatura em Ensino Básico, e tem como tema: Gestão de Stock.

Mediante a evolução do mercado, é preciso acompanhar as tendências de produtos,


estratégias de vendas, resultados financeiros, modernização nas formas de gestão e produção de
bens e serviços. Porém, mudanças são necessárias para o acompanhamento destas tendências.,
criatividade e ousadia dos gestores é o ponto - chave que faz a diferença para aqueles que se
tornam se vencedores e conquistam o mercado. Assim sendo, como afirma Ferreira et al. (2008),
o processo utilizado pelas empresas para traçar suas directrizes gerênciais, torna-se uma questão
de sobrevivência frente a um mercado competitivo. Esse processo ganha suporte por meio da
gestão de stock, meio este que tem nas empresas grande importância para um fluxo dos bens,
onde seja garantido o bom atendimento ao cliente final sem que haja desperdícios e stock em
excesso ao longo da cadeia, focando sempre a lucratividade organizacional.

O nosso trabalho comporta três partes, a saber:

 Introdução: onde é anunciado o tema, as pretensões do trabalho e a metodologia a usar


na pesquisa.
 Desenvolvimento: onde irá se apresentar todas os dados obtidos durante a pesquisa, de
acordo com os propósitos do trabalho.
 Conclusão: onde serão apresentadas as notas conclusivas sobre o tema pesquisado e as
nossas posições em relação ao assunto abordado.
1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Compreender o processo de gestão de stock.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Definir gestão de stock e politicas de stock;
 Identificar os modelos e as actividades da gestão de stock;
 Descrever as actividades e a operacionalização da gestão de stock.

1.2. Metodologia
Para a efectivação deste trabalho recorreu se a pesquisa bibliográfica. Isto porque, todo
trabalho científico, toda pesquisa, deve ter o apoio e o embasamento na pesquisa bibliográfica,
para que não se desperdice tempo com um problema que já foi solucionado e possa chegar a
conclusões inovadoras. Este tipo de pesquisa é desenvolvido a partir de material já elaborado,
constituído, principalmente, de livros e artigos científicos e é importante para o levantamento de
informações básicas sobre os aspectos directa e indirectamente ligados à nossa temática.
2.0. Desenvolvimento

2.1. Conceitos
 Gestão

Como já havíamos nos debruçado deste conceito em uma outra abordagem por nós
realizada na gestão de compras, e tomando como base os conceitos apresentados, podemos
definir a gestão como sendo “ um processo que compreende a implementação de políticas,
procedimentos, regras, regulamentos numa organização. O autor ainda reforça que gestão é o
processo de planificar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da
organização e o uso de todos recursos disponíveis para alcançar os objectivos estabelecidos
(MASSINGUE, 2003).

 Stock

De acordo com Chiavenato (2005), stock é “a composição de materiais (matérias-primas,


materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados, produtos acabados),
que em determinado momento não são utilizados na empresa mas que serão utilizados
futuramente. Ainda segundo o mesmo autor o stock na maior parte das empresas é um activo
circulante indispensável, para que elas possam produzir e vender com o menor risco de
paralisação ou de preocupação”.

Conforme conceitua Slack, Chambers e Johnston (2009), stock é definido como “a


acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação, ou também
pode ser usado para descrever qualquer recurso armazenado”.

Desta feita, como podemos observar nos dois conceitos apresentados o stock é tomado
como sendo um acto que inclui toda a variedade de materiais que uma determinada organização
possui e utiliza no processo de produção de seus produtos e/ou serviços.

Tendo sido conceituados os conceitos gestão e stock, a gestão de stock será descrita como
“uma das actividades chave para a administração de uma empresa, pois ela está relacionada com
a eficiência das empresas em gerirem seus processos” (FREITAS, 2008).
2.2. Gestão de Stock
Segundo Alvarez (2003), apud Silva (2012), define stock como “materiais e suprimentos
que a empresa mantém para vender ou fornecer algum tipo de produto ao processo de produção
interno ou externo, podendo variar a quantidade conforme o tipo de produto ou seu modelo”.

Mediante a evolução dos processos industriais e a concorrência, percebe-se que o


principal objectivo de uma empresa é aumentar os lucros sobre o capital investido na fábrica com
valores em equipamentos e stock, ou seja, “optimizar o investimento em stock, aumentando o
uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido”
(DIAS, 2009 apud SILVA, 2012).

Para Arnold (1999), a gestão de stock deve ser responsável pela planificação e controlo
do stock, desde a matéria-prima até o produto final. Pois “o controle de stock envolve as tarefas
de coordenação dos fornecedores, condições físicas, armazenamento e registo da existência de
todas as mercadorias” (GURGEL, 2000 apud SILVA, 2012).

Neste âmbito Ching (2001) apud SILVA (2012), referencia que “a gestão de stock auxilia
a controlar a quantidade adicional do stock, necessária como protecção contra oscilação na
demanda”. Razão pela qual gerenciar o stock é muito importante no que se refere a uma
estimativa organizacional, já que stock em excesso incide em custos elevados de mão-de-obra e
várias outras consequências que não colaboram com o objectivo principal que é minimizar o
desperdício e aumentar o lucro.

Assim sendo, a gestão de stock demanda que as actividades envolvidas no processo, seja
qual for à forma, sejam unidas num sistema em quantias e valores sugeridos para atender
somente uma necessidade planeada.
Administrar stock corresponde a tomar decisões em um âmbito mais geral da empresa,
envolvendo departamentos de compras, produção, vendas e financeiros. Isso posto, Garcia et al
(2006), destaca as principais decisões referentes à gestão de stoque:

 Quanto pedir: especificação da quantidade requerida com base em demandas futuras


esperadas, restrições de suprimentos, descontos existentes e custos envolvidos.
 Quando pedir: momento exacto de emitir uma nova ordem determinado pelo ponto de
pedido.
 Com que frequência revisar os níveis de stock: continuamente ou periodicamente,
dependendo da tecnologia presente e dos custos de revisão.
 Onde localizar o stock: decisão de localização se houver a possibilidade de haver
centros de distribuição: depende dos custos de distribuição, restrições de serviço, tempo
em que os clientes aceitam esperar, tempo de distribuição, custos de stock e custos das
instalações.
 Como controlar o sistema: utilização de indicadores de desempenho e monitoramento
das operações para apoiar medidas correctivas e acções de contingência, se o sistema
logístico estiver fora de controlo.

2.2.1. Modelos de Gestão de stock


Diversos modelos de gestão de stock podem ser encontrados na literatura, como sugere Santoro
(2006) apud Andrade (2011), dividindo em dois grandes grupos:

 Modelos reactivos: não é necessário obter previsões sobre a demanda para tomar as
decisões de abastecimento de stock.
 Modelos activos: baseiam-se fortemente em previsões sobre a demanda futura para
tomar tais decisões.
2.2.2. Actividades Relacionadas ao Stock
Conforme conceitua Arnold (1999), a operação de stock não envolve apenas a função de
armazenagem de bens, mas também diversas outras actividades, e sua eficiência depende da
maneira como estas actividades são desempenhadas.

 Recebimento

Arnold (1999), explica que o depósito recebe os produtos que chegam, assumindo a
responsabilidade por eles. Além do recebimento do material, este processo ainda engloba as
seguintes actividades: controle das actividades de recebimento e devolução de materiais, análise
da documentação recebida, confronto dos itens listados na nota fiscal e no manifesto de
transporte com os volumes a serem efectivamente recebidos, conferência visual, quantitativa e
qualitativa dos materiais, bem como a decisão de recusar, aceitar ou devolver, e, no caso de
aceitar, enviar para o stock.

 Identificação de Material

A acurácia na identificação dos produtos comercializados, da localização e dos serviços


prestados nos mesmos, impacta directamente nas operações essenciais para a eficiência do
comércio e na optimização da cadeia de suprimentos. O método mais utilizado para a
identificação de materiais é o da etiquetagem, as etiquetas podem ser alocadas tanto no produto
quanto na embalagem, e nelas podem estar contidas informações como fabricante, nome e tipo
do produto, data de validade ou qualquer outra informação que seja importante para a
identificação do item.

 Stock (Armazenar)

Nesta operação os produtos são segregados, armazenados e mantidos em stock sob


protecção adequada até o momento em que forem requisitados.

 Utilizar Material

No momento de utilização do material, os produtos são seleccionados e enviados para


uma área de preparação. Nesta área eles são agrupados com os demais itens do mesmo pedido,
para que se observe se não há omissões ou erros, e então os pedidos são despachados para o
cliente (interno ou externo). É nesta etapa também que o sistema é actualizado de acordo com o
uso dos itens.

 Reposição (Modelo de reposição)

A reposição é o ponto no qual o stock será igual a zero, menos o lapso para um pedido
chegar, ou seja, se o lead time do pedido é de 15 dias, o ponto de reposição deverá ser 15 dias
antes do stock chegar a zero.

A reposição de stock segue modelos que definem o momento e a quantidade de repor um


item no stock, como a demanda exerce grande influência na dinâmica do stock, cada padrão de
demanda geralmente está relacionado com um padrão modelo de reposição. Logo, é necessário
fazer uma análise de demanda para seleccionar o modelo de reposição. Dentre os modelos de
reposição conhecidos destacam se:

 Lote económico: é o tamanho do lote que minimiza os custos de pedido e armazenagem


anuais totais.
 Reposição por Ponto de Pedido: o pedido é realizado quando o stock apresenta uma
quantidade igual ou menor que o nível chamado ponto de pedido.
 Reposição Periódica: é realizado o pedido em intervalos de tempo determinados para
cada item, periodicamente, em ciclos de tempo iguais, a fim de minimizar o custo de
stock.
 Reposição com Previsão de Demanda: utiliza a previsão da demanda e o nível de stock
para o cálculo do tamanho dos lotes de reposição.

 Ruptura de stock

É a situação em que o material existente chega a zero, após consumido todo o stock de
segurança. A partir deste ponto de ruptura, a acção continuada da demanda irá provocar a falta de
material e seu consequente custo. No caso de fornecedores externos, o cliente pode optar por
substituir o item, adiar a compra, trocar de fornecedor ou não comprar mais o item.
 Previsões de Demanda

A previsão da demanda é um dos temas mais cruciais do gerenciamento de stock.

Segundo Chiavenato (2005), as principais técnicas quantitativas de previsão de demanda


são: método de consumo do último período, método da média móvel e método da média móvel
ponderada.

 Método de Consumo do Último Período: é o método mais simples e empírico. Esse


método é baseado no consumo ou na demanda do período anterior.
 Método da Média Móvel: semelhante ao método de consumo do último período, nesse
método a previsão é calculada com base na média de consumo de períodos anteriores.
Apesar de ser um método simples e fácil de ser calculado, carrega dados mais antigos ou
dados influenciados por factores externos, que tem o mesmo peso de dados actuais.
 Método da Média Ponderada: baseado no método da média móvel, esse método
designa pesos diferentes para os períodos mais antigos. Logo, o dimensionamento do
stock depende da previsão do consumo do item.

De acordo com Dias (1993), é preciso integrar e controlar quantidades e valores de todas
as actividades envolvidas, prevalecendo-se sobre a preocupação única a respeito de vendas e
compras. Aumentar a eficiência da utilização de recursos internos equivale à economia de custos,
menores desperdícios e maior eficiência do processo como um todo.

2.2.3. Operacionalização do stock


Na óptica de Santos (2013), saber quais são os recursos estruturais necessários para
alocação e movimentação dos materiais, níveis de stock satisfatório e controlo dos produtos que
há em stock, são alguns dos quesitos que devem ser analisados com frequência, pois contribui
para melhoria dos resultados de qualquer organização.

 Estrutura física necessária

Para que uma empresa que possui um depósito de materiais acabados, é necessário um
ambiente ou espaço físico mínimo com estrutura e equipamentos em que se possam armazenar e
movimentar estes itens de forma que fiquem bem organizados, identificados, de fácil
localização/acesso e assegurem a qualidade dos produtos.

Viana (200), para este ponto define alguns cuidados essenciais que devem ser
observados:

 Determinação do local;
 Determinação adequada do layout;
 Definição de uma política de preservação, com embalagens plenamente convenientes aos
materiais;
 Ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;
 Segurança patrimonial contra furtos, incêndio etc.

 Estrutura necessária para reposição de materiais

Neste ponto é necessário reter o seguinte “qualquer redução, que gasto na aquisição de
produtos, pode gerar melhorias consideráveis nos lucros”.

Como já foi referenciado o valor que tem o sector das compras numa empresa, fica claro
que para ter se “um sector de compras eficiente e eficaz são necessárias pessoas qualificadas que
estejam preparadas para usa-lás em todas as ocasiões, atendendo aos objectivos traçados pela
empresa. Para cada tipo de empresa é necessário verificar o perfil do comprador e seus requisitos
básicos” (SANTOS, 2013).

 Lote económico de compras

Na gestão de compras para chegar se a uma quantidade de compra que atenda a uma
demanda por certo período é necessário o lote económico de compras. O objectivo maior é
determinar um lote ou quantidade de um produto a ser comprado, minimizando assim os custos
de aquisição e armazenagem.
 Suficiência de stock

Para ser colocado um pedido em processo de compra é necessário saber até quando meu
stock irá atender a demanda, pois em cima dessa informação é que será feito um estudo da
quantidade a ser comprada e o prazo médio para ser atendido.

 Inventário de stock

Para que a empresa possa confiar que em seu stock físico contém exactamente o que
mostra o sistema virtual, se faz necessária uma auditoria de stock, cujo o objectivo da mesma
será o de “garantir a plena confiabilidade na exactidão de registos contáveis e físicos, essencial
para que o sistema funcione com a eficiência requerida” (VIANA, 2000).

Assim, o inventário de stock não necessariamente deve ser feito apenas de matéria-prima
e consumíveis, mas também de produtos acabados, produtos em processo, materiais diversos, ou
seja, em todos os sectores em que haja o controlo de produtos feito por quantidade.

2.2.4. Políticas de stock


As políticas do stock, são concebidas como directrizes que guiam a gestão do stock.

Para Viana (2000):

“… Política de stock é o conjunto de actos directivos que estabelecem, de forma


global e especifica princípios, directrizes e normas relacionadas ao
gerenciamento. Em qualquer empresa, a preocupação da gestão do stock está em
manter o equilíbrio entre as diversas variáveis, tais como: custo de aquisição do
stock e de distribuição e o nível de atendimento das necessidades dos usuários
consumidores”.

Definir as políticas de stock é muito importante para o funcionamento de todas as


actividades que envolvem a gestão do stock, por estarem ligados directamente com a principal
matéria que a empresa possui e utiliza para formar seus produtos finais.
3.0. Conclusão
Terminado o trabalho, como forma de trazer aquelas que foram os pontos fortes por nos
constatados no âmbito da análise dos dados, aquando da nossa tentativa de procurar compreender
o processo de gestão de stock, ficou nos claro que a busca por maior competitividade no
mercado, passa pela eliminação de perdas durante o processo produtivo. Sendo que uma das
perdas mais essenciais e visíveis no ceio de uma empresa diz respeito ao stock.

Assim, a gestão de stock deve se basear no princípio de compensação, equilíbrio,


conciliação ou perdas e ganhos. Ou seja, a gestão de stock deve consistir na ponderação entre a
maximização do atendimento ao cliente até a minimização de custos decorrentes do processo de
stocagem.
4.0. Referências
ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração financeira: uma abordagem introdutória. Rio


de Janeiro: Elsevier, 2005.

DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo:


Atlas, 1993.

GARCIA, E. et al. Gestão de estoques: otimizando a logística e a cadeia de suprimentos.


Rio de Janeiro: E-papers, 2006.

FERREIRA, D. et al. A auditoria de processo como suporte à melhoria contínua:


estudo de caso em uma montadora de automóveis. Produção & Produção, v.9, 2008.

SANTORO, M.C. Sistema de gestão de estoques de múltiplos itens em local único.


Tese (Livre Docência em Gestão de Operações e Logística) – São Paulo: Universidade de
São Paulo, 2006.

SANTOS, Diego Cristian Ignácio. Gestão de estoque. Fundação Educacional do


Município de Assis – FEMA, 2013.

SILVA, J.R. Gestão de Estoques: Factor Decisivo para a Lucratividade Organizacional .


SC, Brasil: Iberoamerican Journal of Industrial Engineering, Florianopolis, v. 4, 2012.

VIANA, J.J. Administração de Materiais: um Enfoque Prático, São Paulo: Atlas, 2000.

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