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INTRODUÇÃO

Este trabalho visa estudar a análise comparativa dos principais métodos de


valorização de estoque para a obtenção de melhores resultados, nomeadamente: o
FIFO (primeiro a entrar, primeiro a sair); o LIFO (último a entrar, primeiro a sair) e o
CUMP (Custo Médio Ponderado), na Empresa Barbozo Comércio Geral e Prestação
de Serviços, (SU), Lda. Em Mbanza Kongo, com o objectivo de relatar as eficiências
e peculiaridade de cada método.

O estoque é uma ferramenta fundamental para que as empresas operem as suas


devidas funções. A gestão, controlo e planeamento desta ferramenta são os
alicerces essenciais para que o estoque atinja as suas devidas funções perante a
actividade da empresa. Para auxílio destas, há métodos de valorização que têm
como função dividir o custo dos materiais, mercadorias e produtos entre o que foi
consumido ou vendido e o que permaneceu em estoque.

Justificação do Tema

O que nos levou a falar sobre este tema foi o facto de haver poucas empresas que
têm noções de quanto é importante a aplicação dos métodos de valorização de
estoque.

Esperemos que este trabalho desperte o interesse das empresas comercias ao


utilizarem os métodos, conhecer e dar a conhecer a importância desta temática.

Situação problemática

Uma boa gestão de estoque representa, um alicerce essencial para que a empresa
atinja seus objectivos, mas para isto, é necessário o auxílio de uso de métodos de
valorização de estoque. Na empresa estudada, notou-se que os gestores não
realizam pesquisas dos métodos de valorização, falta de conhecimento dos mesmos
que leva à sua incorrecta aplicabilidade.

Problema científico

O anterior permitiu identificar como problema científico:

Como identificar os principais métodos de valorização de estoque que a


empresa Barbozo-Comércio Geral e Prestação de Serviços (SU), Lda. Utiliza?
Hipóteses

As hipóteses derivam da formulação do problema e são como uma sequência lógica,


de caminhos possíveis e provisórios, que proporcionam a antecipação do que deve
ser tratado, na tentativa de responder à questão da pesquisa (CAMPOS, 2008 apud
FRANCISCO et al. 2017, p. 39).

H1:Se se conhecerem os principais métodos de valorização de estoques e, saber


perceber sua relevância para a tomada de decisão que consequentemente gerarão
crescimento, com toda a certeza, esta informação contribuirá de grande medida para
a obtenção de melhores resultados.

H2:A valorização de estoque nem sempre oferece a empresa o conjunto de


informações necessárias para uma análise segura do que realmente se deseja.

Objecto de estudo: Contabilidade

Campo de acção: métodos de valorização de estoques aplicados pelas empresas


comerciais.

Objectivo geral

 Identificar os principais métodos de valorização de estoques utilizados pela


empresa Barbozo- Comércio Geral e Prestação de Serviços (SU), Lda. em
Mbanza Kongo.

Objectivos específicos

 Identificar referentes teóricos e metodológicos associados aos principais


métodos de valorização de estoques adoptados pelas empresas comerciais;
 Diagnosticar a situação actual da empresa Barbozo- Comércio Geral e
Prestação de Serviços (SU), Lda. em Mbanza Kongo, acercados principais
métodos de valorização de estoques que esta utiliza.

As pesquisas, os métodos e as técnicas utilizados para desenvolver o processo


inquiridor são:

Pesquisa Bibliográfica:Ajudou-nos, pois por meio dele consultamos livros, revistas,


páginas electrônicas, internet e artigos, todos estes relacionados aos temas de
Contabilidade, métodos de valorização de estoque.
Pesquisa qualitativa: Ajudou-nos a entender e interpretar os resultados qualitativos
gerados pela análise minuciosa e criteriosa dos controlos de estoque. Pois, seu
estudo gera qualidade na forma de gerir e controlar o mesmo.

Pesquisa quantitativa: Ajudou-nos a estruturar criteriosamente o nosso estudo


prático. Desde a mensuração dos tipos de controlos de estoque até a sua relevância
na tomada de decisão por parte dos gestores.

Métodos

 Análise- síntese: permitiu fazer a decomposição de um todo em suas partes


e a síntese fez a reconstituição de todo decomposto pela análise.
 Dedutivo:O método dedutivo, de acordo com o entendimento clássico, é o
método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. A partir de
princípios, leis ou teorias consideradas verdadeiras e indiscutíveis, prediz a
ocorrência de casos particulares com base na lógica. “Parte de princípios
reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a
conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de
sua lógica.” (GIL, 2008, p. 9).
 Estatístico: por sua vez, utilizou-se para a quantificação dos dados
necessários que contribuiram para o êxito do trabalho, especialmente no
segundo capítulo, onde se fez o levantamento da situação da empresa.

Técnicas

 Entrevista estruturada: aplicou-se uma série de nove (9) questões


previamente estabelecidas, destacando diversas áreas do tema .
 Questionário estruturado: permitiu a obtenção de informações dos nossos
inquiridos de forma livre para o preenchimento do mesmo.
 Análise documental: esta técnica nos serviu específicamente para fazer
uma incursão a vários documentos escritos como o relatório da empresa onde
consta a caracterização da mesma e outros.
 Observação directa: usou-se essa técnica em condições controladas para
se responder a propósitos predefinidos onde se aplicou atentamente os
sentidos a um objecto para ele adquirir um conhecimento claro e exacto.
Estrutura de trabalho

Este trabalho está estruturado em dois capítulos, para além da introdução, situação
problemática, problema científico, objecto de estudo, os objectivos e os métodos
utilizados.

No primeiro capítulo, se fundamenta teoricamente os referentes teóricos e


metodológicos associados aos principais métodos de valorização de estoque
adoptados pelas empresas comerciais e no segundo diagnosticou-se a situação
actual da empresa concernente aos principais métodos de valorização de estoque.
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Definições e conceitos

1.1.1. Empresa

Segundo Chiavenato (1998, p.23), “Uma organização é um sistema de actividades


conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas, a fim de alcançar
objectivos específicos”.

De acordo com Franco (1991), empresa é toda entidade constituída sob qualquer
forma jurídica para exploração de uma actividade económica, seja mercantil,
industrial, agrícola ou de prestação de serviços.

Para Rocha (1995), o processo de organização de uma empresa dá-se em diversas


etapas que se iniciam nas pesquisas dos problemas existentes na empresa, até a
implementação das possíveis soluções encontradas.

Segundo Lousã (2009, p. 140), a empresa é um conjunto de actividades humanas,


colectivas e organizadas, geridas por um centro regulador, com a função de adaptar
constantemente os meios disponíveis aos objectivos predeterminados, tendo em
vista a função de bens e serviços.

Desta noção resulta que a empresa é:

 Uma célula social: é lá que um conjunto de pessoas passa uma boa parte da
sua vida; trocam impressões; de forma profissional, cultural e normalmente,
gastam energias e aplicam as suas capacidades;
 Um conjunto de meios: os meios humanos, técnicos e financeiros que
permitem a empresa atingir os objectivos para que foi criada.

1.1.2. Estoque

De acordo com Chiavenato (2005, p. 47), estoque é a composição de materiais


(matérias-primas, materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais
acabados, produtos acabados), que em determinado momento não é utilizado na
empresa, mas que será utilizado futuramente. Desta forma, o conceito de estoque
inclui toda a variedade de materiais que empresa possui e utiliza no processo de
produção de seus produtos e/ou serviços.

Tadeu (2010, p.13) salienta que “o estoque é uma área-chave dentro das
organizações, uma vez que se configura como um dos principais elos entre duas
outras áreas: produção e planeamento”. É importante que não faltem mercadorias e
nem que se tenham em excesso. Hoje em dia, as empresas procuram estocar
somente materiais imprescindíveis à produção. É preciso avaliar o custo-benefício
ao alimentar o estoque. Às vezes pode ser mais rentável aplicar os recursos
financeiros em uma outra modalidade de investimento.

Dessa forma, é possível identificar quais acções, provavelmente, terão valorização


acima da média do mercado. Isso é muito útil na hora de investir, pois significa
investir com mais segurança.

1.2.1. Função de Estoque

Segundo Martins (2004, p.33) os estoques têm a função de reguladores do fluxo de


negócios. Dessa forma, ainda segundo o mesmo autor, torna-se imprescindível que
a empresa tenha bem definida sua política de estoques, ou seja, os princípios pelos
quais o abastecimento e a saída de produtos, sejam acabados ou não, seguem.

A armazenagem nada mais é do que um conjunto de funções que tem nele a


recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas,
produtos acabados, ou semiacabados. Este processo envolve mercadorias, e
apenas produz resultados quando é realizada uma operação com o objectivo de lhe
acrescentar valor (DIAS; 2005, p.101).

1.2.2. Tipos de estoque

Segundo Slack (2009, p.49) “as várias razões para desequilíbrio entre a taxa de
fornecimento e de demanda em diferentes pontos de qualquer operação leva a
diferentes tipos de estoque”.

Para Chambers (2009, p. 72), é possível definir os diferentes tipos de stocks como
de ciclos, de segurança, de antecipação e em trânsito.

a) Estoque de Ciclo

Consiste em acumular os diferentes itens uma vez que não é possível produzir todos
simultaneamente, então este tipo de estoque serve para manter o estoque do
produto até o próximo ciclo de produção do mesmo.
b) Estoque de Segurança

Também conhecido como estoque regulador e tem como propósito compensar as


incertezas quanto ao fornecimento e a demanda. O objectivo é proteger a empresa
contra o excesso de demanda sobre as quantidades previstas e espera no ciclo
produção/operação.

c) Estoque de Antecipação

Tem o propósito de atender a demanda sazonal, ou seja, com ele é possível


compensar a diferença de ritmo de fornecimento e demanda, demanda esta
relativamente previsível. Também usado para o fornecimento variável de insumos.

d) Estoque em Trânsito

Também conhecido como estoque de movimento ou de tubulação, refere-se, de


acordo com o autor ao produto que está se movimentando de um ponto a outro do
sistema de fluxo de materiais. Estes pontos podem ser entre processos de
transformação dos quais o produto passará ou então entre a planta e o centro de
distribuição, ou do centro de distribuição ao cliente. Logo, este tipo de estoque
consiste em pedidos que foram realizados, mas ainda não recebidos, pois estão
sendo transportados. Para reduzir este estoque é necessário reduzir o tempo em
trânsito.

1.2.3. Classificação do estoque

Arnold (1999, p. 83) observa que “existem muitas maneiras de classificar estoque.
Uma classificação frequentemente utilizada se relaciona ao fluxo de materiais que
entra em uma organização, passa por ela e dela sai”. O autor salienta ainda que os
principais tipos de estoque dentro de uma empresa são:

a) Matéria - prima: são itens comprados e recebidos que ainda não entram no
processo de produção;

b) Produtos em processo: matéria – prima que já entraram no processo de produção


e estão em operação;

c) Produtos acabados: são os produtos que saíram do processo de produção e


aguardam para serem vendidos como itens completos.

As empresas devem atribuir uma importância muito variada aos tipos de estoque.
Sendo eles essenciais para o funcionamento de qualquer empresa. Eles buscam
minimizar os investimentos dentro doestoque, observando as suas necessidades
onde ele possibilita que sejam atendidos de forma satisfatória os processos por ele
realizados.

1.2.4. Vantagens e Desvantagens do Estoque

1.2.4.1 Vantagens

 Martins (2002, p. 33) diz que hoje em dia, estocar é um hábito para maioria
das pessoas, que mensalmente, armazenam mantimentos, e sendo também
um grande aliado para empresas, auxiliando o giro de capital, e aumento das
vendas, e em alguns casos, agilizando o processo de logística, fazendo com
que o cliente receba o produto em perfeito estado, com maior rapidez, e com
menor chance de erro, tanto que em grandes centros, os estoque são de
extrema importância, e representam tanto em aspectos financeiros quanto
económicos.

 Os estoques também são óptimos quando em grande quantidade, para


melhores negociações, nos casos de aumento do dólar, como ocorrido em
1999, em que muitas empresas utilizaram seus estoques antigos, resistindo
assim aos aumentos. (FRANCISCHINI; 2002, p.42).

1.2.4.2 Desvantagens

Johnston (2009, p. 56) também ressalta alguns pontos negativos quanto à


manutenção de estoque, como:

 Compromete o capital de giro, uma vez que o mesmo fica indisponível para a
manutenção de itens parados;
 Custos de armazenamento;
 Obsolescência de itens;
 Danificação ou deterioração dos itens;
 Itens podem ser perdidos quando misturados a outros;
 Consumo de espaço que poderia estar sendo utilizado em outra actividade
que agregasse valor.

1.2.6 Controlo de estoque

Para Dantas (2015, p. 21), quando há um planeamento coerente com as actividades


que a empresa realiza, haverá um controle eficaz de estoque e se torna uma tarefa
fácil de ser realizada. A respeito do controlo de estoque, o autor salienta ainda que o
estoque é fundamental para as empresas se manterem activas e bem, cumprindo as
suas actividades, pois estoque é o item indispensável para elas e a sua boa ou má
gestão pode aumentar a lucratividade ou causar transtornos financeiros. Quanto ao
prazo, o autor complementa que o prazo de entrega do produto, época do ano,
demanda de procura, são itens que devem ser levados em conta na composição do
estoque da empresa.

Já Laugeni (2009, p. 71) diz que “um bom estoque dever ser muito bem planejado,
para não alterar as características dos produtos e materiais e, também, para manter
uma visualização e identificação clara dos itens estocados”.

Para atingir os objectivos da gestão de estoque, devem-se utilizar ferramentas que


atendam as necessidades produtivas das organizações, de formamelhorcontrolar
seuestoque.

1.2.7. Objectivo de controlo de estoque

O objectivo do controlo de estoque é também financeiro, pois a manutenção de


estoque é cara e o gerenciamento do estoque deve permitir que o capital investido
seja minimizado. Ao mesmo tempo, não é possível para uma empresa trabalhar sem
estoque.

Segundo Ballou (1993, p. 204), osestoques possuem uma série de objectivos, como:

 Melhorar o nível de serviço;


 Incentivam economias na produção;
 Permitem economia de escala nas compras e no transporte;
 Agem como protecção contra aumentos de preços;

 Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de


ressuprimento.

Portanto, um bom controlo de estoque passa primeiramente pelo planeamento


desse estoque. Quais produtos ou matérias-primas oferecem vantagens ao serem
estocadas? Para saber a resposta é preciso levar em conta a data de entrega do
fornecedor, perecibilidade, demanda, entre outros factores. Esse levantamento irá
determinar o que e quanto deverá permanecer em estoque, a periodicidade da
reposição e o grau de prioridade de cada item. Também irá determinar as
necessidades físicas para a estocagem dos produtos.

1.2.8. Valorimetria de Estoque

Para Schier (2011, p. 163), “os métodos de valorização de estoque visam,


exclusivamente, separar o custo dos materiais, mercadorias e produtos entre o que
foi consumido ou vendido e o que permaneceu em estoque”. O autor segue
categorizando que este procedimento é necessário “para registo e controlo da
movimentação dos estoques”, sendo que cada método tem sua peculiaridade e o
seu efeito.

Segundo Schier (2011), os métodos de valorização de estoque mais utilizados são:


FIFO (primeiro a entrar, primeiro a sair); LIFO (último a entrar, primeiro a sair); Custo
médio ponderado (CUMP); Custo específico e; Método do varejo. Dentre estes cinco
métodos, Schier sustenta que os únicos que são aceitos pelo Fisco (Receita Federal
e seus fiscais) são o FIFO, LIFO e o CUMP, pelo facto destes serem os únicos que
proporcionam uma base de cálculo para IR sendo que o presente artigo tem como
foco estes três métodos.

Conforme Fernandes (1984, p. 101), “as baixas, processam-se, usualmente, pelo


preço de custo. O preço de custo do material pode referir-se ao da primeira ou ao da
última entrada ou da média ponderada dos diferentes saldos”.

1.3. Métodos De Valorização De Estoque

1.3.1 Método FIFO

A sigla a qual significa First In, First Out, refere-se ao critério de desconsiderar o
CMV (Custo de Mercadorias Vendidas) como o correspondente ao custo de compra
da mercadoria mais antiga remanescente no estoque. (MARION, 2015, p.9).

Sobre este método, Schier (2011, p. 162) diz que é realizada a baixa do estoque
pelo custo mais antigo, seguindo a ordem cronológica das entradas. Ele afirma
também, que o método é aceito pelo fisco por proporcionar arrecadação adequada
sobre visão tributária, pois este método aparenta ser o mais adequado no
gerenciamento, pelo facto de apresentar os valores dos custos mais próximos da
realidade.
Sendo assim, de acordo com o método são baixadas as primeiras compras
conforme as mercadorias são vendidas, ou seja, vendem-se, primeiro, as
mercadorias mais antigas.

As saídas de armazém são valoridas aos preços mais antigos. Os estoques ficam
avaliados aos preços mais recentes. Se os preços sobem, as saídas são feitas aos
preços mais baixos.

1.3.2. Método LIFO

Marion (2015, p. 10). Para este autor a sigla que representa a expressão Last In,
First Out, que traduzida pelo português represente “Último a entrar, primeiro a sair.
O autor complementa, que esse critério considera o CMV como o correspondente ao
custo de compra de mercadoria mais recente remanescente no estoque.

Segundo Schier (2011, p. 164), o "método de valorização de estoque, utiliza o último


preço de aquisição para fins de baixa de estoque”.

Warren (2009, p. 111), diz que apesar de este método ser aceito pelo fisco, ele não
é aceito pela legislação e pelo Comité de Pronunciamentos Contábeis, pelos
seguintes factos:

 Na adopção desse método, em um regime económico em que há inflação, a


tendência é de que todos os estoques fiquem subavaliados, o que diminui o
lucro líquido do exercício social e, por consequência, o valor dos tributos com
o Imposto de Renda e com a contribuição social.

 Esse critério se aproxima do custo de reposição e atende ao princípio do


conservadorismo, porém é considerado ilegal na legislação.

Acrescenta ainda que a escolha dos métodos valorimétricos tem um efeito directo
sobre a determinação do resultado. Em período de subida de preço, o LIFO tem
tendência a reduzir o resultado, ele majora a estimação de consumação e do custo
de preço ou custo total.

1.3.3. Método CUMP (Custo Médio Ponderado)

Schier (2011, p. 164) afirma que, nesse método, “o custo de cada item é
determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo
de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o
período. Ainda diz que, por esse método, “cada entrada por custo, e diferente do
custo médio anterior, altera o custo médio; cada saída altera o factor de ponderação.
«A baixa é feita a cada venda ou comunicação de consumo».

Já Ribeiro (2010, p.200) diz que, para se obter o custo médio ponderado móvel das
unidades estocadas, após efetuada nova compra unitário diferente do custo unitário
do stock, procede-se da seguinte forma: somam-se as quantidades que estavam em
stock com as quantidades da nova compra; soma-se o valor total do estoque com o
valor total da nova compra; em seguida, divide-se o total obtido na soma dos valores
pelo total obtido na soma das qualidades, obtendo-se, assim, o novo custo médio
ponderado móvel unitário das mercadorias em estoque.

Desta forma, pelo método custo médio calcula-se o Custo das Mercadorias
Vendidas (CMV) a partir da média ponderada de todas as movimentações do
mesmo item (sejam elas compras e/ou vendas).

Em definitiva e o método de custo médio ponderado que dos resultados


intermediários.

1.4. Aplicação dos métodos de valorização de estoque

Foram usadas como exemplo para esta aplicação e análise dos métodos, as
seguintes situações.

Tabela 1 – Operações realizadas

Data Operações

01/1/2021 Existência inicial 1000 caixinhas de paracetamol por 940,00kz

02/1/2021 Compra de 100 caixinhas de paracetamol por 1000,00kz

03/1/2021 Venda de 30 caixinhas

07/1/2021 Compra de 50 caixinhas por 900,00kz

10/1/2021 Venda de 50 caixinhas

16/1/2021 Compra de 20 caixinhas por 950,00kz

20/1/2021 Venda de 80 caixinhas

Fonte:Direcção da Empresa Barbozo comércio Geral, 2023.


Quadro 01- modelo de demostração de método FIFO

Data Descrição Entradas Saídas Existências

QT PU PG/AKZ QT PU/ PG/AKZ QT PU/ PG/AKZ


AKZ AKZ
01/1 Existência - - - - - - 1000 940 940.000
inicial
02/1 Compra 100 1000 100.000 - - - 1000 940 940.000
100 1000 100.000
03/1 Venda - - - 30 940 28.200 970 940 911.800
100 1000 100.000
07/1 Compra 50 900 45.000 - - - 970 940 911.800
100 1000 100.000
50 900 45.000
10/1 Venda - - - 50 940 47.000 920 940 864.800
100 1000 100.000
50 900 45.000
16/1 Compra 20 950 19.000 - - - 920 940 864.800
100 1000 100.000
50 900 45.000
20 950 19.000
20/1 Venda - - - 80 840 67.200 840 940 789.600
100 1000 100.000
50 900 45.000
20 950 19.000

170 164.000 160 142.400 1010 3790 953.600

Fonte:Direcção da Empresa Barbozo comércio Geral, 2023

Por meio do Quadro 1:FIFO, nota-se que as primeiras mercadorias existentes em


estoques são as primeiras a saírem (no momento da venda), esta é a sistemática do
método: priorizar primeiramente os estoques mais antigos no momento da venda de
mercadorias.
Quadro 02- modelo de demostração de método LIFO

Data Descrição Entradas Saídas Existências

QT PU/ PG/AKZ QT PU/ PG/AKZ QT PU/ PG/AKZ


AKZ AKZ AKZ
01/1 Existência - - - - - - 1000 940 940.000
inicial
02/1 Compra 100 1000 100.000 - - - 1000 940 940.000
100 1000 100.000
03/1 Venda - - - 30 1000 30.000 1000 940 940.000
70 1000 70.000
07/1 Compra 50 900 45.000 - - - 1000 940 940.000
70 1000 70.000
50 900 45.000
10/1 Venda - - - 50 900 45.000 1000 940 940.000
70 1000 70.000

16/1 Compra 20 950 19.000 - - - 1000 940 940.000


70 1000 70.000
20 950 19.000
20/1 Venda - - - 20 950 19.000 1000 940 789.600
60 1000 60.000 10 1000 10.000

170 164.000 160 154.000 1010 799.600

Fonte:Direcção da Empresa Barbozo comércio Geral, 2023

Já no Quadro 2: LIFO, verificam-se as movimentações do período e de que maneira


as mercadorias se comportam diante das operações. Para este método, as últimas
mercadorias compradas são as primeiras a serem vendidas. Nota-se que na data do
dia 3, quando a venda foi realizada, a mercadoria baixada (vendida) foi a comprada
na data do dia 2, restando o saldo inicial permanente no estoque, deste modo como
critério utiliza-se das mercadorias mais recentes.
Quadro 03- modelo de demostração de método CUMP

Data Descrição Entradas Saídas Existências

QT PU/AKZ PG/AKZ QT PU/AKZ PG/AKZ QT PU/AKZ PG/AKZ

01/1 Existência - - - - - - 1000 940 940.000


inicial
02/1 Compra 100 1000 100.000 - - - 1100 945,45 1.040.000

03/1 Venda - - - 30 945,45 28.363,00 1070 945,45 1.011.631,5

07/1 Compra 50 900 45.000 - - - 1120 943,42 1.056.631,5

10/1 Venda - - - 50 943,42 47.171,00 1070 943,42 1.009.459,4

16/1 Compra 20 950 19.000 - - - 1090 943,54 1.028.459,4

20/1 Venda - - - 80 943,54 75.483,2 1010 943,54 952.975,4

170 164.000 160 151.017,2 1010 952.975,4

Fonte:Direcção da Empresa Barbozo comércio Geral, 2023

Verificando o Quadro 3: CUMP, o qual referencia o critério Custo Média Ponderada, é


possível inferir que, a todo momento, as mercadorias são submetidas à média, ou seja, a
cada evento realizado: seja compra ou venda, a média entre os valores e quantidade é
necessária. Com a utilização deste método também é possível misturar as mercadorias, as
mesmas passam a ser contabilizadas pelo mesmo valor divididas pelas quantidades.
Percebe-se, no dia 3, quando ocorreu uma venda, que as mercadorias faziam parte do
mesmo “estoque”, não importando o período aquisitivo ou se eram de saldo inicial.

QUADRO 4: COMPARATIVO ENTRE OS PRINCIPAIS MÉTODOS DE CONTROLO


DE ESTOQUE

Método utilizado Estoque inicial Estoque Final CMV


FIFO 940.000 953.600 142.400,00
LIFO 940.000 799.600 154.000,00
CUMP 940.000 952.975,4 151.017,2
1.5. Controlo Financeiro

Conforme o Sebrae (2016, p. 41) para que uma instituição tenha sucesso o controlo
financeiro é a ferramenta ideal. Controlos financeiros são fundamentais para a
gestão do capital de giro e quando gerenciado de forma correta gera facilidade para
pensar em novos investimentos, seja em inovação, produtos ou melhorias na
estrutura empresarial. Pode se dizer que resultados gerados com essa
administração representam o primeiro estágio para a gestão do capital financeiro.

Na visão de Ludícibus (2010, p. 37) o controlo financeiro estabelece directrizes de


mudanças na empresa especialmente no que concerne ao controlo de acções para
atingir objectivos e metas a curto e longo prazo. Essa acção permite aos gestores
interpretar os dados internos e externos da instituição e mostrar as políticas
financeiras sobre as quais a empresa deve decidir visando seu crescimento e a sua
rentabilidade. O controlo é uma parte essencial da estratégia de qualquer empresa.
Portanto trata-se de um instrumento efectivo de controlo pela sua natureza táctica e
operacional.

1.5.1. A sua importância para a empresa

Conforme Gitman (2010, p. 122) ressalta que o planeamento financeiro pode ser
considerado como parte importante do trabalho do administrador, por meio de
planos e orçamentos financeiros para alcançar os objectivos da instituição.

Os autores Franco e Marra (2001, p. 33-34) afirmam que não existe uma gestão
eficaz e eficiente sem controlos básicos, que todos os instrumentos de controlo
utilizados pela instituição destinados à vigilância, fiscalização e verificação
administrativa com o intuito de prever, observar, dirigir os registos ou factos que se
verificam dentro da organização e produzem reflexos em seu património.

Na visão de Hoji (2014, p. 202) a gestão institucional avalia a importância do plano


de contas, roteio de custos, movimentos de caixa, registo, controlos e
gerenciamento dos recursos disponíveis das actividades da empresa, visando
contribuir com informações contábeis para auxiliar os gestores na tomada de
decisões e monitorar o andamento das estratégias desenvolvidas.
1.6.
PMR = (Duplicatas a receber x 360 dias) / Receita Operacional Bruta.
Prazos
Médios

(Neves 2012, p. 21) Os prazos de recebimentos, pagamentos e de inventários


determinam em larga medida e estrutura de capital circulante de uma empresa e a
necessidade de financiamento essa estrutura exige:

 A liquidez do activo, dada pelo prazo pelo prazo médio de inventários e de


recebimentos, determina a estrutura dos fluxos de recebimentos futuros; e

 A exigibilidade do passivo, dada aproximadamente pelo prazo médio de


pagamento, determina os fluxos de pagamentos futuros com fornecedores de
matérias, mercadorias e serviços.

1.6.1. Prazo Médio de Recebimento (PMR)

Segundo Menezes (2001, p. 23) este prazo mede o grau de eficiência com que a
empresa está gerir a sua política de crédito com os clientes. Quando maior o PMR,
maior o número de dias que a empresa demora a receber dos seus clientes, menor
é a eficiência da política de crédito.

O prazo médio de recebimento é um tipo de cálculo que mostra quando a empresa


receberá de retorno dos produtos/serviços vendidos aos seus clientes. Isso auxilia a
ter uma relação entre os ganhos e vendas.

O seu objectivo é permitir que o negócio tenha um fôlego maior para vender, compor
o caixa e, então, quitar os compromissos com os fornecedores.

Menezes (2001, p. 24) aumenta que, este indicador tem significado económico muito
forte e um impacto muitas vezes decisivo no desempenho de uma empresa já que:

a) Se a empresa fabrica uma política de crédito mais rígida, o PMR diminui.


Contudo, as vendas têm tendência a diminuir pois alguns clientes poderão
recorrer a outros fornecedores com políticas de crédito mais flexíveis.
b) Se a empresa aumentar o PMR excessivamente põe em causa a estabilidade
(segurança) da sua tesouraria e em constante turbulência financeira. A
fórmula para determinação do Prazo Médio de Recebimento (PMR) é
representada na figura

Fonte: Adaptado de Padoveze (1994).


Figura: Prazo
PMP = (Contas a pagar x 360 dias) / Compras do Período.
Médio de
Recebimento.

1.6.2. Prazo Médio de Pagamento (PMP)

No que se refere ao Prazo Médio de Pagamento (PMP), Fleuriet (2003, p. 48)


comentam que “representa o prazo médio de pagamento das contas a pagar. Este
quociente relaciona-se directamente com as compras da empresa.” Para apurar
esse prazo.

Este por sua vez mede o grau de eficiência com que a empresa está a gerir os seus
pagamentos a fornecedores. (Menezes, 2001; p. 26).

O prazo médio de pagamento (PMP), também chamado de Prazo Médio de


Pagamento a Fornecedores (PMPF), é um indicador essencial para a gestão
financeira da empresa. Ele mostra quanto tempo a empresa leva, em média, para
pagar pelos produtos, serviços e insumos adquiridos de fornecedores.

Padoveze e Benedicto (2004, p.155) citam que pode ser utilizada a fórmula expressa
na figura.

Figura: Prazo Médio de Pagamento

Fonte: Adaptado do Padoveze e Benedicto (2004).


CAPÍTULO 2: DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL DA EMPRESA BARBOZO
COMÉRCIO GERAL E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (SU), LDA. EM MBANZA
KONGO.

A fim de dar solução a hipótese formulada no presente trabalho e objectivos em face


de análise comparativa dos principais métodos de valorização de estoque na
empresa Barbozo. Neste capítulo, resolveu-se realizar um diagnóstico com o
objectivo de descrever como a empresa aplica os métodos de valorização de
estoque.

2.1. Caracterização da empresa objecto de estudo

A empresa Barbozo (SU) Lda, é uma empresa de sector privado em nome individual,
criada em 30 de Outubro de 2017, por Afonso Luvuezo Lusala, com a sede em
Mbanza Kongo Provincia do Zaire. A mesma encontra-se localizada no Bairro 11 de
Novembro Zona 05 Oestes pelo Bairro Uige. Neste tempo a mesma possui um total
de 30 trabalhadores, dos quais 20 do sexo masculino e 10 do feminino, o seu
objecto social consiste na prestação de serviço de empreitadas de construção civil e
obras públicas, fiscalização de obras públicas, instalação eléctrica, de materiais de
segurança, consultoria, montagem e manutenção de sistemas de ar condicionado
doméstico e industrial, serviços aeronáticos e aéreos, instalação de sistemas de
tratamento e purificação de água, de tecnologias de informação, desenvolvimento de
softwares, serviços de impressão gráfica industrial e semi-industrial, controlo de
pontos de acesso CCTV, comércio geral a grosso e a retalho: de bens alimentares e
bebidas diversas, equipamentos laboratoriais diversos, de medicamentos, venda de
equipamentos e produtos hospitalares, de produtos diversos derivados do petróleo,
de lubrificantes e de gás de cozinha, venda de produtos farmacêuticos e de
cosméticos, roupas, calçado e seus acessórios, venda de materiais para sistemas
de purificação de água, comércio de material escolar, de escritório, de construção;
Vendapromoção e mediação imobiliária, importação e exportação, fabricação e
distribuição de medicamentos, restauração, hotelaria e serviços de categoring,
indústria pesada e ligeira, pescas, aquicultura, agro-pequária, avicultura, indústria de
panificação, captura, transformação e comercialização de pesca, exploração
mineira, florestal, bombas de combustível, de parques de diversão, exploração de
espetáculos, representação comercial, edição e publicação de obras científicas,
literárias ou artisticas, incluindo discos, pinturas,gravuras ou filmes, transitórios.

Capital social: 100.000,00Kz (Cem mil kwanzas).

Sócio-único: Afonso Luvuezo Lusala, com quota valor nominal de kz: 100.000,00Kz
(Cem mil kwanzas).

2.1.1. Principais serviços prestados na empresa Barbozo (SU), Lda.

 Venda de fármacos;
 Fabrico e venda de pães;
 Venda de produtos cosméticos;
 Venda de produtos alimentícios; e
 Construição civil.

2.1.2. Tendências da empresa

A empresa deseja crescer no que diz respeito à prestação de serviços, venda de


fármacos, produção e venda de pães, eaos demais serviços prestados.

Missão

Tem como missão assegurar o fornecimento de fármacos, produção de pães e aos


demais serviços prestados.

Visão

Ser reconhecida como a melhor pequena empresa em nível da província do Zaire e


em particular em Mbanza Kongo na prestação dos seus principais serviços.

Valores:

Ética

O trabalhador da empresa Barbozo Comércio Geral e Prestação de Serviços (SU),


Lda. é honesto, leal e responsável, identifica-se com a empresa, respeitando seus
princípios e normas. É aberto e tolerante com os outros e prestigia continuamente a
empresa através do seu comportamento profissional e pessoal;

Espírito de equipa

O trabalhador da empresa BCGPS, Lda. é profissionalmente solidário com colegas,


chefes e subordinados. Trabalham em conjunto de forma colaborante, aberta e
construtiva, transmite entusiasmo e energia no seu trabalho, sobrepondo os
interesses comuns aos individuais.

Juridicamente a BCGPS, Lda. é uma empresa privada em nome individual e com a


responsabilidade de um único proprietário do qual dependem todos os trabalhadores
que são parte da mesma.

Quanto a classificação económica, a empresa actua nos sectores primário,


secundário e terciário.

No que concerne a classificação funcional, a empresa em estudo integra-se em


pequena empresa devido ao número total de trabalhadores que possui. É uma
organização simples, compreende uma estrutura centralizada onde predomina uma
linha de autoridade horizontal.

A empresa BCGPS, Lda. tem uma estrutura do tipo funcional em que no topo da
hierárquia está a direcção geral, seguida de um gerente e subgerente.

2.2. Metodologia

A metodogia é o estudo do processo da pesquisa, utilizada para elaboração de um


determinado assunto, os quais respondem como fazé-la de forma eficiente. A
metodologia é uma, a disciplina normativa definida como o estudo sistemático e
lógico dos princípios que dirigem a pesquisa científica, desde suposições básicas
até técnicas de indagação. Não devem ser confundida com a teoria, pois só se
interessa pela validade pela validade e não pelo contiúdo, nem pelos procedimentos
(métodos e técnicas), à medida que o interesse e o valor destes está na capacidade
de fornecer certos conhecimentos.

Segundo Oliveira (1999, p. 57) método é “uma forma de pensar para se chegar à
natureza de um determinado problema, quer seja para estudá-lo, quer seja para
explicá-lo”. Problema é “uma indagação, cujas respostas ou explicações só serão
possíveis por meio da pesquisa e da experimentação. O bom andamento da
pesquisa e da experimentação dependerá exclusivamente da adequação do
métodos e das técnicas a serem utilizadas”

Pesquisa é um conjunto de acções, onde procura encontrar soluções para um


problema, por base de procedimentos racionais e sistemáticos.
Para Gil (1999, p.42), a pesquisa tem um carácter pragmático, é um “processo
formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objectivo
fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego
e procedimentos científicos”.

Mediante esclarecimentos podemos definir o trabalho como sendo uma pesquisa


bilbliográfica realizado sobre o tema em questão, recolhendo os dados necessários
para realização do trabalho através da observação directa. Usou-se também o
método estatístico e os autores, fizeram o uso das técnicas como a observação,
entrevista, questionário e análise documental sobretudo na obtenção dos dados da
empresa.

As técnicas, entrevistas e questionários permitiram diagnosticar a situação actual da


empresa face ao uso dos principais métodos de valorização deestoque e não só,
ajudou também enriquecer, completar e constatar a informação obtida mediante
outros métodos. A entrevista aplicou-se uma série de nove (9) questões previamente
estabelecidas, destacando as principais áreas ligadas a empresa.

Caracterização da população e amosta

a) A população

A população da presente presquisa compreende um universo de 30 trabalhadores.

Tabela n⁰01: Distribuição dos trabalhadores com base o género.

Género Fr. %

Masculino 20 67

Feminino 10 33

Total 30 100

Fonte: Direcção da Empresa Barbozo comércio Geral, 2023.

b) Amostra
Foi utilizada uma amostra por conveniência (não probabilística), levando-se em
consideração a necessidade de se obter elementos representativos do estudo em
questão.

Tendo em vista os objectivos da pesquisa, os sujeitos inquiridos foram o Director


Geral, os gerentes e os fiéis de armazém da empresa. Na referida pesquisa foi
seleccionada uma amostra de cinco trabalhadores ligados directamente com o tema
em estudo sem o uso de nenhum método, apenas se fez uma estimativa.

2.3. Coleta de dados

Para a obtenção de dados deste trabalho e se chegar às respostas estudadas, foi


aplicada, na empresa alvo, uma entrevista estruturada de nove (9)questões ao
Director Geral daquele órgão e um questionário de dez (10) perguntas aos gerentes
e aos fiéis de armazém com base o tema em estudo.

2.4 Análise e interpretação dos dados

Aqui faremos a apresentação e a discussão dos dados apurados em pesquisa feita


na empresa Barbozo- Comércio Geral e Prestação de Serviços, (SU), Lda. com
intuito de identificar os principais métodos de valorização de estoque aplicados pela
empresa.

a) Resultados da entrevista aplicada ao Director Geral da empresa em estudo

1. A empresa funciona em todos os Municípios?


a) Sim
b) NãoX XX
2. Sendo o Director Geral da empresa, como avalias as actividades comerciais
realizadas pelos seus funcionários?
a) Boas X
b) Razoáveis
c) Negativas
3. Como a empresa faz as suas compras?

a)Semanal

b) Mensal
c) TrimensalX

d) trimestral

e) Semestral

f) Anual

4. A empresa tem um fornecedor que o serve sempre que precisar?


a) Sim
b) NãoX X
5. Como é feito o inventário na empresa?
a) Semanal X
b) Mensal
c) trimestral
d) Semestral
e) Anual

6. Quais são as áreas que se consideram serem pontos fortes da empresa?

A empresa considera como áreas fortes a rapidez no atendimento, oferta de


produtos com alta qualidade, possui técnicos com níveis de experiência avançada,
preços baixos de venda, existência de equipamentos modernos, qualidade no
atendimento ao cliente e existência de um controlo rígido de estoque.

7. Quais são as áreas que se consideram serem pontos fracos da empresa?

Em relação aos pontos fracos desta empresa, o inquirido respondeu o seguinte:

Negligência na expansão da empresa em outros municípios da província,


incumprimento de alguns serviços que constam no nosso objecto social desde a
fundação da nossa empresa, falta de publicidade dos nossos produtos e falta de
sistemas de software avançado.

8. Quais são as oportunidades que a empresa tem no mercado?

Com relação às oportunidades, tivemos como respostas:

Facilidade de acesso aos seus estabelecimentos, retenção da clientela, compras em


grandes quantidades que faz com que as necessidades dos clientes sejam
satisfeitas a qualquer momento e existência de um estoque de segurança que faz
com que a demanda seja atendida.

9. Quais são as ameaças que a empresa tem no mercado?

De acordo com a questão acima, as seguintes ameaças são:

A não aplicabilidade dos métodos de valorização de estoque por falta de


conhecimentos dos mesmos, o excesso da concorrência e perdas de mercadorias
devido à caducidade por falta de aplicação de um método de valorização adequado
na hora e no momento certo.

b) Resultados de questionário aplicado aos gerentes e fiéis de armazém

1. Tem conhecimento de estoque

25%

Sim
Não

75%

Fonte: dados da pesquisa da empresa Barbozo, Lda 2022.


Na empresa estudada, identificamos que dos quatro inquiridos, 75% disse que tem
conhecimento de estoque e 25% não tem conhecimento.
2. A empresa faz bem o seu controlo
de estoque

Sim
Não

100%

Fonte: dados da pesquisa da empresa Barbozo, Lda 2022.


O gráfico acima demonstra que do total da amostra que corresponde a 100%
respondeu sim, que a empresa faz bem o seu controlo de estoque.

3. Como a empresa tem mantido o


seu controlo de estoque

25% 25% Boa


Normal
Razoável

50%

Fonte: dados da pesquisa da empresa Barbozo, Lda 2022.


Segundo os dados do gráfico acima 50%, respondeu que a empresa tem mantido o
seu controlo de estoque Normalmente e o restante respondeu que a empresa tem
mantido o seu controlo de estoque boa e razoável respectivamente.
4. Tem produzido bons resultados

25%

Sim
Não

75%

Fonte: dados da pesquisa da empresa Barbozo, Lda2022.


Os dados acima apresentados afirmam que 75% dos trabalhadores disse que a
empresa tem produzido sim bons resultados e o resto respondeu não.

5. Sobre os métodos de valorização


de estoque. Já ouviu falar?

Sim
Não

100%

Fonte:dados da pesquisa da empresa Barbozo, Lda 2022.


Aqui se vê claramente que 100% dos trabalhadores questionados, respondeu com
sinceridade de que nunca ouviu falar de métodos de valoração de estoque.
6. A empresa usa quais métodos para
valorizar o seu estoque

FIFO
LIFO
CUMP
50% 50%

Fonte: dados da pesquisa da empresa Barbozo, Lda 2022.


Com os dados da pesquisa, o resultado diz que nos quatro trabalhadores,
correspondente a 100%, metade disse que a empresa usa o método FIFO e a outra
afirmou que a empresa usa o método LIFO. Facto este que demonstra que a
empresa usa ou aplica os dois métodos em simultâneo, mas somente na sua ordem
de entrada e saída de estoque.

7. Qual deles é o melhor para valo-


rizar o estoque?

FIFO
LIFO
CUMP
Nenhum

100%

Fonte:dados da pesquisa da empresa Barbozo, Lda 2022.


Com relação à escolha do melhor método para valorizar o estoque, os dados da
pesquisa relatam que dos quatro trabalhadores questionados, correspondente a
100% afirmou que não existe nenhum método melhor para valorizar o estoque.
CONCLUSÕES

Depois de realizar os estudos teóricos, o diagnóstico, análise e interpretação dos


dados obtidos na empresa Barbozo (SU) LDA, em Mbanza Kongo chegou-se as
seguintes conclusões:

1. A análisecomparativa dos principais métodos de valorização de estoque


permitiu identificar qual dos métodosusar para obtenção de melhores
resultados.
2. O estudo averiguou os métodos de valorização de estoque mais utilizados. No
decorrer deste, foi possível observar a importância dos estoques para as
empresas, seu controlo, como é desenvolvido cada método de valorização e
quais os seus resultados.
3. Os resultados dos questionários e da entrevista permitiram diagnosticar a
situação actual da empresa concernente aplicação dos principais métodos de
valorização de estoque, como a empresa tem mantido o seu controlo de
estoque, qual ou quais os métodos que a empresa utiliza para valorizar o seu
estoque e dentre eles qual é o melhor.
4. Feita a análise comparativa dos principais métodos de valorização de
estoque, chegamos a conclusão de que o melhor método para valorizar o
estoque é o FIFO porque apresenta maior resultado e menor Custo de
Mercadoria Vendida.

SUGESTÕES

Uma vez concluída a investigação, expõe-se as seguintes sugestões:

1. A empresa deve efectuar pesquisas sobre os principais métodos de


valorização de estoque com o intuito de ter o pleno domínio dos mesmos.
2. A empresa deve elaborar um programa de capacitação dos trabalhadores que
fazem parte no gerenciamento de estoque a respeito dos principais métodos
de valorização de estoque, manter a unidade de liderança, para poder
equilibrar as tarefas.
3. Aproveitar os dados da pesquisa para o uso correcto dos métodos ou método
que oferece maior resultado com menos custo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Cengage Learning, 2009.

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matemáticos e melhores práticas aplicadas. São Paulo, SP: CENGAGE, 2010.

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Ribeiro, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. São Paulo, SP: Saraiva, 2010.

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São Paulo: Saraiva, 2005.
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Chiavenato, I. Gerenciamento de pessoas. Brasil: Dinternal, 1998.

Rocha, Luís Osvaldo Leal. Organização e Métodos: uma abordagem prática. 6 ed.
São Paulo: Atlas, 1995.

Dantas, D.C. e Patrus, R.2015. A revisão de artigos científicos na área de


administração: considerações com base na Hermenêutica filosófica. Administração:
Ensino e pesquisa. 16,4 (dez. 2015), 695-722.

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

1. BCGPS: Barbozo Comércio Geral e Prestação de Serviços


2. CCTV: Controlo de Câmera Televisivas
3. CMV: Custo das Mercadoria Vendidas
4. CUMP: Custo Unitário Média Ponderada
5. FIFO: First In First In Out
6. IPAG: Instituto Politécnico de Administração e Gestão
7. IR: Imposto de Rendimento
8. LDA: Limitada
9. LIFO: Last In First in Out
10. PMPF: Prazo Médio de Pagamento a Fornecedor
11. PMR: Prazo médio de Recebimento
12. PMP: Prazo Médio de Pagamento
13. S.U: Sociedade Unipessoal

VI

LISTA DE TABELA PAG.


Tabela nº1: Distribuição dos trabalhadores com base o género…..22
VII

LISTA DE QUADROS PAG.

Quadro nº1- Modelo de demonstração de Método FIFO……...13

Quadro nº2- Modelo de demonstração de Método LIFO……...14

Quadro nº3- Modelo de demonstração de Método CUMP……..15

Quadro nº4- Comparativo entre os principais métodos de controlo de


estoque……....................................................................................15
VIII

LISTA DE GRÁFICOS ………PAG.

Tem conhecimento de estoque?………………………………………….25

A empresa faz bem o seu controlo de estoque?.................................25

Como a empresa tem mantido o seu controlo de estoque?...............26

Tem produzido bons resultados?………………………………………….26

Sobre os métodos de valorização de estoque. Já ouviu falar?...........27

A empresa usa quais métodos para valorizar o seu estoque?............27

Quais deles é o melhor para valorizar o estoque?................................28


IX

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